por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Devaneios


Notívagos irmãos, a madrugada nos clama , e nos agrega , num verso não dito, desfazendo todos os malditos pensamentos de solidão e esquecimento.
Gosto quando o sono me domina, e toma conta do meu corpo... Entro num campo literalmente onírico , onde o real deixa de ser, e o imaginário encontra razão pra viver.
Mas, até nessas circunstâncias diárias não me pertenço, p0rque me entrego aos encantamentos. E o meu coração " uruculado" , volta a bater descompassado...
Tem gente que é um céu e um punhado de estrelas, no nosso sentimental. Tem gente que nos fantasia de lua, sendo o sol da meia-noite ... É flor , em todos os momentos , mesmo doando a semente do amor.
Nem vou reler o que escrevi, pois meu lado babaca se esconderia ... Claro !
Ontem ouvi de Nicodemos uma frase mágica, que completei numa impulsiva sintonia :
"Não desnude o platonismo do meu amor "cratônico". A poesia reina , gosta de uns bocados de versos extras... Do contrário, me limitaria a não ter nenhum dos sentidos, exceto o próprio sentir perpetuário !

Se um dia eu me achar no limbo das almas perdidas, quero achar por lá : Zé do Vale, Domingos,  Nicodemos... e os poetas amigos, que descobri por cá !

Nesse 31 de março, deixo o meu sentimento revolucionário , porque aprendi a não parar de navegar .

"Abraço apertado, suspiros dobrados... "

Help.




A chuva voltou. Trouxe as sementes do frescor. Umedeceu minha samabaia , deixou molhada a roupa do varal. A natureza se encolhe quando ela chega...Depois tudo muda de cor, fica verde.




Minha poesia é fungada ...Preciso tratá-la. Internamente , ternamente.




As lembranças deixaram de me inquietar. O presente me chacoalha , me faz tirar leite da pedra, e com os pingos desse leite, sobrevivo. Minha tosse prenuncia o futuro.Expiro fumo, aspiro vida - sem conflitos. Tudo claro , e nele me abstraio.




Apago o cigarro com fósforo ativo a minha história.




Manhã nublada de fevereiro. Coração acordado. Corpo querendo viço, sem petisco !






Sopro, brisa


vida, leva..


É muda a verdade


que se revela.




Tateia, nos inquieta...


Apenas nos sonhos,


as cores são notas


de uma canção feliz!




Eu vivo, quando tu voltas


numa pose vaidosa da lua


num intrometido raio de sol


Num piscar reconhecido...




Recolho, bestialmente


o riso que o tempo guarda


Nem off, nem line


Apenas quântico


na memória da alma

Nenhum comentário: