por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 14 de março de 2012

A "tendenciosidade" da Globo - José Nilton Mariano Saraiva

Apesar de bastante desgastado em razão da aversão pela verdade (principalmente em anos de eleições), bem como da manifesta tendenciosidade (ou má vontade) para com a isenção (e em assuntos nem tão polêmicos assim), o Jornal Nacional, da Rede Globo, ainda é o “minuto mais caro” da televisão brasileira, em termos de patrocínios/faturamento (evidentemente que em razão do horário privilegiado, já que todos àquela hora se encontram em casa) embora a audiência já não seja a mesma de gloriosos tempos outros (presumivelmente, somente as transmissões futebolísticas alavanquem tanto o faturamento da empresa; no entanto, grandes eventos esportivos mundiais já não são privilégio da “Vênus Platinada”, já que as próximas Olimpíadas serão transmitidas com exclusividade pela Rede Record, embora a Copa do Mundo ainda permaneça com a Globo). Mas, não há de ser nada; devagar chegaremos lá...
Pois o Jornal Nacional, da segunda, 12.03.12, conseguiu a proeza de dedicar quase que todo um bloco do seu noticioso para anunciar, com pompa e circunstância, a “renúncia” do senhor Ricardo Teixeira, do comando da CBF. Só que com uma particularidade: de forma claramente tendenciosa, já que tomou por parâmetro o texto da carta-renúncia escrita pelo próprio, elevou-o aos píncaros da glória (mais de 100 títulos conquistados, sacrifício da própria saúde em prol da felicidade do povo e por aí vai) ao tempo em que o “pintou” como um sagaz e autêntico revolucionário das finanças (face o estratosférico crescimento das rendas da instituição, embora as federações a ela vinculadas vivam eternamente de pires na mão, à busca de alguma esmola da madrasta CBF).
Lamentavelmente, entretanto, a Globo omitiu ao distinto público a razão primeira do tal pedido de renúncia: as “cabeludérrimas” acusações de corrupção, de recebimento indevido de money, de tráfico de influência, de improbidade administrativa e por aí vai. Abaixo, um pequeno resumo:

“Voo da muamba” (1994): Na volta da seleção, após conquistar o tetra, Ricardo Teixeira pressionou a Receita Federal para que todos fossem autorizados a desembarcar do chamado “voo da muamba”, sem pagar imposto. É que, em meio às 17 toneladas de “muamba”, estariam “chopeiras”, que o presidente da CBF tentaria fazer entrar ilegalmente no país, a fim de instalar em um bar do qual era sócio, instalado no Jockey Clube, do Rio de Janeiro.

CPI do Futebol (2001): A CBF foi um dos alvos de CPI criada no Congresso Nacional para apurar desvios de recursos, evasão de divisas, sonegação e lavagem de dinheiro. Ricardo Teixeira foi um dos principais denunciados, sendo acusado de empréstimo irregular contraído de banco durante o Mundial de Clubes da Fifa de 2000, realizado no Brasil, além de operações supostamente fraudulentas envolvendo uma agência de turismo. A “bancada da bola” (vulgarmente conhecida por “deputados comprados”) barrou-a.

Ingressos para a Copa da Alemanha (2006): O Ministério Público denunciou Teixeira naquele ano, junto com o dono de uma empresa de turismo. A acusação era de crimes contra a ordem econômica. A empresa “Planeta Brasil” foi a única autorizada pela CBF a vender ingressos da Copa na Alemanha. A denúncia vinculava Teixeira e o dono da empresa à venda “casada” de ingressos e pacotes turísticos.

Amistoso Brasil x Portugal (2008): O jogo passou à história pelas denúncias de superfaturamento pelo governo do Distrito Federal para a organização do amistoso. A Polícia Civil do Distrito Federal apontou que Ricardo Teixeira recebia pagamentos mensais de R$ 10 mil (propina) de uma empresa até então desconhecida, criada e contratada unicamente para organizar o jogo.

Propina de empresa esportiva (2010): Em novembro daquele ano, Ricardo Teixeira foi acusado por um jornalista da rede britânica BBC de receber propina da empresa esportiva ISL. A denúncia sustenta que Teixeira e o ex-presidente da Fifa João Havelange (seu sogro) foram condenados na Suíca. A Fifa, por puro corporativismo (ou com receio da “coisa” feder muito e espraiar-se), optou por engavetar a denúncia.

Voto em eleição da Fifa (2011): Em maio do ano passado, Teixeira foi acusado de pedir propina para apoiar a candidatura da Inglaterra como sede da Copa do Mundo de 2018, eleição vencida pela Fifa. A acusação foi feita por David Triesman, ex-presidente da Federação Inglesa de Futebol.

Sabem como essa historia terminou ??? Como o distinto é reconhecidamente arrogante e prepotente, antes de divulgar sua carta-renúncia esnobou e gozou com a cara de todo mundo, ao convocar uma Assembléia Geral da CBF, onde os 27 “cordeirinhos” presidentes das federações estaduais o sufragaram por unanimidade como o dirigente apto a mais um mandato de quatro anos à frente da entidade. Só que, depois dali, temendo ter o passaporte retido e ser detido, Ricardão se “mandou” para o exterior, deixando para os áulicos a incumbência de comunicar sua saída.
Observa-se, pois, que no último ato de sua melancólica despedida, Teixeira não passou do que sempre foi no poder: um paspalhão covarde.

O tráfico dos créditos de carbono - José do Vale Pinheiro Feitosa

Vocês devem ter tomado conta desta aberração: uma empresa irlandesa fez um contrato com uma tribo de índios da Amazônia, que possui uma reserva florestal de milhões de hectares quadrados e o usará como crédito de carbono. Qual o negócio? A tribo não pode fazer nada com as terras, a não ser aquilo que a empresa permitir, enquanto a empresa usará esta floresta para vender como crédito de carbono no mercado mundial dentro de espírito do Protocolo de Kyoto.

Segundo a FUNAI o contrato não tem validade jurídica nas leis brasileiras, pois esta intermediação deveria ter a presença da entidade. A interpretação é que a empresa tem noção exata disso e não é com o mercado interno que ela irá negociar. Será uma negociação internacional, podendo levar o Brasil às barras de tribunais localizados em território estrangeiro e deste modo entes privados estrangeiros administrando o território brasileiro numa jogada simpática de proteção ambiental.

Os créditos de carbono, independente dos EUA não terem assinado o protocolo de Kyoto, está bem no espírito mercadista do neo-liberalismo hegemônico. Tudo se torna capital e tudo é negociável. No caso os países e empresas que soltam muito CO2 para a atmosfera, não precisariam nenhuma medida saneadora, pois poderiam comprar créditos de carbono de quem não emite. No caso os índios, como um exemplo bastante cínico.

Como se viu a “inteligência” estratégica que tentou jogar com o espírito animal do capitalista para fazer uma política ambiental que nos levou exatamente para o caminho dos privilégios e da trégua dos capitais em ser obrigado a buscar tecnologias limpas. Agora os poluidores compram dos não poluidores os seus créditos de carbono, continuam ganhando dinheiro com produtos manufaturados e os não poluidores vivendo a miséria e o atraso relativo sobre o avanço das riquezas, da ciência e da tecnologia.


three coins in the fountain



Three Coins In The Fountain


Three coins in the fountain ( Três moedas na fonte)
Each one seeking happiness( Cada um busca a felicidade)
Thrown by three hopeful lovers( Jogado por três amantes esperançosos)
Which one will the fountain bless( Qual deles será a fonte abençoe)

Three hearts in the fountain (Três corações na fonte)
Each heart longing for its home( Cada anseio do coração para a sua casa)
There they lie in the fountain (Lá eles encontram-se na fonte)
Somewhere in the heart of Rome (Em algum lugar no coração de Roma)

Which one will the fountain bless( Qual deles será a fonte abençoe)
Which one will the fountain bless (Qual deles será a fonte abençoe)

Three coins in the fountain (Três moedas na fonte)
Through the ripples how they shine(Através do ondulações como brilham)
Just one wish will be granted (Apenas um desejo será concedido)
One heart will wear a Valentine( Um coração vai usar um dos Namorados)

Make it mine, make it mine, make it mine( Torná-lo meu, torná-lo meu, torná-lo meu)

Hugo Linard - Emerson Monteiro

No dia em que iniciava estudos junto ao Colégio Pio X, localizado na Praça da Sé, em Crato, ali por volta dos meus 10 anos, logo antes do início das aulas observava um dos garotos para mim desconhecidos nas animações e intensas atividades. Um deles era Hugo, que depois seria meu amigo e companhia de bons instantes, naquela época. Logo soube que tocava acordeom, gostava de jogar bola e marcava o grupo pela facilidade em liderar os demais garotos. Sempre criativo, guardava boas surpresas e demonstrava alegria contagiante.

Noutras horas, saíamos em caminhadas pela cidade, quando, inclusive, me traria a conhecer o Bazar de Dona Zulmira, loja de brinquedos e variedades que havia na Rua Miguel Limaverde, na época apenas um beco típico do centro antigo do Crato, de belas casas revestidas de azulejo português, herança mais adiante desfeita na urbanização da cidade. A visita ao bazar marcaria bem os olhos de menino qual aparição mágica com mimos quase de tudo ignorados, dada a beleza dos brinquedos raros que oferecia. Isto conduzido pelas mãos do colega e amigo.

Hugo significava em Crato menino prodígio que iniciara a história de musicista logo aos seis anos de idade. Em cada sessão de arte do colégio detinha presença fiel, a executar com maestria as páginas do cancioneiro popular de maior sucesso, número apreciado nos programas de auditório das emissoras cratenses, Araripe e Educadora, atração respeitada por legião de fãs.

Seguiu carreira promissora, merecendo o apoio dos pais, que com ele montariam, nos anos 60, o grupo Ases do Ritmo, conjunto que marcou os bailes do Cariri durante fase inesquecível das tertúlias semanais, junto de Hildegardes Benício , Os Tops e Os Águias.

Além de músico virtuoso nos teclados, Hugo possui dotes para o desenho, havendo mostrado trabalhos nos Salões de Outubro de 1977 e 1978, e no Salão de Maio de 1978, em Crato, ocasiões quando auxiliei na organização dos tais eventos, e expus colagens e pinturas, o que exercitava naquele momento.

Dias atuais, e acompanho as atividades intensas de Socorro Moreira, junto de outros animadores culturais cratenses, para realizar, dia 14 de abril, no Crato Tênis Clube, a festa dos 60 anos de carreira de Hugo Linard, laurel merecido e justo, sobremodo vindo deste reconhecimento público a quem tantas emoções ocasionou durante a boa geração de contemporâneos.

A Hugo Linard o meu abraço de júbilo, satisfação e melhores sentimentos, visto o exemplo de pai de família e profissional exímio que nos lega e que lhe credencia ao destaque que usufrui nas artes da nossa Região.

Fotos que marcaram época- História musical do Cariri

Azes do Rítmo- acervo de Hugo Linard
Casa da Vila Jubilar citada por José do Vale...

Azes do Rítmo, nos tempos de Cleivan Paiva...

Sr. Irineu ( pai de Hugo)
Azes do Rítmo( festa de 15 anos de Fátima Maia)
Colaboração de Evandro Peixoto Rocha

Estes momentos serão revividos!



_agua pra que te quero!- Convite lançamento- por Nívia Uchôa


O livro Água pra que te quero! Caderno de Viagem apresenta uma documentação
fotográfica, pesquisa e video-doc em formato multimídia, seu enfoque pricipal é a relação do
ser humano com a água. As imagens alertam para questões da água e suas práticas positivas,
negativas a partir do cotidiano das comunidades localizadas nas Bacias Hidrográficas de
Banabuiú, Alto Jaguaribe e Salgado no Estado do Ceará, e conforme a autora, tem o intuito de
“estimular e difundir a arte fotográfica como exercício de sensibilização, reflexão e estética do
olhar”.
A versão multímidia traz além do livro um CD com fotos e um video documentário onde
apresenta como narrativa, depoimentos de moradores os quais relatam em uma linguagem
local sobre diferentes aspectos como preservação, distribuição, consumo, escassez, poluição e
abundância vivenciados no dia-a-dia das comunidades. Na ocasião do lançamento, haverá a
exibição do documentário Água pra que te quero! (16' 33"), o curta metragem já participou de
mostras competitivas de cinema e vídeo no Ceará e Pernambuco e agora será lançado em Fortaleza.

feliz dia da poesia,,, Guto Bitu



A cada prato de comida
Menos um faminto no mundo
A cada faminto no mundo
Menos um prato de comida

A cada prato no mundo
Menos um tanto de comida
A cada tanto de comida
Menos um prato pelo mundo

Luiz Augusto Bitu 2001

VIVA A POESIA E SEUS POETAS!- Colaboração de Valéria Peixoto


“quem quiser mais verde engole a serra. / quando vai falar, / cospe duzentas e trinta gramas, de bobagens coloridas. / o luar salta do bolso descorado / do mendigo em chamas / e solicita uma água tônica gelada. / o presidente cerra os dentes / e se auto-prolifera. / as feras comem a pinacoteca / do palácio da alvorada” lupeu lacerda.
.O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.
Cora Coralina.

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Clarice Lispector.

É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.
Guimarães Rosa.

Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão falando.
Manoel de Barros.

Ainda Cecília...

Ninguém venha me dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferido,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser,
e não quero me encontrar,
que estou dentro de um navio,
que sei que vai naufragar,

já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.

Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.

Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis quem não me quis.

Epigrama Nº 2 (Cecília Meireles)

És precária e veloz, Felicidade.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
Porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste.

Acende uma lua no céu Vinicius de Moraes , Toquinho


Acende uma lua no céu
E muitas estrelas no olhar
E deixa-te linda e sem véu
Envolta num brando dossel de luar

Semeia de flores teu chão
E abre a janela aos perfumes do ar
E esquece tua porta entreaberta
Porque na hora certa
Verás teu poeta surgir
E entrar e abraçar-te chorando
E amar-te até quando
Tiver que partir



lEMBRETE!

Ângela Lôbo acabou de nos lembrar que hoje é o dia da Poesia.
Aquele sentimento atávico, filogenético, que nos faz desatar os nós da alma.
Nem sempre a palavra  é suficiente...
Porisso a música, a arte,  a obra dos poetas, nos socorrem, na declaração, apreciação, e olhar dos sentimentos.
Vamos poetar?
-Nem que seja em silêncio...

Feliz dia da poesia!

Intuição
(Oswaldo Montenegro)

Canto uma canção bonita,
Falando da vida, em 'Ré maior'.
Canto uma canção daquela
De filosofia,
Do mundo bem melhor.

Canto uma canção que agüente
Essa paulada, e a gente
Bate o pé no chão.
Canto uma canção daquela
Pula da janela
Bate o pé no chão.

Sem o compromisso estreito
De falar perfeito,
Coerente ou não.
Sem o verso estilizado,
O verso emocionado
Bate o pé no chão...

Canto uma canção bonita
Falando da vida, em 'Ré maior'.
Canto uma canção daquelas
De filosofia,
E mundo bem melhor

Canta uma canção que agüente
Essa paulada, e a gente
Bate o pé no chão.
Canto uma canção daquela
Pula da janela
Bate o pé no chão.

Sem o compromisso estreito
De falar perfeito,
Coerente ou não.
Sem o verso estilizado,
O verso emocionado
Bate o pé no chão...

Canto o que não silencia
É onde principia a intuição
E nasce uma canção rimada
Da voz arrancada
Ao nosso coração

Como, sem licença, o sol
Rompe a barra da noite
Sem pedir perdão!
Hoje quem não cantaria
Grita a poesia
E bate o pé no chão!

E hoje quem não cantaria
Grita a poesia
E bate o pé no chão!

Sem o compromisso estreito
De falar perfeito,
Bate o pé no chão
Sem o verso estilizado,
O verso emocionado
Bate o pé no chão...

Canto uma canção bonita
Falando da vida, em 'Ré maior'.
Canto uma canção daquela
De filosofia,
Do mundo bem melhor.

Canto uma canção que agüente
Essa paulada, e a gente
Bate o pé no chão.
E hoje quem não cantaria
Grita a poesia.
Bate o pé no chão...