por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 24 de setembro de 2011

Parabéns, Feliz Aniversário!

Auri Moreira Montoril, completa nesta data 92 anos.
Ainda lúcida nos olha com meiguice  e marejada  de saudades.
Que Deus esqueça por mais uns anos que ela está viva!

Abraços, minha tia!

Camelô - por Socorro Moreira





Você já foi vendedor
de tudo que a gente paga ?

Eu também já fiz a lista
dos produtos bem vendidos
e também dos não comprados.

Vendi Avon pras meninas
Vendi roupas femininas
Ouro do Juazeiro
e Seguros em geral
Vendi até uns florais
pra curar umas mazelas
que a intuição adivinha.

Vendi sonhos pra mim mesma
fora e dentro da medida
mas o que faz vender de um tudo
é a prosa convincente
e o carisma de quem luta !

Não dispenso uma prosa
Até a prosa que cala
ensina que nesse mundo
os mal ouvidos
se arrasam
e não aprendem com os outros
a rota ds bons achados.

Rock in Rio


Gaveta da alma - Por Rosa Guerrera


Quem não acumula numa gaveta lá num cantinho da alma , vivências, recordações , fatos , despedidas, encontros e experiências !!! Quem não guarda nessa gaveta uma frase , um sorriso , um orgasmo ,o odor de um perfume , uma musica , um carinho , uma verdade ou até mesmo uma mentira ! É muito fácil se limpar uma gaveta quando ela se encontra num móvel , onde o seu conteúdo é palpável e de fácil acesso, representado por uma flor murcha , um disco , uma foto , um chaveirinho ou um poema escrito as pressas .Mas ... como é difícil limpar essa outra gaveta que guardamos dentro da alma ! A impressão que temos é que tudo que ali se encontra são cicatrizes impossíveis de serem desmarcadas. E como se o nosso próprio eu rejeitasse a idéia de destruí-las . Sempre que tomo a decisão de fazer uma limpeza na minha gaveta encontro como obstáculo a negativa do meu coração.que insiste em desfilar na minha mente tudo aquilo que guardei dentro dela! E o perfume julgado esquecido espalha o seu aroma no ar, o sorriso quase apagado aparece diante de meus olhos, frases que foram sussurradas aos meus ouvidos embalam mais uma vez as minhas lembranças , e até as mentiras vividas me parecem mais leves. Como jogar fora tantas coisas tão minhas? Como estraçalhar pedaços meus se eles fizeram parte do meu viver?
Melhor , bem melhor fechar de novo a gaveta e respeitar o que escrevi num pequeno papel preso a chave dela em letras garrafais hoje amarelecidas :” Para todo um sempre”.

Rosa Guerrera

Gilda Abreu- por Norma Hauer




Foi em Paris que GILDA DE ABREU nasceu, no dia 23 de setembro de 1904, filha de pais brasileiros (a mãe era uma cantora de nome Nícia Silva, bastante conhecida na época e que fora se apresentar em Paris.)
Registrada no Consulado Brasileiro, veio ainda pequena para o Brasil. Sendo filha de uma cantora lírica, era natural que desde pequena vivesse no meio teatral, despertando assim o gosto pela música.
Estreou no Teatro Recreio, ali próximo à Praça Tiradentes, apresentando a peça de Luis Iglesias e Miguel Santos "A Canção Brasileira".

Em 1935 estreou no cinema com "Bonequinha de Seda", apresentando uma música que fez muito sucesso :
Boneca de pano escondia
Um coração sonhador
O destino lhe deu um certo dia,
Um lindo sonho de amor
Mas descobriu ser engano
Pois tudo fora ilusão.
Uma boneca de pano
Não pode ter coração...”

Tendo, em 1920, conhecido o cantor Vicente Celestino, com ele se casou em 1933, formando uma dupla de cantores que, dentre outras melodias, gravaram "Ouvindo-te" na qual ela fazia a contra-voz.

Acompanhando a carreira de Vicente, dirigiu-o em dois filmes baseados em letras de suas composições: "O Ébrio", um dos maiores sucessos do cinema brasileiro de então (1946), e que, ainda hoje, é considerado uma das maiores bilheterias do cinema nacional.
Dirigiu ainda , Vicente em "Coração Materno", tanto no cinema como na peça teatral de mesmo nome. Foi, nesta peça, também, protagonista.

Gilda no total participou de 6 filmes, três como atriz e 3 como diretora.

Após a morte de Vicente, Gilda tornou a casar-se com uma pessoa bem mais nova (José Spinto) metido a cantor, que ficou com todo o acervo de Vicente , doando parte para o Museu Vicente Celestino, que funciona em Conservatória.

GILDA DE ABREU faleceu em 6 de junho de 1979, aqui no Rio da Janeiro, aos 75 anos.


Norma