por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
"Mistério" - José Nilton Mariano Saraiva
Terá feito alguma viagem
transcontinental e esquecido o danado do notebook em casa ??? Ou estará curtindo adoidado a noite
parisiense e esquecido do Crato ??? Avançou um pouco e perdeu-se na imensidão
da gélida Sibéria ??? Ou empreende uma sofrida escalada ao Monte Everest,
objetivando quebrar algum recorde ??? Decidiu se auto-exilar por uns tempos
??? Ou estará com alguma doença que não
lhe permite aparecer ??? Terá sido seqüestrado
por algum fã incondicional e ardoroso ??? Ou recolheu-se voluntariamente a fim de
elaborar alguma obra literária monumental ???
Resolveu dá um tempo, a fim de testar o Ibope ??? Ou foi contratado por
alguma organização ultra-secreta, objetivando elaborar uma vacina contra a
corrupção ??? Enfim, por onde andará ??? Que mistério danado é esse ???
De concreto, o que se sabe é que já há
cerca de quase três meses os “diaristas” dos blogs cratenses “No Azul Sonhado”
e “Cariricult” não têm tido o prazer de acessar e se deleitar com os textos fabulosos
do conterrâneo Zé do Vale Pinheiro Feitosa, sem favor nenhum (junto com o Zé Flávio
Vieira), um dos dois “monstros sagrados” dos blogs caririenses na arte de
colocar o preto no branco (e antes que algum apressadinho de plantão emita
algum “juízo de valor” equivocado, que fique bem claro: não, não o conhecemos
pessoalmente; mas, algum dia vamos ter, sim, tal privilégio).
Fato é que nunca uma ausência foi tão
sentida; nunca a constatação de uma falta foi tão reclamada; nunca foi tão
fácil constatar que os dois blogs do Crato perderam em substância e qualidade devido
a uma “não presença”.
Lero, lero...- Socorro Moreira
Angústia de me disponibilizar pra cooperar com o Outro, e o meu
silêncio imperar, no momento do grito.
Repasso a vida, em blocos incontínuos.
Roubaram-me de ti, nos anos 70, e a partir de então, passei a te procurar no
tempo, nos lugares, em pessoas, no céu, e nas canções.
"Menino do Rio"- melodia tão linda!
-”... Toma esta canção como um beijo”...
Vejo a reprise da novela de mais de 30 anos atrás. Observo a beleza das
adolescentes, Glória Pires, Lucélia Santos, Maria Padilha, Ângela Leal, Maria Zilda,
Natália do Vale... A meninice de Isabela Garcia
; a maturidade bela de Tônia Carrero, além da
saudosa lembrança de Raul Cortês, José Lewgoy, e outros.
Acho que me procuro num tempo mal ou bem vivido para juntar meus
pedaços e me reintegrar num presente sombrio.
Roubou-me a poesia, o amor incrédulo: a emoção de arrumar e desarrumar malas,
ou de me preparar para dançar a noite toda, num baile.
Acabei de fazer uma maquiagem em mim. Perdi o frescor, mas alguma coisa no
meu rosto ainda me faz lembrar antigos contornos.
Estou antenada com tudo que ocorre no mundo, tão bem colocado por Zé
Nilton Mariano. Leio com gula e encanto os textos de Zé Flávio, escritor
inesgotável em criatividade, humor, espírito crítico. Sinto saudades do nosso
"valium", que prometeu voltar, mas ainda está sumido na estrada.
Quem sabe esperando uma carona, ou tirando fotografias da vida, nos mares de
Paracuru?
Sinto saudades de todos os nossos escritores e poetas que compunham uma
literatura diversificada, poética e amiga.
Cadê Nicodemos ,Ulisses, Carlos, Magali ,Joaquim ,Stela, Marcos Barreto, e
tantos outros?
Na última postagem do blog, um convite sinistro!
A Mostra de Arte do SESC/2013 está moribunda ou faleceu?
Triste, isso!
Morre com ela nossa corrida para visualizar a plástica de todas
as falas, cores, sons pra todos os nossos gostos. Agora o alimento é nihil, ou
quase...
Tenho encontrado cada vez menos os meus amigos. Estamos parando de fumar,
comer, beber, e de amar?
O saldo positivo é a depuração da compreensão e sentimentos .Eles deveras se
conectam do virtual para o real, e nos mostram que a vida é um claro/escuro,
dentro de um universo infinito.
Assinar:
Postagens (Atom)