por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

JARARACA- por Norma Hauer


Recebendo o nome de José Luiz Rodrigues Calazans, ele nasceu em 29 de setembro de 1896, em Maceió (Al). Ficou conhecido no meio artístico pelo nome de JARARACA.

Em sua cidade, conheceu, em 1919, aquele que se tornou seu parceiro em músicas e apresentações musicais: Severino Rangel de Carvalho (o Ratinho). Iniciando suas apresentações em sua terra natal veio para o Rio de Janeiro no conjunto "Tribunas de Pernambuco", que aqui se dissolveu mas a dupla continuou sua carreira até o falecimento de Ratinho, em 1972.

Era uma dupla caipira, com todas as características do interior, bem diferentes das
atuais, que são "country", ou seja, nada têm de brasileiras, principalmente do interior.

Após a morte de Ratinho, Jararaca tentou outras duplas, mas não conseguiu sobressair-se no meio das mudanças que, a partir dos anos 60, passou a dominar novos ritmos e ídolos até então conhecidos, foram dando lugares a outros que começaram a surgir.

Dos sucessos da dupla, lembro-me bem de "Espingarda, pá, pá, pá, pá...Faca de ponta, tá, tá, tá,..." Mas seu maior êxito, até hoje cantado no carnaval, foi uma parceria que fez com Vicente Paiva:"Mamãe eu Quero", o maior sucesso do carnaval de 1937. Na abertura, a voz de Almirante fazendo um "diálogo" diz:
"Mamãe eu quero,
Quer o que meu filho?
Mamãe eu quero mamar."

A partir daí tem início a parte cantada por Jararaca.

Por ocasião das primeiras eleições para a Câmara dos Vereadores, após a queda de
Getúlio Vargas, Jararaca, com seu nome verdadeiro, candidatou-se a vereador pelo
Partido Comunista do Brasil, então na legalidade.
Não me recordo se chegou a ser eleito; sei que depois abandonou a política e voltou a ser o Jararaca, com seu parceiro Ratinho, até 1972.

Jararaca faleceu em 11 de outubro de 1977, aos 81 anos.

Muito Prazer Terceira Idade - Por: João Marni


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01-10-2011 Dia do Idoso


Precisamos refazer a idéia de que estamos tão somente a caminho do fim, num processo inexorável de deterioração. Por que necessariamente agora, com cabelos brancos e experiência, está o idoso em declínio e não em transformação, - como tudo na vida? Onde é próprio da senilidade, mora o encanto. É imperativo para a felicidade dos que alcançam este degrau, que viajem com a vida, tal e qual fruto maduro que cai, apenas transferindo sua energia para outra estrutura; como a água do jarro jogada no riacho: não tem mais a forma do jarro, fazendo parte agora do riacho, pois somos águas correntes, inquietas. Não é o começo do fim, mas a busca por novos oceanos...

A vida se encerra quando finda a juventude? Por falar nisso, quando é mesmo que ela, a juventude, acaba? Um amigo confessou-me que não foi a percepção da perda da elasticidade da pele, nem os cabelos brancos e escassos, mas a dor que sentiu quando, em um certo dia, sentou em cima de suas próprias bolas! Disse-me também que há vantagens de ordem prática chegar-se à velhice: podemos competentemente, com as mãos trêmulas, espalhar canela em canjica, andar nos coletivos sem ter que pagar e, vez por outra, engolir um “azulzinho” e torcer pelo resultado. Não precisamos mais temer a vastidão do futuro.

O idoso encontra-se naquela fase em que os homens, naturalmente, afastam-se do culto ao corpo, e aproximam-se da filosofia, condição muito mais exuberante! Seria sábio e interessante não interferirmos na obra escultural, dinâmica e natural que é o corpo humano, de onde somos inquilinos. Para que cirurgia plástica “embelezadora”? Quer ser sua própria ficção, desconhecendo-se? O corpo paulatinamente perde a agilidade e a força, a expressão corporal muda do pulo do gato para o compasso lento e sereno. A visão diminui a acuidade, avisando que não se precisa mais ir à caça, mas ficar mais próximo da família. A audição também não é mais acurada, um prêmio para que não se ouçam mais tantas coisas vãs. Ter ótima memória apenas para fatos do passado distante, provavelmente serve para que se tenha melhor capacidade de reflexão da vida, sendo motivo de grande alegria poder rememorá-la quando não machucamos deliberadamente as pessoas com as quais nos relacionamos. Se a elas provocamos sofrimento, as lembranças são o preparo para o pedido de perdão. Recomenda-se que em conversa com ele (o idoso), puxemos por assuntos históricos, fatos de há muito tempo, onde sua memória encontra-se intacta e pode fazê-lo fluente.

A libido diminui, afinal para que reproduzir agora, se não dá para acompanhar o desenvolvimento do rebento? E quão patético é querer a performance dos vinte anos! Fica-se mais seletivo, a energia é usada com parcimônia e melhor distribuída em atividades também prazerosas e sociáveis, como ler, curtir os amigos, a natureza, a companheira, voltar a brincar fazendo a alegria dos netos, para os quais pode-se confeccionar antigos brinquedos!

Embora aparente fragilidade lá adiante, o ser humano se aborrece mais facilmente e é capaz de fazer valer suas vontades, bastando que lhe faltem com o respeito ou não compreendam sua rotina com seus objetos em seu cantinho predileto. Nesta fase gosta de segurar a mão da amada e dizer-lhe tudo, quase sem falar nada.
Se por coisas do destino tiver que ir para longe do convívio familiar, num abrigo, é bom que se diga que o experiente não é frágil como um cristal, nem se acaba aos cacos, mas não dispensa o polimento e que não se deve jogá-lo ao chão! Está apenas mais próximo de devolver sua "vestimenta", pois permitiu-lhe Deus que a usasse até o rompimento das malhas, abrigando um espírito, este sim, do interesse divino. É lamentável que um ser tão doce seja tratado de forma ingrata e desrespeitosa, num Brasil para poucos, com uma aposentadoria irrisória ter que enfrentar filas enormes na madrugada em busca de uma assistência médica caótica, ter que suplementar a renda trabalhando, quando os pés já não lhe obedecem mais e, pior, sem emprego para os seus descendentes, vê-los beliscar seus parcos ganhos, num estímulo à preguiça e à exploração. Este ser deveria chegar ao pódium da vida vivendo-a plenamente e não apenas suportando-a, mas elaborando-a sempre, com alegria.

ORAÇÃO DO IDOSO - (João Marni de Figueirêdo)

Ó mãos, sagradas mãos, de pregos transpassadas,
Ergam-me pela manhã no despertar,
Conduzam-me por todo o dia,
Afaguem-me nas minhas dores,
Devolvam-me ao leito à hora do recolhimento,
E, por ocasião do meu final, abracem-me para todo o sempre

Por: João Marni de Figueiredo



"Qualquer idéia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua..." (Mário Quintana)



Ele vem aí, não demora não, ele vem aí com uma vassoura na mão! - José do Vale Pinheiro Feitosa

O vocábulo udenismo notado no dicionário Houaiss fala apenas da filiação partidária a um partido que existia antes de 1964, chamado UDN. É um cuidado de dicionário de uma pobreza histórica, pois a palavra passou para a história como aquele programa de se fazer política sempre através da denúncia da corrupção. O udenismo foi uma das armas da perseguição política exercida pelo regime militar com as chamadas cassações por corrupção, hoje se sabe mais feitas para tirar adversários do jogo político do que propriamente para solucionar a questão de origem. A verdade é que os cassados nunca tiveram acesso aos processos que o cassaram e por consequência a nenhuma defesa.

Instigada pela mídia nacional e pautada por uma realidade mercantilista em que tudo é dinheiro, a população cai como patinho nesta questão de ordem moral no particular, sem tomar consciência do mal maior (do geral) que é a dinâmica de apropriação e acumulação de riquezas que acompanhou a retomada liberal dos anos 90. Vivendo uma dinâmica de corrida para bater as entradas de renda com as saídas de consumo, a população sabe que algo muito podre acontece no reino e a mídia lhes oferece o veneno diário do mal feito por seu vizinho.

Olha os nossos problemas não estão no forró eletrônico do vizinho, no carro zero daquele orgulhoso da rua de cima, não estão apenas nas verdureiras que pretendem ganhar mais no molho de coentro. Mas a mídia nos instiga contra eles, naqueles programas policiais, de dedo em riste como a palmatória do mundo. É um estilo julgador daqueles pastores de olhos esbugalhados com os dedos sobre os pecados alheios, enquanto se julga o senhor do próprio pecado.

Este espírito linchador renascido na mídia nacional, a fazer renascer a vassoura de Jânio Quadros, a fazer pregações moralistas como se interesses não movessem esta prática. Nos idos da ditadura militar foi perseguir e extinguir quem pensasse diferente e agora não é diferente, embora tenha uma questão maior a esconder. O que escondem?

Os juros altos, por exemplo, que consomem as reservas fiscais mais do que qualquer outro programa social. Mas a mídia, diga-se de passagem, é “científica” em seus argumentos, ela não virá como um clérigo pecador a apontar os pecados alheios. Ela vem invertendo equações, desequilibrando a verdade e mudando de lugar causas e efeitos.

A quem beneficia os juros altos? Às famílias ricas do Brasil que recebem do Estado pelo dinheiro que acumularam na economia brasileira que inegavelmente e monetariamente é uma contribuição coletiva de trabalhadores e técnicos especializados. O trabalhador e o técnico, nunca receberão destes juros, eles são o que pagam, além do que já perderam para estas famílias ricas na origem da acumulação do capitalista. Então por que a grande mídia fica cheia de “argumentos” econômicos quando os juros caem?

Por que não vai mais dinheiro para a saúde pública? Vamos devagar para chegarmos a uma percepção maior. Primeiro por que a fonte do imposto para a saúde foi nas transações financeiras e estas que retiram alguma coisa das famílias pobres, abrem o “escândalo” das transações entre ricos. Segundo por que existe uma oposição beneficiária do “udenismo” renascido que precisa sangrar de meios o governo federal mesmo que à custa dos seus prefeitos e governadores. Terceiro por que alguns setores privados se beneficiam da fragilidade pública pelo subfinanciamento para ganhar um pouco mais na mercantilização da medicina. Quarto por que o Congresso Nacional foi eleito por financiamento privado e está lá para representar os interesses apontados pelos atores dos itens anteriores.

A verdade é que gastamos menos que países assemelhados ao nosso com saúde (proporção do PIB), estimulamos uma iniqüidade pervertida com os planos de saúde (já explico melhor) e estamos comprometendo uma escala enorme de programas sociais hoje exercidos em nível municipal: saúde, educação, segurança patrimonial, assistência social, etc. Estamos comprometendo por que os orçamentos municipais estão inchados de novas atribuições deste a constituinte de 1988.

Os planos de saúde são geridos por entidades privadas que lucram e lucram muito com eles, mas planos não são financiados por estas entidades. Os planos de saúde são fundos mutuais, formados por pessoas que aderem a ele e a maioria é de trabalhadores que os cria através de negociações salariais (portanto abdicando de ganho direto no bolso, por descontos em planos de saúde). Além do mais os planos de saúde se tornaram um grande negócio de vender produtos através de procedimentos o que gera um consumismo exagerado de meios e uma mercantilização perversa que só aumenta custos e diminui efeitos positivos sobre a saúde das pessoas. Os planos de saúde no Brasil por este lado do consumismo são um fator brutal de iniqüidade, quando o gasto per capita neste meio é muitas vezes superior àquele do setor público e acrescente-se o fato de que concentrado no sudeste e sul do país. A iniqüidade é de tal ordem que o consumidor padrão destes planos mora na capital de São Paulo, tem menos de cinqüenta anos e é homem.

Os agentes particulares da saúde não venderiam seus produtos, sem o esforço coletivo do povo brasileiro, através de impostos ou por formação de fundos mutuais, nem a um terço da população brasileira. Apesar dos pesares e das denúncias “udenistas” ou não, a saúde pública financiada pelo imposto dos brasileiros é a presença mais firme nas grandes questões de saúde pública e a única força que efetivamente descentraliza recursos para o interior do país.

O udenismo visa linchar alguns para subtraí-los do jogo político nacional, mas não conseguirá modificar a realidade desta civilização que tem enormes contradições, entre as quais ter que viver com o que existe de proteção social e da renda pessoal.

Torta de figos



Ingredientes
1 embalagem de pudim sabor brigadeiro (550 g)
½ pacote de manteiga derretida (100 g)
3 colheres (sopa) de farinha de trigo (30 g)
1 colher (chá) de especiarias moídas (canela, cravo e cardamomo)
½ xícara (chá) de geléia de damascos
2 colheres (sopa) de conhaque
8 a 10 figos maduros cortados em 8 gomos

Preparo
Forre com papel-manteiga o fundo de uma forma redonda de 30 cm de diâmetro. Unte e enfarinhe o papel-manteiga e as laterais da forma. Bata o pudim na batedeira (velocidade alta) até ficar levemente esbranquiçado. Reduza a velocidade da batedeira ao mínimo, acrescente a manteiga derretida e bata por mais 1 minuto. Desligue a batedeira e misture a farinha e as especiarias até obter uma massa homogênea. Despeje a massa na forma, leve ao forno pré-aquecido (160o C) e asse por cerca de 35 minutos. Misture a geléia de damascos com o conhaque, para deixá-la mais fluida. Espalhe sobre a torta já fria e distribua as fatias de figo sobre a superfície da torta. Sirva em seguida.

Rendimento: 8 porções Tempo de preparo: 15 minutos

Receita cedida por www.fleischmann.com.br

El Derecho al Delirio - Eduardo Galeano




Quis partilhar este video com uma mensagem do escritor e jornalista uruguaio, Eduardo Galeano. Ele mesmo faz a leitura do texto escrito por ele. Muito bacana!

A questão carcerária - Emerson Monteiro


Um dia, pelas ruas de Mangaratiba, cidade litorânea do Rio de Janeiro, visualizei o passeio dos detentos da Ilha Bela, antigo presídio hoje desativado. Quadro marcante, cortejo de homens válidos, corpulentos, em marcha batida, controlados por guardas e cães, a percorrer trechos daquela cidade. Alguns traziam consigo peças de artesanato de própria fabricação, oferecidas aos circunstantes por preços ocasionais. A cena ficou gravada para voltar ao pensamento quando, como agora, enfeixo a intrincada crise penitenciária brasileira. Aqueles zumbis, de olhos vazios, trajes encardidos, quais reses de tosquia, trastes da culpa, apenas arrastavam o tropel do destino à luz da vontade dos homens.

E revivo também a sensação cotidiana dos noticiosos quando exploram o mundo cão. São raros os meses em que deixam de ocupar o cardápio as rebeliões nas celas, com registros de fugas, incêndios, perdas de vidas e homicídios.

Tais aspectos percebidos significam o estrangulamento do sistema penal; refletem a estrutura da sociedade como um todo, onde deficiências indicam muito chão ainda para percorrer até a perfeição final do processo vida.

Cheira mesmo a repetição dizer que as cadeias, quais viveiros de pássaros indomáveis, converteram-se no campus da monstruosa universidade do crime, imagem conhecida, onde os apenados ali encaram desafios primitivos junto de outros em condições físicas e morais deploráveis. Daí, qual onda avassaladora, estranho relacionamento impõe e multiplica a morbidez de seres vencidos, depois lançados às sarjetas, num ciclo de miséria que aumenta os custos do subdesenvolvimento mórbido.

Intenções honestas de resolver o problema, contudo, não eliminam o atraso dessa área, vistas experiências nos países ricos, mesmo sabidas quantas falhas lá também persistem.

Planos que se cogitem devam sempre vincular a participação efetiva da força de trabalho reclusa às celas, estagnando a capacidade produtiva. Em resposta, as sentenças assim deixariam de inutilizar a mão de obra prisioneira, sobrando ao Estado o mérito de soluções criativas e geração de riqueza, alimentando e estabilizando as contas da instituição punitiva, além de profissionalizar quem chegar, de comum, sem ofício. As prisões agrícolas demonstram a viabilidade desta idéia.

Restam imaginar perspectivas novas para problema tão arcaico. O gesto de segregar aos calabouços, sem outras preocupações racionais, apenas mascara uma chaga que transborda de dor e clama decência. Compromisso pesa, pois, sobre todos os ombros, sabendo que o zelo da liberdade vem assegurado como atributo essencial, dom divino que cabe manter, sobretudo a quem necessita desde criança das poucas e limitadas oportunidades vitais.

A consagração de Lula pela intelectualidade francesa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção de pop star hoje, em Paris, durante a cerimônia de entrega do título de doutor honoris causa pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), o maior da França. Em seu discurso, o ex-chefe de Estado enalteceu o próprio mandato e multiplicou os conselhos aos líderes políticos da Europa, que atravessa uma forte crise econômica.
Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev. A cerimônia foi realizada do auditório do instituto, com a presença de acadêmicos franceses e de quatro ex-ministros de seu governo: José Dirceu, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos e Carlos Lupi. Vestido de toga, o ex-presidente chegou à sala por volta de 17h30min, acompanhado de uma batucada promovida por estudantes. Ao entrar no auditório, foi aplaudido em pé pela plateia, aos gritos de "Olé, Lula". Em seguida, tornou-se o primeiro latino-americano a receber o título da Sciences-Po, já concedido a líderes políticos como o tcheco Vaclav Havel.
Em seu discurso, o diretor do instituto, Richard Descoings, se disse "entusiasta" das conquistas obtidas pelo Brasil no mandato do petista. "O SENHOR LUTOU PARA QUE O BRASIL ALCANÇASSE UM NOVO PATAMAR INTERNACIONAL", disse, completando: "NÃO É MAIS POSSÍVEL TRATAR DE UM ASSUNTO GLOBAL SEM QUE AS AUTORIDADES BRASILEIRAS SEJAM CONSULTADAS".
Autor do "elogio" a Lula - o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Cluade Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, LAMENTOU QUE A EUROPA NÃO TENHA UM LÍDER "DE TRAJETÓRIA POLÍTICA TÃO ILUMINADA". Cssanova pediu ainda que Lula aproveitasse sua viagem para "DAR CONSELHOS AOS EUROPEUS" SOBRE GESTÃO DE DÍVIDA, DÉFICIT E CRESCIMENTO ECONÔMICO.
Lula aceitou o desafio e encarnou o conselheiro. Em um discurso de 40 minutos, citou avanços de seu governo, citando a criação de empregos, a redução da miséria, o aumento do salário mínimo e a criação do bolsa família e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff. "Não conheço um governo que tenha exercido a democracia como nós exercemos", afirmou, no tom ufanista que lhe é característico. Então, lançou-se aos conselhos. Primeiro criticou "uma geração de líderes" mundiais que "passou muito tempo acreditando no mercado, em Reagan e Tatcher", e recomendou aos líderes da União Europeia que assumam as rédeas da crise com intervenções políticas, e não mais decisões econômicas. "Não é a hora de negar a política. A União Europeia é um patrimônio da humanidade", reiterou.

ANDREI NETTO, CORRESPONDENTE - Agência Estado

lucidez

Que ninguém e nada
conspirem a meu favor.

Que o mundo permaneça alheio
e as coisas inalteradas.

Que a montanha não se mova
em minha direção e o mar
não se corte ao meio
por minha causa.

Que as estrelas nasçam e morram
sem mandarem notícias
do corredor escuro
de outras galáxias.

Que o meu bermudão não mostre seus bolsos
nem procurem nas minhas mãos moedas.

Que as minhas botas durmam
sem sonhar com as calçadas.

Que anjos não pensem em mim
nem façam da minha alma
uma aurora.

Que demônios esqueçam
o vazio da minha mente.

Que ninguém e nada
conspirem a meu favor.

Sei muito bem das emboscadas.
Da luz que finda e do grito.
Do olhar cúmplice
e da revolta.

Apartem-se do meu coração os arautos da felicidade.
Esses cães dos próprios ossos e da própria carne.

Sei do descuido, da farsa,
da longa vida que é a morte.

Que ninguém e nada prometam-me
a vida e o seu deleite em outra terra.

Que a paz dos meus chinelos
seja toda a verdade
que vejo -

sem truque,
sem medo.

A Partida- Um filme impressionante!


Por: Elton Almeida

A premiação do Oscar desse ano causou surpresa ao ignorar o francês Entre os Muros da Escola e o israelita Valsa com Bashir – duas inovadoras obras-primas – na categoria de filme de língua estrangeira, premiando o candidato japonês, até então pouco conhecido. É, entretanto, compreensível tal fato, visto que A Partida é um filme, ainda que narrativamente convencional e, de certa forma, previsível, que acumula muitos pontos positivos, sendo um ótimo drama de temática diferenciada.

departures 08 300x241 Crítica do Filme A Partida

O filme se concentra em Daigo Kobayashi (Masahiro Motoki), um ex-violoncelista, que possuía um trabalho socialmente elevado de tocar numa grande orquestra em Tóquio, que, de repente, é dissolvida por seu dono. Daigo, precisando de dinheiro, retorna à sua cidade natal, junto com a esposa, no norte do Japão, e lá consegue um inusitado emprego: torna-se um “nokanshi”, uma espécie de coveiro especial, mestre em lavar e vestir cadáveres. Essa função advém de uma antiga tradição japonesa, de deixar o morto limpo, belo e bem tratado para seu último momento, função antes exercida pelas famílias dos mortos, mas já meio esquecida e agora por conta de profissionais. Com esse emprego, Daigo consegue o dinheiro que estava precisando, mas esconde seu emprego da mulher e amigos, pois tal função é vista como algo vergonhoso e, no início, até ele assim a vê, como algo desprezível, o toque com o dejeto mortal.

É interessante observar como essa mudança na vida do protagonista engloba vários aspectos. É uma volta para a cidade natal, mas, além disso, uma volta para o passado, para o contato com pessoas de outrora e com traumas de outrora – o relacionamento mal resolvido com o pai ressurge de forma decisiva. Essa volta também é uma representação quanto à nova função de Daigo: em um Japão cada vez mais “moderno” e ocidentalizado, ele passa a lidar com uma antiga tradição tipicamente nipônica. Também, paradoxalmente, é uma época de novidade para Daigo, de lidar com a frustração no trabalho, de se adaptar, de refletir sobre sua vida e seu passado, mas também sobre a vida e a morte.

A análise que o filme oferece sobre a morte, aliás, é muito rica. Longe de clichês como “a vida é curta e é preciso aproveita-la” e “a morte é inevitável”, a trama, inicialmente, olha para a morte pelo lado material, tendo Daigo encarando as situações de seu trabalho como insólitas, ao lidar com corpos já sem vida. A morte é vista como algo plenamente corporal e o trabalho de nokanshi como um mero cuidado final com o corpo de um animal – e há uma comparação indireta muito boa, quando, após realizar um trabalho, Daigo chega em casa e há um frango morto, aos pedaços, em uma vasilha, esperando ser preparado e o protagonista fica nauseado. Mas, conforme o personagem vai se adaptando à profissão, mais ele começa a perceber o sentido e a importância desta. A morte deixa de ser vista como plenamente material, e o diretor passa a extrair poesia e beleza dos últimos momentos do corpo na Terra. O trabalho do nokanshi é então compreendido como uma função nobre, que “limpa” o morto e dá-lhe a beleza que era sua em vida, deixa-o da melhor forma possível para que sua partida deste mundo seja digna, para seu último adeus para a família seja belo. Várias cenas, em que vemos a relação da família com o morto que está sendo “preparado”, são emocionantes ao mostrar a verdade do relacionamento entre esses, seja como um adeus triste e lamentador, seja como um momento de aceitação da pessoa como ela foi em vida ou como uma despedida feliz por terem vividos juntos e sido felizes.

A forma como as pessoas fora desse núcleo vêem essa profissão também é algo curioso. Para elas, trata-se de um ofício vergonhoso, indigno e absurdo, o que implica uma visão negativa por parte destes em relação ao contato entre mortos e vivos, bem como uma negação de uma antiga tradição cultural. Esses fatores, contrastando com o amor de Daigo pela música, criam no protagonista um grande embate, à medida em que ele está descobrindo-se em um novo emprego, mas ainda sente falta de sua carreira como violoncelista, carreira muito mais respeitada e bem vista.

Ainda apostando no drama, o filme engloba a questão do relacionamento mal resolvido entre pai e filho, a distância entre eles e, em certo ponto da trama, figura uma outra tradição interessante, a da comunicação através de pedras, em que os sentimentos e significados são passados por pedras que figuram a mensagem.

Tudo isso é conduzido pelo diretor de forma extremamente cuidadosa, sensível, sensata e firme. A direção aposta em um ritmo lento, mas nunca arrastado ou irreal, em planos fixos e observadores e em uma misé-em-scene baseada nos sentimentos envolvidos, no intuito de transmitir a sensibilidade e a verdade de cada momento. O diretor ainda coordena bem seu elenco, extraindo de cada ator a interpretação na medida certa, conseguindo um resultado equilibrado e harmônico. Entretanto, exagera em certos momentos em que pensa estar extraindo uma poesia visual, mas na verdade está deixando a cena carregada e melodramática.

Um dos pontos contestáveis do filme é a sua estrutura um tanto quanto previsível e, às vezes, exagerada em sua emotividade, esbarrando em clichês e melodramas. A trilha sonora, por mais bonita e significativa, às vezes é excessiva e pleonástica. A fotografia, por outro lado, consiste em tons pastéis e um pouco dessaturados e na iluminação farta, funcionando muito bem dentro da proposta estabelecida.

No todo, A Partida é um drama de estrutura não-inovadora, mas otimamente bem realizado, que consegue levantar pontos e questões interessantes e sensíveis de forma diferenciada, além de mostrar um panorama interessante sobre um ato cultural japonês, cheio de beleza e poesia, e consistir em uma análise sobre a morte, mas também sobre a vida, as mudanças e o passado.

Filme:A Partida

Cotação ****

Okuribito. Japão, 2008. De Yojiro Takita. Com masahiro Motokim Tsutomu Yamazaki, Kazuzu Yoshiyuki e Kimiki Yo





Lídia Maria deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Partida- Um filme impressionante!":



Procurei assistir este filme logo após a leitura dos comentários sobre o mesmo, aqui no Azul Sonhado. Gostei muito, considero um dos melhores, assistido por mim ultimamente.
O Ritual de Acondicionamento dos corpos da maneira como é feito pelos atores, no filme, é impressionante. O respeito,a tranquilidade, o zelo, o silêncio,diante do corpo inerte, assim como a exatidão na execução de outros detalhes do ritual, como o uso de um pano esterilizado para fazer a lavagem do corpo, começando pelas mãos. "A limpeza tira a fadiga, a dor, e os desejos deste mundo e representa o primeiro banho de um novo nascimento." "O Ritual de Acondicionamento tem como principal objetivo, preparar o corpo morto para a partida pacífica"





Teresa de Lisieux


"Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!" "Agora compreendo que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se admirar de suas fraquezas, em edificar-se com os mínimos atos de virtude que se lhes veja praticar; antes de tudo aprendi que a caridade não deve ficar estanque no fundo do coração"
Santa Teresinha do Menino Jesus
Portal dos Santos

Teresa de Lisieux (Alençon, 2 de janeiro de 1873 — Lisieux, 30 de setembro de 1897) foi uma religiosa carmelita francesa e Doutora da Igreja. É conhecida como Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face ou, popularmente, Santa Teresinha.


Dia Mundial do Coração



Doenças cardíacas e ataques do coração são as maiores causas de mortes no mundo, sendo responsáveis por 45% de todas as mortes em países industrializados, e até 25% em outros. Também é muito limitador viver com doenças cardíacas.

Mas o "Dia Mundial do Coração” não é só sobre prevenção de doenças, é também sobre viver a vida plenamente, não importando a idade ou situação.

Você pode provocar uma grande diferença mudando alguns de seus hábitos:

Exercite-se regularmente (sim, sabemos que é difícil)

Só 30 minutos de caminhadas diárias ou algumas voltas de 10-15 minutos algumas vezes ao dia o ajudarão a ter um coração saudável por toda a vida.

Algumas atividades divertidas são:

jogging

esportes de praia

natação

ciclismo

golfe

dança

jardinagem

trabalhos domésticos

Coma bem

É uma das melhores coisas da vida. Mas não descuide de sua dieta e tente não comer comidas gordurosas, mantendo o nível de colesterol baixo.

Mantenha um peso saudável

É muito mais confortável. Se você estiver acima do peso, você estará forçando o seu coração.

Tente parar de fumar

Sabemos que é difícil, mas existem vários grupos de apoio que podem ajudar e isso fará uma grande diferença na prevenção de doenças cardíacas e também diminuirá o risco de sofrer com câncer de pulmão. Encoraje e apoie os seus amigos também.

Relaxe, corte o estresse

Sorria para a vida quando puder e tente relaxar quando possível. Você não só ficará mais feliz, como também mais saudável.

Cheque sua pressão arterial

Visite seu médico para checar sua pressão e verificar se você é hipertenso. Seu médico pode lhe recomendar um tratamento e reduzir as chances de você ter uma doença cardíaca ou um ataque do coração.

Verifique se tem diabete

Se você é diabético, terá um risco maior de ter uma doença no coração se a diabetes não for adequadamente controlada.

Verifique o nível de seu colesterol

Níveis altos de colesterol contribuem para doenças cardíacas mas, normalmente, uma dieta saudável é o bastante para trazer o nível de colesterol de volta ao normal.

Cheque sua saúde

Vá ao seu médico uma vez ao ano para um check-up, mesmo quando estiver se sentindo bem, já que os sintomas podem não ser notáveis. Seu médico irá verificar se você está realmente saudável.

Tenha um coração para a vida

Cuide bem dele para poder viver mais e melhor. Quanto mais cedo começar, melhor. Mas nunca é tarde para começar.

Fonte: World Heart Federation

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cacete: lá e cá - José Nilton Mariano Saraiva

Sábado (24.09.11): no Crato, durante uma pacífica manifestação dos professores (em greve) o fanfarrão Ciro Gomes chama uma deles de “moleque” e ainda se vangloria de ser corajoso, ao sugerir ter coragem de partir pro confronto, ao anunciar: “...vocês conhecem o meu jeito” (coisa que não é verdade, já que em tais ocasiões preventivamente sempre se cerca de uma tropa de choque). Ou alguém já viu o Ciro Gomes engrossar o pescoço quando não tem algum áulico por perto ???
Quinta-feira (29.09.11): pela manhã, em Fortaleza, na casa que deveria ser do povo (Assembléia Legislativa), antes da votação do “piso” para os professores da rede estadual de ensino (em greve), a despreparada e truculenta polícia de Cid Gomes baixa o cacete, sem dó nem piedade (e o sangue jorrou), em alguns dos indefesos barnabés que, pacificamente, reivindicavam melhorias.
Quinta-feira (29.09.11): à noite, certamente que avisado que a matéria e imagens da estapafúrdia e covarde agressão seriam veiculadas no Jornal Nacional (para todo o Brasil), no intervalo, após a “chamada” da matéria por William Bonner, Cid Gomes aparece afável e com um sorriso de Mona Lisa, a tecer loas sobre a prioridade do seu governo ao setor educacional (desdizendo o que as imagens mostrariam em seguida). E podem esperar que amanhã cedinho os jornais de Fortaleza veicularão “matéria paga” pelo Governo do Estado, de páginas inteiras, tentando justificar o injustificável.
Perguntas: Até quando os “valentes”, arrogantes e prepotentes Ferreira Gomes vão “cantar de galo”, aqui e alhures, com todo mundo dizendo amém ??? Será que o povo do Crato vai ter coragem de sufragar o candidato apoiado por Ciro Gomes pra prefeito, já que ele próprio recebeu no Crato 11.000 votos para Deputado Federal, nunca fez nada pela cidade e quando lá aparece é pra atingir moralmente homens e mulheres (trabalhadores) de bem ???

I Just Called To Say I Love You
Stevie Wonder - I Just Called To Say I Love You


Ano: 1963 - Album: #1's (Eco-Friendly Packaging)


No New Year's Day to celebrate
Não é ano novo pra comemorar
No chocolate covered candy hearts to give away
Nem corações doces cobertos de chocolates pra presentear
No first of spring
Não é começo de primavera
No song to sing
Nenhuma canção pra cantar
In fact here's just another ordinary day
De fato, é apenas mais um dia ordinário


No April rain
Não é chuva de abril
No flowers bloom
Nenhuma flor desabrochando
No wedding Saturday within the month of June
Não é um sábado de casamento no mês de junho
But what it is, is something true
Mas o que é isso? É alguma coisa, de verdade
Made up of these three words that I must say to you
Fazendo destas três palavras que eu tenho que dizer pra você


I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
I just called to say how much I care
Só liguei pra dizer o quanto eu me preocupo
I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
And I mean it from the bottom of my heart
E eu digo isso do fundo do meu coração


No summer's high
O Sol não está alto
No warm July
Não é o quente mês de julho
No harvest moon to light one tender August night
Não é lua de colheita, iluminando uma carinhosa noite de agosto
No autumn breeze
Não tem brisa de outono
No falling leaves
Nem folhas caindo
Not even time for birds to fly to southern skies
Nem é tempo dos pássaros voarem para os céus do sul


No Libra sun
Não é sol de Libra
No Halloween
Nem Haloween
No giving thanks to all the Christmas joy you bring
Nem dando graças por todos os encantos de Natal que você traz
But what it is, though old so new
Mas o que é isso, que torna novo o que é velho
To fill your heart like no three words could ever do
Pra preencher seu coração como nenhumas outras três palavras poderiam fazer


I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
I just called to say how much I care, I do
Só liguei pra dizer o quanto eu me preocupo, me preocupo
I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
And I mean it from the bottom of my heart
E eu digo isso do fundo do meu coração


I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
I just called to say how much I care, I do
Só liguei pra dizer o quanto eu me preocupo, me preocupo
I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
And I mean it from the bottom of my heart, of my heart,
E eu digo isso do fundo do meu coração, do meu coração
of my heart
Do meu coração


I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
I just called to say how much I care, I do
Só liguei pra dizer o quanto eu me preocupo, me preocupo
I just called to say I love you
Só liguei pra dizer Eu te amo
And I mean it from the bottom of my heart, of my heart,
E eu digo isso do fundo do meu coração, do meu coração
baby of my heart
Querida do meu coração

déjà vu

Não é ilusão o pressentimento
de ter vivido em outro tempo
a mesma vida e ter estado
no mesmo lugar e espaço.

Afinal a mente é um macaquinho.
E de galho em galho há instantes

em que é natural
na copa da árvore

o sol refletido
trazer-me angústia
e tanto espanto.

A árvore não muda,
assim como a vida.

Onde estou e onde estive
não foi nem é  sonho
tampouco loucura
da minha mente,

pois ela [já disse]
é um macaquinho
que apressado
não lembra

aquilo que deveria -
a batida do meu peito
contra minhas costelas.

Stevie Wonder

Pensamento para o Dia 29/09/2011


“Para se concentrar eficientemente, coloque sua atenção em uma forma que lhe dá contentamento. Sente-se em postura de lótus (padmasana) e fixe os olhos na ponta do seu nariz. No início, pratique a meditação por um minuto; em seguida, por três minutos. Poucos dias depois, tente por seis minutos e depois de algum tempo, durante nove minutos. Assim, a concentração deve ser reforçada de forma gradual, sem pressa indevida. Lentamente, a mente pode ser mantida por até meia hora; essa disciplina deve ser desenvolvida de forma constante. Com a prática, a mente ficará fixa e o poder de concentração aumentará. Para atingir a concentração e adquirir unidirecionalidade, você deve se submeter a algum nível de esforço. Você deve fixar sua mente no Senhor e manter fora do plano mental todos os outros pensamentos. Por realizar tal exercício constantemente, sua visão estará firmemente fixa no Senhor que reside em seu coração. Isto é, na verdade, o objetivo, a fruição plena da meditação.”
Sathya Sai Baba

“Prioridade: EDUCAÇÃO” - José Nilton Mariano Saraiva

Pela importância de que se reveste, pela projeção dada ao Brasil em função de, pelo ineditismo do reconhecimento de uma personalidade sul-americana por parte de uma respeitável instituição européia secular, bem como em razão das causas consistentes constantes na peça que o justifique, abaixo o...

Discurso de Luiz Inácio Lula da Silva quando do recebimento do título Doutor Honoris Causa – Sciences Po - Paris, França - 27 de setembro de 2011

Minhas amigas e meus amigos,
É uma grande honra, para mim, receber o título de Doutor Honoris Causa do Instituto de Ciências Políticas de Paris. Honra que se torna ainda maior por eu ser o primeiro latino-americano a recebê-lo. Estou profundamente grato à direção da Sciences Po e a todos os seus professores, funcionários e alunos por me conferirem uma láurea tão prestigiosa. Esta casa, a um só tempo humanística e científica, é reconhecida e admirada no mundo todo por seus elevados propósitos e pela excelência do seu corpo docente e discente. É uma instituição que representa de modo exemplar o compromisso da França com a liberdade intelectual, a dignidade da política e o aperfeiçoamento permanente da democracia. Representa essa França consciente de suas conquistas materiais e espirituais, ciosa de seus valores civilizatórios, mas nem por isso menos aberta a povos e mentalidades diferentes, à compreensão do outro. Essa França insubmissa e libertária que, durante séculos, inspirou – e continua de alguma forma inspirando – a trajetória de muitos países, entre eles o Brasil. Essa França que, desde o século 18 até os dias atuais, é tão relevante para o Brasil, seja no terreno das idéias políticas e sociais, seja na esfera da educação e da cultura, seja no que se refere às parcerias produtivas e tecnológicas.
Minhas amigas e meus amigos,
Mais do que um reconhecimento pessoal, acredito que este título de Doutor Honoris Causa é uma homenagem ao povo brasileiro, que nos últimos anos vem realizando, de modo pacífico e democrático, uma verdadeira revolução econômica e social, dando um enorme salto histórico rumo à prosperidade e à justiça. Depois de prolongada estagnação, o Brasil voltou a crescer de modo vigoroso e continuado, gerando empregos, distribuindo renda e promovendo inclusão social. Deixamos para trás um passado de frustrações e ceticismo. Os brasileiros e as brasileiras voltaram a acreditar em si mesmos e na sua capacidade de resolver problemas e superar obstáculos, por mais difíceis que sejam. Graças a um novo projeto de desenvolvimento nacional, com forte envolvimento da sociedade e intensa participação popular, conseguimos tirar 28 milhões de pessoas da miséria e levamos 39 milhões de pessoas para a classe média, no maior processo de mobilidade social da nossa história. Em oito anos e meio foram criados 16 milhões de novos empregos formais. O salário mínimo teve um aumento real de 62%, e todas as categorias de trabalhadores fizeram acordos salariais com ganhos acima da inflação. Além disso, implantamos vários programas de transferência direta de renda, dos quais se destaca o Bolsa Família, que é o principal instrumento do Fome Zero e, no final do ano passado, beneficiava 52 milhões de pessoas. Dessa forma, a desigualdade entre os brasileiros atingiu o menor patamar em 50 anos. Nos últimos dez anos, a renda per capita dos 10% mais ricos aumentou 10%, enquanto a dos 50% brasileiros mais pobres teve um ganho real de 68%. O consumo se ampliou em todas as classes, mas no segmento popular cresceu sete vezes. Os pobres passaram a ser tratados como cidadãos. Governamos para todos os brasileiros e não apenas para um terço da população, como habitualmente acontecia. Acreditamos firmemente que o desenvolvimento econômico precisa estar a serviço da redução das desigualdades sociais, sem paternalismo, promovendo a inclusão das pessoas mais pobres à plena cidadania. Acreditamos, igualmente, que isso pode, deve e será feito sem que se descuide do equilíbrio macroeconômico, combatendo com firmeza a inflação.
Minhas amigas e meus amigos,
Ao mesmo tempo que resgatávamos grande parte de nossa dívida social, trabalhamos para modernizar o país, preparando-o para os desafios produtivos e tecnológicos do século 21. Investimos fortemente em educação, pesquisa e desenvolvimento. Orgulho-me de ter criado 14 novas universidades federais e 126 extensões universitárias, democratizando e interiorizando o acesso ao ensino público. Também lançamos o Reuni, um programa para fortalecer o ensino público universitário, com a valorização dos docentes. Ele contribuiu para que dobrássemos o número de matrículas nas instituições federais. Mas não ficamos restritos a isso e instituímos o Prouni, um sistema inovador de bolsas de estudo em universidades particulares. Com ele, garantimos que 912 mil jovens de baixa renda pudessem cursar o ensino superior. E a oportunidade não foi desperdiçada: os jovens com bolsas do Prouni têm-se destacado em todas as áreas, liderando em muitos casos os exames nacionais de avaliação feitos pelo Ministério da Educação. Ou seja, bastou uma chance e a juventude brasileira deu firme resposta ao mito elitista segundo o qual a qualidade é incompatível com a ampliação das oportunidades.
Também me orgulho muito de termos inaugurado 214 novas escolas técnicas federais, que criaram possibilidades inéditas de formação profissional para a juventude. A boa qualidade do ensino na rede de escolas técnicas federais também abre as portas para as universidades, mesmo para quem trabalha durante o dia inteiro, porque durante o meu governo aumentamos o número de vagas nos cursos universitários noturnos. Esses jovens têm que CONTINUAR SONHANDO, têm que lutar para conquistar o doutoramento, para trabalhar nos diversos centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico que existem no Brasil. Deixamos de considerar a educação como um gasto para tratá-la como investimento que muda a vida das pessoas e do país. Por isso, em meus dois mandatos, triplicamos o orçamento do Ministério da Educação, que saltou de 17 bilhões de reais para 65 bilhões de reais em 2010.
Essas mudanças eram imprescindíveis, pois a garantia de acesso à educação de qualidade, da pré-escola aos cursos de pós-graduação, é um dos principais instrumentos para promover a igualdade social, combater a pobreza e assegurar um desenvolvimento econômico, científico e tecnológico sustentável em longo prazo. A EDUCAÇÃO FOI COLOCADA COMO PRIORIDADE ESTRATÉGICA PARA O PAÍS. O investimento público direto em educação passou de 3,9% do Produto Interno Bruto em 2000 para 5% em 2009. E, agora, a presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso de ampliar o investimento em educação progressivamente até atingir 7% do Produto Interno Bruto.
Minhas amigas e meus amigos,
O Brasil já tem muito a mostrar no segmento de pesquisa e desenvolvimento. A Lei da Inovação, aprovada em dezembro de 2004, incentivou as universidades a compartilhar seus projetos de pesquisa e desenvolvimento com as empresas públicas e privadas, para alavancar a inovação tecnológica no ambiente produtivo. O número de cientistas envolvidos em pesquisa e desenvolvimento passou de 126 mil em 2000 para 211 mil em 2008. E o número de patentes depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) cresceu de 21 mil em 2000 para 280 mil em 2009. Além disso, o governo federal destinou 41 bilhões de reais ao setor de pesquisa e inovação no período de 2007 a 2010, através do Programa de Aceleração do Crescimento.
Minhas amigas e meus amigos,
Uma das preocupações do meu governo – e que continua a ser um firme compromisso da presidenta Dilma – foi garantir que o crescimento econômico e os investimentos estruturantes fossem sustentáveis do ponto de vista ambiental. Nos últimos anos, o Brasil superou a falsa contradição que opunha o desenvolvimento à sustentabilidade ambiental. Nesse período, a taxa de desmatamento caiu 75%.
Em nosso governo, fixamos como meta reduzir as emissões de CO2 entre 36% e 39% até 2020. Esse compromisso foi incorporado à Política Nacional de Mudanças Climáticas, apresentada em Copenhague, em dezembro de 2009, e posteriormente transformada em lei pelo Congresso Nacional.
O Brasil é uma referência no enfrentamento dos desafios ambientais do século 21, pois é responsável por 74% das unidades de conservação criadas no mundo desde 2003. Também alcançamos recentemente o menor nível de desmatamento dos últimos 22 anos.
Minhas amigas e meus amigos, Os avanços que conquistamos nos últimos anos foram possíveis porque praticamos intensamente a democracia. Não nos limitamos a respeitá-la – o que é um dever – mas levamos suas possibilidades ao limite, promovendo um amplo processo de participação social na definição das políticas públicas. Estabelecemos uma nova relação do Estado com a sociedade, na qual todos os setores sociais foram ouvidos, mobilizados, e puderam discutir não somente com o governo, mas também entre eles próprios. Multiplicaram-se os canais de interlocução da sociedade com o Estado, o que contribuiu de modo decisivo para que crescimento econômico e desenvolvimento social caminhassem juntos. Para tanto, realizamos 74 conferências nacionais entre 2003 e 2010, precedidas por reuniões em níveis municipal e estadual , que contaram com a presença de cerca de 5 milhões de pessoas. Discutimos e aprofundamos nessas conferências temas importantes: do meio ambiente à segurança pública; dos transportes à diversidade sexual; dos direitos dos indígenas às políticas de telecomunicações; da igualdade racial à política nacional de saúde , dentre muitos outros. Conselhos de políticas públicas, com ampla representação popular, foram criados junto a todos os ministérios. Em outras palavras, apostamos decididamente na política. Porque sempre acreditamos na força da política como promotora da emancipação individual e coletiva. A participação política é o melhor antídoto contra a alienação e as tentações autoritárias.
Eu próprio sou produto da política. A luta sindical me deu a convicção de que era necessário incorporar os trabalhadores às decisões políticas. Foi por isso que, em 1980, criamos o Partido dos Trabalhadores, que em menos de 20 anos tornou-se o maior partido de esquerda da América Latina e chegou à Presidência da República. Também construímos a maior a central sindical da América Latina, a Confederação Única dos Trabalhadores. Tenho a plena convicção de que os problemas da sociedade só podem ser resolvidos com mais democracia e mais envolvimento da sociedade no exercício do poder.
Minhas amigas e meus amigos,
O Brasil não está sozinho nessa trajetória virtuosa, que reuniu democracia, desenvolvimento econômico e justiça social. A esperança progressista do mundo, hoje, navega no vento que sopra do Sul. A América do Sul não é mais o estuário dos problemas do mundo, e sim a mais promissora fronteira da luta pela justiça social em nosso tempo. Sem os países em desenvolvimento, não será possível abrir um novo ciclo de expansão que combine crescimento, combate à fome e à pobreza, redução das desigualdades sociais e preservação ambiental. No momento em que se está constituindo um mundo multipolar, a América do Sul afirma a sua presença no plano internacional, renovando a confiança em si e na capacidade de seus povos de construir um destino comum de democracia e crescimento econômico com inclusão social. Vivemos numa região de paz. Não há ódio religioso entre nós. Os governantes de todos os nossos países foram eleitos em pleitos democráticos e com ampla participação popular. A democracia é o nosso idioma comum.
Minhas amigas e meus amigos,
Avançamos muito no Brasil nos últimos anos. Ampliamos a inclusão social e a democracia se fortalece cada vez mais. Elegemos, pela primeira vez na nossa história, uma mulher para a Presidência da República. Fizemos muito, mas ainda há muito por ser feito. E o governo da presidenta Dilma Rousseff assume esta responsabilidade. Lançou o programa Brasil sem Miséria para erradicar totalmente a extrema pobreza. Fortaleceu a área da educação, ao ampliar o programa e ensino técnico e aumentar o número de bolsas de estudos no exterior. O lançamento de uma nova política industrial, com o programa Brasil Maior, fortalecerá a inovação e a competitividade. Por último, quero enfatizar que o conhecimento e a informação são cada vez mais importantes para o aprimoramento espiritual da Humanidade e também para viabilizar o progresso econômico e o bem-estar dos povos. O governante que não enxerga isso, não está preparado para governar uma Nação. Governante que não sonha não transmite esperança. Agradeço novamente à Science Po por ter sido agraciado o título de Doutor Honoris Causa e estou honrado por fazer parte do seleto grupo de pessoas que mereceram esta honra.
Muito obrigado.

Samba do Crioulo Doido
(Sergio Porto)

"Este é o samba do crioulo doido.
A história de um compositor que durante muitos anos obedeceu o regulamento,
E só fez samba sobre a história do brasil.
E tome de incofidência, abolição, proclamação, chica da silva, e o coitado do crioulo tendo que aprender tudo isso para o enredo da escola.
Até que no ano passado escolheram um tema complicado: a atual conjuntura.
Aí o crioulo endoidou de vez, e saiu este samba:"

"Foi em diamantina onde nasceu j.k.
E a princesa leopoldina lá resolveu se casar
Mas chica da silva tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa a se casar com tiradentes
Laiá, laiá, laiá, o bode que deu vou te contar

Joaquim josé, que também é da silva xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu pedro segundo
Das estradas de minas, seguiu p'rá são paulo
E falou com anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a dom pedro
E acabou com a falceta
Da união deles dois ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão

Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
A leopoldina virou trem
E dom pedro é uma estação também
Oô, oô, oô, o trem té atrasado ou já passou..."



Postado por Aloísio no blog No Azul Sonhado em 29 de setembro de 2011 08:35


* Sinopse
A Pequena Órfã é um dos filmes mais recentes da lendária Sophia Loren e do astro Giancarlo Giannini (O Inocente). A direção é da experiente Lina Wertmüller, de Mimi, o Metalúrgico e Pasqualino, Sete Belezas. Itália, final do século XIX. Dona de uma fábrica de macarrão, Francesca se casa com o príncipe Giordano, com quem tem nove filhos. Para pagar uma promessa, adota ainda uma órfã chamada Nunziata, que se torna sua filha mais dedicada. Anos depois, quando o filho mais velho de Francesca retorna da faculdade, Nunziata se apaixona por ele. Um amor proibido que causará muitos problemas para essa grande família. A Pequena Órfã é um emocionante romance de época indicado para os fãs de Sophia Loren e do cinema italiano.
http://www.interfilmes.com/filme_19246_a.pequena.orfa.html



Na Rádio Azul


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Acréscimo pelos que lembram o beijo - José do Vale Pinheiro Feitosa

E-mail para o Val Carvalho a respeito de um conflito com a mulher, após ter recebido de uma antiga namorada, um mail com beijos e lembranças.


Nestes anos tenebrosos, não dá para esconder foi com um beijo que Judas traiu Jesus.
Foi com beijos que Messalina dissipou a cultura da autoridade na imperial Roma.
Com um simples beijo nossas mães nos deu proteção para, do distante, retornar ilesos.
Com beijos os dois se fundiram até a explosão que promete mais e, por vezes, leva até terceiros.


Afinal que instrumento é este?
Aquele que absorve, pela boca como se ao outro incorporasse,
E até no nordeste se mistura ao olfato no sensível cheiro que além de absorver, aspira.
É o maior instrumento de intimidade e jamais poderia dissolver qualquer coisa em volta.


Mas nestes tempos tenebrosos existem os beijos do ciúme,
Os beijos que de lágrimas escoem queixumes,
Os beijos que na face fria procura vida no cadáver,
Os beijos que na terra fértil promete safra.


E existem tantos beijos que uma simples tela animada de computador,
Não poderia de mim te afastares, pois se o fizeres,
Debruço-me no chão e até teus pés beijarei.
Não te vás.

Nélida Piñon



Nélida Cuiñas Piñon (Rio de Janeiro, 3 de maio de 1937) é uma escritora brasileira, e imortal da Academia Brasileira de Letras, que já presidiu.

"Se a imaginação edifica enredos de amor, o corpo fatalmente sofre seus efeitos."


"Pensar é um dos atos mais eróticos na vida de uma pessoa" 


"O ser humano é um peregrino. É só na aparência que ele tem uma geografia. "

wikipédia

O perigo me espreita
Observo longe

No ciclo do tumulto
Aceito os respingos

Vida dura
Coração mole
Aceito o meu destino

Nesse instante
Algo se abate sobre o mundo
Uma onda alta de amor
Alcança o céu,
E joga por terra
Pedaços de dor.

(socorro moreira)

Apenas uma flor - Por : Rosa Guerrera



Será que você já parou para pensar alguma vez que não vale a pena se prender a dores e decepções que aconteceram na sua vida ? Será que você já fez uma análise que tudo é tão rápido, o tempo é tão veloz , que de nada adianta recolher lágrimas da noite que passou ?Será que a nuvem que escureceu ontem o seu sonho vai ser um eterno obstáculo para que você não enxergue como é radiosa e brilhante a luz do sol ? O sofrimento faz parte da vida ! A dor também ! Mas , a alegria e a felicidade existem ... E você tem direito a conhecê-las porque VOCÊ TAMBÉM EXISTE ! Então ...o que está esperando ? ABRA UM SORRISO PARA O MUNDO , e você escutará como num passe de mágica que todas as esperanças sorrirão para você ! Feche a porta por onde passou, e jogue fora a chave. Olha só , que horizonte lindo está despontando bem pertinho na sua frente ! Corra de encontro a ele e comece a plantar uma nova flor. Uma flor cheia de PAZ.



rosa gurrera

por João Nicodemos



O melhor lugar é agora

Não importa aonde

Se estamos juntos

O tempo se expande


O melhor lugar é agora

É agora , e agora é sempre


O melhor lugar do mundo

Somos nós

Juntos !

Amanhã é dia de nhoque !



Ingredientes
1 kg e meio de mandioca cozida e amassada
- 2 ovos
- sal a gosto
- 2 a 3 colheres (sopa) de farinha de trigo

- 300 g de mussarela cortada em cubos médios

Para o Molho :
- 1 colher (sopa) de manteiga
- 1 cebola picada
- 1 dente de alho picado
- ervas picadas a gosto (sálvia e tomilho)
- 2 tomates cortados em cubinhos e sem semente
- 1 xícara (chá) de caldo de frango (1
tablete de caldo de
frango dissolvido em 1 xícara de chá de água)
- 520 g de molho de tomate

- 500 g de peito de frango cozido e desfiado

Para regar:
- 1 copo de requeijão cremoso
- salsinha bem picadinha para polvilhar
- sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo
- Numa tigela misture muito bem a mandioca cozida e amassada, os ovos e sal a gosto. Incorpore de 2 a 3 colheres (sopa) de farinha de trigo amassando com as mãos até que a massa desprenda das mãos.

2- Com a massa faça bolinhas grandes (+/-30 g do tamanho de uma bolinha de ping-pong).

3- Recheie cada bolinha com um cubo de queijo mussarela e vá arrumando numa travessa. Faça isso com toda a massa. Reserve.

4- Numa panela em fogo médio coloque a manteiga e refogue a cebola picada, o dente de alho picado
ervas picadas a gosto (sálvia e tomilho) por uns 5 minutos. Acrescente os tomates cortados em cubinhos e sem sementes e refogue por mais 3 minutos. Junte o de caldo de frango (1 tablete de caldo de frango
dissolvido em 1 xícara de chá de água), o molho de tomate pronto (1 caixinha) e o peito de frango cozido e desfiado. Adicione sal e pimenta-do-reino a gosto e cozinhe por mais 5 minutos.

5- Depois jogue o molho de frango por cima dos inhocões de mandioca, espalhe o requeijão cremoso e polvilhe salsinha picada a gosto. Leve ao forno pré-aquecido a 250º C por 15 minutos para gratinar.

Cyber Cook.

Deborah Kerr


Deborah Jane Kerr-Trimmer, CBE (Helensburgh, 30 de Setembro de 1921 — Suffolk, 16 de outubro de 2007) foi uma atriz britânica nascida na Escócia. Recebeu um Óscar honorário por sua carreira, que sempre representou perfeição, disciplina e elegância. Foi homenageada pela Rainha do Reino Unido com a Ordem do Império Britânico.

Johnny Mathis




Nascido em Gilmer, Texas, no dia 30 de Setembro de 1935. Viveu boa parte da sua infância em São Francisco, Califórnia. Mathis começou a cantar publicamente na escola e em eventos da igreja, o pai rapidamente comprovou o talento do filho e providenciou escolas de canto. O pai de Mathis contratou um professor de voz quando ele tinha aproximadamente treze anos. Ele permanece um dos poucos cantores populares que receberam ajuda profissional para cantar e o treino incluiu ópera.

.wikipedia.org/wiki/Johnny_Mathis

Sérgio Porto



Sérgio Marcus Rangel Porto (Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 1923 — Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1968) foi um cronista, escritor, radialista e compositor brasileiro. Era mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta


"A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidende de que eles vêm lutando pelo progresse de nosso subdesenvolvimento."


amálgama

Antes que eu morra meus lábios ficam dormentes,
uma borboleta azul entra por meu ouvido direito
e sai uma bailarina de porcelana pelo esquerdo.

Amor não é somente o mel das abelhas.
Mas os zangões com seus infortúnios
e as escravas que tecem
a pelugem da rainha.

Amor não é saudade.
É delicada ausência
que junta os pontos
da cicatriz do ferido.

Amor não é posse.
É uma fatia de pão
dividida com todas
formigas do quarto.

Antes que eu morra meus olhos explodem
e duas estrelas ocupam o lugar no rosto.

A Ganância dos Irracionais e a Negligência Humana. Por: Lídia Maria Lima Batista



Sexta-feira, em nossa casa, Washington assiste “Vídeos do Mundo Animal”. Sento e acompanho o vídeo que mostra uma família de Leopardos. Animais imponentes, bonitos, ferozes, rápidos. Famintos, os leopardos aguardam uma oportunidade para conseguir alimento. Observam o ambiente sondando cuidadosamente o espaço em que se encontram. De repente uma Gazela. Coitada! Fico apreensiva. A fêmea do leopardo, espreita a presa. A gazela sente-se ameaçada e corre, não consegue escapar. Com fúria a fêmea, em pouco tempo, sangra a Gazela e o restante da família chega para a festa. Que coisa funesta! É chocante! Tanta mordida, tanto estrago! Depois de saciarem a fome, deixam a sobra para outros carnívoros que se aproximam. Abutres africanos caem com gosto usando seus bicos afiados e garras pontiagudas sobre a carcaça da pobre gazela. Por último, uma Hiena recolhe o quase inexistente do animal abatido, participando do banquete que finalmente termina. Fico enjoada com tanta selvageria. Também matamos animais, os mais diversos, pra consumi-los conforme nosso gosto e paladar. Cadeia alimentar, lei da sobrevivência, tudo tão perverso!
Uns matam banalmente outros seres humanos. Isso é tenebroso! Existem tantos aspectos sombrios na natureza humana: hipocrisia, omissão, orgulho, egoísmo, indiferença, desrespeito... Não resta dúvida, a humanidade vivencia um processo decadente. Muitos fatos que hoje constatamos apontam para um declínio contínuo.
Será que estamos em marcha ré pro tempo das cavernas? — Não, não estamos, só deixamos de usar em muitas ocasiões nossa inteligência (uso da Razão).

Curtas e Curta com o Beijo. Por Liduina Vilar.

O beijo dado com amor
é gostoso degustar
o beijo de qualquer jeito,
é bom para aliviar.

Beijo na testa acaricia
beijo na mão é respeito
beijo na face é ternura
beijo na boca é afeto.


A luz é quente
O amor transparente

O ser iluminado
fica invisível ,
na janela do quarto

Céu iluminado
esconde o maltrato
- a cidade e o por-do-sol
se misturam.

Mente flash
Água parada
Rubro negro
Índico blue
Orla miragem

Volátil tempo
Instante arte
Tocha laranja
Onde , o lamento ?
Reza o olhar, quando sente !

(socorro moreira)

Efígie - Por : Rosa Catarina




Meu pai deu adeus...
Livrou-se do cansaço dos anos
E da sua consciência abstrata.
Semeou o bem, não plantou desenganos.
Mas sua imagem ficou:
Na memória da estante da sala,
Onde está seu tesouro:
Os livros que tanto citou;
Hoje seu maior legado,
Que uma traça banqueteou.
Ficou na memória da quina da mesa,
Na cadeira do canto da varanda,
Nos retos caminhos que trilhou
E nas horas da minha saudade.
Meu pai deu adeus...
E eu, aceno chorando.

Rosa Catarina – Cadeira Nº 37 Patronesse Ruth Alencar Leão

Ela é esposa do Fausto Guimarães (Ex-Diretor do Colégio Diocesano do Crato).
Esse casal está preso à cultura do Cariri há 4 décadas.
Residem em Fortaleza , mas mantém uma casa para temporadas , no Bairro do Grangeiro.

Vitalinas- Por : Raquel de Queiroz



O Cruzeiro - 19 de setembro de 1959.
.
Vitalinas

“E tira o pó, Vitalina,
Bota o pó, Vitalina,
Môça velha não sai mais do caritó”

(cantiga popular)


Da Bahia para o Sul, pouca gente saberá o que é vitalina e o que é caritó. Caritó é a pequena prateleira no alto da parede, ou nicho nas casas de taipa, onde as mulheres escondem fora do alcance das crianças, o carretel de linha, o pente, o pedaçõ de fumo, o cachimbo. Vitalina, conforme a popularizou a cantiga, é a solteirona, a môça-velha que se enfeita - bota pó e tira pó - mas não encontra marido. E assim, a vitalina que ficou no caritó é como quem diz que ficou na prateleira, sem uso, esquecida, guardada intacta.

As cidades grandes já hoje quase desconhecem essa relíquia da civilização cristã, que é a solteirona, a donzela profissional. Porque, se hoje como sempre, continuam a exisitir as mulheres que não casam, elas agora vão para tôda a parte, menos para o caritó. Para as repartições e os escritórios e os balcões de loja, para as bancas de professôra, e até mesmo, Deus que me perdoe, para êsses amôres melancólicos e irregulares com um home que tem outros compromissos, e que não lhes pode dar senão algumas poucas horas, de espaço a espaço, e assim mesmo fugitivas e escondidas.

De qualquer forma, elas já não se sentem nem são consideradas um refugo, uma excrecência, aquelas a quem ninguém quis e que não têm um lugar seu em parte nenhuma.

Pela província, contudo, é diferente. Na próvíncia os preconceitos ainda são poderosos, ainda mantêm presa a mulher que não tem homem de seu (o “homem de uso”, como se chama às vezes ao marido...) e assim, na província a instituição da titia ainda funciona com bastante esplendor. E o curioso é que raramente são as môças feias, as imprestáveis, as geniosas, que ficam no caritó. Às vezes elas são bonitas e prendadas, e até mesmo arranjadas, com alguma renda ou propriedade, e contudo o alusivo marido não apareceu. Talvez porque elas se revelaram menos agressivas, ou mais ineptas, ou menos ajudadas da família na caçada matrimonial?

A gente as conhece mocinhas, botões de flor cheios de esperança e de graça adolescente. Que pele, que dentes, que cabelos, que cintura! Por uns anos se deixa de vê-las, e então quase não se as conhece mais - ressequidas ou obesas, azêdas, beatas. Fazendo crochê ou se especializando em outras coisas igualmente inúteis, ressentidas, solitárias, queixando-se de imaginários achaques, e tão semelhantes ao tipo caricatural da solteirona pintado nos livros e nos palcos, que até parece escolheram o modêlo e o copiam com exemplar fidelidade.

Falta de homem? Bem, é um dos motivos. Na próvíncia os homens emigram muito. E para onde emigram, casam. Depois, também contribuiu para a existência das solteironas a reclusão mourisca que muito pai ainda costuma impor às filhas môças. Cobra que não anda não engole sapo. Aí, por estas províncias além ainda existe muito pai carrança que só deixa a filha sair para ver a Deus ou aos parentes, e assim mesmo muito bem acompanhada. Reclusas, as meninas vão ficando tímidas, e dentro de um pouco, já são elas próprias que se escondem com cerimônia dos estranhos.

Depois, - parece incrível - mas o egoísmo das mães também contribui. Uma filha môça, no interior, não é, como na China, uma praga dos deuses. É, ao contrário, uma auxiliar barata e preciosa, a ama-sêca dos irmãos menores, a professôra, a costureira, o “descanso da mãe”. E então as mães, para não perderem a ajudante insubstituível, se associam aos pais no zelo exagerado, traindo a solidariedade do sexo por outra mais imperiosa, a solidariedade na exploração.

Menina de cidade, passeando de lambreta, morando nos cinemas, mal sabe como é dura a sorte da mocinha de interior. Nas famílias mais pobres, então! De pequenina, sete a oito anos, já recebe um irmão menor para criar, e o uso é que o crie completamente, assumindo tôda a responsabilidade, como se a própria mãe o fôra. Fazer mingau, banhar o menino, balançá-lo para dormir, atendê-lo à noite (inclusive nas doenças), carregá-lo. Às vezes são tão pequeninas que não podem com o irmão nos braços e por isso inventaram o uso de o carregar no quadril, e têm delas que ficam tortas, só do pêso permanente que levam do lado direito durante tôda a infância. Também das meninas é a obrigação de trazer água para casa; e, quando os irmãos crescem, são elas que lhes lavam e engomam a roupa e cozinham a comida. Nas famílias mais pobres elas também vão para o roçado, junto com os homens de casa, limpar de enxada. E o sinal de que uma família tem môça muito mimosa e de bom trato, é dizer-lhe que ela não sabe o que é enxada. Mas apanhar feijão e algodão tôdas apanham, mesmo as de luxo.

E, enquanto isso, que faz a mãe? A mãe dá conta da obrigação de Eva, e bota filhos no mundo, regularmente, um por ano. Doze, quinze, dezesseis, vinte. Escangalhadas por tanta maternidade, pelos partos mal assisitidos, aos trinta anos já são umas megeras, sem carnes e sem dentes, e passam a vida acocoradas no batente da porta ou à beira do fogo, fumando cachimbo, enquanto o feto lhe cresce nas entranhas, e as meninas trabalham.

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Aliás, me desviei das vitalinas. Porque essas meninas muito pobres quase sempre acham marido. As titias proliferam com abundância é na classe dos remediados e dos meio-ricos. Não que a môça nestes grupos esteja sujeita a uma escravidão menor. Apenas o trabalho é menos duro nas casdas onde se pode pagar uma empregada, ou onde se tem aquela outra mártir doméstica, - a menina que de garôta se tomou para “criar”. A que chama os patrões de “padrinhos”, pequena escrava para quem a Princesa Isabel nunca exisitiu. A primeira que acorda, a última que dorme, não há serviço, por pior, que não lhe imponham, nem direito, por menor, que lhe reconheçam. Para dormir tem uma rêde armada a um canto, come às pressas na cozinha o resto das panelas, veste a roupa velha das meninas da casa e lá um vestido de chita nova, nas festas. Essas, contudo, embora raramente se casem, (ou fujam e “se percam”), pois as madrinhas desviam qualquer pretendente no susto de perderam a cativa, depois de mulheres feitas quase nunca realizam a figura da vitalina guardada no caritó. De escravas que foram quase sempre se transformam em tiranas, assumem a direção da casa quando a senhora envelhece e as môças indolentes não a disputam. Viram-se na Dindinha, na Mãe-Titó, na Tia-Bá, eminência negra ou parda em cujas mãos capazes fica pràticamente entregue o govêrno da família.

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Não sei o que dirá disso a moral tradicional, mas creio que, felizmente, a existência da vitalina, mesmo na província, já anda perto do fim. A instituição da “môça livre” ou da “mulher de carreira”, segundo os modelos da América e da Europa, já tão bem copiada no Rio e em São Paulo, é uma tentação muito grande. Qual a môça que tendo possibilidade de viver do seu emprêgo, no seu próprio apartamento, onde, se lhe falta o aconchego do marido, restam sempre os consolos da liberdade, qual a môça que escolherá viver de favor em casa do irmão, sob a tirania da cunhada?

Será um mal a substituir outro, dirão. Pois bem nenhum sairá dessa nova liberdade. A isso não respondo, que não sei: o que posso dizer é que será, de qualquer jeito, um mal muito menos melancólico.

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Miles Davis



Miles Dewey Davis Jr (Alton, 26 de Maio de 1926 – Santa Monica, 28 de Setembro de 1991) foi um trompetista, compositor e bandleader de jazz norte-americano.

Considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimentos do jazz desde a Segunda Guerra Mundial até a década de 1990. Ele participou de várias gravações do bebop e das primeiras gravações do cool jazz. Foi parte do desenvolvimento do jazz modal, e também do jazz fusion que originou-se do trabalho dele com outros músicos no final da década de 1960 e no começo da década de 1970.

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