Zózimo Bulbul (Rio de Janeiro, 1937 — Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2013) foi um ator, cineasta e roteirista brasileiro. Em 1969, se tornou o primeiro negro a ser protagonista de uma novela brasileira, Vidas em Conflito da TV Excelsior.
Atuou em As Filhas do Vento e no premiado Pureza Proibida.
Morreu em 24 de janeiro de 2013 em consequências de um câncer no colo do intestino.
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Pterossauro
"Todas as coisas têm o seu mistério,
e
a poesia é o mistério de todas as coisas."
Lorca
Os Anos 70-80
, no Cariri, se caracterizaram principalmente, na área cultural, por um intenso
movimento de Contracultura, estudado,
meticulosa e cientificamente, muitos anos depois, pelos olhos atilados do professor Roberto Marques. Jovens estudantes, bafejados
pelas ondas liberalizantes de Maio de 68; de Woodstock; dos Hippies; da pílula e da disseminação das drogas;
oprimidos, por outro lado, pela Ditadura Militar; sentiram-se tocados na sua
criatividade, investindo contra a institucionalizada e centenária Cultura caririense.
O Teatro investiu-se de novas linguagens, através dos movimentos estudantis,
despertando nomes como Ronaldo Correia Lima, Francisco de Assis Souza Lima,
Luiz Carlos Salatiel, José do Vale Filho,
Renato Dantas , Gil Grangeiro, encenando Brecht, Ariano Suassuna e peças
de cunho mais autoral. O Cinema trouxe nomes , alguns ainda hoje fortíssimos no
cenário nacional, como Rosemberg Cariri, Jéfferson Albuquerque, Hermano Penna,
José Hélder Martins, Jackson Bantim. Nas Artes Plásticas brotaram : Stênio Diniz, Luiz karimai, Normando, Edélson
Diniz, Janjão e muitos outros. Na Música : Abidoral e Pachelly Jamacaru, Luiz
Carlos Salatiel, Thiago Araripe, João do Crato, Luiz Fidelis, Zé Nilton
Figueiredo, Heládio Figueiredo, Cleivan Paiva. A Literatura nos brindou com : Ronaldo Brito, Francisco de
Assis Souza Lima, Emérson Monteiro, J. Flávio Vieira, Roberto Jamacaru e
Geraldo Urano. Todos estes artistas e tantos outros se conglomeraram em jornais
como “Vanguarda” e “Flor de Pequi”; em publicações como “Cariri Jovem 68 e 69”;
nas dez edições dos “Festivais da Canção
do Cariri”; nos “Salões de Outubro”, no “Grupo de Artes Por Exemplo” e no “Xá de Flor”.
Todo este período áureo da Cultura Caririense, já estudado tecnicamente e com tanto rigor pelo professor Roberto
Marques, está a merecer um trabalho de cunho mais jornalístico , uma biografia
lúdica destes lúdicos-loucos tempos.
Este
pequeno relato pode parecer irrelevante e enfadonho para quem não viveu esta época.
Tende a parecer coisa de velho curuca contando para os seus netos : “Meninos,
eu vi!”. Mas, paciência ! Ele surgiu, por conta de uma das mais sensacionais
notícias dos últimos tempos. O “Instituto Caravelas” acaba de montar uma
Exposição junto ao Centro Cultural Banco do Nordeste em homenagem a um poeta
icônico da nossa região : Geraldo Urano. Durante toda uma semana convivemos com
shows, performances poéticas, mesas redondas e uma Exposição cuidadosa, expondo
a obra do nosso grande bardo. E o mais interessante de tudo : a iniciativa
partiu do Instituto Caravelas que tem no
seu corpo amantes da arte da novíssima geração.
A
homenagem é mais que merecida. Geraldo Batista, Urano, Mérkur, Efe,
multiplanetário, foi o mais importante
poeta caririense dos últimos quarenta anos. Mais que ninguém, Geraldo captou
este multifacetado período histórico, pleno de enormes incongruências , de
contrastes incontáveis, onde todas as chagas da civilização ficaram
imediatamente expostas e era preciso mudar tudo e mudar rápido. Sua poética é
única : sem data, sem fronteiras geográficas ou políticas, perpassada por uma
fina e doce ironia. Os primeiros rudimentos do Tropicalismo em terras cearenses
saíram de suas performances nos nossos primeiros Festivais. Pronto a adentrar os sessenta anos, recluso,
nosso bardo, mais que nunca prova que a Arte é capaz de quebrar os cadeados de
qualquer cativeiro. Suas letras foram
musicadas por incontáveis parceiros : Abidoral, Pachelly, Luiz Carlos Salatiel,
Cleivan Paiva, Calazans Callou. É dele a letra do principal hino deste período
: “Lua de Oslo”.
Em
Arte, como nos fenômenos geológicos, os movimentos culturais vão se sobrepondo,
como placas sedimentares. O novo nem percebe que está necessariamente montado
no velho, no arcaico. O presente é, necessariamente, o passado remasterizado.
Algumas vezes, o moderno faz prospecções e se encanta ao descobrir preciosas
peças soterradas na história, mas sempre as vê com a curiosidade do arqueólogo,
como fósseis. A descoberta de Geraldo Urano pelas novas gerações compara-se à
descoberta, pela ciência, de um pterossauro vivo. Foi assim que o nosso poeta
surgiu para os olhos brilhantes de inúmeros adolescentes nas performances
poéticas. Levantou vôo , trazendo no bico o mistério de todas as coisas, vinha
novamente de Urano, de Mercúrio, de Vênus , de Marte, do infinito : lá onde
os poetas tecem seus ninhos.
J. Flávio Vieira
Leny Andrade, (Rio de Janeiro, 25 de janeiro 1943) é uma cantora brasileira .
Começou a carreira cantando em boates, morou cinco anos no México e passou boa parte da vida morando nos Estados Unidos e Europa.
Participou de programas de calouros em rádios e ganhou uma bolsa de estudos para o Conservatório Brasileiro de Música. Estreou profissionalmente como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves passando mais tarde a cantar nas boates Bacará (com o trio de Sérgio Mendes) e Bottle's Bar, no Beco das garrafas, reduto de boêmios e músicos do movimento musical urbano carioca surgido em 1957, a bossa nova .
Em 1965 alcançou grande sucesso com o espetáculo Gemini V atuando com Pery Ribeiro e o Bossa Três na boate Porão 73, lançado um disco gravado ao vivo. Leny, por muitos considerada a maior cantora brasileira de jazz
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