por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 5 de abril de 2011

O BARQUEIRO



 O BARQUEIRO

Um barco me transporta no rio largo.
A vinha carregada, uvas e vinho,
me espera do outro lado.
Por que temer, em meio ao esquecimento?

As formas se enfileiram sobre as águas,
dão-se as mãos, amorosamente.
Uma luminosidade diáfana envolve-nos.

O mistério é suave, flutua conosco.
As minhas palavras são o trigo e o fermento.

O sol doura o pão e doura a fome.
A língua canta ao ritmo dos remos.


A ALMA LEVE

Prostro-me por terra
na vinha do Senhor.

A uva tinge-me o corpo
e a alma leve.




"Pernas, pra que te quero"?- por socorro moreira


Nos anos 50, desde os  meus 4 anos, minha mãe estimulou-me ,a comunicação. Correspondi-me com um tio, que trabalhava nos Correios em Olinda, e isso por alguns anos.
Na década de 60, adolescente, namorava por correspondência.Namoros à distância  tinha a sua magia. Cada carta que chegava era lida, respondida, relida, decorada... 
Nos  anos 70 descobri o rádio-amadorismo. Ficava nas madrugas, modulando ,com pessoas distantes. Até envolvia, e me envolvia. 
Nos anos 80, nada virtuais, gozava a noite, a boemia, e a madrugada. Naquele tempo, a comunicação era musical. 
No final dos anos 90, chegou a navegação na internet.Experimentei salas de chat, por uns dois ou três anos...Não nego!
Em 2000, em meados de dois mil, chegou a febre do “orkut”, e-mails, até esta vivência atual,de ser "blogueira".
Como sempre, lá pra frente, a vida promete fechar seus ciclos. Queria voltar aos papeis de carta, aos envelopes bem selados, lambidos e beijados....Mas é tarde !
O sentimentalismo mudou , no coração da gente. Nem longos telefonemas, nem celulares...Por favor, ninguém aguenta!
Estamos nos tornando solitários. Fugimos das festas, dos bares, e optamos por raríssimos lugares.
É assim que a cama e o quarto nos acolhem- cansados de tanta vida.
Desejamos uma sentada na varanda, olhar sideral, surpresas no mundo onírico, em contraponto com o dia a dia real (problemático e sofrido).
Hoje estive numa cidade turística. Comi um prato inusitado, que nem existe, entre os congelados do São Luiís. Dizem que estamos na época da Gastronomia. Essa fase será culminada pelo rango natural, em fogão de lenha e panelas de barro... Oxalá!
“Pernas, pra que te quero”, se não tenho pique pra dançar?
Pernas, me levem por novos caminhos de qualquer lugar. Meu sistema circulatório, agradece !

SIDERAL - por Stela Siebra

No mapa astrológico o Ascendente é considerado o impulso de orientação, porque é o signo que está subindo no horizonte oriental no momento do nascimento. Por isso é ele quem inicia o percurso do Mapa astrológico pelas 12 Casas. É a ponta da Casa I, a casa da nossa identidade, aquela que mostra nossa fachada, nosso temperamento e comportamento. Daí a importância do Ascendente, porque o princípio desse signo é quem vai dar o horizonte de nossa vida, simbolizando nossa forma de expressão imediata e espontânea. O Ascendente é como nos mostramos como somos vistos, como inauguramos a vida


ASCENDENTE CÂNCER:
Oriente-se através de memórias

Você precisa lembrar que é de sua natureza a introspecção e a necessidade de intimidade. É por aí que você começa a orientar-se. Não se aflija, é assim mesmo. Primeiro você precisa se ambientar com o lugar, com o fato ou pessoa, para só depois ir se mostrando, se apresentando, se colocando com toda sua sensibilidade e tenacidade. E por falar em tenacidade... tal qual o caranguejo faz com suas garras, você não solta facilmente o que segura. Essa tenacidade faz você agarrar-se aos seus sentimentos, opiniões e racionalizações, dando-lhe a convicção de saber o que é melhor para você mesmo.

Verifique nos momentos difíceis, em que se sente desorientado, se você está ou não seguindo a sinalização canceriana de deixar-se guiar por seus sentimentos e convicções.

Saiba, também, que para acender a estrela do seu Ascendente, você tem a considerar que, apesar da inicial timidez e do seu constante senso de auto-proteção, você não deve viver entocado na sua concha protetora. É bom respeitar seu ritmo e sua cadência, é verdade, mas não tema tanto perder a segurança do seu abrigo. De vez em quando é preciso se desentocar, porque é chegado o tempo de sair ao sol.

Outra coisa: oriente-se e deixe-se guiar por sua intuição. Ela o fará mais sincronizado com as pessoas certas, os momentos e os lugares certos. Mas lembre-se de não se deixar esmagar por sua sensibilidade. Encontre os meios adequados para usá-la em seu próprio favor, expressando-a de forma criativa e artística.

E tem ainda outra orientação básica: é a sintonia com suas antigas lembranças. Pois é, não adianta tentar fugir das lembranças do passado. O melhor mesmo é recompor essas recordações, olhar os álbuns de fotos antigas da família e resolver fechar as questões emocionais. Cicatrizar as feridas do passado significa livrar-se de fardos emocionais, que só nos impedem de viver melhor no presente. Administre sua sensibilidade e emoções para viver melhor no presente para que, no futuro, possa ter boas lembranças do passado.

Stela Siebra - Astróloga

Apenas um problema-Por Rosemary Borges Xavier

Quem não tem cachorro caça com o gato;
Quem não tem o gato caça com o rato;
Quem não tem o rato caça com o sapato;
E quem não tem sapato é porque está descalço;
Então: precisamos resolver isto.

Igor Stravinski



Ígor Fiódorovitch Stravinski (em russo: И́горь Фёдорович Страви́нский; Oranienbaum, 17 de Junho de 1882 – Nova Iorque, 6 de Abril de 1971) foi um compositor, pianista e maestro russo, considerado por muitos um dos compositores mais importantes e influentes do século XX. Foi o arquétipo do russo cosmopolita, escolhido pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do século. Além do reconhecimento que obteve pelas suas composições, ficou ainda famoso como pianista e maestro, estando nessa condição muitas vezes na estreias das suas obras.

FRANCISCO CARLOS- Por Norma Hauer


"El Broto"

Foi a 5 de abril de 1928, que nasceu, aqui no Rio de Janeiro “El Broto”: Francisco Rodrigues Filho, conhecido como FRANCISCO CARLOS, cantor, galã e pintor.
No princípio destacou-se na Rádio Mayrink Veiga, no então famoso `Programa Casé .
Ficou conhecido em todo o Brasil, quando gravou “Meu Brotinho” (de Humberto Teixeira) passando a ser chamado de “El Broto”. Tinha apenas 22 anos.

“Meu brotinho, por favor, não cresça,
Por favor não cresça, já é grande o cipoal.
Veja só que galharia seca,
“Ta “ pegando fogo nesse carnaval”


No ano seguinte, já estreou no cinema, com o filme “Carnaval Atlântida”, de José Carlos Burle, trabalhando em seguida nas películas “Colégio de Brotos (56); “Garotas e Samba” (57) e “Esse Milhão é Meu” (58), todos sob a direção de Carlos Manga.
Fez grande sucesso com uma bonita valsa de Lamartine Babo e Alcyr Pires Vermelho “Alma dos Violinos”.
Em 1958 foi eleito “Rei do Rádio” e em 1962, fez parte de uma das caravanas que se apresentou na Europa, cumprindo a Lei Humberto Teixeira.
Em 1970 abandonou a carreira de cantor, dedicando-se somente à pintura.
Francisco Carlos faleceu em 19 de março de 2003, sem completar 75 anos, em seu “inferno zodiacal”.

Eu vim do futuro? - socorro moreira


Meu centro,
desconfigurado:
Praça, cinema,café

Como pode a cidade
envelhecer e morrer
com seu povo?

E o povo não dança, nem canta
Não pula carnaval
Nem faz vestido novo
Reza diferente;música diferente

Desligo o som
Lembro no mental
Melodias que balançavam redes
E embalavam sonhos.

O povo namora
em cadeiras nas calçadas ?
Dançam de rosto colado ?
Recebem flores, bilhetes de amor ?
Fazem pudim (sobremesa domingueira) ?
Descascam a cana, o amendoim,
e as palhas do milho?
Debulham feijão?

Estou diante de um mundo
Que mostra imagens e teclas
Ligo, desligo, me arrepio...
Penso que vim do futuro
e estou no passado

Cadê nosso presente?
-Ele responde amuado:
Tô aqui, nas solitárias !

Mas, existem a poesia e os textos literários que nos mantém a par do mundo, desbravando novos caminhos.
Quem não pode com o pote , toma água mineral.

O GORDO E O MAGRO VÃO PARA O CÉU


"O Gordo e o Magro vão para o céu”

Terça – feira que vem.
Dia 12 de Abril de 2011

Teatro SESC IRACEMA ( Vizinho ao Dragão do Mar)
Fortaleza – Ceará

Peça encenada por um grupo gaúcho, de expressão nacional, que conta no elenco com o ator cratense HEINZ LIMAVERDE

Analfa ?

Com 2ª palestra paga, Lula já ganhou o mesmo que em 3 anos de governo


Maurício Savarese

Do UOL Notícias

Em Brasília
Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar ao fórum da gigante de tecnologia Microsoft nesta terça-feira (5), em Washington, nos Estados Unidos, já terá recebido com duas palestras um pouco menos que em três anos no Palácio do Planalto. Em Brasília, recebia R$ 11,4 mil mensais -- hoje, a presidente Dilma Rousseff recebe R$ 26.723,13, o mesmo valor que deputados e senadores. Agora, Lula ganha entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por encontro para inspirar empreendedores e repetir comentários que distribuiu em oito anos. A equipe de Lula não informa quanto ele recebe por palestra, mas nos bastidores ex-assessores dele já admitiram que o ex-líder sindicalista não deixa o país para falar por menos de R$ 200 mil. Essa quantia também teria sido cobrada de outra empresa de tecnologia, a LG, que teve a primazia em ouvi-lo após a saída do Planalto. Levando em conta o salário que recebia no governo, sem contar 13º, ele levaria 35 meses para juntar R$ 399 mil. O ex-presidente irá à capital americana acompanhado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), seu aliado durante o governo. No primeiro dia na capital dos EUA, Cabral participará de um painel do "Forum de Líderes do Setor Público da América Latina e Caribe - Inspirando a Próxima Geração de Líderes Governamentais", para discutir iniciativas fluminenses na área de mídias sociais e programas voltados a comunidades carentes. Lula só deve falar na quarta-feira (6), quando se converterá em uma das principais estrelas do evento, relatando sua experiência no governo brasileiro, talvez sem citar a defesa do software livre em outros tempos – chegou a pedir estudos para substituir o software Windows, carro-chefe da Microsoft, pelo gratuito Linux em computadores de todos os ministérios. O plano acabou engavetado. No início de março, em sua primeira palestra paga depois de deixar a Presidência da República, Lula discursou para cerca de mil funcionários e convidados da LG. Disse ainda que seus programas sociais ajudaram a empresa. Em 40 minutos, fez piadas, falou sobre a vida nova e criou ânimo para abrir a LILS Palestras, Eventos e Publicações – em sociedade com seu amigo e ex-presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. No repertório do ex-presidente em Washington também devem aparecer as críticas aos céticos durante a crise econômica de 2008. “O Brasil estava pronto para consumir. Houve quem não acreditasse. Fui muito achincalhado por ter dito que [a crise] ia ser uma marolinha. E não é que foi”?, disse ele durante a palestra paga pela empresa – em uma reprise de críticas que fez a oposicionistas e economistas nos últimos anos. Ativos do ex-presidente Durante seu mandato, Lula tinha duas residências oficiais para usar – o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto -, férias garantidas em instalações do Exército, transporte aéreo garantido para qualquer lugar do mundo, despesas suas e de familiares cobertas pelo erário e praticamente nenhum gasto. Ainda assim, sua sucessora, Dilma Rousseff, já recebe mais do que ele graças ao Congresso: são quase R$ 27 mil mensais. Ainda assim, para receber seu salário como servidor público número 1 entre 2003 e 2010, Lula tinha uma agenda extensa, nacional e internacional. Muitas vezes começava o dia às 5h para terminar depois da meia-noite. Também durante aquele período recebia indenização de aproximadamente R$ 6 mil por prejuízos que sofreu por ter combatido o Regime Militar (1964-1985).

Ares de abril- socorro moreira


Um quarto do ano já guarda
Um cofre de confidências
Possibilidades perdidas
Oportunidade ganha
Gente viajando sempre
Gente, às vezes, voltando.

Faltam as suas salas:
Velas e flores.
Música e odores.

Depois o quintal :
Pimenta e jambo.

Por fim, o jardim:
Rosa e jasmim.


- Pintura do ano, 
caiando enganos!

Insone, insane
Calor e chuva
Rua e casa vazia
Morte e dia.

Linguagens novas
Substituindo o apito trem
E da fábrica
O grito do leiteiro e do verdureiro
Ah, meu Deus, quando deixei de comprar
Uns trocados de alface?

Durmo de madrugada
Tempo caro
Pesado de lembranças
Atolado nas saudades.

Hora de renovação?

Clima de abril:
Páscoa e ressurreição!

A fé no pão
Na falta, não!

O pó do café,
As cinzas do fogão de lenha
A tina e o aguador de fladre
Peças em desuso
Enfeitam lembranças

Só não sinto falta
Do sapato novo
Apertando o passo
Na comprida procissão de Passos.

TEM UM GRANDE HOTEL EM TEU MUNDO?- Por José do Vale Pinheiro Feitosa




Um ambiente muito diferente de tudo que é conhecimento do mundo. Escadas que se sucedem com outras escadas de um andar acima do outro. E apenas sabia que as escadas iam do chão ao sótão. Em cada andar tantas portas, entradas uma após as outras e dentro delas vidas que se multiplicavam em adereços, livros, discos, uma escova para dentes, um pente para cabelos. E ninguém era da família, parente ou aderente.

Um Grande Hotel, numa esquina para a Praça Siqueira Campos, na rua que vai para o Cine Moderno é um portal mágico entre séculos. No mundo do ambiente rural, sem luz elétrica, com água de cacimba, um paiol de milho, estrado levantado de queijos, o silêncio dos automotores, mas o grito do pavão. Um Grande Hotel é, de fato, uma abertura da Aida de Verdi para o interior fabuloso do mundo Egípcio, de um Etíope que cobiçava tal civilização.

Lá morava o professor de Português que corrigia estas falas, os sujeitos e seus predicados. Morou um sujeito dos Inhamuns, saíra do sertão, fora para o Rio de Janeiro, viveu mais de 30 anos naquela cidade e voltou, como os elefantes para morrer em volta de seu lago africano. Tal sujeito dormia e dormia, acordava pelas onze horas e logo comia seu almoço numa bacia carregada de misturas alimentares. O resto do tempo, entre o Grande Hotel e longas conversas com gentes que andam pelas ruas do Crato em busca de conversa como sopro de vida.

O circo chegou na cidade. Isso no tempo que um circo era tão grande que um shopping, destes que sucedem os mitos arquitetônicos da identidade urbana, não chegavam aos seus pés. Eram muito mais variados, animais selvagens, daqueles que só as fitas de cinema fotografaram, palhaços, dramas, trapézios, equilibristas, dançarinas e bandas. Mas o maior de tudo, a multidão que se acotovelava para adquirir uma entrada do espetáculo.

Pois foi na porta do Grande Hotel que a mulher do circo, uma bailarina de seus 16 anos, linda de doer, um sorriso de derreter, um corpo de acender, cabelos em coque que prometiam a enxurrada de todas as paixões. E do Grande Hotel saiu um filete de amor que, feito os versos de Marti, postos na Guatanamera, encantaram mais que o mar, tão imenso a prometer eternidade.

Mas do meu mundo do prédio do Grande Hotel, Edifício Figueira Teles escorre pela Rua Dr. João Pessoa uma permanência que não necessita de substrato para viver. Saindo do número 114, era lá que a cidade me dava um endereço, passava, com algum dinheiro no bolso, na porta da Livraria Católica que conhecia como a palma da mão. Em seguida, estava em frente às portas da loja elegante de Ernani Silva, que além de tudo honrava o centro da cidade, morando num sobrado sobre o próprio negócio. A casa de Dr. Elísio, corpulento homem entre a medicina e seu belíssimo sítio com engenho d´água. Mais alguns passos e encontrava o Deputado Filemon Teles, cabelos brancos de neve, bengala, uma vivacidade de velho político conservador, adonado da vida política da cidade.

Qual o quê? Era na esquina do Grande Hotel, bem no bico com vista plena para exuberância da praça que o menino caia nos braços da urbe luminosa. Um bar, mesa com pés de ferro fundido, tampo de uma pedra branca, cadeiras confortáveis, balcão com mostruário de vidros, o barulho de um refrigerador de picolé e sorvete, azulejos, quadros pendurados nas paredes e móveis de madeira que subiam cheios de vendas acima do balcão.

Nesse bar, sob a vida do Grande Hotel, uma bomboneira de vidro, arredondada e compartimentada, giratória, cheia de sonhos de crianças. A cada pequeno giro os papeis chamativos dos bombons faiscavam nos olhos e mourejavam a boca. Eram tantas as possibilidades que só a cidade pode. O exercício era girar para ver antes de apontar o dedo para o desejo sobre todos outros desejos já conhecidos.

Uma perfeita cor transparente do vermelho com mistura de azul, um solferino de sedução. Impresso um casal, ele vestido com um fraque preto e ela com vestido longo amarelo, dançando aberto como asas em evolução de vôo. Em seguida, um papel alumínio, hoje tão comum, mas, então, um brilho de prata no olhar. Finalmente a terra dos sonhos, com mais da metade em formato de globo e no outro lado um pólo achatado. Tinha este cosmo uma crosta de chocolate puro. Abaixo do chocolate um biscoito crocante, aerado como os waffles. No centro deste mundo de sabor, o núcleo era um mistério doce, com lembranças de castanhas.

E disseram que o Grande Hotel irá abaixo para dar vida a mais uma rua Miguel Lima Verde mutilada ou quem sabe arremedada. E dos escombros, surgirá, como um fênix banal, sem qualquer vida nova, sem simpatia, qualquer identidade, o palco do faz de conta de um Shopping, em inglês mesmo, pois é deste tipo de suicídio que a inapetência urbana vive.

No final quem lembrará do Crato?

Mas um bombom SONHO DE VALSA ninguém me rouba.




Por Ulisses Germano



Obrigado minha amiga
Por estes versos "me citando"
Desulpe a cacofonia
E que eu vivo assim brincando
Se esse mundo é um absurdo
Nosso amigo não é surdo
Vive a vida meninando

Vejo a Lua de Boneca
Misturada com as estrelhas
Não é lua, é soneca
No bocejo das orelhas!..rsrs


Nicodemos foi muito feliz interagindo nesta filmagem as bonecas com o Universo!
Boa semana de Abril!
Ulisses Germano

Meninar - por Ana Cecília de S.Bastos






Antiga notação, ainda agora real em mim.
Desejo do espaço vazio, tela na qual possa ter um lampejo de mim mesma,
sem os tantos papéis que devo assumir.

Permitir o olhar, a pele porosa,
sinais e sons,
a calma de reconhecer o próprio sentir.

Sem tumulto, no hiato inexistente das transições.
Sem o interdito, o gesto paralisado.

Habitar a casa da poesia.

Um poeta é apenas alguém a se entreter na música das palavras.
A se entre-tecer.
O verbo ‘meninar’, por exemplo, fragmento de canção,
me nina.



Imagem: Igor Souza. Ver http://www.fotolog.com.br/igorsouza/
por Ana Cecília

PÁSCOA NO CARIRI- por Aloísio Paulo




Isto agora que escrevo
Não passa de uns trovejos
Gritos jogados ao ermo
Sacudindo um coração
Procurando pela sala
O que está escondido no quarto
Crescente da amplidão
Espalhado pelo chão

Como o tempo vai passando
Estamos aqui chegando
Tudo é de infinda beleza
O céu, a mata, a natureza
Tudo que viceja aqui
A luz da lua apontando
O caminho que vai dando
Nas terras do Cariri

Esta passagem sabia
Não podia prolongar
Pois já estava marcada
A hora de retornar
Tudo foi para mim
Novidades e bons momentos
Agora vão meus abraços
Com ternos agradecimentos


Aloísio Paulo
SSA, 07/abril/2010

Vicente de Carvalho


Vicente Augusto de Carvalho (Santos, 5 de abril de 1866 — Santos, 22 de abril de 1924) foi um advogado, jornalista, político, deputado, magistrado, poeta e contista brasileiro.
Vicente de Carvalho

Dona Flor


Ela é tão meiga! Em seu olhar medroso
Vago como os crepúsculos do estio,
Treme a ternura, como sobre um rio
Treme a sombra de um bosque silencioso.

Quando, nas alvoradas da alegria,
A sua boca úmida floresce,
Naquele rosto angelical parece
Que é primavera, e que amanhece o dia.

Um rosto de anjo, límpido, radiante...
Mas, ai! sob êsse angélico semblante
Mora e se esconde uma alma de mulher

Que a rir-se esfolha os sonhos de que vivo
— Como atirando ao vento fugitivo
As folhas sem valor de um malmequer...

(VERSOS DA MOCIDADE)

Donga (músico) - "Pelo Telefone"



Ernesto Joaquim Maria dos Santos, conhecido como Donga, (Rio de Janeiro, 5 de abril de 1890 — Rio de Janeiro, 25 de agosto de 1974) foi um músico, compositor e violonista brasileiro.

Charlton Heston



Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, (Evanston, 4 de outubro de 1923 — Beverly Hills, 5 de abril de 2008) foi um ator norte-americano notabilizado no cinema por papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, como Moisés de Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur e o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homônimo.

wikipédia

Por José Carlos Brandão



o coração é porta?
é horta?

um beija-flor
dança e beija
a aorta.

 (José Carlos Brandão)