por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O melhor do mundo - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Certa vez, um repórter perguntou a Altamiro Carrilho, há poucos dias falecido, o que  era preciso para se tornar um bom músico. E ele prontamente respondeu: "Em primeiro lugar, o sujeito precisa nascer músico. Depois estudar muito, horas e horas a fio".

Creio que o pianista João Carlos Martins preencheu completamente os requisitos ditados pelo saudoso Altamiro Carrilho. Iniciou seus estudos ao piano ainda criança com a professora Aída de Vuono. Aos oito anos já tocava piano como gente grande, tendo vencido um concurso para execução das obras de Bach. Em seguida ingressou no Liceu Pasteur, onde se aperfeiçoou com o professor russo José Liass, época em que chegou a estudar por mais de seis horas diária. Aos treze anos venceu um concurso internacional em São Petersburgo, na Rússia.

Em 1960, quando João Carlos Martins tinha vinte anos, foi convidado por Eleanor Roosevelt, ex-primeira dama dos Estados Unidos, a se apresentar no mundialmente famoso Carnegie Hall, ocasião em que interpretou Bach. Ele conta que ao final do concerto, a senhora Roosevelt adentrou ao camarim acompanhada de um cidadão excêntrico, que lhe disse:
- "Eu sou Salvador Dali. E você é o melhor interprete de Bach que há no mundo. Repita isso durante toda a sua vida. Faz quarenta anos que eu digo que sou o maior pintor surrealista do mundo e todos acreditaram!"

O talento nato entretanto é importantíssimo. De nada adianta cantar vantagem, quando não se tem a certeza do dom com o qual cada um nasceu. O difícil é descobrir que dom é esse. Acima temos dois exemplos de pessoas que descobriram esses dons e por isso foram vencedoras.   

Por Carlos Eduardo Esmeraldo