por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 7 de julho de 2012

O sopro do verbo.


O sopro de Deus que caiu sobre a terra
Em forma de verbo, de vero, de verdade
Caiu sobre ti qual arte,
Cinzel sobre o mármore cortado e polido.

Fizeste portanto a arte em vida em ti personalizada,
"Zatema", minha busca existencial
Face de ângelus, carne em êxtase sincopada
O trêmulo do gozo pecaminoso
Contra o giro da alma sedenta por luz.

Fizeste viva em dedos rafaelescos,
Em risos arquitetônicos,
Em carnes e músculos divinos e perecíveis,
Em cútis trigueira e olhos em fogo
E face de pluma que leve (quase metafísica) levita,
Espetáculo para quem antes arrumou o próprio palco
Dentro de si.

Antonio Sávio 

Cazuza



Cazuza, nome artístico de Agenor de Miranda Araújo Neto, (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um cantor e compositor brasileiro que ganhou fama como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".

Cazuza é considerado um dos maiores compositores da música brasileira. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte do meu Show", "O Tempo não Pára" e "O Nosso Amor a Gente Inventa". Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro.