por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 14 de maio de 2020

Onipresente


Deitado ao sol à fitar o firmamento
As nuvens desenham-se ao sabor
Da minha mente
Surge tua tez, nívea ao fundo róseo
Do fim de tarde a sangrar.

Teus poros, teus olhos, teu riso
É a arte tornada viva, harmonia,
Piceladas certas, és poesia
O verso, o compasso...certo, perfeito, conciso.

Deitado nos fins de tarde,
Tua presença, embora distante,
Insiste em meu ser. Como não sei,
Não se prova o amor silente
Não se sabe da paixão ardente,
Mas sinto-te e isso basta-me,
Por mim nada mais saberei.

Foto: Céu Ardente - Renato Lourenço.

Poema dedicado a amiga Socorro Moreira, pelo incentivo de sempre para que viesse a escrever.

O NOSSO "GUETO DE VARSÓVIA" - José Nilton Mariano Saraiva

E se, de repente, logo ali à frente (já que ninguém consegue detê-lo e o tal Supremo Tribunal Federal abdicou de vez de  “guardar” a Constituição Federal) o Exército do Bozo chegar em sua casa e conduzir coercitivamente seu pai e sua mãe (e algum outro idoso lá residente) a fim de “ENCLAUSULÁ-LOS” (por tempo indeterminado e sob proteção policial permanente) em um certo “HOTEL” periférico, onde já encontrem outros integrantes do tal “grupo de risco”, sob o hipócrita argumento  de que, em assim procedendo, os mais jovens poderão, enfim, encarar olho no olho, cara a cara, frente a frente, a tal “gripezinha” ???

SURREAL ???

Pois saiba que, segundo matéria da Folha de São Paulo, (de hoje, 14.05.20) esta é uma proposta (é vero, senhores, podem crer) em análise na Casa Civil do Governo Federal (general Braga Neto), encaminhada pelo Ministério da Economia (Paulo Guedes, o economistazinho de quinta categoria) com o objetivo de “retomada da economia” (ele, definitivamente, é refém de uma única cartilha de conceitos anacrônicos e superados, cujo mote é um só: dizimar com a pobreza, porquanto excluindo o “social”).

A dúvida é se, a exemplo dos nazistas de Auschwitz e do Gueto de Varsóvia, muros serão compulsoriamente erguidos para se evitar que os “puros” (ou arianos, de fora do muro) sejam infectados pelos “impuros” (ou inúteis “velhos”, de dentro do muro).

E já que a coisa degringolou de vez, sugere-se que pelo menos uma “tabuleta” seja fincada na fronteira entre as duas raças (puros/impuros), reproduzindo o fúnebre e tenebroso slogan nazista de Auschwitz “ARBEIT MACHT FREI” (o trabalho liberta).

Mas, que governozinho repleto de canalhas, não ???