por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 17 de junho de 2022

“MORALMENTE FERIDO” – José Nílton Mariano Saraiva

A verdade é que “sacanearam” com o Luiz Esteves. Afinal, com 16 anos de casa e após 13 anos como titular absoluto do Jornal do Meio Dia (da TV Verdes Mares), de repente o recém-criado cargo de “Editor-Chefe” é entregue a uma alienígena (Nádia Barros) que chegou um dia desses (menos de 03 anos) ao Grupo Edson Queiroz, para com ele dividir a bancada.
Portanto, ficar parabenizando o Luiz Esteves pela mudança de canal é pura hipocrisia (ou falta de semancômetro) dos telespectadores; assim como é também hipocrisia o próprio declarar que pediu pra sair em busca de novos desafios, novos horizontes.
Ninguém deixa para trás todo um passado construído com dedicação extrema, até porque a ascensão a um cargo de chefia, por competência ou antiguidade, é sempre o objetivo maior de quem trabalha.
Assim (e em razão de ter-se tornado uma figura pública), deveriam, ele e seus patrões, explicar aos telespectadores o real motivo de sua saída: a falta de respeito e consideração por um profissional que sempre “vestiu a camisa” da empresa ao longo desse tempo (que o deixou visivelmente contrariado e moralmente ferido, após ser “preterido” por uma novata, recém-chegada à emissora (qual o critério de ascensão funcional lá ???).
Não conhecemos pessoalmente o Luiz Esteves (ou familiares), nunca o vimos fora da telinha, não sabemos onde mora e nem temos procuração nenhuma para emitir tal opinião, mas nos negamos a participar dessa farsa do “politicamente correto” (aquele lance de deixar a “porta aberta” para um questionável retorno, a posteriori).
Aliás, a TV Verdes Mares tem perdido bons e competentes profissionais de uns tempos até aqui: André Alencar, Alana Araújo, Luiz Esteves dentre outros.


"BOSTONARISMO" OU A ESSÊNCIA DO "BOLSONARISMO"

 "BOSTONARISMO", ou a essência do "BOLSONARISMO" 

"Violência acima de tudo, bosta acima de todos".

A merda é um tema essencial do bolsonarismo que, na fase atual, assume sua verdadeira essência. O novo termo que dá conta do fenômeno já circula entre o povo, se trata do "bostonarismo”. O BOSTONARISMO É O ESCANCARADO EMERDAMENTO DA POLÍTICA.

O lema dessa tendência que opera pela destruição da política (e se torna antipolítica) pode ser resumido em "VIOLÊNCIA ACIMA DE TUDO, BOSTA ACIMA DE TODOS”.

Há pavorosos 4 anos o Brasil vive sob a guerra em que a arma é a merda discursiva, econômica e política lançada contra o povo pobre, os afrodescendentes, os indígenas, as mulheres, as empresas estatais, a educação, o Estado laico, contra a imagem do país no mundo e a democracia como um todo. O GOLPE DE 2016 CRIOU AS CONDIÇÕES PARA QUE A MERDA TODA SE ESPALHASSE E DOMINASSE O GOVERNO FEDERAL.

O bostonarismo é um sistema iconográfico baseado no grotesco e na escatologia, ou seja, ele é um código distópico que convida ao gozo com a sujeira, o triste, o mau gosto, o vil, o baixo e, evidentemente, o mal.

Todos os que se mantém psiquicamente na fase anal-sádica gozam com esses símbolos e o sofrimento que ajudam a produzir: a fome, a miséria, as pessoas morando nas ruas, o racismo, a matança de negros, indígenas, líderes ambientalistas e assim por diante. O sofrimento dos outros que produz compaixão em mentes democráticas, causa satisfação em mentes autoritárias, a saber, a fascistas.

O vídeo dos mineiros Rodrigo Luiz Parreira, Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira no ato de manipularem um drone para lançar fezes e/ou veneno sobre pessoas que se reuniam para um evento com Lula em Uberlândia, vem a ser uma imagem reveladora da essência do bostonarismo. Ela apresenta a verdade profunda da desgraça nacional.

Enquanto uns se regozijam criminosamente com o mal que praticam, outros tentam escapar, indefesos do veneno/merda que lhes é dirigido. A fala dos envolvidos mostra a má intenção compartilhada por eles. Ela tem o mesmo tom dos dizeres do líder autoritário que os criminosos seguem, cuja imagem está estampada na caminhonete que dirigem.

Quem poderá se defender de merda/veneno que cai do céu por obra de uma máquina mortífera usada como se fosse um mero brinquedo em meio a risos? Assim, também podemos nos perguntar quem poderá se defender do assassinato que vem sendo moral e politicamente liberado?

O presidente da República que se elegeu prometendo a morte para muitos e se gabando de que sabe matar, nos últimos dias colocou a culpa pela própria morte no indianista Bruno Pereira e no jornalista Dom Phillips, assassinados, esquartejados e queimados na Floresta Amazônica. Os parâmetros éticos que orientam a política desapareceram por completo.

Há tempos Lula vem dizendo que ele é uma ideia. Lula é, de fato, uma ideia do povo. Bolsonaro também é uma ideia, só que, do partido militar e das elites econômicas e oligarcas espertos. Lula é a ideia do trabalhador que se torna líder e protege seu povo, Bolsonaro é a ideia do emerdamento da política e de um espantalho que autoriza todo mal a ser praticado com o que estiver à mão, caneta, arma ou drone.

O BOSTONARISMO É ÓDIO EM ESTADO PURO E, POR ISSO, FASCISMO, QUE PRECISA SER SUPERADO ANTES QUE NÃO HAJA MAIS BRASIL. 

(Márcia Tiburi - Professora de Filosofia, Escritora e Artista Visual)