por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 25 de abril de 2020

"DOIS BICUDOS NÃO SE BEIJAM" - José Nilton Mariano Saraiva

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro se equivalem, são farinha do mesmo saco, canalhas potenciais e confessos infratores da lei (cada um a seu modo), tanto que comandam as respectivas quadrilhas.

Moro, em Curitiba, na companhia da “elite” do judiciário paranaense, conforme ficou cabalmente demonstrado durante a tal operação Lava Jato, quando tentou sorrateiramente se apossar de vultosas quantias (dinheiro sujo) proveniente da Petrobras e Odebrecht (algo em torno de nove bilhões de reais), objetivando criar uma “fundação”, a ser gerida pela República de Curitiba, sem a ninguém prestar contas. A coisa só “melou” a partir do momento em que o site Intercept Brasil descobriu e noticiou a excrescência (e se alguém tem alguma dúvida, é só atentar para o corajoso depoimento de Gilmar Mendes, a respeito de).


Além do que, como mero juiz de primeira instância, o juizeco de Curitiba sempre ultrapassou os limites legais/constitucionais (conforme declaração de uma das procuradoras que com ele trabalhou) a fim de atingir seus objetivos nem sempre republicanos (vide a condenação e prisão, sem provas, do ex-presidente Lula da Silva, com a complacência, criminosa, do Supremo Tribunal Federal).


Já Bolsonaro, oriundo do Rio de Janeiro, sempre manteve estreito e contínuo contato com a “nata” da milícia carioca, daí sua “eterna” permanência na Câmara dos Deputados (quase 30 anos como integrante do baixo clero, em Brasília) período que aproveitou para introduzir os herdeiros (cognominados pelo próprio por 01, 02 e 03) na rendosa atividade politica (Senador, Deputado Federal e Vereador). Para o povo, nenhum projeto, nenhum benefício, nenhuma satisfação.


Como dedicados e “bons alunos”, os filhos absorveram com facilidade as lições mafiosas do pai, tanto que hoje praticamente lhe ditam o que deve ou não deve ser feito ou declarado (a ascendência é total), enquanto tratam de solidificar os laços com os abusados milicianos (vide o caso do sumido e “IMPRENDÍVEL” Queiroz).


Eis que, surpreendentemente eleito Presidente da República (graças principalmente à mafiosa e desonesta atuação de Sérgio Moro, na Lava Jato) Bolsonaro, agradecido, o convoca para compor o governo, entregando-lhe o emblemático Ministério da Justiça.


E aí, “a porca torceu o rabo”, É que, atuando como braço direito do Ministério da Justiça, à Polícia Federal compete confrontar a marginalidade. E, em o fazendo com honestidade, provavelmente confrontar-se-ia com Queiroz e os arrogantes filhos de Bolsonaro.
Na tentativa de blindar a quadrilha, o paizão Bolsonaro afasta o Diretor Geral, da PF, colocado por Moro, sem lhe dar maiores satisfações.

Fato é que, com os respectivos “egos” inflados pelo poder transitório, era previsível que, ao conviverem num ambiente mesmo que corporativo, em algum momento as diferenças viriam à tona.

E aconteceu.

Sérgio Moro, sentindo-se traído, sem avisar o chefe e valendo-se da condição de - ainda ministro -, convoca uma coletiva televisiva onde abre o jogo e expõe toda a sujeira e canalhice do gabinete presidencial (e as acusações são gravíssimas, passíveis até de afastar Bolsonaro, se o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional resolverem mostrar um mínimo de dignidade).

Em represália, secundado por um dos filhos e diversos ministros, Bolsonaro acusa o golpe e responde na mesma moeda: em coletiva na TV, literalmente “depena” Sérgio Moro, ao revelar detalhes de uma relação hipócrita entre dois canalhas.

Materializa-se a máxima: dois bicudos não se beijam.

O estranho de tudo isso é que, após a “lavagem de roupa suja” entre dois confessos mafiosos, alguns desavisados (com a ajuda da Rede Globo) tentam transformar o ex-juizeco de Curitiba em herói nacional, em razão de ter batido de frente com um seu igual.


Em perspectiva, entretanto, Sérgio Moro, que já houvera abdicado de mais de 20 anos na magistratura (sem chance de retorno) para compor o governo Bolsonaro, acaba de perder a vaga no Supremo Tribunal Federal (seu objeto de desejo) que lhe houvera sido prometida pelo próprio e, assim, terá que “recomeçar” do zero ou por algum “favor” de algum desses políticos mafiosos (via concursal, ele jamais será coisa alguma, já que mostrou tratar-se de um incompetente).


Já Bolsonaro, se houver seriedade e compromisso com a nação por parte do Judiciário, além de ser catapultado da Presidência da República deverá enfrentar uma série de processos que poderão levá-lo à prisão, provavelmente em companhia dos 01, 02 e 03 (dificilmente terá coragem de suicidar-se, como desejam alguns).


Na verdade, Moro e Bolsonaro não passam de dois desqualificados que falta alguma farão se desaparecerem.


Assim, que se “phodam”, para o bem de todos e felicidade geral da nação.