por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"Nosso" - José Nilton Mariano Saraiva


“Com o PROS a gente tem um partido que a gente pode chamar de NOSSO” (Zezinho Albuquerque, presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, porta-voz e aliado de primeira hora dos Ferreira Gomes).

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A primorosa definição – inquestionavelmente perfeita e irretocável - é o retrato emblemático do que já havíamos exposto aqui, lá atrás: para o clã Ferreira Gomes, não existe essa “baboseira” de linha programática ou ideológica no que tange às agremiações partidárias. O importante e essencial é que se lhes apresentem como “moeda de troca” e, conseqüentemente, passíveis de serem disponibilizadas para uso (porquanto apenas um “ajuntamento” de figuras inexpressivas, dispostas à subordinação e caprichos de quem oferecer mais).

Sorte grande do fundador do desconhecido PROS, um simplório vereador da escondida cidade de Planaltina-GO, que certamente nunca antes imaginara que o “seu” partido (que tem como única bandeira lutar contra os impostos e cujo estatuto não impõe nenhuma restrição adesista a quem quer que seja, bastando se dispuser a participar), fosse se transformar em tão pouco tempo numa agremiação vitaminada e marombada pela chegada "de uma lapada só" de mais de trezentos integrantes, oriundos do distante estado do Ceará.

É que, como já houvera acontecido no PPS, quando o matreiro Roberto Freire pressentiu que a adesão dos Ferreira Gomes objetivava tomar de conta do partido e recusou-se a entregar-lhes o comando, os irmãos cearenses também foram literalmente expulsos  pelo presidente do PSB, Eduardo Campos, para onde haviam migrado; como no PDT a principal figura, Heitor Ferrer, é um ácido e costumaz crítico do Governador do Estado e irmãos, restou aos Ferreira Gomes “alugar” o PROS, transformando-o num... “partido que a gente pode chamar de nosso” (conforme magistralmente expresso pelo Zezinho Albuquerque).

Como se constata, um campo fértil e propício para que os Ferreira Gomes dentro de pouco tempo mandem e desmandem, casem e batizem, façam e desfaçam ao bel prazer, daí a pragmática escolha.