por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 12 de abril de 2012

Amanhã é dia de festa!




Música para ouvir, dançar, sonhar...
Apostamos numa noite inesquecível, histórica...Apostamos  na felicidade dos reencontros e primeiros acordes de novas amizades.
Sonhamos com uma festa que reunisse  pessoas com  o" glamour" de todos os tempos...Plasmamos esta realidade!
Renovamos  agradecimentos a todos que colaboraram  com o evento. Nem dá pra citar nomes...São muitos!




Estamos nos telefones:


3523-4305(Hugo)
3523-2867(Socorro Moreira)
88-089685(Socorro Moreira)
99-444161(Socorro Moreira)



Gêtsemani


Não, não transparecia cansaço nem fastio, embora a cena se repetisse há tantos e tantos anos. Apenas uma leve asa de indignação ruflava ao seu derredor. Como um moderno Prometeu acorrentado, fazia-se eterno pasto à águia do cristianismo. Parece até que ganhara a maldição da imortalidade. Ressuscitavam-no todo ano, em meio às velas, ao vinho e ao roxo da Semana Santa. No seu curto e sub-reptício reinado, fazia-se, rapidamente, senhor de uma quinta , ganhava roupas esfarrapadas, mas modernas, metia-se a cavaleiro. Metamorfoseava-se de uma personalidade qualquer escolhida entre os sempre novos e fartos Judas da humanidade e partia, no Domingo da Ressurreição, para o seu calvário particular.Até um testamento lhe seria providenciado, ele que não deixara sobre a terra nenhum legado que fosse além da pura e cristalina infâmia. Até os 30 dinheiros, levara ao santuário antes do pêndulo do corpo e do final balanço da corda.

Suas memórias, se escritas, seriam um farto material para o estudo do inconsciente coletivo. Havia, com certeza, algo de sanguinário, de sádico e tribal naquela malhação.A simples encenação daquela selvageria, no fundo, contradizia-se frontalmente com as lições de amor, de solidariedade e compreensão que terminaram por permear todo o Novo Testamento. A primeira pedra que ninguém ousara lançar sobre Madalena , agora fariseus multiplicados aos montes atiravam nele com sanha animalesca, sem nenhum remorso, sem nenhum pejo.

Neste ano, ali estava novamente no cadafalso, aguardando o desenlace tão previsível. Enquanto observava a faísca zigzagueante do estopim, teve , por fim uma clara visão do mundo que um dia abandonara pensando em se livrar dos seus demônios e fantasmas. Na verdade a turba não malhava ao Judas, mas tentava destruir as imperfeições pessoais que via nele refletidas. É como se diante do espelho, o quebrassem, por temerem a imagem horrorosa mas verdadeira que se revelaria na superfície cristalina. Nada mudara em tantos anos! Bastava fitar a multidão para ver claramente presente e cristalizado em todos os corações o veneno um dia inoculado no Gêtsemani: a indecisão de Pilatos, a tríplice negação de Pedro, a parcialidade de julgamento de Caifás, a eterna opção dos eleitores por Barrabás. Parecia claro para ele agora que não foram os filhos do Pai que povoaram o mundo, mas sim a raça de Judas. Sim, seus filhos tinham prosperado como nunca sobre a face da terra . Estavam muitos ali familiarmente reunidos, com suas fraquezas, suas indecisões e seus vícios bem à mostra : lábios preparados para o beijo fatídico, mãos entreabertas esperando, sofregamente, os trinta dinheiros...


J. Flávio Vieira

Foto do cratense Luiz Carlos Américo


"Consignados" - José Nilton Mariano Saraiva

Numa das vezes em que, por decisão soberana do povo, o senhor Ciro Gomes teve seu nome rejeitado para o exercício de um cargo público (e isso se deu mais de uma vez), de pronto foi socorrido pelo amigo (e então um dos donos do complexo turístico Beach Park), senhor Arialdo Pinho, que o distinguiu com o cargo de “relações públicas” do empreendimento famoso, evidentemente que com uma polpuda e generosa remuneração.
Assim, e como “uma mão lava a outra”, quando o irmão do senhor Ciro Gomes, Cid Gomes, foi guindado ao “trono” do executivo cearense (Governador do Estado), a chefia da poderosa “Casa Civil” do Estado foi reservada para o senhor... Arialdo Pinho (que nunca constou das famosas “listas” elaboradas pelos “especialistas” de plantão).
Fato é que, depois de empossado, o senhor Arialdo Pinho tornou-se uma espécie de “eminência parda” do Chefe do Executivo cearense, já que, além do poder de influir em outras secretarias, de repente assumiu a condição de “palpiteiro-mór” do Governo, principalmente nas querelas a envolver a Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (aqui, contando com o apoio do outro irmão do governador, senhor Ivo Gomes, Chefe de Gabinete do próprio).
E aí vem aquela velha, surrada (e repetitiva) história do “nada melhor que um dia atrás do outro, com uma noite no meio”, a fim que os mistérios da madrugada venham à tona; pois não é que, após denúncias consistentes e posterior análise minuciosa do problema, o sério e aguerrido Deputado Estadual Heitor Férrer (candidato à prefeitura de Fortaleza) descobriu e “botou a boca no mundo”, anunciando que a apetitosa “mina” dos empréstimos “consignados” aos servidores do Estado, que “movimenta uma média de 30 milhões de reais em mais ou menos 10.000 operações de crédito a cada mês”, e que propicia às “administradoras” da atividade nada menos que R$ 4,5 milhões mensais de remuneração, é explorada com exclusividade pelas empresas de um tal Luis Antonio Ribeiro Valadares.
E quem será esse sortudo, esse privilegiado, esse escolhido dos deuses, que conseguiu tal mimo do Governo do Estado, verdadeira loteria acumulada ???
Pois não caiam pra trás: o distinto, que ninguém até aqui conhecia, é simplesmente “GENRO” do chefe da Casa Civil, senhor... Arialdo Pinho (seria seu “testa-de-ferro” ???).
E agora, Cid, Ciro e Ivo Gomes ???

Tá chegando o dia!



A festa promete, em todos os bons  sentidos!

Entre em contato  pelos telefones:
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14 de abril, no Crato Tênis Clube a partir das 22 h.

Até lá!

Agradecermos a todos que colaboraram para a realização deste evento!

Waldir Calmon



Waldir Calmon Gomes (Rio Novo, 30 de janeiro de 1919 — Rio de Janeiro, 11 de abril de 1982) foi um pianista e compositor brasileiro de grande sucesso nos anos 50.