por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 19 de março de 2011

Pintura Musicada - Aloísio

Pintura Musicada


Telas, quadros, partituras,
Notas, pautas misturados
Cores bemóis atonados
Em vermelho solfejados

Esta tela apareceu
Como uma clave de sol
Desenhando os arpejos
Pintada com ouro em pó

As tintas se transformando
Em harmonias musicais
Onde tudo vira som
Vibrando entre os cristais

Vendo a minha partitura
Usando meus instrumentos
Transformo em u’a pintura
Pintada neste momento

Expostas no cavalete
Nas músicas vejo pinturas
Nas pinturas ouço músicas
Resolvendo minhas agruras.


Aloísio

POEMAS DE ISOPOR: AMPULHETA - Ulisses Germano

                         

De grão em grão
A ampulheta 
Enche
A ampulheta
De grão em grão


Penas ao vento - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Por estes dias, não sem motivo algum, lembrei-me de uma pequena história que minha mãe me contou há muitos anos, quando eu era ainda uma criança.

Um mestre, que era muito sábio, possuía muitos discípulos. Certo dia, encontrou um dos seus discípulos numa animada roda de conversa com os amigos. Aproximou-se dele sem se fazer notar e, sem querer, escutou que ele falava mal de um dos seus amigos ausente, fazendo injúrias e o desqualificando com atributos dos quais aquele amigo não era possuidor. O mestre se aproximou do discípulo e lhe disse que estava na hora de receber a lição daquele dia.

Os dois andaram durante algum tempo em silêncio até chegarem defronte a uma torre muito alta. O mestre convidou o discípulo para juntos subirem até o mais alto daquela torre. Quando chegaram ao topo, havia alguns sacos desses que se colocam feijão para o transporte. Então o mestre ordenou ao discípulo que pegasse um daqueles sacos e jogasse todo seu conteúdo pela janela da torre ao chão. Este obedeceu, levantou o saco com as duas mãos, estranhando que seu peso fosse incrivelmente tão leve. Abriu o saco e viu que estava cheio de penas. Obedeceu à ordem do mestre e atirou fora todo o seu conteúdo. Ficou alguns minutos observando as penas voarem para longe, espalhando-se por toda a parte, ao sabor dos ventos. Depois que as penas voaram para os mais distantes lugares, sujando várias ruas e praças, o mestre ordenou: “Agora, meu filho, você vai descer e recolher todas aquelas penas e recolocá-las nesse saco.” “Mas mestre é impossível fazer isso! Não posso recolher todas aquelas penas, pois muitas voaram para longe.” E o mestre lhe disse: “Assim são as injúrias e calúnias que se faz contra um ser humano. Jamais poderão ser reparadas.”

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

O Colibri e a Rosa...

Colagem/Norões
***
Era dia de festa. E a noite parecia brilhar bem mais que o dia. Ali, as pessoas se aconchegavam e se dividiam. As conversas fluíam e se confundiam até aos mais atentos. Ainda era cedo. As pessoas chegavam e pouco a pouco iam se acomodando. Era uma bela noite. Os risos pareciam música; a música parecia risos de uma multidão; mas num coro lento e suave. O perfume inebriava aquela noite adocicada pelo belo colibri. Sempre quieto, mas atento aos mínimos movimentos e detalhes. Insistentemente aquele pássaro tão leve e doce pousava numa flor alimentando-se do seu néctar. Apenas numa única flor; a escolhida. Era à flor da noite. Era a única flor rendida aos encantos daquele pássaro. E o pássaro, num balé absurdamente silencioso e constante, sussurrava delicados sonetos. E voava..., e batia suas asas resplandecentes mostrando-se gentil. Era uma valsa entoada e apenas sentida pelo pássaro e aquela bela flor ainda no seu desabrochar. A madrugada caia mais quente que todas as outras anteriores; e mais quente ainda, se encontrava o pulsar do seu coração. O pulsar do coração de um belo pássaro, e de uma bela flor que entre encantos e sussurros, acordava do mais silencioso e profundo sono. Acordava lentamente... Suavemente...
Pouco a pouco...
***
Mara Thiers

Rifa-se um Coração - Ricardo labatt

Imagem/Internet
***
Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...
“... não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: “O Senhor pode conferir”.
Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta...
***

Ricardo Labatt

*Nota: este texto é algumas vezes atribuido erroneamente a Clarice Lispector."

"That´s the question "


Janela aberta
Céu azul

Voar ou não voar
- Eis a questão !

Resta a dúvida:
O voo quer dizer
Coragem ou Covardia ?


( Corujinha Baiana - 30 de Setembro de 2009 )

Sobre o ABRAÇO. Liduina Belchior.


"Onde, afinal, é o melhor
lugar do mundo?
Dentro de um abraço".
(Martha Medeiros)
Comentando (Liduina) :
No calor dos braços
envoltos em abraços,
a temperatura dos corpos
unidos em laços,
o coração batendo forte,
sorrindo e feliz,
por estar sendo acariciado
na alma de sua raiz.

Da Rádio Azul



No Azul Sonhado- Coletânea em prosa e verso



Concluímos a primeira revisão.
Sequência operacional:
diagramação e capa;
segunda revisão;
edição;
revisão gráfica;
impressão;
lançamento.


Não temos a data de lançamento, mas apostamos na possibilidade de acontecer, na semana da ExpoCrato, ou seja, julho/2011.


Relação de autores:
1.Aloísio Paulo
2.Assis Lima
3.Bernardo Melgaço
4.Carlos Esmeraldo
5.Wilton Dedê
6.Domingos Barroso
7.Edmar Cordeiro
8.Francisco das Chagas
9.Geraldo Ananias
10.Geraldo Urano
11.Isabela Pinheiro
12.José Flávio Vieira
13.João Marni
14.João Nicodemos
15.Joaquim Pinheiro
16.Emerson Monteiro
17.José Carlos Brandão
18.José Nilton Mariano
19.Mara Thiers
20.Liduína Belchior
21.Luís Eduardo
22.José do Vale Feitosa
23.Lupeu Lacerda
24.Magali F.Esmeraldo
25.Manoel Severo
26.Marcos Barreto
27.Marcos Leonel
28.Tetê Barreto
29.Nilo Sérgio
30.Pachelly Jamacaru
31.Abidoral Jamacaru*
32.Roberto Jamacaru*
33.Pedro Esmeraldo
34.Rejane Gonçalves
35.Rosa Guerrera
36.Josenir Lacerda*
37.Stela Siebra
38.Tiago Araripe
39.Ulisses Germano
40.Vera Barbosa
41.Corujinha Baiana
42.Everardo Norões*
43.Cristina Diôgo
44.Telma Brilhante
45.Socorro Moreira

* Faltando release e fotografia.


- Dois textos p/cada autor;
500 exemplares, assim distribuídos:
225 (45 autores - 5 para cada);
25 p/divulgação;
250 para serem vendidos (se algum dos autores desejar comprá-los, faça a sua reserva pelo e-mail:
moreirasocorro757@gmail.com).


Ficha Técnica:
Prefácio: José Flávio Vieira
Orelha: José do Vale Feitosa
Dedicatória: Tiago Araripe (J. de Figueiredo Filho e Patativa do Assaré)
Contracapa: Emerson Monteiro
Foto da capa: Pachelly Jamacaru
Revisores: Stela Siebra e Luís Eduardo
Edição: Blog "No Azul Sonhado".

Como colorir campo e letras

Na edição de postagens  existe uma barra superior que determina as funções.
Entre elas o "A" , que permite uma cor diferente às letras do texto; a seguir,  um símbolo (parecido com um pincel) que permite dar um colorido (plano de fundo) ao texto.Basta selecionar tudo e aplicá-los.
*
A pedido da Mara Thiers, entendendo que outros autores/colaboradores  possam desejar a informação.

Abraços e um excelente sábado!

DAS FORMIGAS DE ASAS AOS CUPINS- Por José do Vale Pinheiro Feitosa



Mesmo sem atender à convocação, transitei o caminho duro das dúvidas entre a real natureza do ambiente e a ambiência de uma real necessidade. Afinal, mesmo não gostando da redução da real natureza do ambiente a um intento associado e dependente, me dei conta da real necessidade de manter a ambiência. Como uma formiga de asas e um cupim por evolução e transformação.

A formiga de asas se fez símbolo da liberdade. Saiu do sólido piso e ganhou os ares. Tudo mais rápido, elevado, acima da digestão da uma vida no tubo alimentar do predador. Por sobre a língua elástica do sapo, num voo errático, que se atrai com a luz e cai no solo como aparição num repente onde não existia.

A formiga de asas, então as perde e imprevidente se toma de uma cegueira ainda insuficiente que se perca. A formiga de asas se transforma num cupim ávido por celulose. Atravessa barreiras de alvenaria, forma túneis extensos numa ramificação de oportunidade e rói toda a celulose que se interponha na sua progressão.

O cupim derruba a arquitetura das estruturas de madeiras, tudo pelo que perdeu do seu voo de liberdade. Agora ele é intento sem freios de tornar pó aquele lenho rendilhado ou concêntrico que um dia um olhar se pôs. A liberdade de destruir o quê para si é apenas alimento.

Por José do Vale Feitosa

Foto de Pachelly Jamacaru


AUSÊNCIA - Por Marcos Barreto de Melo


A sua casa
O meu berço
A sua ausência
A minha dor

Pensamento para o Dia 19/03/2011


“Quando as coisas estão plácidas, calmas e serenas, as pessoas podem fundir-se à atmosfera da Suprema Consciência, que é o mais elevado que se pode alcançar. A paz interior (Shanti) que elas experimentam é mais sutil que o mais sutil. Eles devem ascender até ela através de um esforço guiado pela razão, através da meditação. Quando o deleite é total e completo, não é diferente do status Divino, o objetivo almejado da vida! As pessoas geralmente não se esforçam para isso, pois elas não sabem nada sobre sua atração suprema.”
Sathya Sai Baba

São José



"Casto esposo de Maria/ de Jesus, guarda-fiel..."

Fui embalada com esta canção.Ainda sei o hino, ainda tenho a minha mãe...Só perdi a infância!



José é um personagem célebre do Novo Testamento bíblico, marido da mãe de Jesus Cristo. Segundo a tradição cristã, nasceu em Belém da Judéia, no século I a.C., era pertencente à tribo de Judá e descendente do rei Davi de Israel. No catolicismo, ele é considerado um santo e chamado de São José.

Segundo a tradição, José foi designado por Deus para se casar com a jovem Maria, mãe de Jesus, que era uma das consagradas do Templo de Jerusalém, e passou a morar com ela e sua família em Nazaré, uma localidade da Galiléia. Segundo a Bíblia, era carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado seu filho.

São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja católica romana"; por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.

wikopédia

POEMA DE ISOPOR: UTOPIA SUPREMA - Ulisses Germano

O impossível é apenas algo que ainda não aconteceu.
Quantas coisas impossível no passado
Hoje são possíveis, visíveis e palpável?
Antigamnte muitos achavam
Que era impossível
O homem voar.
Hoje ele voa
E faz piruetas
no ar!
Antigamente 
era impossível
Alguém ir para a lua.
Hoje a lua é um satélite
Que flutua, Mapeado.
Antigamnte era impossível
Fabricar uma arma
Capaz de dizimar
A população do Planeta.
Hoje vivemos
Num campo minado.
Ainda não é possível
Acabar de vez
Com a barganha
Do clube nuclear
A bomba suja
A bomba H.
Mas
Mantenho
Fime a utopia
De que a paz
Um dia
Será
Possível!
Quem sabe
Outras equações
Criadas por seres
De outras galáxias
Neutralize os efeitos
Da energia liberada na explosão 
seguida na equação 
de Einstein: E=mc²?
Ora, hoje é impossível!
Mas, amanhã, quem sabe?
Podemos começar 
Com o nosso quintal
Desativando definitivamente
Os elefantes brancos
Agra 1, 2....
Mas quem pensa nisso?
A Paz Mundial
Começa com a solução
dessa questão de
suprema pertinência!
É preciso delirar, matutar
Pensar até materializar
Uma ação que faça
Com que a humanidade
Não busque mais
O suicídio coletivo.
Impossível?
Mas, quem sabe?
Alguns vão dizer:
Santa ingenuidade!
Outros tantos,
imprescindíveis, dirão:
"Vamos tentar!
Eles podem até ganhar,
mas morremos tentando,
Não mais aguando
Os Cogumelos Atômicos"
É preferível uma morte morrida
Do que uma morte evaporada.

Ulisses Germano