por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

POEMA DE ISOPOR - Ulisses Germano


Um dia a democracia
Ungida pela razão
Assumiu todos os poderes
Com uma só palma da mão
Do nada não nasce nada
Nem mesmo a mão da fada
Funciona na alienação

"Lisa Dagli Occhi Blu" - Uma Música Inesquecível



( Canta: Mario Tessuto )
( Autores: C. Cavallaro - G. Bigazzi - 1969

Lisa dagli occhi blu
senza le trecce la stessa non sei più.
Piove silenzio tra noi
vorrei parlarti ma te ne vai.

Eppure quasi fino a ieri
mi chiamavi amore tu,
ma nei tuoi pensieri
oggi non ci sono più.

Classe seconda B
il nostro amore è cominciato lì.
Lisa dagli occhi blu
senza le trecce non sei più tu.

La primavera è finita
ma forse la vita comincia così.
Amore fatto di vento
il primo rimpianto sei stata tu.

Lisa dagli occhi blu.
Cerco negli occhi tuoi
la tenerezza che più non hai.

Eppure quasi fino a ieri
mi chiamavi amore tu,
ma nei tuoi pensieri
oggi non ci sono più.

Classe seconda B
chi avrebbe detto che poi finiva qui.
Piove silenzio tra noi
vorrei parlarti ma te ne vai.

La primavera è finita
ma forse la vita comincia così.
Amore fatto di vento
il primo rimpianto sei stata tu.

La primavera è finita
ma forse la vita comincia così.
Amore fatto di vento
il primo rimpianto sei stata tu.

Tradução:
Lisa dos olhos azuis
sem as tranças a mesma não és mais.
Chove silencio entre nós
queria falar-te mas vais embora.

Contudo quase até ontem
me chamavas de amor tu,
mas em teus pensamentos
hoje não estou mais.

Classe segunda B
o nosso amor começou aí.
Lisa dos olhos azuis
sem as tranças não és mais tu.

A primavera acabou
mas talvez a vida começa assim.
Amor feito de vento
a primeira saudade foste tu.

Lisa dos olhos azuis.
Busco nos olhos teus
a ternura que mais não tens.

Contudo quase até ontem
me chamavas de amor tu,
mas em teus pensamentos
hoje não estou mais.

Classe segunda B
quem teria dito que depois acabava aqui.
Chove silencio entre nós
queria falar-te mas vais embora.

A primavera acabou
mas talvez a vida começa assim.
Amor feito de vento
a primeira saudade foste tu.

A primavera acabou
mas talvez a vida começa assim.
Amor feito de vento
a primeira saudade foste tu.





"Boudicca Wode", o Perfume de Sangue Azul




A Boudicca lançou recentemente o perfume Wode, o primeiro perfume visível, na cor azul tinteiro. O frasco lembra um antigo tinteiro e a cor desaparece da pele e roupa em segundos. O perfume de sangue azul é uma ode à história fantástica da rainha Boudicca, que se pintava de azul cobalto nas batalhas contra os romanos. Buzz certo.
Dica do Invitro

http://www.firemulticom.com.br/blog/2008/12/09/boudicca-wode-o-perfume-de-sangue-azul/

CASA DE "LUISIM" & TALITA

Pintura/varanda /Talita

Estar na companhia deles, é mais que bom, é mais que agradável. Significa estar de mãos dadas com a felicidade. É assim que me sinto diante deles. É assim que me sinto na casa de Luisinho e Talita.


Casa de “Luisim” e Talita é casa de aconchego.
É casa de irmão, de família grande e farta, é casa de gente grande, gente boa, gente bonita;
Casa de Luisim e Talita é como coração de mãe, sempre cabe mais um;
É regada a favo de mel, a música...
É regada a cheiro de tempero caseiro, a uma simplicidade terna e elegante com comida feita com arte nas mãos do artista...
Casa de Luisim e Talita é canto uníssono.
É arco-íris em dias de festa no céu. São as cores da felicidade e da amizade; do verão de céu aberto e neblina tênue, só pra deixar o dia com o encanto dos anjos.
Casa de Luisim e Talita é casa de portas abertas, é casa de longas conversas, de abraços apertados, e sorriso bordado à mão...
Tem jeito de mulher rendeira que canta e tece o seu bordado...
É o cantinho do afago, do aperto de mão, do corpo molhado pelas sete notas musicais;
É assim na casa de Luisim e Talita.
Casa de Luisim e Talita é casa de avó, é casa de mãe, de irmã, é casa daquele tio mais próximo...
É casa de chocolate, creme de frutas, de uva passa...
É gostoso de estar por lá... O ruim mesmo é sair de lá.
Casa de Luisim e Talita é casa de gente alegre, de espírito nobre bom e feliz, e que faz de nós amigos, também, um povo alegre, nobre, bom, e feliz! É como um espelho enfeitado de jasmim no meio de uma sala ampla e bela... Reflete e deixa-se refletir.
É assim na casa de Luisim e Talita.
É assim estar por lá. É assim entre nós amigos.

Mara
10/05/2009

Um exemplo de gratidão – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Recentemente estive a serviço da organização que trabalho, visitando a cidade de Limoeiro do Norte, a qual estivera pela última vez há mais de 20 anos. Fiquei admirado o quanto progrediu aquela cidade nesses dois últimos decênios. A impressão que nos causa como visitante, é a de uma cidade em plena expansão e notável desenvolvimento. Cidade limpa e bem cuidada, com largas avenidas, prédios históricos restaurados, comércio movimentado e rico, educação de boa qualidade para os seus filhos. O desenvolvimento da economia local é facilmente percebido por qualquer visitante. A irrigação de extensas áreas rurais na Chapada do Apodi possibilitou o cultivo em grande escala de frutos tropicais, como o melão, o abacaxi, a melancia, o maracujá e a banana, para citar apenas os mais importantes. Toda essa produção abastece não somente os mercados nordestinos, mas é exportada, via porto do Pecém, para vários países da Europa, chegando ao destino dez dias após a colheita. Hoje Limoeiro do Norte é o maior exportador brasileiro de melão e o segundo de abacaxi, atividades que lhe propiciam anualmente mais de 50 milhões de reais em divisas. Na formação de seus jovens, Limoeiro possui o Centro de Ensino Tecnológico, o CENTEC e uma unidade descentralizada da UECE, com oito cursos superiores. O CENTEC foi uma criação de um cearense de extraordinária visão, filho de Limoeiro do Norte e que tem em seu currículo a criação do NUTEC e da Secretaria de Ciência e Tecnologia, uma das primeiras idealizadoras de utilização do biodiesel. Mas o que mais me impressionou em Limoeiro do Norte foi a gratidão que o seu povo devota aos seus benfeitores. Nas últimas eleições parlamentares, Limoeiro, com menos da metade dos eleitores do Crato, ajudou a eleger deputado federal com 50% dos votos do município o filho da terra que lhe proporcionou o primeiro CENTEC instalado no Estado. Outra gratidão demonstrada pelo povo da cidade é ao seu primeiro Bispo, Dom Aureliano Matos. Esse prelado dá nome à principal avenida da cidade e à unidade local da UECE.

Essa gratidão que os filhos de Limoeiro do Norte têm para com seus benfeitores conduziu-me a uma imediata comparação com muitas ingratidões demonstradas por uma grande maioria dos cratenses à sua terra. A nossa primeira ingratidão é com os políticos cratenses. Nosso município, que há cinqüenta anos elegia dois deputados federais e dois estaduais, vive nos últimos anos um ocaso político danoso ao seu desenvolvimento. Não conseguimos eleger um deputado federal há mais de vinte anos. E não vale a justificativa de que nossos atuais políticos não são bons. Eles são do mesmo nível daqueles que foram deputados há mais de meio século. O único deputado estadual cratense da presente legislatura foi eleito graças ao seu desempenho em programas policiais da televisão, assim mesmo com votos de outros municípios. Diante desse quadro, consultei os dados do TRE das últimas eleições e verifiquei com tristeza que os cratenses validaram 51.731 votos para deputados federais, suficientes para garantir a eleição de um deputado federal. Enquanto o único candidato cratense obteve apenas 37% desses votos, 63% deles foram destinados a candidatos de outras cidades, destacando-se o ex-governador Ciro Gomes com 10.669 votos, os cincos candidatos a deputado federal por Juazeiro que obtiveram juntos 6.993 votos. Ao todo foram votados mais de 43 candidatos no Crato, entre os quais muitos desconhecidos pela maioria dos cratenses como André Figueiredo, com 997 votos e Maria Aparecida Albuquerque que obteve no Crato 75 votos. Esses números são reveladores da tamanha ingratidão política do cratense para com os seus próprios filhos. Reclamamos dos nossos prefeitos, que pouco fazem pelo desenvolvimento do Crato, mas esquecemos que eles não conseguem viabilizar seus projetos juntos aos governos federais e estaduais porque não elegemos um filho da terra deputado federal para fazer o acompanhamento político dos projetos de interesse do Crato nos labirintos da administração federal. Com tamanha ingratidão, não podemos reclamar a perda da Universidade Federal, da sede regional do DETRAN, ou de um hospital público de qualidade, afora tantos órgãos federais e estaduais que foram transferidos do Crato para outras cidades. Os maiores culpados por tamanho descaso são os próprios cratenses que votam em candidatos de fora e que somente se lembram do Crato de quatro em quatro ano.

Ao ver o nome de Dom Aureliano Matos estampado numa placa da principal avenida de Limoeiro, lembrei-me que um sobrinho dele, Dom Vicente Matos foi bispo do Crato e seu maior benfeitor em todos os tempos. Mas não existe no Crato nenhuma rua com o nome de Dom Vicente Matos. Aqui reside a maior de todas as ingratidões. Existem ruas com o nome de ex-presidente de outro país, de candidatos a presidentes que nada fizeram pelo Crato, de outras figuras que nunca colocaram seus pés em nossa terra, além daqueles que jamais souberam se o Crato existe. Por que não uma rua com o nome de dom Vicente? Graças a ele fomos pioneiros no ensino superior no interior do Estado do Ceará, com a implantação da Faculdade de Filosofia do Crato que possibilitou anos mais tarde a viabilização da URCA, com sede no Crato. São ainda iniciativas de Dom Vicente a Rádio Educadora do Cariri, a expansão do Hospital São Francisco, o desenvolvimento estrutural da Fundação Padre Ibiapina, a construção do Centro de Expansão da Diocese, único centro do gênero nas dioceses do Estado e quiçá do Nordeste, além de tantos outros benefícios, impossíveis de resumi-los em poucas palavras.

Sei que essa proposta de dar o nome de Dom Vicente a uma rua do Crato é muito antiga e parece encontrar certa resistência dos nossos vereadores. Não sei se já tramita algum projeto na nossa Câmara de Vereadores ou se nossos edis continuam insensíveis. Mas somente para reforçar a idéia, gostaria de registrar aqui o argumento da mulher de um amigo cratense que, para agradar o marido, conseguiu junto a nossos vereadores mudar o nome da rua em que mora. Tal rua tinha o nome de um escritor carioca, um dos mais famosos da literatura brasileira e que morreu há cem anos, e essa senhora conseguiu fazer a mudança para o nome do falecido sogro, pessoa muito conhecida e estimada por todo o Crato. Perguntou ela junto aos vereadores o que fez aquele escritor pelo Crato. Será que ele sabia ao menos onde ficava o Crato? Ou se existia uma cidade com esse nome? Gostaria de usar o mesmo argumento daquela senhora. Que representou o presidente Kennedy para o Crato? Quais os benefícios trazidos por ele à cidade? Quem foi João Pessoa para o Crato? E Santos Dumont construiu por aqui algum aeroporto? Por que não mudar um desses nomes para Rua Dom Vicente Matos. Ele merece a principal rua do Crato! Pensem nisso para corrigir uma grande ingratidão!

Nota do autor: O presente texto data de 3 de setembro de 2008. Foi postado no Blog do Crato e publicado pela revista “A Província” em sua edição N° 27 de junho de 2009, Até a presente data nossos vereadores permanecem insensíveis a esse apelo justíssimo.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Junta militar assume o poder. Dificil sair. Mubarak deu lugar a milicos. Egito continua deserto da democracia.

(Flamínio Araripe)

Com um mês e três dias de atividades, o " Azul Sonhado " ,já foi bem acessado :

Brasil  (vários Estados /cidades),Estados Unidos,Portugal , Alemanha, Dinamarca ,Itália, Japão, Bolívia, Espanha, Canadá, Quênia, Itália...

Parabéns a todos que fazem o "Azul Sonhado"!

A Vida por um fio.

Os sorrisos escapolem
a esperança não perde o porte,
as lágrimas desafogam
o coração preocupado,
um susto se faz mister.
Mas depois de algumas visitas
do Senhor e sua graça concebida,
eis que surge um lenitivo:
A respiração volta ao normal,
a fibrilação é revertida.
E, a luz, ah! A luz
é finalmente visualizada
no túnel imenso que se chama vida!
Agradecer é palavra de ordem:
Gratidão ao Deus Supremo,
a equipe profissional,
aos filhos dedicados e devotos,
a familia, aos amigos.
Saudação a reversão,
saudação ao novo momento,
saudação a vida!
Poema dedicado a recuperação de um ente querido.

WALDEMAR HENRIQUE - Por Norma Hauer



Waldemar Henrique, nascido em 15 de fevereiro em Belém do Pará, não ficou muito conhecido, como compositor, no resto do Brasil, mas uma canção de sua autoria, gravada por Vicente Celestino, foi bastante cantada. Trata-se de "MINHA TERRA"

Este país, tão grande e amado,

É meu país idolatrado .

Terra de amor e sedução,

Toda verde, toda nossa de carinho e coração .

O sol que nasce atrás da serra,

À tarde em festa rumoreja

Cantando a paz de minha terra,

Na toada sertaneja.


Este sol, este luar...

Este rio de cachoeiras,

Esta terra este mar,

Este mundo de palmeiras...

Tudo isto é teu, oh meu Brasil

Deus foi quem te deu.

Ele por certo é brasileiro,

Brasileiro como eu.


Vê-se por essa canção, que Waldemar Henrique "cantou" o Brasil bem antes de Ary Barroso. E Ary reclamou de Alcir Pires Vermelho quando este compôs, com David Nasser, o "Canta Brasil", como se só ele poderia "cantar" o Brasil.

Mas Ary não teve coragem de reclamar com David Nasser, co-autor de “Canta Brasil”.


Outra música de Waldemar Henrique, gravada por ele mesmo, fez bastante sucesso.

Trata-se de


BOI BUMBÁ


“Ele não sabe que seu dia é hoje

Ele não sabe que seu dia é hoje

Ele não sabe que seu dia é hoje

Ele não sabe que seu dia é hoje...


O céu forrado de veludo azul-marinho

Venho ver devagarinho

Onde o Boi ia dançar

Ele pediu pra não fazer muito ruído

Que o Santinho distraído

Foi dormir sem celebrar

E vem de longe o eco surdo do bumbá

Sambando

A noite inteira encurralado

Batucando

E vem de longe o eco surdo do bumbá...”


Waldemar Henrique faleceu , também no Pará, no dia 28 de março de 1995, aos 90 anos.


Norma

Colaboração de Luís Eduardo


HEAVEN #3700 ASCENDE


Deus disse:

Claro que podes buscar a felicidade, entretanto a felicidade geralmente não funciona dessa maneira. A felicidade é mais como um subproduto. Conforme dás, assim recebes. Ao doares de ti mesmo e quanto mais doas de ti mesmo, mais retorna para ti. Mas receber de volta não deve ser o teu propósito. Teu propósito deve ser o de servir, querido. Isto resume tudo

Ter apenas para si mesmo é algo que carece de brilho. Talvez penses que não gostas de compartilhar, mas isto não é verdade. O que pode impedir-te de compartilhar é a idéia, que provavelmente tens, de que quando compartilhas, tu perdes. Não, claro que compartilhar é ganhar.

Felicidade é ganho. E a felicidade é um privilégio teu. Não existe nenhuma boa razão para não teres felicidade. Toma cuidado para que a infelicidade não seja simplesmente um estado de humor estabelecido. Sirva à felicidade e a terás. Foste criado para a felicidade. Para que outro propósito Eu te criaria?

Lembra-te hoje que foste feito para a felicidade.

Lembra-te hoje que és uma criação de Deus.

Lembra-te hoje que deves elevar-te muito além e acima do que é comum. Eu te criei extraordinário. Ascende para onde já estás! És como um creme, um creme espesso, magnífico, suave ao paladar, elevando-se ao topo. Deves ser o gosto da maravilha!

És um epicurista do amor, um testamento do amor, um documento de amor, um rubor de amor, um fluxo de amor, uma fonte do amor supremo.

Não deves ficar convencido de que tens um fluxo imperfeito de amor, um amor bloqueado, um amor intermitente, um amor desnecessário, ou um amor vacilante, um amor não correspondido ou um amor que precisa ser correspondido, ou um amor carente, um amor insatisfeito, um amor em greve, e nem um amor apaixonado. O amor pleno, simples e incondicional é teu agora; um amor que é estável e feliz de ser; um amor como uma chuva leve, não uma tempestade; um amor como sol aberto, mas que não queima.

Agora és amor brilhante, sólido e resplandecente como uma flor que desabrocha; um amor que permanece, que tem vida própria, independente de drama, amor que se basta, amor satisfeito de ser como é, amor que alcança mas não agarra, amor doador e amor que nada exige, amor que dá e ganha ao dar, amor seguro, amor contido em si mesmo, amor contente de ser e amor totalmente gratificado, amor que promete, amor que satisfaz suas promessas, amor feliz de ser irradiado do teu coração de ouro, teu coração que jorra amor, amor livre, não apertado; amor que irrompe num dia de sol, amor suficiente, equilibrado, amor que floresce como a rosa mais vermelha, ou mais branca, ou mais cor-de-rosa; amor em flor. Teu coração é uma rosa de amor.

O caminho do amor é o amor; não há nenhum outro caminho. Não o amor que se dá em troca de aplausos, mas o amor que se dá por prazer; amor dado como uma oferenda de um coração para outro coração; amor que se entrega por amor a Deus, por amor a Mim, porque eu desejo que o Meu amor circule por todo o mundo, por montes e vales, por oásis e desertos, escalando montanhas e navegando mares; o tipo de amor que é bonito de se ver, de se dar, de se sentir, de se receber, de se ter, de se desfrutar, de se saborear, de se desejar; amor para servir o Universo, não um amor exigido, mas amor não solicitado, amor incondicional, amor livre para ser um amor exatamente como ele é, pelo que vale, pois ele vale o resgate de um Rei; amor que explode em mais e mais amor, até que o mundo esteja totalmente preenchido de amor e nada mais que amor.

Traduzido por: Vera

Belíssimo texto !
Compartilho com todos que fazem o  "Azul Sonhado : leitores e colaboradores.

Frases soltas...

“O homem é parte de um Todo chamado por ele mesmo de Universo: uma pequena parte, limitada no tempo e espaço. Ele se vê como algo separado do resto. Ilusão que o limita a desejos pessoais, condicionando sua afetividade a algumas e poucas pessoas de sua tribo. Libertar-se desta prisão deveria ser o objetivo, aumentandoo círculo de compaixão para amar todas as criaturas vivas e a natureza, em toda a sua beleza e magnitude”.
Albert Einstein
***
"O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão."
Gabriel Garcia Marquez
***
"A objeção, o desvio, a desconfiança alegre, a vontade de troçar são sinais de saúde: tudo o que é absoluto pertence à patologia."
Friedrich Nietzsche
***
"Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar. "
Carlos Drummond de Andrade
***
"Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem. Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move."
Ana Jácomo

"Sumiço" misterioso - José Nilton Mariano Saraiva

Fomos convidados a participar dos blogs Cariricaturas, Cariricult e No Azul Sonhado/Catadora de Versos, por pessoas da estirpe de um José Flávio Vieira, Darlan Reis, Luiz Carlos Salatiel, Emerson Monteiro, Claude Bloc e Socorro Moreira, dentre outras, o que é motivo de orgulho para qualquer um.
Como não houve nenhuma pré-condição, aconselhamento, recomendação, censura, imposição, sugestão, orientação ou algo sequer parecido, no tocante ao o “que”, “como” e “quando” postar (ou seja, a pauta se nos apresentava livre), aceitamos de pronto (o que não aconteceria se prevalecesse qualquer dos itens acima).
Desde o meio desta manhã de 15.02.11, no entanto, não sabemos se por “questões técnicas” ou se “intencionalmente”, dois textos de nossa autoria (“Agradecimento” e “Muito cacique pra pouco índio”), postados entre ontem e hoje, “desapareceram” misteriosamente do Cariricaturas (permanecem no Cariricult e no No Azul Sonhado/Catadoradeversos).

Se a questão foi algum “problema técnico”, nada como uma “nova postagem” (vide abaixo) para resolver o problema; se, entretanto, foi “intencional”, por respeito não só ao autor, mas, também, aos demais colaboradores do Cariricaturas, deveria ter havido a devida e antecipada notificação.
Vamos ficar no aguardo de alguma manifestação por parte dos administradores do Cariricaturas, oportunidade em que os demais colaboradores deste blog serão informados.
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Muito cacique pra pouco índio - José Nilton Mariano Saraiva
Ungido, certamente que em razão da sua naturalidade de “piquizeiro”, à condição de “presidente” da comissão especial instituída na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará para elaborar relatório e sugerir soluções a respeito do desastre provocado pelas enchentes na Região do Cariri (e especificamente no Crato), o apresentador televisivo-Deputado Estadual Ely Aguiar (ligado politicamente ao prefeito da cidade), aparentemente sem medir as conseqüências nem atentar para a gravidade da sua fala, disparou um autêntico “torpedo” contra o Ministro da Integração Nacional, (Fernando Bezerra) que teria sido “debochado” ao referir-se à questão. A conferir, ipsis litteris: “A gente não pode ficar omisso diante de uma situação como essa. A coisa foi tratada em tom de deboche. Há a cobrança de que ele atenda à nossa demanda de ajudar os municípios. Ele está lá para isso e está sendo pago pelo povo para isso” (Jornal O POVO, Caderno Política, página 20, de 11.02.11).
Já o médico-Deputado Federal Arnon Bezerra (também ligado ao prefeito do Crato), literalmente desmentiu o senhor Ely Aguiar, além de criticar com causticidade um outro político do Ceará, ao garantir, em entrevista à Rádio Educadora do Cariri, que (ipsis litteris): “...essa notícia que saiu ontem, impressionante, que a notícia foi divulgada pela informação de alguém que esteve presente no gabinete do ministro, e eu não sei com que intenção uma pessoa espalha uma notícia dizendo que o ministro não teve a atenção necessária para com o Crato, não se sensibilizou” (sic). Garantiu, também, Arnon Bezerra, convictamente: “...eu sei mais ou menos de onde partiu, realmente é desgastante... alguém querer de forma irresponsável, desculpe o termo forte da palavra, querer tirar proveito para desmerecer o trabalho” (convenientemente, entretanto, preferiu não declinar o nome do insurgente).
Como se pode observar, a briga (ao estilo “de foice e em quarto escuro”), até então surda, muda e adstrita ao ambiente interno, transpôs as caudalosas águas do Rio Grangeiro, rompeu barreiras e espraiou-se ao domínio público, com os “nobres” e digníssimos Deputados apoiadores do prefeito do Crato ávidos à busca da luz dos refletores, reivindicando antecipadamente a “paternidade da criança” (possível viabilização e liberação de verbas), com o agravante de que um dos tais chegou até mesmo a “jogar farofa no ventilador do ministro”, já que esteve presente à audiência e de lá saiu semeando a discórdia, pregando a intriga, falseando a verdade (em benefício próprio), segundo sugeriu Arnon Bezerra (declina o nome, Deputado, declina, por favor).
Particularmente, tais pronunciamentos só vêm reforçar, reafirmar, solidificar e cristalizar nossa posição em relação à classe política (há exceções, claro), qual seja: como é “muito cacique pra pouco índio”, o importante é marcar presença, sair bem na foto tal qual “papagaio de pirata”, arrotar alguma frase de efeito que possa adiante ser aproveitada em proveito próprio e, enfim, fazer barulho e pôr-se em evidência (nem que para tanto tenha que atropelar quem esteja à frente, mesmo em se tratando de um Ministro de Estado); legislando sub-repticiamente em causa própria, a determinação de cada um é puxar brasa para a própria sardinha, cuidar de ativar o próprio fogo, aparecer por cima de pau e pedra, quer chova ou faça sol, independentemente dos meios ou métodos utilizados em tal desiderato.
No mais, como a Excelentíssima Senhora Presidenta da República Dilma Rousseff já mostrou ser uma pessoa comprometida com os ideais e princípios democrático-federativo-republicanos (atendimento a todos, independentemente da coloração partidária), se a Prefeitura do Crato pretende mesmo viabilizar a captação de recursos para a tal “reconstrução da cidade” (pra que tanto exagero, gente ???), vai ter, sim, que elaborar e estruturar um projeto tecnicamente consistente, competente e condizente com a realidade, em termos argumentativos e, principalmente, do montante necessário para tal empreitada (esqueçam, até mesmo pra imprimir um quê de respeitabilidade à causa, do tal estapafúrdio valor “entre 50 e 100 milhões de reais”, como equivocada, maquiavélica e espertamente foi sugerido e difundido por pessoas ligadas à prefeitura, como se estivéssemos em plena “casa de mãe Joana”).

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Agradecimento - José Nilton Mariano Saraiva
Sensibilizados, queremos externar, de público, nosso mais profundo e comovido agradecimento a quem, diligentemente, teve a preocupação e tomou a iniciativa de encaminhar uma nossa postagem (Farra com o dinheiro público ???), às “autoridades” constituídas do município do Crato (conforme comentário lá inserto, no site Cariricaturas).
Embora entendendo desnecessário - já que veiculada na Internet e, portanto, de conhecimento até do mundo mineral (como diria o Mino Carta) - constitui-se um prazer quase orgástico constatar que nossas mal-traçadas merecem tamanho carinho, cuidado e deferência.
Em troca, a única coisa que podemos garantir é que continuaremos vigilantes e atentos, mormente quando em jogo estiver a coisa pública, o bem do Crato.

Cor-de-mel- por Socorro Moreira





Esqueci que fui criança

Esqueci que sou mulher

Ganhei as asas

de um anjo

Vou voar querendo

o céu ...


E nessa rota sem planos

Eu misturo o meu pincel

nas tintas que se derramam

do teu olhar cor de mel.

A poesia de Geraldo Urano

brinquedo de vidro
no meu coração é você
acendo um cigarro
e a brasa é você
um corte na mão
tão profundo
foi a sua traição
elefoa louca
na minha áfrica
deixe pelo menos
uma árvore
onde eu possa
descansar embaixo
é embaixo de você
que eu encontro prazer


Jogando pro alto - por Socorro Moreira


Estou devolvendo os teus segredos
desacomodados na minha imprudência.

Estou jogando pro alto os meus desejos
Eles fogem dos teus , inconfidentes

Estou esquecendo o nosso adeus
O encontro foi ontem,
e eu nem me lembro...

Estou vivendo o meu amor diário
Meu confidente, meu usuário...
Rabisco, e ele permanece mudo
Não disca, nem atende ao telefone.

Sinto o vazio dos sonhos perdidos
Sinto falta às chamadas pro desconhecido

Acho que a felicidade gosta de cair nos buracos ...
Os meus são  profundos

Minha Tia Dora - "A Iara do Rio Jaguaripe " - Por Corujinha Baiana



Quando criança, em época de férias escolares, eu sempre passava uns dias na chácara da minha avó, em Nazaré das Farinhas, município do Recôncavo Baiano, banhado pelo rio Jaguaripe.

Para mim, isso era o máximo. Lá havia, entre outras atrações, muuuuuitos pés de sapoti, uma das frutas que eu mais gosto. Além disso, em Nazaré também havia a Feira de Caxixis - uma verdadeira farra quando a minha avó me levava, e me deixava escolher os que eu quisesse.

Assim, miniaturas de panelas, cuscuzeiros, tigelas, jarras, moringas, fruteiras e tudo que alimentava o meu mundo inocente de criança, era cuidadosamente colocado dentro de um mocó.

Mas em Nazaré, o que eu mais gostava mesmo, um verdadeiro encantamento, era ver a minha tia Dora lavar seus cabelos, sentada numa pedra, à beira do rio, que passava no fundo da chácara.

Minha tia era linda.Traços delicados, pele clara e macia, uma covinha no queixo e setenta e cinco centímetros de cabelos negros e lisos.Uma verdadeira Iara. Eu a admirava e, para mim, ela era uma deusa. Nunca me esqueço o encantamento que sentia, ao vê-la sentada, lavando os seus cabelos, à beira do rio.

Quando penteada, ela usava grossas tranças, em diferentes estilos .Um dia, as cruzava; no dia seguinte, as dobrava uma sobre a outra; noutro ainda, as enrolava sobre a cabeça como um ninho ...Mas quase sempre, as mantinha presas com laços de fita, que eram escolhidos com muito gosto, sempre em perfeita harmonia cromática com a roupa que usava.Lembro-me de que ela tinha uma variedade delas.

Em muitas ocasiões, ouvi pessoas da cidade se referirem à minha tia como a moça mais bonita do lugar. E eu ... orgulhosa. Afinal, ela era a minha tia.

Voltei para casa, passou o tempo, as aulas terminaram, e novamente, chegaram as férias. Mais uma vez, lá estava eu na chácara da minha avó, encantada com a minha tia. Mas dessa vez, o encantamento durou pouco.

Certa feita, não se sabe como, ao lavar os seus cabelos, eles embaraçaram, e formaram uns nós, deixando-a desesperada.

Amigas, parentes, minha avó, todos tentaram ajudá-la. Escova, óleo, pente largo, pente de dentes bem afastados, mas tudo em vão.

"Foi feitiço" - alguém falou. Dito e acreditado. - "Foi feitiço".Chamaram a rezadeira da cidade. Reza curta, reza comprida, reza cantada, até que o santo mostrou a solução: a solução que todos conheciam, mas que ninguém tinha a coragem de falar: " Para desembaraçar e desfazer os nós, tem que cortar o cabelo."

Eu não queria acreditar no que ouvia, mas tive que acreditar no que vi : minha tia a chorar, e seus cabelos pelo chão do quarto. Essa é uma triste imagem que eu tenho até hoje gravada na minha memória.

Depois dessa "tragédia", minha tia entristecida, ficou muito tempo sem sair de casa, esperando que seus cabelos crescessem ... mas eles nunca mais foram os mesmos.

Hoje, minha tia de cabelos curtos e grisalhos, sofre com a osteoporose, e anda com dificuldade. Mas na minha memória, ela continua sendo Minha Tia Dora - "A Iara do rio Jaguaripe".

( Coisas de Família - Corujinha Baiana - 17 de janeiro de 2010 )

Enquanto estou aqui... - por socorro moreira


Naquele mundo vivo
eu senti que preciso da luz
O escuro me adormece
e eu quero as cores do outro mundo
Quero achar quem partiu primeiro
Quero esperar, quem partirá...
Quero continuar
sem mandar em mim...
Entendendo, que ser livre
é não deixar de amar.

Estamos ainda aqui ...
o que fazer pra completar
o projeto divino?
Nada fazer...
Apenas viver !

Escrever é comer
É engolir , e mastigar,
o que nunca foi dito, nem visto.
Escrever é matar ou fazer nascer...
E essas duas coisas se alternam,
muitas vezes,
num único verso !

Gilberto Milfont


Cantor e compositor brasileiro nascido na cidade do Lavras da Mangabeira, no Ceará, recordista em gravações de sucessos para os carnavais. Cantou em público pela primeira vez aos 14 anos no programa infantil da PRE-9, na qual mais tarde veio a ser diretor artístico da emissora. Ainda na adolescência, integrou regional onde atuava ao lado de Zé Cavaquinho. Aprendeu taquigrafia (1938) para copiar a letra das músicas que eram cantadas no rádio. Foi para o Rio de Janeiro (1945) onde estreou na Rádio Mayrink Veiga. Naquele mesmo ano compôs Esquece e levou a música para Dick Farney ouvir no Cassino na Urca que a gravou no ano seguinte. Gravou seu primeiro disco (1946) com as músicas Geremoabo e Maringá, na RCAVictor onde também gravou Estão vendo aquela mulher e Apelo (1946) e mais 42 outros discos. Durante sua atividade artística passou pela RCAVictor, foi para a Continental (1954) onde gravou 12 discos. Da Continental foi para a RGE, onde deixou registrado 8 músicas em 4 discos. Gravou ainda na Chentecler e na Pedestal. Apresentado por Luiz Gonzaga, fez um teste e foi aprovado na Rádio Nacional (1948). Estreou no programa A canção romântica, de Francisco Alves e no rádio ainda participou de diversos outros programas tais como Quando canta o Brasil, Um milhão de melodias, Noite de estrelas, Gente que brilha entre outros. Compôs em parceria com Milton de Oliveira, o samba Não devemos mais brigar (1950), sucesso na voz de Lúcio Alves. Fez sucesso como cantor e compositor e também gravou com certa freqüência o repertório carnavalesco com marchinhas clássicas como por exemplo Cabeleira do Zézé, Tristeza, Máscara nêgra, Cidade maravilhosa, Turma do funil, Me dá um dinheiro aí, Allah-la-ô e Mamãe eu quero. Depois de gravar o Hino a Getúlio Vargas (1954), abandonou o canto, mantendo, no entanto, sua atividade de compositor. Nas décadas de 70 e 80, ainda funcionário da Rádio Nacional do Rio, foi transferido para o serviço público trabalhando numa repartição do Ministério da Educação onde participou dos Projetos MPB - 100 ao vivo e Minerva, da Rádio MEC do Rio de Janeiro.



A voz de Gilberto Milfont !


Quem conhece esta canção ?

As Aparências Enganam

Composição: Lupicinio Rodrigues

Vejam como as aparências enganam
Como difere a vida dos casais
Não são aqueles que mesmo se amam
Que às vezes moram em lugares iguais

Há uns que se casam porque se querem
Outros somente por comprazer
Sem se lembrarem que por mais que quiserem
Nunca mais hão de deixar de sofrer

Com o seu criado que está presente
Também se passa uma história assim,
Ela casou-se com outro vivente
E eu tenho outra mulher para mim

Só uma coisa eu sempre reclamo
Pois até hoje eu não me conformei
Que quem casou com a pessoa que eu amo
Beija na boca que tanto eu beijei.

Quem tem um CD de Gilberto Milfont?


"Memória no Ceará

Os artistas da música do Ceará desde a Era de Ouro da MPB, como Gilberto Milfont, Catulo de Paula e o grupo 4 Ases e 1 Coringa, jamais tiveram oficialmente seus discos lançados em CD. Já outros do porte dos Índios Tabajaras tiveram duas coletâneas lançadas pelo Selo Revivendo. Parte da obra do compositor Lauro Maia foi disponibilizada para o público através de iniciativa do músico e produtor Calé Alencar e do Arquivo Nirez, inicialmente num vinil duplo em 1993 e depois, já em CD, em 1998, incluindo novas gravações da obra de Lauro.

Ainda sob a batuta de Calé Alencar, duas outras edições importantes para a cultura do Ceará foram recuperadas do vinil para o CD. Em 1996, o então LP coletivo "Terra da Luz", lançado originalmente na década de 60 e que reuniu, entre outros, Evaldo Gouveia, Vocalistas Tropicais e Mário Alves Também de 1996 é o álbum "Filgueiras Lima - Poesia", na voz do próprio autor e que tem a flauta do francês Pierre Chabloz, estimulador maior da obra do artista plástico cearense Chico da Silva.

Ainda no catálogo idealizado por Calé está a série "Coleção da Memória do Povo Cearense", com os discos atualmente composta dos discos: "Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto" (1998), "Cego Oliveira" (1999), em parceria com Rosemberg Cariry, "Patativa do Assaré" (2000), "Penitentes de Barbalha" (2000), "Maracatus e Batuques"
(2001), "Caixa Patativa" (CD duplo de 2004), "Viva Patativa" (2005) e "Vocalistas Tropicais" (2006).

Outro grande destaque, já na cena nacional, foi o lançamento também em CD do disco "Cabelos de Sansão", do cantor e compositor cearense Tiago Araripe, gravado em 1982, em São Paulo, e reeditado em 2008 pelo selo "Saravá", do maranhense Zeca Baleiro.


* Ele viveu no Crato , infância, adolescência. Foi amigo do meu pai, e cnatavam juntos nos programas de calouros da Rádio AraripeMeu pai considerava-o  uma das vozes mais bonitas da época.
Vivia lembrando o seu repertório, como "MIMI", "AS APARÊNCIAS ENGANAM" , ETC.
SINTO SAUDADES DESTAS LEMBRANÇAS !

Nenhures



NENHURES

Como um tigre, a manhã se aproxima.
Arma o bote diante do abismo.
Que universo é este?
Que Deus me guia?

Mastigo estrelas quentes como brasas,
me queimam a língua, como uma palavra.
Saco a morte do bolso,
atiro contra o enigma.

Carrego a minha cruz às costas, com galhardia.
Beijo a cruz como aos lábios de uma mulher.
O demônio me bafeja o calcanhar,
me cega os olhos cansados do caos cotidiano.

A árvore da eternidade tem as raízes para o ar.
Pássaros voam com ramos verdes no bico,
e caem pesados, estupefatos.
As águas vão e voltam, inúteis.

Além do véu
e dentro do espelho,
conheço quem sou: ninguém.
                                   Espectro de outrem me habita. 

CRÔNICA CRÔNICA - por Ulisses Germano


"O Brasil não tem povo, tem público"
Lima Barreto (1881-1922)

 *** *** ***

Hoje uma mulher desperada
subiu no predio da prefeitura do Crato
E ameaçou pular  em sinal de protesto:
Havia perdido tudo na última enchente.
Logo começou a juntar
Um meio mundo de gente. 
O público cratense olhava para o alto.
Não fiquei por muito tempo.
A multidão geralmente pede para pular!
Alguém comentava enquanto eu voltada
para trabalhar meio atordoado:
"-É mais uma pessimista,
subiu para aparecer
-Ela tem um disturbio mental!
Refleti. Ponderei. Relevei
e pensei em Otto Lara Resende
que dizia que "a política é a arte
de enfiar a mão no excremento".
Nelson Rodrigues disse que o Otto
Foi até elegante ao definir a política.
Ninguém vai burlar o meu olfato.
Saudades do futuro Crato.
A estupidez humana não tem limite!
Ulisses Germano 
Presidente do Partido das Questões Pertinentes - P.Q.P.

Crato, 14/02/2011.

P.S. Está a venda nos camelôs de nossa cidade um vídeo "A Enchente do Crato do dia 28/01/2011...

Ambições de conhecer o futuro - Emerson Monteiro

Essa vontade humana de dominar a natureza envolve desejos antigos de saber o que vem acontecer no futuro das gerações. O motivo da disposição incontida desde tempos imemoriais finca raízes nos planos de dominar a vida e tudo o que diz respeito ao mundo e as coisas em volta, na política, na fortuna, no tempo. Sobretudo dominar os outros e a sociedade. Em resumo, reter nas mãos o destino e a riqueza, pretensão do tamanho do Universo. Um sonho bem avassalador, a sede insaciável do poder.
Essa tal vontade de domínio mostra evidências constantes nas profecias existentes e documentadas no decorrer da história, no âmbito das religiões e dos livros sagrados.
Filmes e pronunciamentos sempre trazem novidade quanto a isso. Agora mais recente, por exemplo, na película 2012, um sucesso de bilheteria, há referências ao que os Maias, civilização desaparecida na América Central, deixaram quanto a grandes mudanças que sofrerá a Terra nesse ano vindouro do calendário moderno.
Mas o que interessa mesmo, em termos práticos, chega mais longe, ao domínio do que pode permitir o conhecimento, até depois das muitas profecias ora existentes, numa lembrança forte das palavras de Jesus nos Evangelhos, a dizer: Sóis Deuses e não o sabeis, fazendo paralelo nas condições prósperas, contudo ainda que para eles mesmos realizarem, amarrando o burro nas orelhas dos donos.
Quanta maravilha transporta em si a existência, na assertiva cristã de guardar na alma a essência da herança divina, porém sob o desafio de ter antes de aprender a sabedoria, desenvolver esse modo particular de achar o caminho da luz e se libertar para as outras dimensões da evolução.
Isto demonstra o tanto de responsabilidade na revelação pessoal através da caminhada do aprendizado, conquanto artífice da própria transformação. Longe de apenas se acomodar naquilo que receber, sem estudo e trabalho, só à toa pela vida, ninguém merecerá o Reino de Deus que o Mestre divino aqui veio repartir conosco. A mensagem que revela e enfatiza com tamanha seriedade a isto deu sua própria vida em demonstração desta Verdade.
Portanto, ao desejar a existência cômoda e perene da Eternidade, nós, humanos falíveis, reuniremos os laços do conhecimento a fim de achar a dominação do futuro, livres e sós dos apegos e das posses deste chão que, veloz, passa sob os nossos pés.
Profecia maior não existirá além deste conhecer individual das normas do sentimento, porta aberta do Amor autêntico de Deus, o que nos promoverá ao nível das vontades e dos prazeres permanentes. Descobrirás a Verdade e ela vos libertará, portanto.

O Salmo 151- Por José Flávio Pinheiro Vieira



Até parecia coisa premeditada. O velho fragmento de papel foi encontrado de permeio a um velho livro de biblioteca , trazendo consigo o amarelo esmaecido de que o foram tingindo os anos. A letra manuscrita, bonita e espessa lhe desenhava todos os espaços, parecendo caracteres japoneses. Não havia nenhuma dúvida, ali fôra deixado, calculadamente, imerso numa aura de permanência e de eternidade. Afrontava , sem quaisquer receios, a fugacidade da vida e a volatilidade dos tempos. Difícil imaginar do que se tratava: uma oração ditada por algum moribundo? Uma derradeira prece de um condenado à fogueira , passada a algum prisioneiro, na iminência do cadafalso? Não seria a introdução de um primeiro manual de auto-ajuda ? Quem sabe um Salmo perdido, passado oralmente de geração a geração , o Salmo 151 ?
Pouco se conseguiu decifrar do velho pergaminho, mesmo porque, sem o amparo das folhas do velho livro, em pouco se desintegrou, retornando ao pó: origem e fim de todas as coisas. O que aqui transcreveremos , pois, é apenas passagens vagas e esparsas que conseguimos reunir, como as pedras de um quebra-cabeças, depois que o manuscrito, simplesmente dissolveu-se nas nossas mãos. Resgatamo-lo , parcialmente , para a posteridade e oferecemos a vocês, imbuídos no clima natalino que embebe os corações mais renitentes e as mentes mais hostis.

"Senhor! Criastes-me à Vossa imagem e Semelhança, para que eu pudesse ter a resplandecência da Vossa divindade; mas para que, também, aprendesse a andar e a soerguer-me com minhas próprias forças;
"Fizestes-me divino e etéreo na minha essência, mas humano e telúrico nas minhas ações; sou o delta desses dois conflitos, a confluência desses dois abismos :
"Meus olhos miram os céus, mas minhas mãos amassam a lama; meu coração flutua entre as nuvens, porém minha mente imerge no pântano;
" Senhor ! Assim me fizestes para que assim eu o fosse! Para que transportasse em mim a perfeita mescla do Bem e do Mal; para que trouxesse à minha direita o Céu e carregasse à contragosto, à minha esquerda, o inferno ;
"Se Assim me criastes, Senhor, Alagadiço de dúvidas, mar de contradições, penhasco de fúrias;
"Concedei-me , Senhor , a graça de conduzir esse meu barco de incoerências, pelo Rio da existência , ao doce sabor das águas: sem remos e sem bússolas; que eu apenas flutue até a desembocadura final , onde se unem e mesclam todos os elementos da natureza;
"Que eu perceba, em meio a meus conflitos, que cada paisagem que me toca os olhos é única , singular, perene e que jamais a verei novamente, em toda minha viagem;
"Concedei-me a bênção, Senhor ,de conviver harmoniosamente com meus Anjos e Demônios interiores e que meu Amor por Vós seja uma extensão da minha felicidade e não um mero prolongamento dos meus temores íntimos;
" Senhor! Não temo a vossa fúria nem incompreensão; sei que se me criastes meio terra-meio céu, havereis de me julgar com o amor de pai, entendendo meus conflitos, minhas fraquezas e minhas dubiedades; meus pântanos aterradores e meus abismos inacessíveis... "

Crato, 17/12/99

Nat King Cole




Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montegomery, 17 de março de 1919 — Santa Mônica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole.

Começando o dia ...

Balas de Café



 Ingredientes
* 3 copos (americano) de açúcar mascavo
* 1 copo (americano) de café forte;
* 1 copo (americano) de leite;
* 3 colheres (sopa) de mel;
* 1 colher (sopa) de manteiga;
* 1 colher (sopa) de farinha de trigo;
* 1 gema.

Preparo:

1. Misturar todos os ingredientes em uma panela, levar ao fogo
2.Bater  até obter ponto de bala.
3.Derrame na pedra da pia ou em uma assadeira, ligeiramente untada com manteiga.
3. Depois de frio, corte as balas no tamanho que desejar.

Muito cacique pra pouco índio - José Nilton Mariano Saraiva

Ungido, certamente que em razão da sua naturalidade de “piquizeiro”, à condição de “presidente” da comissão especial instituída na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará para elaborar relatório e sugerir soluções a respeito do desastre provocado pelas enchentes na Região do Cariri (e especificamente no Crato), o apresentador televisivo-Deputado Estadual Ely Aguiar (ligado politicamente ao prefeito da cidade), aparentemente sem medir as conseqüências nem atentar para a gravidade da sua fala, disparou um autêntico “torpedo” contra o Ministro da Integração Nacional, (Fernando Bezerra) que teria sido “debochado” ao referir-se à questão. A conferir, ipsis litteris: “A gente não pode ficar omisso diante de uma situação como essa. A coisa foi tratada em tom de deboche. Há a cobrança de que ele atenda à nossa demanda de ajudar os municípios. Ele está lá para isso e está sendo pago pelo povo para isso” (Jornal O POVO, Caderno Política, página 20, de 11.02.11).
Já o médico-Deputado Federal Arnon Bezerra (também ligado ao prefeito do Crato), literalmente desmentiu o senhor Ely Aguiar, além de criticar com causticidade um outro político do Ceará, ao garantir, em entrevista à Rádio Educadora do Cariri, que (ipsis litteris): “...essa notícia que saiu ontem, impressionante, que a notícia foi divulgada pela informação de alguém que esteve presente no gabinete do ministro, e eu não sei com que intenção uma pessoa espalha uma notícia dizendo que o ministro não teve a atenção necessária para com o Crato, não se sensibilizou” (sic). Garantiu, também, Arnon Bezerra, convictamente: “...eu sei mais ou menos de onde partiu, realmente é desgastante... alguém querer de forma irresponsável, desculpe o termo forte da palavra, querer tirar proveito para desmerecer o trabalho” (convenientemente, entretanto, preferiu não declinar o nome do insurgente).
Como se pode observar, a briga (ao estilo “de foice e em quarto escuro”), até então surda, muda e adstrita ao ambiente interno, transpôs as caudalosas águas do Rio Grangeiro, rompeu barreiras e espraiou-se ao domínio público, com os “nobres” e digníssimos Deputados apoiadores do prefeito do Crato ávidos à busca da luz dos refletores, reivindicando antecipadamente a “paternidade da criança” (possível viabilização e liberação de verbas), com o agravante de que um dos tais chegou até mesmo a “jogar farofa no ventilador do ministro”, já que esteve presente à audiência e de lá saiu semeando a discórdia, pregando a intriga, falseando a verdade (em benefício próprio), segundo sugeriu Arnon Bezerra (declina o nome, Deputado, declina, por favor).
Particularmente, tais pronunciamentos só vêm reforçar, reafirmar, solidificar e cristalizar nossa posição em relação à classe política (há exceções, claro), qual seja: como é “muito cacique pra pouco índio”, o importante é marcar presença, sair bem na foto tal qual “papagaio de pirata”, arrotar alguma frase de efeito que possa adiante ser aproveitada em proveito próprio e, enfim, fazer barulho e pôr-se em evidência (nem que para tanto tenha que atropelar quem esteja à frente, mesmo em se tratando de um Ministro de Estado); legislando sub-repticiamente em causa própria, a determinação de cada um é puxar brasa para a própria sardinha, cuidar de ativar o próprio fogo, aparecer por cima de pau e pedra, quer chova ou faça sol, independentemente dos meios ou métodos utilizados em tal desiderato.
No mais, como a Excelentíssima Senhora Presidenta da República Dilma Rousseff já mostrou ser uma pessoa comprometida com os ideais e princípios democrático-federativo-republicanos (atendimento a todos, independentemente da coloração partidária), se a Prefeitura do Crato pretende mesmo viabilizar a captação de recursos para a tal “reconstrução da cidade” (pra que tanto exagero, gente ???), vai ter, sim, que elaborar e estruturar um projeto tecnicamente consistente, competente e condizente com a realidade, em termos argumentativos e, principalmente, do montante necessário para tal empreitada (esqueçam, até mesmo pra imprimir um quê de respeitabilidade à causa, do tal estapafúrdio valor “entre 50 e 100 milhões de reais”, como equivocada, maquiavélica e espertamente foi sugerido e difundido por pessoas ligadas à prefeitura, como se estivéssemos em plena “casa de mãe Joana”).

Evasiva III- por Socorro Moreira



Falar baixo...
- Ensina quem deseja ouvir.

Desligue o telefone,
seja breve...
- (Tenho encontro com o silêncio).

Escreve por e-mail
teu maior desejo...
- Lixeira guarda segredo,
quando se esvazia.

Evasiva II - Por socorro moreira





Redescobrir presente vida

Rebrotar na umidade amorosa

Arriscar autor ação

Desmascarar solidão!



Evasiva I - por Socorro Moreira



Ocupou-me os pensamentos.
Comecei a vê-lo nos meus corredores,
Cobertores...
Chegará domingo vindouro?
Terei nova idade!