por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

JUDICIÁRIO: UM PODER DESMORALIZADO - José Nilton Mariano Saraiva


Em priscas eras (ou no tempo da vovozinha), o Poder Judiciário (no Brasil) era nominado de “guardião da sociedade”, no pressuposto de que demandas não resolvidas ou que dúvidas suscitassem (de qualquer ordem), ali desaguariam e seriam resolvidas sem maiores traumas ou celeumas.

No entanto, como os tempos são outros, o outrora bem-conceituado Poder Judiciário passou por uma metamorfose colossal e, hoje, figura como uma das instituições de credibilidade seriamente comprometida ante a sociedade, mercê das incríveis peripécias dos seus integrantes.

Tráfico de influência, venda de sentenças, desobediência sistemática à Constituição Federal, condenações sem provas, abuso de autoridade e por aí vai, o levaram a tal patamar.

Com o surgimento da tal Operação Lava Jato é que a coisa piorou (e muito), porquanto, se antes a coisa era circunscrita a determinados segmentos judiciais, agora os próprios componentes do Supremo Tribunal Federal (instância maior do Judiciário), tiveram que “entrar na dança”, pra valer.

Só que o fizeram fora de ritmo, de forma descompassada  e atabalhoada, já que, frouxos, prolixos e covardes, com medo da reação popular no tocante à Operação Lava Jato chancelaram todas as flagrantes e cabeludas ilegalidades praticadas por um despreparado e abusado juiz de primeira instância (conduções coercitivas sem a devida notificação, longas prisões sem necessidade de provas, condenações por personalíssimas convicções e achismos e por aí vai).

Pra completar, as notificações do STF enviadas aos mafiosos políticos com assento no Congresso Nacional (Eduardo Cunha, Renan Calheiros e outros), foram simplesmente ignoradas, e ficou o dito pelo não dito.

No entanto, o clímax da desmoralização veio nesses dias, quando o próprio Presidente do Supremo Tribunal Federal (Dias Toffoli) determinou que a votação para a eleição do Presidente do Congresso Nacional fosse realizada via voto secreto.

Como os mafiosos políticos não gostaram nem um pouco da presumível interferência do Judiciário no Legislativo, fizeram questão de, ao votar, exibir para a televisão como o tinham feito.  Ou seja, bateram de frente com o dito cujo, sem o menor temor, como que a indicar que, “aqui, você não apita nada”.

Justa e merecida desmoralização pública do STF, ao vivo e a cores.