por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 1 de junho de 2011

SIDERAL - por Stela Siebra

LUA EM AQUÁRIO

Esta é uma lua inusitada, desprendida e vanguardista. Mas rebelde também. A pessoa com Lua em Aquário ama a liberdade e a independência, demonstra gosto por vestes exóticas, idéias avançadas e um comportamento inconvencional.
Caracteriza-se pelo livre pensar e pelo distanciamento emocional. Nada de apegos e demonstrações afetivo-emocionais, pois considera desconcertantes os relacionamentos com dependências emocionais e tem dificuldade de criar vínculos familiares e de intimidade.
Prefere sentir-se inserida na grande família humana, engajada em causas sociais e humanitárias, já que considera os laços de amizade e fraternidade prioritários em sua vida. E sua reação emocional está além dos sentimentos individuais.

É importante para você, que tem Lua em Aquário, participar de grupos ou instituições de caráter humanístico, onde melhor poderá expor seus pensamentos e partilhar suas crenças sociais.
Por ser um signo do elemento Ar, Aquário tende a racionalizações. É por isto que a lua aquariana desprende-se e distancia-se tão facilmente dos sentimentos, chegando a demonstrar uma certa frieza emocional.
Na realidade, a lua em Aquário tem dificuldade em vivenciar relações seguras e estáveis e, por isso defende-se da intimidade e das experiências emocionais.

A sua necessidade substancial é expressar a essência original da sua individualidade, sem criar atritos com as pessoas ao seu redor. Você quer ser livre para expressar sua singularidade e para se relacionar com um grande número de pessoas.
Porém, para alimentar sua essência lunar, você precisa de vínculos mais íntimos, precisa de amigos que respeitem suas necessidades emocionais e sua liberdade interior.

E precisa, sobretudo, usar a intuição para localizar quais são essas suas necessidades e, ainda, aprender a ser amigo de si mesmo, para que suas relações externas sejam mais satisfatórias e todos possam sintonizar-se com a mesma melodia emocional.

INFORME NO AZUL SONHADO


SOCORRO MOREIRA

IRÁ SE AUSENTAR

POR ALGUNS DIAS


Ouroboros por João Marni

Imune ao próprio veneno, do qual depende para alimentar-se, nunca pressurosa e sempre à sorrelfa, rastejando porque perdeu as pernas, morde. Estive pensando em por qual razão N. Senhora pisa descalça a serpente e a subjuga. Decerto não tem mais medo. Se o teve foi antes, quando engravidou ainda adolescente, e dos olhos atravessados das pessoas. Concebida, zelou pelo fruto com o maior amor de uma mãe. São assim as mulheres, vivendo pelos filhos mesmo sem a reverberação dos seus corações, tratando-os pelo “Inho”: meu filhinho, meu amorzinho, meu inocentizinho...

Não compreendo então porque esbarramos a todo o instante com gente estranha, de língua bífida, talhada assim no capricho pelas lâminas da inveja, da maledicência e da incompetência. Sangue ruim. Ainda bem que longe de generalizações. Imagino se nossa Venerada Descalça vacilasse na vigilância diuturna da gente: “a coisa” sairia por ai, mordendo a todos nós até que não existíssemos mais. Por falta do que fazer, a rastejante se extinguiria também, começando a engolir-se pelo próprio rabo. As cobras bem que não merecem este comentário, mas todos sabemos que não é só em maio que andam juntas. Um perigo!

O milagre é que há tanto a ser feito, Ouroboros, na busca da tal felicidade... Prepararmo-nos para largarmos o couro, crescermos assim a cada estação, deixando para trás tantas coisas desnecessárias e que permitimos no dia a dia que colem na gente esses adornos horríveis que jamais serão moda no paraíso... Até parece que evoluímos no caminho certo, mas estamos mesmo é piorando à medida dos anos sem fim. Nunca nos contentamos, estamos sempre obedecendo à ordem do querer mais, olhando o quintal do vizinho e, à guisa de ajudar, o invadimos e o tomamos. Precisamos renovar a pele, buscando sempre novas amizades e evitando aquelas que já sabemos serem venenosas. Maravilhoso seria se imitássemos o comportamento das crianças, levando a vida menos a sério, esbanjando alegria e a inocência que nunca deveriam ter saído da gente.

A esperança talvez esteja na fortaleza dos corações amorosos e sensatos. Lá, não penetrarão as unhas e os olhos enormes dos muitos de nós. Mas onde estão?

João Marni de Figueiredo

"Às ruas" - José Nilton Mariano Saraiva

Já não dá pra ignorar o óbvio ululante: que em razão da falta do decisivo e imprescindível "componente político", o “chefe” do poder executivo municipal do Crato não tá com nada em termos de relacionamento com o “chefe” do poder executivo estadual; não é necessário se ser nenhum expert na matéria, pra observar que se ergueu entre os dois uma espécie de muro muito alto, autentico paredão, aparentemente intransponível, impeditivo de qualquer avanço; que uma antipatia mútua estabeleceu-se entre os dois homens que comandam os dois poderes, criando arestas irremovíveis; e que, principalmente, não dá pra ficar alheio que quem mais perde com isso (sob qualquer perspectiva que se analise) é o município do Crato e sua população, já que obliterados das decisões governamentais (afinal, só um dos “chefes” é que detém o poder de uso da “caneta”).
A “coisa” chegou a tal ponto, escancarou de vez, materializando-se definitivamente a má vontade do “chefe” para com o “subordinado” (em termos de estrutura estadual), que o irascível sobralense que exerce o Governo do Estado circulou no Crato anonimamente, não dando a mínima para o prefeito da cidade, não se fazendo anunciar antecipadamente, como sói acontecer em ocasiões da espécie, numa falta de respeito e consideração explícitas.
E agora, num arrufo de prepotência e arrogância desvairadas, manifesta Sua Excelência seu desejo de “fechar o caixão” do Crato definitivamente, mostrar quem é quem ou quem manda onde, acabar de vez com qualquer perspectiva de conversa ou acordo, ao insistir e persistir em implantar o nauseabundo e repugnante "lixão do Cariri" (com sessenta por cento da "matéria" oriundos de Juazeiro do Norte e os quarenta por cento restantes das demais cidades), em uma das nossas mais aprazíveis localidades (Ponta da Serra), quando os estudos de viabilidade apontam como melhor local para tal atividade uma área isolada do município de Caririaçu (se tal acontecer, e o distrito de Ponta da Serra – alô, Antonio Correia - for mesmo “PREMIADO” com tal “BENEFÍCIO”, até a nossa bendita água, cantada e decantada em verso e prosa, será seriamente afetada, já que o lençol freático restará contaminado, ad finem); sem se falar na praga de urubus, ratos, baratas e o escambau, além do mau cheiro e da poluição provocada pela horda de “catadores” prontos a chafurdar o local, transformando-o numa pocilga a céu aberto (com todos os malefícios à saúde daí advindos).
Isto posto, acreditamos necessário se estruturar imediatamente um movimento suprapartidário, congregando clubes de serviço/instituições diversas (Lions, Rotary, Maçonaria, CDL, etc), associações comunitárias, sindicatos, a mídia em geral e a própria Câmara Municipal, visando convocar ÀS RUAS (vapt-vupt) a população da cidade, objetivando “mostrar ao rei” que o Crato tem dono, sim (sua população), que merece respeito, e que não aceitaremos se por de quatro em obediência à vontade “imperial” de um alienígena (sobralense) sem nenhum compromisso com a cidade; enfim, há que se estampar nosso repúdio claro e veemente diante tamanha e tão grotesca agressão. E não aceitar, em hipótese alguma, que tal crime seja cometido.
Na oportunidade (e pra que não se cometa nenhuma injustiça com o Governador do Estado), bem que se poderia outorgar o título de “persona non grata” ao cratense (???) Camilo Santana, Secretário de Estado e atual “queridinho” do chefe do executivo cearense (a ponto de ser cotado por Sua Excelência para ser candidato à Prefeitura de Fortaleza) que, ao invés de pelo menos tentar ajudar sua terra-mãe, só tem lhe trazido desgosto, contratempo e decepção, já que omisso e navegante da contramão da história (estão lembrados do imbróglio da “relocalização” do nosso Parque de Exposições, tendo o próprio à frente ???).
Portanto, ÀS RUAS, cratenses, antes que o pior aconteça.

Juazeiro recebe, em um ano, 70 mil livros



Num esforço concentrado entre Elmano Rodrigues (foto), da Fundação Enoch Rodrigues, e Franco Barbosa, assessor técnico da Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte, Juazeiro recebeu, neste sábado, 28 de maio de 2011, mais 35 mil livros, vindos diretamente de Brasília, doados por diversas instituições, como: a Escola de Administração Fazendária, ESAF, Ecocâmara, Câmara dos Deputados, Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fundação Assis Chateaubriand, Chico Aquino, da Assessoria da Presidência da Câmara dos Deputados, etc.

Há um ano, Elmano Rodrigues, que já faz este trabalho para todo Brasil, começou a juntar livros para o projeto UMA BIBLIOTECA EM CADA COMUNIDADE, que tem como objetivo instalar, no ano do Centenário em Juazeiro do Norte, 20 bibliotecas. Neste sentido, em setembro do ano passado, vieram de Brasília 35 mil livros, somando agora mais 35 mil. São esforços desse cearense que nasceu em Farias Brito, reside há 30 anos em Brasília e é funcionário da Editora da Universidade de Brasília. O trabalho de Elmano Rodrigues começa receber apoio da mídia nacional e das instituições, e de mais de 50 editoras de Brasília. O projeto das bibliotecas comunitárias agora recebeu o apoio da Escola de Administração Fazendária, com doações de mais de 100 prateleiras, e 700 bibliocampos.

Segundo Franco Barbosa, a princípio os bairros de Juazeiro do Norte que serão beneficiados são Aeroporto, João Cabral, Frei Damião, São José, Parque Antônio Vieira, Betolândia, Jardim Gonzaga, Horto, Limoeiro, Tiradentes, Socorro; e, na Zona Rural, Sitio Popo, Carás, São Gonçalo e Gavião.

RECICLAGEM

A Prefeitura de Juazeiro do Norte tem uma preocupação especial com a formação de profissionais especializados para suprir as necessidades do mercado de trabalho na Região em diversas áreas, especialmente em reciclagem, dando uma contribuição especial para a preservação do meio ambiente, colocando como exemplo o belo trabalho que vem sendo realizado pela Universidade Patativa do Assaré no Bairro Vila Nova, que já vem atraindo a atenção de setores de áreas governamentais que já começam a contribuir no desenvolvimento e fomento das instituições, tornando-as autossustentáveis.

A Universidade Patativa do Assaré em parceria com a Prefeitura Municipal abriu a primeira biblioteca comunitária do Bairro Aeroporto, com mais de 4 mil títulos. E o acesso da comunidade aos livros, segundo Palácio Leite, diretor da instituição, é uma prioridade. “As bibliotecas comunitárias devem ficar sob a custódia de instituições confiáveis. Não é qualquer associação comunitária que vai receber uma biblioteca. É preciso que o trabalho com a comunidade seja eficiente, e acessibilidade aos livros seja constatada”, enfatiza Franco Barbosa

MÁRIO LAGO - por Norma Hauer


Ele partiu no dia 30 de maio de 2002.
Há 9 anos !

"SERÁ" esquecido? Quem é ele ?

Será que amor é isto ?
Será que amar é assim.
Será que amor vive disto?
Será que amar é ruim?

Quem compôs essa estrofe com tantas perguntas?
Ele : MÁRIO LAGO !!!

A primeira gravação dessa valsa começa exatamente com essa estrofe. Posteriormente, foi modificada, com mais perguntas e menos lógica. Ambas gravações são de Carlos Galhardo, que lançou essa valsa na Rádio Record de São Paulo, em uma de suas excursões àquela cidade.

MÁRIO LAGO, em matéria de arte, só não foi pintor. Começou escrevendo peças para teatro, passou a compositor, escreveu para rádio-teatro, escreveu diversos livros encenou como rádio-ator, cine-ator e, por último, tele-ator.

Pertenceu ao elenco das Rádios Mayrink Veiga e Nacional de onde foi demitido pelo golpe militar de 1964. Foi preso e escreveu um livro com o nome de "Primeiro de Abril", sobre sua prisão.
Esse livro narra, fazendo "gozação", de como se deu sua prisão e as "bobagens" ditas pela "otoridade" que foi prendê-lo, em sua residência.
"Sargentão" exagerado e "burro".
Seu livro na "Rolança do Tempo" é uma narrativa de como foi sua vida como radialista e compositor, cujo primeiro grande sucesso foi gravado por Orlando Silva :"Nada Além"e, na outra face do disco de 78 rotações, "Enquanto Houver Saudades", ambas em parceria com Custódio Mesquita.

NADA ALÉM

Nada além
Nada além de uma ilusão
Chega bem
Que é demais para o meu coração
Acreditando
Em tudo que o amor mentindo sempre diz
Eu vou vivendo assim feliz
Na ilusão de ser feliz.

Se o amor só nos causa sofrimento e dor
E melhor bem melhor a ilusão do amor.
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além
De uma linda ilusão.

Mas sua primeira gravação deu-se na voz de Mário Reis representando um "dedo duro": Menina, eu Sei de uma Coisa". Quando, em 1964, ele foi "dedurado" na Rádio Nacional, sentiu "na pele" o mal que um "dedo duro" pode fazer.

Menina, eu sei de uma coisa,
Que pode sua vida encrencar
Se você não fizer camaradagem
Me desculpe , mas eu vou espalhar.

Como sucessos de Mário Lago, na qualidade de compositor, podemos citar "Devolve"; "Não Quero Saber"; "Atire a Primeira Pedra";"Ai que Saudades da Amélia"; "Aurora"; “Será?... alguns escritos sozinho outros com parceiros, como Ataulfo Alves.

Esta, além de ter Ataulfo como parceiro, também o teve como intérprete.

“AI QUE SAUDADES DA AMÉLIA”

Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz

Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher

Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia:
Meu filho o que se há de fazer?

Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade


MÁRIO LAGO completou 90 anos em 26 de novembro de 2001 e em uma festa comemorativa de seus 90 anos ele disse que chegaria aos 100, mas não chegou nem aos 91, falecendo em 30 de maio de 2002.

Exatamente neste ano ele comemoraria seu Centenário, mas não chegou até aqui. Entretanto, seu talento continua porque sua marca ficou registrada em tudo em que ele atuou, principalmente como compositor e escritor.

Norma