por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

"TIRAR O ESTADO DO POVO BRASILEIRO" - José Nilton Mariano Saraiva

 Apadrinhado por um dos filhos numerais (Eduardo "Bananinha" Bolsonaro) do atual ocupante do Palácio do Planalto, Paulo Guedes é aquele ultrapassado economistazinho de quinta categoria que, em condições normais, jamais participaria de um governo sério, por absoluta incompetência gerencial e técnica. 

Mas, como estamos tendo a infelicidade de ver o país comandado por um bucéfalo anacrônico, Paulo Guedes não só integra o staff governamental, como também é quem realmente manda no Brasil, na atualidade (em qualquer área ele tem que ser consultado pelas vaquinhas de presépio - demais ministros - e não se furta de opinar e influir decisivamente). 

Inimigo público e de primeira hora do funcionalismo público, não perde a oportunidade de detratá-los, humilhá-los e responsabilizá-los pelo redundante fracasso da sua ultrapassada política econômica, como vimos durante a recente reunião ministerial de abril do ano passado, quando, literalmente aos gritos, ao referir-se ao Banco do Brasil e seus funcionários, cravou que... "temos que vender logo essa porra". 

Egresso do mercado financeiro (onde se fez junto à sua corriola), não perde a oportunidade de a eles beneficiar, como o fez dias atrás ao repassar ao Banco BGT Pontual (onde foi sócio) a carteira de "créditos de difícil recuperação" de um banco estatal, por irrisórios 10% (dez por cento) do seu valor de face  (de 03 bilhões de reais por 300 milhões de reais). 

 

De discurso neoliberal, prega a privatização radical, a entrega dos recursos e patrimônio nacionais a especuladores nacionais e estrangeiros, conforme se constatou nesses dias, quando declarou sem nenhum constrangimento que a orientação do seu superior hierárquico (Presidente da República) é "desmantelar", porquanto... "o peso do estado é muito grande e a orientação do presidente desde o início é desonerar, reduzir, simplificar, TIRAR O ESTADO DO POVO BRASILEIRO (na verdade, é ele que pensa assim).  

Enquanto isso, para os “miseráveis” e desempregados que estavam a sobreviver (sabe-se lá como), com os R$ 600,00 do tal auxilio emergencial, uma notícia em dose dupla e não muito agradável: na perspectiva de o Congresso votar pela continuação do próprio, o contingente de “famintos” será reduzido pela metade (a outra metade que se foda), assim como também o valor será podado também pela metade (de R$ 600,00 para R$ 300,00). 

Afinal, há que prevalecer aquela velha máxima:  “aos inimigos não se mandam flores, mas, sim, bananas de dinamite, preferencialmente acionadas à distância”.