por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 4 de agosto de 2013

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS (número 19...obs.: eu tive que cortar algumas páginas finais (e coloquei outras inéditas que falam sobre A TRÍADE ÉTICA-ESTÉTICA-TÉCNICA: A ÉTICA E A MORAL NOS CONTEXTOS DO CAPITAL E DO AMOR (pequena parte (no total são 470 páginas!!!!) da minha tese de doutorado defendida em 1998 na COPPE/UFRJ) porque este site tem também limites de números de caracteres...ok..quem quiser os capítulos anteriores retirados procure na minha página EDUCAÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO as edições anteriores que eu postei lá ver link.... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio...Namastê......ok?) “Senhor, eu sei que Tu me Sondas...” “Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates (ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Pulo II.. http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html) “All you need is love” (Lennon/MaCartney) "o problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva INTRODUÇÃO Namastê para todos os irmãos e irmãs, recentemente eu postei no facebook um vídeo incrível cujo titulo é I AM (Sobre Tom Shadyac)...após assistir esse vídeo.. ver link (http://www.oprah.com/own-super-soul-sunday/I-AM-Watch-the-Trailer-Video) senti necessidade de compartilhar com vocês minhas experiências espirituais inexplicáveis sobre a essência do Amor Divino. Confesso que não tenho a pretensão de que todos venham me compreender, mas continuo na minha vontade de semear as minhas descobertas inexplicáveis para que possamos ter e viver um mundo melhor do que esse. Em 1988 fui abençoado por uma experiência mística-espiritual com o Amor Divino e a partir dessa experiência decidi escrever e divulgar de forma científica, filosófica e espiritual e não parei até hoje mesmo doente e angustiado como estou agora. A fé de Deus me dá forças para continuar escrevendo minhas reflexões e divulgando para todos o que existe por detrás dessa palavra tão falada, mas pouco vivenciada pela humanidade: Amor Divino. E como se deu esse fenômeno? Tudo começou quando em desespero roguei para Deus que me revelasse a Verdade Dele sobre a nossa vida humana caótica, violenta, acelerada e neurótica. Isso chorando de joelhos copiosamente olhando para um quadro de Jesus, o rosto dele pintado em branco num pano de veludo preto com a coroa de espinho e o sangue escorrendo na face, numa tarde quando morava num quitinete no bairro do Flamengo na zona sul do Rio de Janeiro. Eu era engenheiro e estava começando o meu mestrado na COPPE/UFRJ. Então, numa tarde quando palestrava na minha universidade para um grupo de professores e alunos senti uma voz interior dizendo: "Você está orgulhoso". Eu respondi logo: "de onde fala e quem tu és?". A voz interior me respondeu: "Eu Sou". E eu perguntei novamente: "Eu sou quem?". A Voz interior continuou dizendo: "Eu Sou". E aí sai da universidade chorando e perguntando para mim mesmo: "Quem sou eu?". E a voz continuou respondendo a mesma frase várias e várias vezes. Passei vários dias me questionando sobre a natureza da voz interior misteriosa. Até que um dia Ela me intuiu a ir para o banheiro do meu quitinete e olhar para o espelho. E diante do espelho a Voz Interior falou: "Você quer fazer a sua transformação acordado ou dormindo". Eu respondi: "quero fazer dormindo". E a Voz interior disse: "Não...você vai ficar acordado...e depois vai fazer um trabalho na universidade". Eu não conseguia fazer outra coisa senão "orar e vigiar a mim mesmo a cada segundo". De forma que, fui intuído a buscar ajuda espiritual com uma amiga minha bem próximo de onde eu morava. E ela me deu uma orientação dizendo: "Bernardo, preste atenção...existe em todos nós, dois níveis de existência-consciência: o eu superior e o eu inferior... descubra você mesmo quem é quem em você mesmo". Eu já tinha lido alguns livros da entidade espiritual conhecida como André Luiz psicografados por Chico Xavier. E nesses livros eu detectei e anotei duas frases que me chamaram minha atenção e são elas: "a intuição é a base da espiritualidade" e a outra "o pensamento é energia". Eu colei essas duas frases no papel na minha estante de compensado branco para não esquecê-las. Então, comecei uma jornada de investigação a partir desses três princípios básicos: "existe em nós dois níveis de existência-consciência : a inferior e a superior", "a intuição é base da espiritualidade", "o pensamento é energia". Assim sendo, comecei a prestar a atenção nos meus próprios pensamentos, sentimentos e desejos. Eu parti da hipótese de que a natureza (consciência) inferior era de frequência (vibração) baixa (negativa) e a outra natureza (consciência) superior (positiva) era de frequência (vibração) alta. E com muita força de vontade ferrenha vigiava os meus dois níveis de consciência separando que era inferior e superior dentro de mim mesmo. A minha amiga Ana que me orientou sobre os dois níveis de consciência, um dia me convidou para conhecer um lugar místico-espiritual conhecido como PONTE PARA LIBERDADE (Ver Link... http://www.ponteparaaliberdade.com.br/...até hoje ela existe!). E não é um templo espiritual ou centro espiritual, mas no quarto ou na sala de uma casa comum de uma pessoa que se diz CANAL dos mestres espirituais muito evoluídos que intuíam o CANAL para que todos conhecessem a Verdade da espiritualidade superior. A primeira vez que eu fui fiquei perplexo com o que eu presenciei e comecei a sentir quando a mulher (CANAL) falava sobre as hierarquias divinas e o que eles queriam que a gente fizesse para uma nova era de evolução espiritual. A mulher muita nova e bonita emitia uma energia que vibrava em mim tão forte que eu achei que ela estava num transe. E depois na segunda vez eu senti também uma energia muito estranha de calor no meu corpo. De modo que comprei um livro básico da PONTE PARA LIBERDADE: HAJA LUZ. E levei para casa esse e outros livros que comprei lá mesmo. Mas, tarde da noite desembrulhei o pacote e abri o livro HAJA LUZ e comecei a ler e o que aconteceu de extraordinário? Eu não conseguia parar de ler o livro e entrei pela madrugada assim. Em dado momento, senti que era tarde e precisava dormir, mas ao mesmo tempo sentia que estava cheio de energia estranha, mas gostosa e forte, que não me permitia relaxar para dormir. E foi aí que lembrei de perguntar a minha intuição de como fazer para conseguir dormir. A minha voz interior me disse: “vá para uma página no final do livro e leia uma oração”. E assim, fui e fiz (a oração era de um arcanjo..não me lembro mais o nome dele). E me deitei e “apaguei” (dormi) imediatamente. Antes de dormi eu pedi que quando eu acordasse de manhã eu estivesse com a mesma energia misteriosa durante a leitura do livro. E assim aconteceu, quando eu acordei estava com a mesma energia gostosa. Eu fui para o Aterro do Flamengo (perto do meu apartamento) e comecei a andar e a praticar os ensinamentos e a disciplina espiritual da PONTE PARA A LIBERDADE. A disciplina consistia em invocar uma chama violeta (ou chamar o mestre espiritual daquela chama – Saint Germain). Essa escola mística-espiritual ensina que cada ser humano vibra numa determinada cor (as setes cores do arco-íris). Eu descobri mais tarde que a minha cor era Azul do mestre El Morya – um mestre ascensionado da PONTE PARA A LIBERDADE. Os médiuns videntes já viram ele atrás de mim várias vezes! Voltando ao assunto comecei a praticar também a disciplina da chama violeta para transformar as vibrações negativas em positivas. E fiz com tanta perseverança que comecei a entrar num estado de consciência de paz interior e equilíbrio espiritual. Na minha disciplina espiritual utilizei os mantras (repetições sagradas) da PONTE PARA LIBERDADE por exemplo: “Eu sou Deus” ou “Eu sou a poderosa presença divina em ação” ou “A Vontade de Deus é o Bem, A Vontade de Deus é a Paz, A Vontade de Deus é a Felicidade, A Vontade de Deus é a Bondade”. Essas técnicas todas eu alternava, mas não deixava minha mente desocupada pensando e oscilando entre o passado e o futuro. Eu não poderia em hipótese nenhuma perder a fé e a vontade de continuar minha disciplina de purificação espiritual – durante semanas a fio sem parar! E o que aconteceu percebi em dado momento que eu tinha o domínio de dar ordem e ficar em equilibro quando quisesse. Num final de uma tarde a minha intuição me avisou que eu tinha alcançado o poder de pedir qualquer energia positiva para mim. Então, a cada ordem dada eu experimentava a energia pedida, por exemplo se eu pedisse Paz, a Paz interior se manifestava, se eu pedisse a Alegria eu ficava alegre e assim por diante. De forma que, mantive a disciplina e fui percebendo que eu era o único responsável pelo meu destino e minha felicidade interior. A partir dessa constatação meu nível de consciência já não era mais racional, havia alcançado o estado avançado da intuição. E fiquei totalmente absorvido por essa disciplina a tal ponto que fiquei mais de um mês ausente da UFRJ. Agora eu chego no momento mais fantástico da minha experiência mística-espiritual. Era de tarde do mês de agosto e eu estava fazendo minha disciplina espiritual num estado de consciência transcendental – inexplicável , ou seja, uma sensação de leveza interior, paz e serenidade...até que o telefone tocou e eu de imediato atendi. Do outro lado da linha telefônica (naquela época não existia o celular) estava minha amiga Gláucia que era também aluna de mestrado da minha turma. Gláucia me perguntou: “Bernardo, todos nós aqui estamos preocupados com sua ausência, meu amigo me conte o que está acontecendo com você?”. Eu disse: “Você tem tempo para me ouvir?” . E ela respondeu: “tenho, conte!”. Aí comecei a contar a minha história da disciplina espiritual com uma voz doce e serena, com calma absoluta. Em dado momento da história (bonita!) eu mesmo me emocionei e tive vontade de chorar. Tentei segurar as lágrimas, e de repente escuto a minha intuição falar bem alto na minha consciência: “Bernardo, solte a emoção!”. E aí comecei a chorar e soluçar, e falei para minha amiga que eu precisava parar de conversar para me controlar. Nesse instante, senti o fenômeno mais fantástico que um ser humano mortal comum possa vivenciar na face da terra! No centro do meu peito algo girava numa velocidade e frequência altíssima que me deixava num estado emocional inexplicável: era o Amor Divino! E quando fui colocar o telefone na base vertical senti uma energia gostosa muita fina tocar o meu braço direito. Nesse momento, sem entender o que estava acontecendo voltei-me para minha intuição e perguntei: “de onde vem essa energia?” . A intuição me respondeu: “olhe para o centro da sua mão esquerda”. E aí percebi que essa energia maravilhosa vinha do centro da minha mão esquerda. Em seguida a minha intuição me orientou para sentar sobre os meus calcanhares e levantar a mão direita aberta em direção ao céu. E aí descobri que essa energia vinha também do cosmo e entrava pela ponta dos meus dedos da mão direita e percorria um caminho em direção ao centro do meu peito aumentando mais ainda a velocidade e frequência da energia que saía dele. Fiquei extremamente encantado com esse fenômeno, e descobri que a energia estava em diversos pontos do meu apartamento. No dia seguinte, eu ainda estava nesse estado incomum transcendental e fui trabalhar como médium numa instituição espiritualista (IEVE) que ficava em Ipanema (bairro nobre e rico do Rio de Janeiro). Nesse dia, era uma quinta feira aconteceu algo de extraordinário: uma cura milagrosa, que foi anunciada na semana seguinte. O nosso coordenador e dono do centro espiritualista disse: “quero comunicar e parabenizar a todos vocês, porque houve um milagre aqui na quinta-feira passada, eu não sei de qual de vocês foi o responsável por essa cura milagrosa”. Esse texto, não está completo...procurei fazer uma síntese para não cansar os meus leitores...em outra oportunidade conto outros detalhes inexplicáveis que não foram colocados nesse texto. A MINHA SÚPLICA A DEUS EM 1988: A CIÊNCIA DE SI MESMO E O VERBO DIVINO Em 1988 quando me ajoelhei (chorando copiosamente) diante de um quadro de Jesus Cristo eu estava naquele instante cheio de incertezas, muito sofrimento, mas também por mais paradoxal que pareça estava repleto de compaixão por mim e pela humanidade. Eu fiz a seguinte súplica com fervor, com toda a minha alma sofrida: “Pai, me mostre o Caminho, me mostre a Verdade. Eu não quero o poder!”. No dia seguinte repeti a mesma súplica do mesmo jeito chorando copiosamente e a alma sofrida com compaixão. E o que aconteceu de extraordinário? A partir desse dia todas as noites (por mais de uma semana!) eu via em sonho uma mulher vestida de noiva que se dirigia para mim dizendo: “Se você quer encontrar a Verdade case comigo, eu estou te esperando há muito tempo”. Naquela época eu tinha um psicólogo (o nome dele era Etiene – o consultório dele era no centro do Rio de Janeiro numa rua paralela à Avenida Presidente Vargas – local de prédios altos comerciais, bancos, Banco Central, outros serviços etc.) que além de psicólogo era espiritualista também. De forma que, procurei Etiene para decifrar os meus sonhos da noiva. Assim, contei para Etiene os sonhos e perguntei: “Etiene, quem é essa noiva?”. Etiene abriu um sorriso suave, o rosto dele ficou sereno e os olhos demonstrava uma emoção, e ele disse: “Bernardo, essa noiva não é humana, não busque ela no nosso mundo concreto e objetivo, ela está dentro de você...entendeu?”. Eu fui para o meu apartamento no Bairro do Flamengo me questionado como encontrar a noiva dentro de mim. Eu não sabia racionalmente o que significava esse fenômeno. Portanto, fiquei confuso por vários dias. A minha cabeça ficou impressionada com aquelas visões, eu não parava de pensar nela: a noiva misteriosa dos sonhos! Então, decidi comprar alguns livros espirituais, da entidade muito conhecida como André Luiz, psicografados por Chico Xavier. E nessa leitura desses livros descobri as “pistas” que iriam me ajudar a encontrar a misteriosa noiva dentro de mim. As duas frases-chaves de André Luiz são: “A intuição é a base da espiritualidade” e “O pensamento é energia”. E com essas duas “pistas” eu comecei a fazer uma abstração e imaginação fantástica. É importante frisar, aqui, que eu fiz o curso de eletricista instalador quando tinha 17 anos no SENAI. E havia trabalhado em diversas fábricas como eletricista no Rio de Janeiro. E além disso, eu também fiz o meu curso de graduação em Engenharia Elétrica modalidade Eletrônica. Essa formação no campo da eletricidade e eletrônica me ajudou muito na minha investigação interior – nada acontece por acaso! Então, a minha leitura acadêmica no campo elétrico/eletrônico me permitia abstrair sobre o fenômeno da energia. E a minha própria experiência direta com a eletricidade como eletricista me dava uma condição de aceitar sem nenhuma resistência intelectual (racional) o fenômeno do pensamento enquanto energia - e não apenas como conceito ou ideia simplesmente. O que fiz de extraordinário? Eu comecei a imaginar que os meus pensamentos seguiam as mesmas leis da física no campo da eletricidade e do eletromagnetismo. Em outras palavras, se a energia elétrica e eletrônica faziam funcionar relés, contactores, bobinas, transformadores, motores, rádios, televisões, radares, transmissores, receptores, telefones, computadores, microprocessadores, capacitores, transistores, retificadores, osciladores, enfim um mundo de tecnologias maravilhosas...então o pensamento poderia ter esse poder extraordinário das tecnologias que eu conhecia - eu não tinha nenhuma dúvida!!!!! Caramba!!!! E se isso for verdade, imaginei, eu posso modular, transformar, captar, perceber, emitir, receber, manipular, mover, acumular, processar, magnetizar, influenciar tudo a minha volta e dentro de mim. E como descobrir se isso é verdade? E se a razão é uma forma ou padrão de energia? E a intuição poderia ser também um outro padrão de energia num nível de frequência mais alta...imaginei...espetacular!!!! Eu disse a mim mesmo: “Eu tenho que testar essa hipótese do pensamento-energia e descartar ideia comum de que o pensamento é uma ideia ou conceito”. Mas, como testar a energia-pensamento se a razão é energia e a intuição é um outro nível de frequência? Eu fiquei maravilhado com essa hipótese, bastava apenas testar (experimentar, é importante frisar que a ciência moderna somente avançou de fato quando percebeu que deveria formular as hipóteses, testar e confirmar gerando assim o que os cientistas reconhecem como uma teoria válida (até que seja refutada (transcendida) por uma nova teoria e experiência inédita!). Mas, a minha questão era descobrir o fenômeno da energia-pensamento, da energia-sentimento e da energia-desejo. Tive uma “ideia” brilhante: eu vou me disciplinar e modular a frequência (tipo no rádio AM (amplitude modulada) e FM (frequência modulada))!!!! E logo parei de usar e acreditar que meus pensamentos eram apenas conceitos, ideias e raciocínios intelectuais. Então, me tornei cientista de mim mesmo, ou seja, eu era o sujeito observador (cientista) e os meus pensamentos, sentimentos e desejos eram meus objetos de estudo e experiência. Mas, como interromper o raciocínio lógico e intelectual que não parava de falar na minha consciência? Esse problema não poderia ser respondido pela razão, porque a razão enquanto fenômeno humano era o meu objeto de estudo. Qual era resposta para essa questão: o que é a energia-razão? Eu somente descobri o instrumento adequado para testar os fenômenos da energia-pensamento-sentimento-desejo, quando por “acaso” (significa, aqui, aquilo que é estranho, inesperado ou surpresa) comecei a utilizar as técnicas espirituais da instituição mística-esotérica da PONTE PARA A LIBERDADE. Eu aprendi no livro HAJA LUZ a disciplina ou exercício dos mantras (uma disciplina muito comum dos iogues na Índia!), por exemplo: “Eu sou Deus”, “Eu sou a poderosa Presença divina em Ação”, “A Vontade de Deus é o Bem; A Vontade De Deus é a Paz; A Vontade de Deus é a Felicidade; A Vontade de Deus é a Pureza; A Vontade de Deus é o Equilíbrio; A Vontade de Deus é a Bondade”. Eu percebi de imediato, que esse exercício ou disciplina interrompia (desde que eu fizesse ininterruptamente!) o processo contínuo da razão lógica e intelectual. Essa foi a minha primeira descoberta. A segunda descoberta era como modular e transformar meus impulsos, desejos e sentimentos de baixa frequência para um nível superior de alta frequência. E essa segunda questão foi descoberta também por “acaso” (eu não tive a intenção de fazer com esse fim) quando acreditei piamente que o uso ou visualização da chama violeta (do mestre ascensionado Saint Germain) era capaz de transformar minhas energias negativas em positivas (desde que eu fizesse o exercício ou disciplina ininterruptamente!). Então, eu alternava as disciplinas o dia inteiro – a cada segundo! A terceira questão era como observar os meus impulsos automáticos: pensar, sentir e desejar? A resposta para essa questão também foi por “acaso” (eu não tinha lido nada a respeito). A única disciplina que eu descobri por “acaso” antes de 1988 era de fechar os olhos e fixar a atenção na escuridão da minha consciência (fiz isso quando tinha 18 anos de idade, e naquela época eu percebi que conseguia me relaxar se ficasse meia hora fazendo esse exercício, também descobri por “acaso”). É bom frisar que várias e várias descobertas científicas importantes foram feitas por “acaso” quando o cientista estava distraído, sonhando ou um viu um fenômeno incomum, sem ter levantado nenhuma hipótese. Em síntese, eu comecei a fazer um exercício de contemplação inconscientemente, depois - bem depois - é que eu descobri isso. O ato de contemplar ou se auto-observar ininterruptamente nos capacita na habilidade de nos distanciarmos do nosso eu-ego. E nesse processo somos elevados para o nível superior do Self (termo utilizado pela psicologia ou psicanálise) ou intuição. A razão humana está cativa dos cinco sentidos comuns. E por isso que todos os grandes cientistas (como Einstein que descobriu que a mente racional avança e atravessa a fronteira e chega a intuição...e todas grandes descobertas foram feitas pela intuição). E Albert Einstein escreveu uma carta para um filósofo dizendo que ouvia o “Velho” (eu coloquei essa citação na minha dissertação de mestrado ou na minha tese de doutorado...com certeza) ou a “Inteligência da Natureza” (ele procurava evitar de usar a expressão “Deus” para não ser confundido como um religioso). Ele (Einstein) afirmou: “Penso 99 vezes e nada descubro. Mergulho em profundo silêncio. E eis que a Verdade me é revelada”. Ele utilizou a expressão REVELADA, por que? Porque a revelação é um fenômeno espiritual que ocorre em qualquer natureza uma vez que se disciplina para ouvi-la. A disciplina é a base de todas as descobertas tanto no campo científico quanto espiritual. A disciplina somente se desenvolve através da fé no exercício ou experiência que o ser humano deseja descobrir, desenvolver ou revelar. E fé, aqui, não é uma simples crença religiosa ou mesmo científica. É um fenômeno transcendental no interior da multidimensionalidade (os cientistas (da física moderna) já descobriram que a nossa existência é constituída de vários mundos paralelos...pelo menos 12 mundos!!!!!...tem um vídeo na internet da BBC que mostra essa descoberta) humana. A Verdade a qual o próprio Einstein se referiu nada mais é do que a intuição divina. E Einstein tinha consciência disso porque disse: “Estudem a fé”. A fé genuína divina é o caminho para a Verdade divina no interior do ser humano. Em outras palavras, o problema da existência humana é o mesmo problema da existência divina, de modo que quando conseguimos a resposta para um desses dois problemas conseguimos responder o outro. O Criador e a criatura estão muito próximos, mais próximos do que o elétron que gira em torno do núcleo atômico. Nesse contexto, a Verdade divina é indizível. E toda vez que o ser humano tenta dizer a Verdade ele transforma a energia intuitiva em energia racional. Por isso, mesmo que cada um tem a sua “verdade” racional. E todos tem a mesma Verdade divina. Fantástico essa constatação em 1988!!!!! Uma pessoa num estado intuitivo será sempre incompreendido para todos aqueles que estão no estado racional da energia-consciência! Isso implica dizer que toda vez que queremos ter razão numa discussão com o outro criamos inconscientemente um conflito e geramos uma crise que pode afetar a vida espiritual dos dois. A vida espiritual é tão sério que se soubéssemos das consequências nunca julgaríamos o cisco do outro ou suas deficiências ou suas ignorâncias. Por isso, Buda afirmou: “Não existe conflito entre o mal e o bem, mas entre a ignorância e a sabedoria”. Nesse sentido, a evolução espiritual (e não apenas material-tecnológica) é vital para qualquer sociedade humana. O que deseja, então, o Criador? Eu descobri que Ele deseja que sejamos felizes, que tenhamos paz, compaixão, Amor, fraternidade, solidariedade, empatia, sinceridade, fraternidade, cooperação (e não competição) etc. Em resumo, que sejamos a Sua Imagem e Semelhança, aqui, na Terra. Por isso, a frase espírita maravilhosa: “sem caridade não há salvação!” (e eu não me considero espírita, mas espiritualista – são diferentes). Temos que respeitar qualquer ser humano e ser solidário, amoroso e caridoso. A disciplina espiritual e sua intensidade é que vai gerar ou produzir um grau de espiritualidade em cada um. A oração ela ajuda em muito, mas sozinha não produz um efeito de transcendência imediata. O salto intuitivo depende do “orai e vigiai a si mesmo” e o fundamento “conhece-te a ti mesmo” (leiam a encíclica do Papa João Paulo II: “Fé e Razão” - “Fides et Ratio”). E se conhecermos a nós mesmos, profundamente, veremos com certeza absoluta: Deus falando (num profundo silêncio interior). Confesso que quase “surtei” durante esse processo de Autoconhecimento. Algumas pessoas acharam que eu estava louco , inclusive, dois professores da COPPE/UFRJ. Houve uma reunião entre 3 professores (Ronaldo, Miguel e Roberto) para discutirem o que fazer comigo. Ronaldo (meu orientador na época) disse (segundo relato de Miguel): “Ele está louco!”. Miguel disse: “ele está a caminho da loucura”. E Roberto (ele fazia um curso de teologia na PUC-RJ) disse: “Deixa eu conversar primeiro com ele para saber o que está de fato acontecendo”. Após uma conversa reservada Roberto disse para mim: “Você não está louco. Tudo que você contou tem semelhança com as histórias dos santos, muito provavelmente você alcançou o nível de consciência deles. Eu não tive a sua experiência mais li muito as histórias dos santos. Você quer que eu seja o seu novo orientador?”. Eu respondi: “sim. Gostaria muito!”. E assim foi feito! EXISTE ALGUMA TÉCNICA OU DISCIPLINA ESPIRITUAL PARA DESCOBRIRMOS O NOSSO VERDADEIRO EU SAGRADO? Existem várias disciplinas ou técnicas espirituais que uma vez feita com perseverança diária faz com que percebamos a natureza divina do nosso Eu verdadeiro. Durante a história humana várias pessoas (mestres da humanidade) descobriram um caminho próprio para essa empreitada espiritual. O que vou descrever aqui é o caminho que fiz e faço até hoje. Em princípio temos que partir do pressuposto de que a realidade que vemos no lado de fora do mundo objetivo não é exatamente como acreditamos que seja. Em outras palavras, o que vemos uma é uma gota de água num oceano do mundo desconhecido. Isso significa dizer que a realidade nos é oculta porque nossos cinco sentidos e a razão analítica objetiva nos mostra uma parcela da realidade total. Então, para expandirmos a consciência e constatarmos o que existe além dessas aparências dos fatos e fenômenos concretos e subjetivos, devemos iniciar uma BUSCA (ou INVESTIGAÇÃO DE SI) em nós mesmos. O que significa "busca em nós mesmos"? É o caminho do autoconhecimento, autoconsciência ou consciência de si, autosuperação, autotransformação. “O caminho é estreito e a porta pequena” - diz um ditado religioso. Raros são aqueles que descobrem o seu Eu verdadeiro. A maioria ainda não acordou ou não atingiu a consciência da consciência. É uma tarefa árdua implacável que o ser precisa executar no exercício de perceber o mundo e a si mesmo. De um modo geral estamos tão alienados e distraídos que não nos damos conta de uma realidade paralela a nossa no interior de nós mesmos. Vários filósofos, santos, místicos, cientistas e filósofos deixaram "pistas” dos caminhos que eles mesmos fizeram. Por que esse caminho é assim tão difícil? Porque não sabemos formular o problema existencial correto para as nossas vidas. O cientista Einstein, chegou a dizer que a formulação de um problema científico era algo tão importante que uma fez feita corretamente a investigação já estaria meio caminho andado. Estamos acostumados a receber milhões de mensagens vindas do lado de fora sem um filtro que nos possibilite discernir o que é falso e verdadeiro. Por isso mesmo, nossas mentes estão entulhadas de falsas verdades. E o que a mente consegue registrar é uma parcela ínfima do Todo que está ao nosso redor nos impregnando. E se vocês perceberem os pensamentos que se encadeiam um após o outro constatarão que a mente racional analítica voltada para o mundo objetivo está em constante “tagarelice", ou seja, um tumulto mental entre dois polos: ontem (passado) e o amanhã (futuro). Raras vezes nos encontramos no estado de consciência do aqui e agora (presente). Fomos educados sutilmente a usar a mente projetada para o futuro e ao mesmo tempo continuamente lembrando-se do passado. Não fomos educados para controlar a mente e fazer com que ela permaneça no presente vivido intensamente (no aqui e agora). A disciplina para reeducação da mente se chama meditação e/ou descondicionamento. A mente é muito poderosa - o que pensamos e sentimos concretizamos de “bem” (construtivo) ou “mal” (destrutivo) no "futuro", é o resultado de nossas próprias escolhas. Não existem culpados! Somos todos envolvidos desde que nascemos, e por isso continuamos o exercício de percepção que nossos antepassados nos ensinaram. Mas, uma vez que o ser entra numa crise existencial ou de identidade ele volta para si mesmo porque percebe que se faz necessário uma resposta para os seus problemas existenciais. Nossas escolas e universidades, com raríssimas exceções, nunca nos ensinam as técnicas de autoconhecimento para que transcendamos o nível existencial da razão e vivamos de fato guiados pela intuição divina. Esses poucos se destacam pela força de vontade ferrenha, sensibilidade sutilizada e inteligência refinada-intuitiva (p. ex.: Buda, Jesus , Gandhi, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Sócrates, Einstein etc.) porque se diferenciaram da maioria presa nas "suas" próprias convicções a respeito do mundo, da vida e da existência humana. Então, como fazer para sair desse processo condicionado da mente, do sentimento e do desejo? Os mestres orientais, os santos e vários cientistas e filósofos tentaram nos ensinar. O que eu aprendi é que o indivíduo precisa de certas qualidades ou fatores imprescindíveis para trilhar o nobre caminho do autoconhecimento. E são eles: a) força de vontade focada na autosuperação; b) sensibilidade sutilizada para o processo de discernimento entre os traços psicológicos fardos (negativos) e fortes (positivos); c) fé ou convicção profunda na voz interior silenciosa (não confundir com uma simples crença); d) perseverança no processo ou disciplina espiritual (se possível a cada segundo!); e) inteligência desenvolvida (intuitiva) para elaborar novos questionamentos e buscar as respostas para as hipóteses levantadas; f) nunca duvidar de que somos seres de várias dimensões e níveis de consciências abstratas; g) prestar atenção total em si mesmo sem julgar ou se culpar dos pensamentos e sentimentos mal elaborados; h) confiar no caminho solitário que está fazendo consigo mesmo; i) se aproximar de pessoas experientes (de preferência mestres espirituais muito experientes – muito cuidado na escolha!) que estão também nessa busca incomum (a massa está se distraindo com outros acontecimentos: futebol, televisão, política partidária (ser político e ser político partidário são fenômenos sociais diferentes...p.ex.: os monges tibetanos são políticos mas não são partidários...porque eles fazem movimentos sociais contra o regime comunista autocrático chinês que interfere na vida espiritual e material deles – quem escolhe atualmente o líder espiritual tibetano é o governo Chinês, ou seja, retiraram o poder dos monges de escolher quem deve ser o líder espiritual e de Estado deles); j) ser tolerante e perdoar a si mesmo e os seus semelhantes; k) ler bons livros espirituais (p. ex.: Jesus Cristo, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Alan Kardec, Yogananda, Krisnamurti, Buda, PONTE PARA A LIBERDADE, etc.) de grandes mestres espirituais (de preferência o original); l) tomar muito cuidado em não se perder na disciplina espiritual – porque sem um acompanhamento espiritual o indivíduo pode “surtar” (a escolha de seguir esse caminho é de responsabilidade de cada um – todo cuidado é pouco, pois todo caminho espiritual tem seu risco!). Uma vez que se determina entrar nesse caminho mantenha-se firme, mesmo na doença, corajoso e determinado porque é algo que se alcançado de fato vai nos beneficiar para sempre e melhorar o caráter do mundo. Lembrando-se sempre em estar atento para com os seus semelhantes ajudando-os na medida do possível para amenizar o sofrimento e aumentar a paz deles. A felicidade não é dada a ninguém, ela é conquistada com trabalho árduo e continuo. E se fizeres esse caminho encontrarás definitivamente a tua espera: ELE - DEUS! A TRÍADE ÉTICA-ESTÉTICA-TÉCNICA “Aliás, o que caracteriza o homem, o que o diferencia dos demais seres vivos, é a sua capacidade de aspirar, de ir além da sua realidade presente, para alcançar outra realidade projetada, elaborada com a inteligência e o coração. O homem, neste sentido, é um projetista. Projetista de sua própria vida. Aliás, o homem começa a definhar e mesmo morrer quando não mais projeta e só se atem a satisfazer necessidades...” (ANÔNIMO, Caderno de Estudos JM) A ÉTICA E A MORAL NOS CONTEXTOS DO CAPITAL E DO AMOR Creio que sobre a ética poderíamos discorrer utilizando vários caminhos de conhecimento: filosófico, teológico, existencial, etc. Entendo que ética é antes de tudo ação. Ela não é apenas um conceito filosófico ou mesmo teológico. Ética para mim significa ação numa relação. Mas, qual ação? E qual relação? A ação de que impulso? O impulso de realização do ser material/social (o indivíduo)? Ou será o impulso de realização do ser pessoal/espiritual (a pessoa)? Em que contexto? O contexto apenas homem-natureza? Ou será o contexto homem-Deus? É uma relação baseada na crença de dogmas, regras e normas impostos de fora? Ou será uma relação baseada na devoção, direcionada para dentro de si mesmo, aos princípios criadores do mundo pessoal da consciência-de-Deus? É necessário esclarecer, neste momento, o conceito de “princípios criadores do mundo pessoal da consciência-de-Deus”. Entendo como sendo princípios criadores do mundo pessoal da consciência-de-Deus, o conjunto-universo de ações-princípios que Deus se utiliza para criar a consciência da pessoa. Nesse sentido, ética significa o conhecimento experienciado, na pessoa, das ações-princípios que se originam do mundo pessoal da consciência-de-Deus. Assim sendo, a pessoa ética é aquela que experimentando essas ações-princípios em si mesma age impulsionada pelo poder dessas ações-princípios da consciência-de-Deus. E não-ética é em contrapartida o desconhecimento dessas ações-princípios criadores do mundo pessoal da consciência-de-Deus. Dessa forma, o ser não-ético é aquele ser que não experimenta em sua pessoa esse conjunto-universo de ações-princípios, de Deus, criadores da consciência da pessoa. Nesse sentido, o ser não-ético não age impulsionado pelas ações-princípios da sua pessoa. Ele age impulsionado pelo poder do conjunto-universo de sugestões armazenadas no ser individual. Ele age motivado por um processo de influência da educação social, e não age por meio de um processo de revelação que se manifesta no contexto de sua própria pessoa. Emprego a expressão consciência-de-Deus para designar o espaço ou domínio espiritual onde a pessoa se conecta diretamente a Deus. Essa expressão é colocada assim de propósito com um hífen de interligação para diferenciar da expressão sem hífen “consciência de Deus”. Assim sendo, a expressão “consciência de Deus” significa o espaço ou domínio de consciência do indivíduo e também a idéia que o indivíduo tem e cria do espaço do ser pessoal na sua relação com Deus. Não pretendo discorrer sobre as diversas visões e interpretações dos inúmeros conceitos da ética em si. Minha compreensão a respeito da ética está fundamentada intelectual e experiencialmente num domínio de vivência sagrada crística. Em outras palavras, escolhi (e venho praticando também) como referencial de ética um conjunto-universo de ações-princípios devocionais alicerçados nos mandamentos (ações-princípios) de Cristo (apud DUNCAN, 1995). Dentre esses mandamentos estão: “orar e vigiar [a si mesmo]”, “Não querer ver o cisco no olho do próximo-irmão”, “Não julgar”, “Não condenar”, “Não seguir a dois senhores ao mesmo tempo”, “Não querer seguir a Deus e a Mamon (lucro)”, “separar o joio do trigo”, “ter fé em Deus [sempre!]”. Esses mandamentos estão no domínio da ação devocional e não são apenas conceitos filosóficos ou teológicos. Em síntese, a ética está inserida no contexto existencial valorativo da alteridade, no encontro do ser com Outro Ser-Natureza, em que o “clímax” desse encontro é a realização transcendental do Amor Matriz ou Divino (o bem último). “Numa primeira aproximação, digo que a Ética surge como ciência do ethos. Ou, como saber racional sobre o ethos. Nela está presente a centralidade do logos discursivo” (DELAMARO, 1997, Cap.I, p.7). Ética - “Estudo filosófico da natureza e dos fundamentos do pensamento e das ações morais. As teorias éticas, no sentido puro do termo, são marcadamente diferentes dos sistemas ou doutrinas morais, que têm por objetivo a elaboração de conjuntos específicos de regras de conduta que orientam a vida (por exemplo, a moral cristã). Também se distingue da ética prática ou aplicada, que analisa os argumentos empregados para embasar determinadas premissas ou conclusões morais (por exemplo, a condenação ou aceitação do aborto). A questão geralmente considerada fundamental na ética filosófica é a justificação da moralidade, isto é, se é possível ou não demonstrar que uma ação moral é racional. As escolas e correntes éticas podem ser divididas, grosso modo, em três categorias. A primeira deriva da Ética de Aristóteles e privilegia as virtudes (justiça, caridade e generosidade), tidas como propensas tanto a provocar um sentimento de realização pessoal àquele que age quanto simultaneamente beneficiar a sociedade em que o mesmo vive. A ética aristotélica, por valorizar a harmonia entre a moralidade e a natureza humana, concebendo a humanidade como parte da ordem natural do mundo, é também qualificada como naturalista. A segunda categoria, representada de modo mais sistemático e profundo por Kant, faz do conceito de dever o ponto central da moralidade (chamada “deontologia”). Kant dizia que a única coisa que se pode afirmar que seja boa em si mesma (e não apenas boa como meio ou instrumento) é a “boa vontade” ou boa intenção, aquela que se põe livremente de acordo com o dever. O conhecimento do dever, segundo Kant, é conseqüência da percepção, pelo sujeito, de que ele é um ser racional e que portanto está obrigado a obedecer ao que Kant chamou “imperativo categórico”: a necessidade de se respeitar todos os seres racionais na qualidade de “fins em si mesmos”. As idéias de Kant acerca da moralidade estão estreitamente ligadas à sua visão do livre arbítrio. A terceira corrente dentro da ética é o utilitarismo, segundo o qual o objetivo da moral é o de proporcionar “o máximo de felicidade ao maior número de pessoas”. As teorias relativas à ética também podem ser divididas conforme afirmação ou negação da existência de uma verdade moral objetiva. Hume, por exemplo, como subjetivista, sustentava que a moralidade está profundamente enraizada nos sentimentos humanos, e não em um princípio objetivo. A ética, no último século, tem lidado principalmente com a análise do significado da linguagem moral, abordando por exemplo as relações entre as afirmações morais e a expressão de atitudes emocionais” (NOVA ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA FOLHA, 1997, pp.323-324). É muito comum se utilizar as palavras ética e moral como sendo sinônimas. Moral “vem do latim morale, relativo aos costumes, e é a expressão cultural de nossa ética. Enquanto a ética é algo dentro da gente, a moral é algo fora, ou seja, são aqueles princípios éticos que adquirem a força de valores e se tornam determinantes no modo de agir de todo um grupo ou sociedade. Assim, a moral predominante em nossa sociedade capitalista aprova o banqueiro que especula com o nosso dinheiro guardado em seu banco e condena o mesmo homem se ele tirar a roupa na rua. A moral cristã permite que os cristãos comam todo tipo de carne, enquanto a moral judaica e a moral muçulmana proíbem a carne de porco. A moral dos brancos considera vergonhoso andar sem roupa na rua, mas a moral indígena não faz nenhuma censura ao nudismo” (BETTO, 10/1996, pp.27-28). Tenho fé, que não podemos compreender racionalmente a essência dos princípios éticos apenas porque conhecemos as suas inúmeras interpretações dos valores morais (estéticos e técnicos). Faz-se necessário uma prática intensiva num conjunto-universo de ações-princípios que por livre-arbítrio e vontade própria escolhemos seguir. Sem essa prática intensiva nos tornamos falsos devotos da consciência-de-Deus. Na linguagem de Jesus nos tornamos “hipócritas” (falsos devotos), ou seja, podemos falar brilhantemente da consciência-de-Deus sem estarmos vivenciando de fato, em nossa pessoa, as ações-princípios que partem ou se originam da consciência-de-Deus. Assim, partindo dessa visão podemos agora inferir sobre a ética no mundo do trabalho. O mundo do trabalho é o espaço onde o ser (indivíduo/pessoa) age política e socialmente se apoiando num conjunto de regras, normas, diretrizes e valores sociais e pessoais. Entendo que o mundo social é aquele onde o indivíduo age e vive conectado, harmoniosamente ou não, à sua própria pessoa. E o mundo pessoal é aquele onde a pessoa age e vive harmoniosamente com o indivíduo e a consciência-de-Deus. Por isso, quando a pessoa age eticamente no seu mundo pessoal, o seu poder afeta moralmente o mundo social. E quando o poder de ação ética da pessoa diminui, automaticamente o poder de ação moral do indivíduo cresce, nessa relação (indivíduo/pessoa) de domínio do ser. Em conseqüência disso o indivíduo sofre em “eterna” desarmonia consigo mesmo e com o mundo social. Neste último caso o indivíduo se torna, por exemplo, tirano ou submisso, ou seja, provoca o desequilíbrio na relação do ser (indivíduo/pessoa) e conseqüentemente nas relações com outros indivíduos no mundo social. Uma das grandes barreiras que a ciência da razão (a ciência moderna) tem é no que se refere ao terreno das hipóteses. A ciência da razão não trabalha no terreno da hipótese de um segundo “Eu” (pessoa/espírito) causador do mundo pessoal. Ela trabalha no terreno da hipótese de que a causa está no contexto de um Eu apenas e do “outro” (indivíduo/matéria). Essa ciência sempre precisa de um contexto distante do segundo Eu para realizar suas investigações. Ela investiga o contexto do “outro” (mesmo a parapsicologia), mas nunca o segundo Eu da pessoa. Não se consegue investigar o segundo Eu (a pessoa) olhando a partir do primeiro Eu (o indivíduo). O Eu da pessoa é um domínio fechado, ou seja, ele não está aberto para nenhuma investigação que venha do mundo material/social do indivíduo. Nesse domínio-contexto somente podemos fazer uma inferência pessoal. Isto é, uma pessoa eticamente correta pode inferir sobre as ações-princípios do mundo pessoal de qualquer outra pessoa. Uma vez que as ações-princípios da pessoa são sempre os mesmos em qualquer mundo pessoal. A ciência não-racional (por exemplo a ioga) parte da fé (convicção de uma verdade revelada por um mestre espiritual) da existência de um segundo Eu que é um Eu espiritual (ou Atman). Essa ciência busca compreender a natureza dos princípios (éticos). Enquanto que a ciência moderna busca compreender os princípios da natureza (impulsos energéticos e idéias morais). São caminhos simétricos e complementares. Eles se tornam antagônicos quando não existe um equilíbrio entre eles. A natureza dos princípios é no, contexto da pessoa, a consciência-de-Deus. E os princípios da natureza são as percepções-descobertas que o indivíduo faz (apoiado na intuição de sua pessoa ou de outra pessoa) na sua relação com os fenômenos da natureza material/social circundante (inclusive os efeitos das ações da razão humana). Devemos sempre lembrar que ciência não é apenas definida pelo método que praticamos, mas antes de tudo pelo estado de consciência em que nos encontramos: nesse sentido ciência vem de (cons)ciência. Se nosso estado de consciência é ainda racional, a única ciência que de fato podemos praticar é a ciência moderna. Mas, se já conseguimos transcender o estado de consciência da razão podemos praticar a ciência das autodescobertas. E somente assim podemos através da ciência das autodescobertas confirmar e constatar, intuitivamente, as verdades reveladas por Jesus Cristo ou qualquer outro mestre espiritual de verdade. Em qual contexto está a fé? No contexto das descobertas ou no contexto das autodescobertas? Por que será que Einstein afirmou “estudem a fé”? Pode-se estudar a fé distante do contexto do segundo Eu? Pode-se ver a fé no outro ou em nós próprios? Como é que podemos ver a fé no outro? Será que vemos a fé ou o efeito da fé? Podemos ver que existe um espaço muito sutil para se desenvolver tais observações. Não é muito fácil distinguir (“separar”) crença psicológica da fé ontológica. Somente uma sensibilidade muito desenvolvida consegue ver a diferença. Somente uma ciência específica pode nos permitir entrar nesse domínio extremamente sutil. A razão como instrumento de observação não possui as qualidades necessárias para penetrar no contexto do mundo pessoal da consciência-de-Deus. A razão é limitada para investigar o mundo pessoal. Em outras palavras, a razão não é um instrumento de observação para ver ou compreender as ações-princípios que se manifestam no mundo da pessoa. Nesse contexto, o mundo da ética transcende a razão humana. E ética é, portanto, um processo de transcendência e conversão (do indivíduo para a pessoa). É um privilégio conquistado por aquele que se esforçou arduamente em investigar as ações-princípios que se manifestam no mundo da sua própria pessoa (ou seja, do segundo Eu). O ser individual moderno inserido num mundo culturalmente dinâmico se vê diante de um dilema: se libertar ou se adaptar ao dinamismo do meio ambiente cultural. Em outras palavras, a fronteira que delimita o mundo de idéias e de valores do ser individual é a mudança cultural. Atualmente o indivíduo vive uma oscilação cultural que se apoia fortemente no eixo da eficiência técnica voltada para o trabalho produtivo cujo fim é o mercado de consumo. Inserido nesse contexto o ser individual produz sua verdade a partir de outras verdades mutáveis. Uma verdade utilitária que serve aos princípios lógicos-mercadológicos. A luz do mundo esteticamente diversificado atrai e domina a consciência instintiva-racional do ser individual. A combinação estética-técnica produz um efeito psiquicamente “hipnotizante”. Ela produz como subproduto uma verdade “tecnicamente bela” de valores utilitários tais como: a eficiência, a vantagem, a produtividade, a competitividade, a vaidade, o poder intelectual-econômico, a violência, o esbanjamento (a luxúria), a iniqüidade, etc.. Todos esses valores além de muitos outros são produzidos e oferecidos ao mercado da fama e da conquista de valores materiais imediatos. Podemos constatar isso no dia-a-dia das profissões. Todos os ofícios, “bem ou mal escolhidos, exercidos com entusiasmo ou a contragosto, trazem para a vida do homem encargos morais. O médico, por exemplo, vive diariamente em contato com a carne do homem. O advogado se move também no mundo das paixões. Lidam ambos com infelizes, com pessoas que se despem e é fácil imaginar o grau de virtude que é preciso ter para agüentar tamanha pressão. Sob esse ponto de vista a vida do engenheiro é mais fácil. Seu ofício é exercido ao ar livre, é isento do contato pessoal, é objetivo e cristalino. O engenheiro não recebe clientes a portas fechadas, não lida com a dor. Diria até que é límpido demais o ofício de engenheiro, porque essa transparência pode produzir no profissional um certo embotamento e a conseqüente tendência a mineralizar os problemas humanos... A tentação do engenheiro, sob esse ponto de vista, é a de considerar o trabalhador como pura engrenagem da organização. Seu hábito de trabalhar em coisas amorais e inorgânicas o induz a mecanizar a mão do operário. Atento à obra, apaixonado pelo resultado, possuído pelo espírito de eficiência, o técnico é muitas vezes implacável e inacessível às aflições humanas... O engenheiro, o técnico, o industrial estão em contato diário com a injustiça, com o mau pagamento, com a condenação à miséria da maioria dos homens. Trabalham no país da fome” (CORÇÃO, 1963, pp.30-32). A ética é a base de qualquer sociedade justa. Ou, pelo menos deveria ser. Mas, entre aquilo que é prescrito e aquilo que é real existe um grande abismo. E nesse abismo é que se pode constatar as enormes diferenças e distorções. Fala-se muito em ética. Inclusive a própria Igreja católica vem discutindo e “gritando” no sentido de apontar as deficiências visíveis da falta de ética na mídia: “É tempo de Murici, cada um por si (adágio popular)...Ficam cada vez mais distantes das pessoas, os valores coletivos, comunitários e humanos. O império é o do indivíduo e este significa sou o que sou, independentemente do que os outros são. O indivíduo é egoísta e perigoso, como dizia Freud. O indivíduo é incapaz de fazer morrer seus instintos em função de nada, muito menos do coletivo, pois, pensa em si mesmo. Vive no tempo de Murici e só desenvolve suas pulsações e desejos egocêntricos” (GONÇALVES FILHO, 10/1996, pp.5-6). Todos os dias lemos, ouvimos ou vemos nos noticiários um novo caso de distorção, de escândalo, egoísmo e, portanto, de falta de ética. Os envolvidos são pessoas simples e cultas. São pessoas pobres e ricas. Ou, bandidos e policiais. Enfim as fronteiras entre o bem e o mal se confundem. E quanto ao saber ético no espaço da atual ciência? Atualmente, “a atividade científica defronta-se com sérios desafios internos e externos. De um ponto de vista coletivo, os descontentamentos sociais ligados à introdução de inúmeras inovações tecnológicas (da poluição industrial aos horrores das guerras químicas e eletrônicas), estão levando a um questionamento da equivalência entre ciência e progresso, entre tecnologia e bem-estar social. As manifestações objetivas dessa crise de confiança aparecem na redução dos investimentos em pesquisas, no número crescente de cientistas e de técnicos que se vêem condenados ao desemprego, e na crescente tomada de consciência, por parte dos próprios cientistas, das condições sócio-culturais em que são realizados seus trabalhos. Alguns colocam em questão a escolha das prioridades nas pesquisas, enquanto outros começam a fazer uma crítica ideológica à prática social da ciência. Podemos compreender essa crise como um desafio ao conceito de “racionalidade científica” e aos sistemas de valores culturais, intelectuais, sociais e éticos que se construíram sobre esse conceito. Essa questão será esclarecida a propósito da “ética do conhecimento objetivo”...Uma reflexão, mesmo sumária, sobre o ponto de partida dos saberes científicos constituídos, e culminando em técnicas bastante eficazes, leva-se facilmente a perceber que as ciências, em sua vertigem crescente de objetividade e de racionalidade, conduzem aqueles que as praticam a um esquecimento progressivo e rápido dos pontos de partida e das decisões constitutivas de seu saber. Ora, uma retomada de consciência dessas “condições de origem” irá permitir-nos conjugar uma reflexão do homem aos saberes sobre o homem”( JAPIASSU, Imago, pp.12-13). As regras “democráticas” atuais induz o indivíduo a respeitar e a praticar as leis desse mercado de valores. Esse mercado de “valores” (bens não-econômicos) está intrinsecamente associado ao mercado de mercadorias. A ponte entre os dois mercados é realizada por uma verdade eticamente virtual racional dos tempos modernos. Isso significa dizer que a ética real sagrada precisou ser colocada de lado para que uma nova ética fosse criada e oferecida como verdadeira. A ética virtual se caracteriza pelos direitos e liberdades do indivíduo em construir, possuir e comercializar livremente o produto do seu trabalho ou do seu ganho utilitário na relação moral com outro indivíduo. Um imenso processo de abstração foi desenvolvido ao longo de séculos no sentido de confirmar a “nova ética”: a ética da ética. Isso implica dizer também que o indivíduo foi peça fundamental desse processo de construção de uma ética virtual. Uma racionalização imensa se fez necessário para que se formasse um contexto apropriado para o crescimento da cultura estética-técnica. Os valores sagrados foram por longos séculos distorcidos em suas interpretações de maneira que se pudesse incutir um novo modo de ser utilitário (técnico-estético ou religioso). Hoje, as sociedades modernas vislumbram um novo horizonte de internacionalização da liberdade econômica. E a globalização é tida como um fenômeno sócio-técnico-cultural inevitável. O que acontecerá quando os mercados sutis de valores se aproximarem mais ainda dos mercados concretos de mercadorias? Essa pergunta nos mostra a “explosão” anti-ética que irá acontecer em todos os cantos do planeta. Os países menos desenvolvidos tendem a sofrer uma exclusão e terrível influência anti-ética em todos os espaços da vida social, política, econômica, cultural, educacional e individual. A globalização é, “em última análise, uma estratégia das grandes corporações financeiras e conglomerados industriais, visando à expansão de mercados, mediante o aproveitamento, em escala mundial, da experiência acumulada em suas regiões de origem. Mas, curiosamente, ninguém questiona se tal experiência é aproveitável em outras regiões, de maneira enriquecedora para as populações locais. Na verdade, o objetivo da globalização é aumentar ao máximo os lucros, e concentrá-los nas mãos de conglomerados e corporações, que tenham matrizes em países desenvolvidos” (CARVALHO, 25/06/97, p.9). Nunca o comércio internacional “foi tão difícil de ser interpretado como nos dias atuais. A globalização virou sinônimo de modernidade, eficiência e progresso. Colocar contra ela - além de inócua - representa ser antiquado, ineficiente e regressivo” (MORAES, 08/12/97, p.2). É importante que entendamos os dois mercados: o de valores e o de mercadoria. O mercado de “valores” é a produção e o consumo de idéias de valores (paixões, desejos, idolatrias, vaidades, carências, “amor”, “felicidade”, “segurança”, etc.) criados sutilmente no plano psíquico de cada indivíduo, ou seja, é o processo de criação redundante da “ética da ética”. E o mercado de mercadorias é a produção e o consumo de bens materiais (p.ex.: roupa, sapato, carro, computador, etc.) criados no plano concreto da vida social-comum. O primeiro é de natureza subjetiva. E o segundo é de natureza objetiva. A propaganda e a educação são os instrumentos utilizados no processo de criação tanto do mercado de “valores” quanto do mercado de mercadorias. Todo o esforço das sociedades modernas é na intenção de, primeiro aproximar os dois mercados e, segundo expandir o resultado dessa combinação. De um lado tem-se a estética subjetivada e do outro a técnica objetivada. E tem-se na fusão o conjunto estético-técnico “eticamente” validado. A lógica de criação do mercado moderno é primeiro estabelecer fortemente um conjunto de valores estéticos utilitários para depois se produzir técnica e racionalmente os bens materiais associados àqueles valores. Em outras palavras, primeiro procura-se achar ou criar a necessidade para depois comercializar ou se criar o produto necessário. Nesse sentido, as técnicas de Marketing ganharam imensa importância porque elas se aperfeiçoaram no processo de estimulação e identificação de valores técnicos-estéticos utilitários. Por isso, a famosa frase “a propaganda é a alma do negócio”. Se a “alma” é a propaganda, o corpo é o negócio. Daí que quase tudo ser feito para se estimular ou identificar a alma (desejo) do corpo (da necessidade de consumir o que é próprio do (s)eu-objeto ) desejoso: carências, medos, incertezas, crenças, dependências, gostos, modos, modas, hábitos, costumes, tradições, etc. Certamente “devemos sempre começar da satisfação das necessidades, uma vez que são o fim de toda produção, e a situação econômica dada em qualquer momento deve ser entendida a partir desse aspecto. No entanto as inovações no sistema econômico não aparecem, via de regra de tal maneira que primeiramente as nossas necessidades surgem espontaneamente nos consumidores e então o aparato produtivo se modifica sob sua pressão. Não negamos a presença desse nexo. Entretanto, é o produtor que, via de regra, inicia a mudança econômica, e os consumidores são educados por ele, se necessário; são, por assim dizer, ensinados a querer coisas novas, ou coisas que diferem em um aspecto ou outro daquelas que tinham o hábito de usar” (SCHUMPETER, 1988, p.48). Tendo-se realizado esse primeiro passo de estimulação e identificação dos necessitados e de suas necessidades, o passo seguinte é produzir a mercadoria nas condições próprias ao consumo do desejo. Nesse ponto, a técnica é empregada para realizar a magia do encontro entre a “alma” e o “corpo”, ou seja, o desejo com o objeto do desejo: o artifício de conectar ou aproximar “o sabor com a cor” ou “a sensibilidade com a idéia”. “Ao deixar a Califórnia, em 1970, escrevi [CAPRA] um artigo sobre o movimento hippie, com as seguintes passagens: “A sociedade norte-americana é totalmente voltada para o trabalho, os lucros e o consumo de bens materiais. O objetivo principal dos indivíduos é ganhar o máximo de dinheiro possível para comprarem toda essa parafernália que associam a um padrão de vida elevado. Ao mesmo tempo, sentem-se bons cidadãos porque estão contribuindo para a expansão da economia nacional. Não percebem, porém, que a maximização dos lucros leva à constante deterioração dos bens que adquirem...A expansão da economia destrói a beleza das paisagens naturais com edifícios medonhos, polui o ar, envenena os rios e os lagos. Mediante um condicionamento psicológico implacável, ela rouba das pessoas o seu senso de beleza, enquanto gradualmente destrói aquilo que há de belo em seu meio ambiente.”” (CAPRA, 1990, pp.169-170). O capital como subproduto da racionalização da natureza individual sofre influência desse mecanismo de criação estética-técnica, assumindo e realimentando portanto uma dupla natureza de criação e interação: o capital estético simbólico e o capital técnico transacional. O indivíduo inserido nesse mundo não percebe a sua inserção, porque ele mesmo empresta a sua psique no processo de criação-construção de “beleza técnica” do próprio mundo simbólico transacional em que culturalmente vive. E esse mundo moderno gira segundo dois pólos básicos: o capital estético simbólico (a própria estética objetivada do desejo) e o capital técnico transacional (a própria técnica subjetivada do objeto do desejo). “A ênfase dos ricos no consumo levou, no entanto, a uma ênfase muito maior na diferenciação de produtos no projeto urbano. Ao explorarem os domínios dos gostos e preferências estéticas diferenciados (fazendo tudo o que podiam para estimular essa tendência), os arquitetos e planejadores urbanos reenfatizaram um forte aspecto da acumulação de capital: a produção e consumo do que Bourdieu (1977; 1984) chama de “capital simbólico”, que pode ser definido como “o acúmulo de bens de consumo suntuosos que atestam o gosto e a distinção de quem os possui”. Esse capital se transforma, com efeito, em capital-dinheiro, que “produz seu efeito próprio quando, e somente quando, oculta o fato de se originar em formas ‘materiais’ de capital”. O fetichismo (a preocupação direta com aparências superficiais que ocultam significados subjacentes) é evidente, mas serve aqui para ocultar deliberadamente, através dos domínios da cultura e do gosto, a base real das distinções econômicas. Como “os efeitos ideológicos mais bem-sucedidos são os que não têm palavras e não pedem mais do que o silêncio cúmplice”, a produção do capital simbólico serve às funções ideológicas porque os mecanismos por meio dos quais ela contribui “para a reprodução da ordem estabelecida e para a perpetuação da dominação permanecem ocultos”” (HARVEY, 1993, pp.80-83). A vida e a evolução da vida empurram a consciência do ser para frente em busca de mudanças tais que renovem as concepções e visões de mundo. E com isso, uma nova maneira de viver, interagir e produzir se realiza em direção a uma qualidade de vida melhor. O ser sente que as mudanças são inevitáveis. O ser individual é por natureza um processo de mudança e no resultado dessas mudanças, ele infere sobre os passos seguintes. É preciso mudar. E de mudança em mudança formamos um universo de experiências e conhecimentos a respeito da natureza. Senhor, Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/ ). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!! Senhor, Eu sei que tu me sondas Sei também que me conheces Se me assento ou me levanto Conheces meus pensamentos Quer deitado ou quer andando Sabes todos os meus passos E antes que haja em mim palavras Sei que em tudo me conheces Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Deus, tu me cercaste em volta Tuas mãos em mim repousam Tal ciência, é grandiosa Não alcanço de tão alta Se eu subo até o céu Sei que ali também te encontro Se no abismo está minh'alma Sei que aí também me amas Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes) Refrão Sugiro que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”, “Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale Donald Walsch ... Conversando com Deus (título original em inglês: Conversations with God) é uma série de três livros publicada por Neale Donald Walsch, que afirma ter sido inspirado diretamente por Deus em seus escritos. Cada livro é escrito como um diálogo no qual Walsch faz perguntas e "Deus" as responde. Walsch afirma ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações divinas. Em 2006, um filme foi lançado sobre a história do autor e seus livros... Ver link http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus), “A Unidade das Religiões: O Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Livros recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”, “Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado – Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini – Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Namastê! Prof. Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo (praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE). e-mail: bernardomelga10@hotmail.com Facebook: Bernardo Melgaço da Silva/ Educação Para o Terceiro Milênio bernardomelgaco.blogspot.com Nota: Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de Tecnologia –CT - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim, pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!