por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

"VACINA POUCA... MEU BRAÇO PRIMEIRO" - José Nilton Mariano Saraiva

 

Em múltiplas oportunidades, manifestamos neste mesmo espaço que o ingresso e o exercício da atividade “político parlamentar”, no Brasil, transformaram-se num rentável meio de vida, ou numa ímpar oportunidade de “se fazer” (ficar rico)em muito pouco tempo, multipartidariamente e em dimensão nacional (há as exceções, claro).

Adstringindo-se à nossa aldeia, um exemplo emblemático de tal situação deu-se nas eleições recém-findas na cidade do Crato-Ce, quando perto de trezentos (300) candidatos (grande parte de desempregados) concorreram a uma das 19 vagas para o legislativo municipal (vereador).

A reflexão é para abordar um fato imoral, inescrupuloso e merecedor de cadeia, por parte de alguns desses “atores políticos”, não especificamente na cidade do Crato, mas sim, em algumas outras urbs desse nosso imenso Brasil.

Pois bem, no momento em que a humanidade atravessa um período dos mais difíceis e delicados em função da pandemia do coronavírus (que não respeita raça, credo, sexo, cor ou nacionalidade), e como o governo do Brasil desde o início a negou peremptoriamente, porquanto não passaria de uma simples “gripezinha” ou um “resfriadinho”, chegamos enfim à hora da verdade.

E a hora da verdade pegou o Brasil negacionista com as calças na mão: sem vacina, sem matéria prima para manufaturar e sequer sem ter tido o cuidado de se prevenir, via encomenda aos grandes produtores mundiais (lá atrás, a multinacional Pfizer bem que tentou nos repassar 70 milhões de doses, que foram solenemente desprezadas pelo governo negacionista) a essa altura, com mais de 1.000 mortes diárias e o quadro dantesco vivenciado em Manaus, estamos quase que a “mendigar” por vacinas.

Como, para imunizar toda população, vamos precisar de mais de 400 milhões de doses, a distribuição dos 12 milhões de doses em estoque naturalmente tem que ser feita homeopaticamente, em conta-gotas, levando em consideração a densidade populacional de cada estado.

E aí surge o nosso personagem principal: os “pseudos políticos”, aqueles que entraram na politica para dela se beneficiar, para se fazer, para de algum forma traficar influência em benefício seu e da família.

Partidários desde a mais remota antiguidade do asqueroso lema “VACINA POUCA...MEU BRAÇO PRIMEIRO”, alguns eleitos prefeitos de paupérrimas cidades interioranas se apressaram a cortar a fila para - num ato de bravura indômita, de destemor ante o desconhecido, de coragem presencial - se “arriscarem” em tomar a temível “vacina chinesa”, desde o princípio não recomendada pelo idiota que está Presidente da República (assim como a da Rússia).

O “pífio” argumento assacado foi o de que, com aquele “ato heroico”, estariam a estimular seus munícipes a seguirem seu exemplo, sem medo ou temor algum (naturalmente que, no “escurinho” da sala do posto de saúde algumas doses foram devidamente reservadas para a “família imperial” se imunizar, a posteriori).

Conclusão ??? Não uns merdas, comandados por um bucéfalo (indivíduo ignorante, rude e/ou pouco inteligente).