por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


Torta espelhada





Foto: Josemar do Carmo


para a massa


300g de bolacha maria ou de maisena


2 colheres (sopa) de margarina


6 colheres (sopa) de leite


para o creme


1 lata de leite condensado


1 copo de leite


2 colheres (sopa) de maisena


2 gemas


1 caixinha de creme de leite


para a cobertura


2 bandejas de morango


2 pacotes de gelatina de morango


300ml de água fervente


300ml de água gelada


1- Comece fazendo a massa, que será a base da Torta Espelhada. Bata no liquidificador, aos poucos, a bolacha. A ideia é que ela vire uma farinha. Com toda as bolachas trituradas, adicione a margarina e o leite. Misture bem até obter uma massa homogênea.


2- Coloque a massa em uma forma de fundo removível. Cubra todo o fundo. Com as mãos, aperte a massa para que fique bem compacta. Leve ao forno preaquecido (180°) por, em média, 10 minutos, ou até ficar dourada.


3- Dissolva o pó de gelatina na água quente. Em seguida, adicione a água fria. Leve a gelatina para a geladeira.


4- Para fazer o creme, misture, em uma panela, o leite condensado, as gemas, a maisena e o leite. Leve ao fogo, mexendo sempre, até engrossar. Tire a panela do fogo e misture o creme de leite. Mexa bem.


5- Hora de montar a torta. Por cima da massa de bolacha, coloque todo o creme. Cubra com os morangos previamente cortados. Por cima de tudo, entra a gelatina, que já deve estar firme para não ter risco de escorrer. Leve a torta para a geladeira por, no mínimo, duas horas. Antes de servir, ainda gelada, desenforme. Está pronta!




Lindo é saber

que estrelas estão sempre lá

quando nuvens escorrem nas retinas

Lua se assanha pro sol

que distante brilha.


Dividir o pão quando é só pedaço

Tirar suco da fruta

já bagaço .


Dormir com a barriga roncando

a fome do amor

sabendo que a cura está no beijo


Ouvir a melodia

e a letra florescer na garganta


Amar descaradamente

Esperando de janela aberta

que o céu devolva

o que já foi santo.


Saber que o tempo passa

mas sempre fotografa e guarda

a doce alegria de ficar pra sempre !

socorro moreira

São sempre linhas
as paisagens,
a cortarem geometricamente
nossas rotinas.
As curvas senoidais
das serras,
as retas dormentes
das planícies.
E nós:
pequenos pontos
num papel rasgado.
...
Everardo Norões

MEDITANDO ... por Rosa Guerrera


Muita gente já cantou em versos, prosas e canções um resumo do que venha ser a vida. Digo resumo , porque a verdade é que até hoje ninguém soube defini-la a contento. Se para uns é um jogo de xadrez sem direito a xeque mate, para outros um passatempo,uma eterna via crucis,e ainda existem aqueles que a consideram uma grande aventura .No entanto penso eu que ninguém parou ainda para olhar a nossa posição diante da vida.!
.
Julgamos a vida , mas não nos julgamos. Basta que pensemos que somos peregrinos vindos de terras distantes onde fomos praticantes de virtudes e erros ,e onde cantamos as mesmas canções de hoje , chorando também as mesmas lágrimas de ontem, para que compreendamos que somos nós os únicos responsáveis pelo céu e pelo inferno que nos acompanha. Daí porque é pura insensatez , querermos penetrar o Universo da própria vida , pois iríamos sempre voltar ao ponto de partida. Quem de nós não vive rodeado de lembranças ? Quem não se reveste diariamente em esperanças ?
.
Faz muito tempo entendi que a esperança é o único sentimento que se encontra no processo regressivo e no movimento progressivo do desejo de cada um . E é assim que costumo me situar dentro da própria vida . Sem análises, sem sofreguidão, ora destemida , ora preguiçosa , sem planos edificados , pouco me interessando em seguir os caducos e falidos padrões impostos por regrinhas criadas por pessoas que se auto denominam de sábias , e que lá no âmago não passam de frustradas por culparem a vida da própria incapacidade em não saber vivê-la.
.
E dentro desse meu pensar e viver meio maluco, já deixei faz muito tempo de guardar mágoas ou colecionar erros cometidos . Quando me atiram tijolos, construo edifícios . Quando me presenteiam limões , aproveito para fazer um gostosa limonada ! E assim nessa hibridez que compõe o meu perfil observo no calendário as folhinhas de mais um ano que me é apresentado . Agora é só continuar a missão que um dia me foi destinada,na certeza de que depende unicamente de mim aprimorar ou deixar de lado todas as lições aprendidas .

Alguma coisa - por Rosa Guerrera

Alguma coisa ficou a ser dita.
Alguma coisa que nasceu repentinamente
E morreu antes de ser realizada.

Eu sei que alguma coisa ficou perdida
Num lago distante
Numa nuvem passageira
Num rio que secou
Num grito que morreu na garganta.

Alguma coisa que era pesada
Demais para um sonho,
E ingênua demais para a vida ...

Alguma coisa minha que até hoje
Não consegui encontrar .

rosa guerrera


De Artur Gomes

o amor não é apenas um nome

que anda por sobre a pele

um dia falo letra por letra

no outro calo fome por fome

é que a flor da tua pele

consome a pele do meu nome

Artur Gomes

http://artur-gomes.blogspot

Carmen Costa por Norma Hauer



Há dúvidas sobre a data de nascimento de Carmen Costa,alguns sites dão como nascida em 5 de janeiro e outros em 5 de julho de 1920. Sempre tive esta última data como sendo a real, inclusive Luiz Vieira, em seu programa "Minha Terra, Nossa Gente", transmitido de 2ª a 6ª feira na Rádio Carioca, tem como certa a data de 5 de julho.

Bom, mas se há dúvida, ela merece ser relembrada hoje e também em 5 de julho.

Ela nasceu com o nome de Carmelita Madriaga em Trajano de Moraes(RJ) de onde saiu com 15 anos, vindo para o Rio de Janeiro onde trabalhou como doméstica na casa do cantor Francisco Alves.
Na mesma época passou a se apresentar em programas de calouros, mas somente em 1937, quando conheceu o compositor Henricão, teve sua chance de se transformar na grande cantora que ficou conhecida com o nome de CARMEN COSTA, dado pelo compositor.
No ano seguinte, apresentou-se em um arraial do rancho fundo, em Juiz de Fora e em 1939 regressou ao Rio, apresentando-se na então Feira de Amostras que, anualmente, era montada no local onde hoje se encontram as Avenidas Churchill e Roosevelt, no Castelo.

Ali cantaram as irmãs Carmen e Aurora Miranda, bem como as Irmãs Pagãs, Carlos Galhardo e outros. Na Feira de Amostras era também montado um parque de diversões, conhecido como Parque Shangai.

Em 1942, com Henricão gravou seu primeiro disco , com o samba "Onde Está o Dinheiro?" e foi nesse mesmo ano que "estourou" com "Está Chegando a Hora", uma adaptação do mesmo Henricão para a melodia mexicana "Cielito Lindo". Esse foi seu carro-chefe e ela era sempre chamada a cantá-lo em qualquer parte onde se apresentava.

Separando-se de Henricão, em1945 foi para os Estados Unidos, onde se casou com um americano de nome Hans van Koehler (de ascendência holandesa) e se apresentou em vários "shows", em casas como o Teatro Triboro, em Nova York e em outras cidades, como Nova Jersey e Los Angeles.
Regressou ao Brasil em 1949, quando conheceu Mirabeau e gravou um de seus maiores sucessos, depois de "Está Chegando a Hora" : Cachaça

"Você pensa que cachaça é água,
Cachaça não é água não..."

Mas para "beber" essa cachaça toda foram necessários mais 3 co-autores: Heber Lobato ,Marinósio Silva e Lúcio dos Santos (nomes desconhecidos) e ainda precisou a participação de Colé na gravação.

No mesmo estilo de "Cachaça" gravou "Tem Nêgo Bebo Aí".

Mudou seu estilo em 1954, passando a cantar samba-canção, sendo o mais importante, de Mirabeau, "Eu Sou a Outra", também grande sucesso.

Em 1958 teve uma participação no filme "Vou Te Contá" e entre 1959 e 1963 excursionou por vários países da América do Sul.

Gravou, em 1961 a famosa marcha do "Cordão do Bola Preta"

"Quem não chora, não mama,
Segura meu bem a chupeta.
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta".

Em 1962 apresentou-se no Carnegie Hall de Ney York, cantando "bossa nova", com Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

Em 1975 cantou no Outeiro da Glória músicas de ladainha, gravando um Lp com essas músicas.

Carmen Costa ainda se fez presente em vários LPs até1996 e, com Elymar Santos fez várias apresentações em 1999.

Em 2002 pssou a se apresentar no palco montado anualmente na Cinelãndia, durante o carnaval, até o ano de sua morte, 2007.

No mesmo ano de 2002 comemorou seus 82 anos de idade e 70 de carreira no Clube Recreativo Posto 6, em Copacabana e fez depoimento no Museu da Imagem e do Som.

E nos anos de 2003 e 2004 fez "Shows" no Centro Cultural da Justiça.

CARMEN COSTA faleceu em 25 de abril de 2007, aos 87 anos.
Norma Hauer
Postado por socorro moreira às 19:35 0 comentários Links para esta postagem
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
Um texto de Drummond- colaboração de Vera Barbosa

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente. Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar. Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua FELICIDADE!" (Drummond)

Destino do leitor - Rejane Gonçalves



Que ao leitor jamais seja permitido curar-se. As palavras devem abrir uma ferida permanente na carne do leitor e tu cuidarás para que ela não sare. Há meios eficazes para isto. Pega-se um estilete de ponta muito fina, remove-se um pequeno pedaço da casca que se sobrepôs à pele e fechou o corte, criando um empecilho: a pedra na porta do túmulo. Não tenhas piedade, só um pouco de delicadeza, assim, mansamente, arranharás a superfície rosada que aparecerá por baixo daquela diminuta porção de casca que levantaste; daí espera-se que o sangue aflore, aperta-se um pouco a carne, se preciso, para que o sangue escorra, estanca-se com um chumaço de algodão o sangue, pois não é bom que o leitor fique debilitado e sob hipótese alguma que ele morra.


Pular nuvens

Meu olhar pulando nuvens, agora seja como aroma, que derrama um nome feito luz e vai acendendo uma voz suave, que embala a tristeza das coisas desfeitas em última hora.
Sonho bom é sentir as tuas mãos deslizando em minha face.
As cores das nuvens colorem meus sentimentos, ouço uma melodia trazendo um alento, faz parte da vida, estancar as feridas.
Rodopio meus pés sem sair do chão, pois serei livre a cada instante em que o mar me chama para abraçá-lo.
Descanso meu sorriso dentro do teu, desejo forte que embriaga a fantasia, peço calma ao firmamento, pois sobrevivo aos temporais, que se desfaz nos quintais de anos atrás.
Cantarolando para encontrar um lenitivo de vontade em buscar essa tal felicidade, mas que se encontra tão longe das cidades.
Estampas de formas e restos de pedaços que engendrei pelos caminhos a fora, ó senhora dona das horas, pára este tempo, faz correr em minha sombra um gosto de cereja tão doce como mel.
Dançar ciranda nas ondas do mar, deixar meu corpo delirar, saltar bem alto, voar e pular nuvens isto é completo.
Vou acalentar meu choro, sufocar e sentir a dor, que em outrora já se fez fugaz, pulando nuvens busco um sonho, que valha a pena.
Rosemary Borges Xavier

O poeta Buler-Bule - Emerson Monteiro


Quem quer o que Deus quer, tem tudo o que quiser. Quem não quer o que Deus quer, seja o que Deus quiser. Guardei de hoje este provérbio, de uma conversa que mantive com o poeta baiano Antônio Ribeiro da Conceição, codinome Bule-Bule, autor de belos cordéis e consagrado autor popular em visita ao Cariri, apresentado que fui por Miguel Teles e Josenir Lacerda. Citava o dizer, fruto da sabedoria das tradições, em relação à necessidade humana de aprender confiança em tudo por tudo nas intempéries deste mundo vivente.

Além de cordelista, Bule-Bule exercita seus talentos na qualidade de compositor, dançador de chula, repentista, ator, cantador, folclorista, e lembrar o valor especial do poeta qual figura valiosa no trato de alma dada ao serviço de ações beneméritas, ativo colaborador de obras assistenciais com arte e consciência.

De fama já conhecia Bule-Bule, nos meus tempos baianos, presença definitiva dos terreiros brincantes e espetáculos culturais da Boa Terra. E desta vez ouvi a verve espontânea que lhe caracteriza a inspiração e a correção no jeito dos assuntos, filosofia dotada da plena sabedoria, em experiência e dedicação do gênero que abraça ao talento, heróis do cotidiano original do povo nordestino.

Grata surpresa, portanto, reservara a manhã desse dia, o quarto do ano novo de 2012, ao deparar poeta e gênio autêntico de nossa espécie, dessas pessoas que às vezes imaginávamos existir, antes mesmo de avistá-las no desfiladeiro dos profetas sóbrios da forma, dos versos, cantos e falas.

Bule-Bule virá, no mês de março, ao Cariri, quando cumprirá pauta no Espaço Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, oportunidade rara de testemunhar a feitura especial do que produz, mundo vasto da riqueza intuitiva do Sertão, retrato natural do universo em expressão inextinguível.

São tantos os cordéis desse autor, cujos títulos bem demonstram os temas neles praticados, a saber: Quatro touros endiabrados e um vaqueiro corajoso; Duelo de bruxos, ou o Pombo e o gavião; A tragédia de três amantes; Irmã Dulce da Bahia, Santa mãe de todos nós; O tremendo duelo de Quirino Beiçola com Tomaz Tribuzana; O encontro da aranha com o reumatismo; Peço pra não acabar o Raso da Catarina; Judite, a mulher divina que salvou o marginal; Bimba espalhou capoeira nas praças do mundo inteiro; e Chora o Nordeste com a morte de Rodolfo Cavalcanti; dentre outros, vários e muitos, do Cantador do Sertão, como assim o denominam perante os meios artísticos brasileiros.

henfil


Henrique de Sousa Filho, mais conhecido como Henfil (Ribeirão das Neves, 5 de fevereiro de 1944 — Rio de Janeiro, 4 de janeiro de 1988), foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro.

Juazeiro e Crato (CE) sofrem arrastões e comerciantes fecham lojas


"Com policiais militares do Ceará em greve há seis dias, Juazeiro e Crato vivem clima de pânico nesta terça-feira (03).
O comércio do centro das cidades, de bairros da periferia e de áreas nobre das cidades fecharam as portas temerosos por conta de arrastões que estariam acontecendo em toda região. O Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Estado do Ceará (Sintect-CE) também informou que os carteiros foram tirados das ruas. Além disso, alguns postos de saúde encerraram o atendimento.
Segundo o comando grevista, 100% dos policiais e bombeiros de Crato e Juazeiro do Norte estão parados – não há estimativa sobre o Estado. O governo não divulga sua estimativa nem para a capital nem para o Estado. A Polícia Civil ainda trabalha normalmente.
O clima é de muita apreensão na população, e alguns populares dizem que a situação está igual aos tempos de Lampião: bandido faz o que bem entende, e o povo nada pode fazer."

Portal Belmonte

Começando o dia com Araken Peixoto


Gabriela Mistral


Poetisa chilena (7/4/1889-10/1/1957). Foi a primeira escritora latino-americana a receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1945. Sua poesia única e repleta de imagens singulares não mostra influências do modernismo nem das vanguardas. Descendente de espanhóis, bascos e índios, Lucila Godoy Alcayaga nasceu em Vicuña, uma vila do norte do Chile.
Com apenas 15 anos começou a dar aulas. Seu noivo cometeu suicídio em 1907, fato que marcou a obra e vida de Gabriela Mistral, nunca se casou e se dedicou somente ao trabalho. Venceu um concurso literário chileno em 1914 com Sonetos de la Muerte, assinados com o pseudónimo Gabriela Mistral, formado a partir do nome de dois poetas que admirava o italiano Gabriele D’Annunzio e o francês Frédéric Mistral.
Seu primeiro livro de poesias, Desolación (1922), inclui o poema Dolor, no qual fala da perda do amado. O sentimento de maternidade frustrada aparece nos trabalhos seguintes, Ternura (1924) e Tala (1938). Colaborou na reforma educacional do México e do Chile. Representou seu país como consulesa em Nápoles, Madrid, Lisboa e Rio de Janeiro. Em 1954 publica Lagar.
Leccionou literatura espanhola na Universidade de Colômbia. Morreu em Hempstead, no estado de Nova York.


AUSÊNCIA

Se vai de ti meu corpo gota a gota.
Se vai minha cara no óleo surdo;
Se vão minhas mãos em mercúrio solto;
Se vão meus pés em dois tempos de pó.
.
Se vai minha voz, que te fazia sino
fechada a quanto não somos nós.
Se vão meus gestos, que se enovelam,
em lanças, diante de teus olhos.
.
E se te vai o olhar que entrega,
quando te olha, o zimbro e o olmo.
Vou-me de ti com teus mesmos alentos:
como humidade de teu corpo evaporo.
.
Vou-me de ti com vigília e com sono,
e em tua recordação mais fiel já me apago.
e em tua memória volto como esses
que não nasceram nem em planos nem em bosques
.
Sangue seria e me fosse nas palmas
de teu trabalho e em tua boca de sumo.
Tua entranha fosse e seria queimada
em marchas tuas que nunca mais ouço,
e em tua paixão que retumba na noite,
como demência de mares sós.
Se nos vai tudo, se nos vai tudo!