por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

QUEM TENTAR O GOLE SERÁ GOLPEADO - José do Vale Pinheiro Feitosa

As eleições deixaram perplexos os lados mais contundentes da disputa. E com tal perplexidade permanecem em campanha. Dilma anunciou uma união como tese. Como prova, pouco provável.

O PSDB que representa a maior unidade opositora não vai querer, o PMDB vai aumentar os custos da “união”, o “mercado” vai querer mais juros.

Isso sem contar que o povo quer mais emprego, maior poder de compra, melhorar a saúde, a educação, o transporte, a moradia e a segurança pública.

E tem o mundo. Vivemos num Estado Nação, que se destaca de todos os outros, assim como os outros fazem entre si.

Por isso a política também é uma questão de soberania, que envolve conflitos e alianças. Igualzinho aqui entre nós. Aí, diante de um comércio mundial que não compra, todo mundo quer vender, ser o único fornecer e o principal ganhador. E nós temos que fazer o nosso. Não é verdade?

Desde que o PT assumiu que as manifestações de rua sofreram um resfriamento. Retornaram em julho de 2013, despertando o centro, a esquerda, a direita, a extrema esquerda, a extrema direita, anarquistas, desesperados e predadores. Agora, sabemos, como sempre soubemos, manifestar é um instrumento da democracia.

Como também é democrático manifestar-se com outras bandeiras, contrapondo-se inclusive contra a violência. Mas não esqueçamos, por mais equivocada que seja, a manifestação uma vez que junte mais de uma pessoa, já é uma unidade de ação. Minoritária. Mas é.

Agora vamos dar um passo adiante. Diante de cada posição, vamos seguir em frente sem nenhuma contradição? Não falo nem da contradição de bandeiras opostas, mas da contradição interna à nossa própria (ou do outro) posição.

A Presidenta Dilma tem um papel como Chefe do Executivo. O Presidente da Câmara também, assim como o Senado e o Presidente do Supremo apenas para falar dos poderes federais. Mas inclua o fato que nosso país é uma República Federativa e temos os poderes dos Estados em igual desdobramentos.

Soma a isso tudo: que representantes de nove partidos diferentes foram eleitos governadores. Só o PMDB elegeu sete governadores, o PT cinco governadores, o PSDB outros cinco, o PSB três (o DF é como um estado), o PDT dois governadores, o PSD dois, o PP um, o PC do B um e o PROS um governador.  

Isso significa o quê? Uma responsabilidade compartilhada muito ampla e politicamente contrabalançada de modo a isolar propostas de rupturas como essas que aconteceram com alguns gatos pingados em algumas cidades. A manifestação do deputado Xico Graziano (PSDB) no Face representa bem a repulsa a esta coisa.

Do mesmo modo que se pede o impeachment de Dilma se pode pedir de qualquer outro, inclusive de Alckmin. Todo mundo tem que pôr a cabeça no lugar e com ela passar o dia-a-dia da política até os momentos de disputa democrática.

Na verdade a oposição tem uma grande angústia à sua frente. Vai querer mudar as regras para solvê-las. Desde o governo de Pedro II e da Ditadura Militar que não se tem um mesmo partido por tanto tempo no poder como o PT tem agora (serão 16 anos).

Melhor dizendo para não confundirem que na monarquia não havia alguma alternância entre os partidos no parlamentarismo monárquico, pois acontecia. Estou falando da mesma força política. Mesmo considerando a República do Café-com-Leite ali havia uma partilha política em torno dos negócios do café paulista, do café e do leite mineiro.

Não é por uma espécie de vício de linguagem do contraditório. Mas Fernando Henrique Cardoso, com aquele projeto de vinte anos do PSDB no poder, errou feio ao promover a reeleição. Entregou a instituição dos mandatos de oito anos de bandeja para o PT.

E aí ocorre com todo mundo que erra e sabe que sofre pelos próprios erros. Eles já estão vendo Lula em 2018. Isso é desesperador.

Mas não deixem de considerar que têm um patrimônio políticos invejável: governam São Paulo, o Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Pará. Não é de se jogar na fogueira. Magalhães Pinto, Ademar de Barros, Jânio Quadros (por outro cargo) e Carlos Lacerda são excelentes lembranças para se pensar duas vezes.


Sim. Quem depende da ordem política (legal) constituída, arrisca tudo com a ruptura da legalidade.   

Os "GOLPISTAS" frustrados

DIREITA, VOLVER !!!

A Dilma tem que sair porque queremos botar o Lobão.
Você sabe, né, o Lobão é mais ligado nos baratos tipo assim contra tudo isto que está aí, contra tudo e contra todos, contra. . . 

imagem de Luiz FS
Luiz FS


O Egoísmo Humano. – Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Dizem que o Brasil é um País Cristão. Segundo o IBGE 86,8% da população do Brasil é de cristãos, sendo 64,6% católicos e 22, 2% protestantes, todos seguidores da mensagem libertadora de Jesus Cristo. Seguir Jesus não é fácil, pois o ser humano não se dispõe a sair do egoísmo. Numa sociedade capitalista concentradora de renda, é uma oportunidade para quem tem fé em Jesus Cristo se dispor a querer sair do egoísmo e se tornar uma pessoa mais humanitária e solidária. O acúmulo de bens para poucos deveria dar ao cristão o mínimo de sensibilidade para querer a justiça social e a distribuição de renda.
      
Jesus veio para pregar a justiça e a paz, para transformar o coração de pedra do homem em coração de carne. Mas o coração humano está tão fechado dentro do seu egoísmo que não se lembra do irmão mais necessitado. A fé não é só louvar a Deus, é também ver Deus através do irmão, do próximo. Fé e vida caminham juntas, oração e ação, essa deve ser a atitude do cristão.
  
Durante a campanha eleitoral, nas redes sociais, observei cristãos radicalmente contra os programas sociais do governo, principalmente o Bolsa Família, maior programa de transferência de renda, que conseguiu nos últimos doze anos tirar o Brasil do Mapa da Fome. Esse programa ganhou prêmios no exterior. Deve ser orgulho para nós brasileiros ver que os nossos irmãos mais injustiçados estão se alimentando e  tendo mais oportunidades. A torcida do cristão deve ser para que a fome seja erradicada totalmente do Brasil e do mundo.
 
Porque todas as políticas para melhorar a vida dos pobres, são combatidas pelas elites? Jesus é a favor da partilha. O milagre da multiplicação dos pães está narrado nos quatro Evangelhos: Mateus ( 14,13-24), Marcos (6,30-46), Lucas (9,10-17 ), João (6, 1-5).  Quando os discípulos sugerem a Jesus despedir as multidões para que possam comprar alguma coisa para comer; Jesus responde: "eles não precisam ir embora. Vocês é que têm de lhes dar de comer". Então os discípulos disseram: "só temos aqui cinco pães e dois peixes". Jesus pediu que trouxessem os pães e os peixes e mandou que as multidões sentassem, olhando para o céu abençoou os alimentos e os deu aos discípulos para que fosse distribuídos as multidões.
 
É tão simples partilhar, muito mais do que acumular. O mais importante é aproveitar a vida para fazer o bem. Viver em sociedade é exercitar a solidariedade. E como cristão é nosso dever torcer e querer o melhor para os injustiçados. Vamos abrir mais o nosso coração para os excluídos da vida?
 
Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Por Domingos Sávio Barroso

 

A filosofia dos relapsos

Os pássaros não olham pras asas quando voam.
Nem os peixes refletem sobre a própria respiração.

Sem expectativas e sem assombros
Os pássaros avistam as montanhas.
E os peixes nadam de olhos abertos.

Se poetas, os pássaros
Morreriam do coração.
E se peixes, os poetas
Acordariam sufocados.

Mas Deus (esse meu velho amigo)
Não brincou em seu ofício de criar:
Negou ao poeta a tolice do encanto.

Começar o dia com Pablo Milanés...