por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 7 de agosto de 2011

A semente dos dias - Emerson Monteiro


Bom gosto é a cultura e o conhecimento que define as gerações deste imenso Universo. Nem todo mundo sabe o que melhor lhe atenderá, pois precisa aprender um tanto mais até chegar a agir, com naturalidade, e cumprir, com sabedoria, os praticados desta vida de aprendizado constante.

Descobrir disso o jeito certo de caminhar significa as longas experiências, às vezes tristes, outras agradáveis. Sendo que, dos dois jeitos de adquirir conhecimento, pela dor ou pelo amor, a grande maioria escolhe, em primeiro lugar, sofrer antes para, só então, aprender e valorizar a tranquilidade da consciência em paz com os outros e consigo mesmo.

Sempre, no entanto, as oportunidades se repetem, e as pessoas desfrutam da de refazer os passos, ou pelo arrependimento das ações equivocadas que praticou, ou pelo interesse de obter novas marcas de sucessos, e crescer.

Isto a gente só adquirir à medida que cumpre os dias nas folhas deste chão. Portas abertas nas madrugadas às novas oportunidades se refazem simplesmente ao sol surgir, independente que quaisquer das limitações individuais. Estas sementes são, no entanto, as ofertas da natureza aos que souberem usufruir da perfeição infinita dos seus fenômenos. E bom gosto dependerá dos que os utilizam no crescimento próprio, pela dor ou pelo prazer de cumprir o dever com alegria.

Plantar o que é bom a fim de colher frutos bons, eis a Lei.

Ao descobrir tal segredo, caberá aos pensantes selecionar as sementes a germinar no solo dos corações. O plantio alimenta o futuro, porquanto essa Lei de Ação e Reação não escolhe pessoas, mas delas é escolhida.

Que quer ser feliz deve, sem discriminação, plantar sementes boas, originárias das chances de todo dia. Ninguém melhora apenas para os outros. Quem desfruta das práticas são os autores do bem que possa praticar, nisto há justiça eterna, em tudo, por tudo.

Essa tal felicidade...- por Rosa Guerrera


“A vida apresenta poucas oportunidades para sermos felizes ( as vezes , apenas uma) e não devemos correr o risco de perde-la”

Parece até ironia que eu tenha um dia ( sei lá quando ) escrito essa frase numa velha agenda de muitos anos passados . Justo eu , que tantas vezes fui apresentada a sonhos maravilhosos, e oportunidades fantásticas para usufruir o melhor de uma felicidade ,e que por descuido ou absorção total com outras atividades , não só corri o risco de perde-la, mas perdi mesmo a chance de saborear esse momento chamado curto e eterno pelos poetas.
Quem sabe então eu nem tivesse tempo para entender o melhor de um simples instante!
Hoje , com tantos anos vividos , tantas experiências contidas na memória , fico a pensar o quanto somos egoístas quando jovens , acreditando que a felicidade tem que ser completa , e não aproveitada nos mínimos detalhes .
A impressão que tenho é , que quando escrevi um dia essa frase , eu não analisei calmamente o seu verdadeiro sentido. Fazer o que ?
Quando vivemos em plena primavera , a amplidão do nosso horizonte sempre nos parece cada vez maior , e assim deixamos inúmeras chances para serem aproveitadas no amanhã , e exatamente por isso quando o outono faz parte das nossas vidas , é que entendemos um pouco tarde, que perdemos realmente a oportunidade de um dia sermos felizes .
por rosa guerrera

Por Rosa Guerrera


Ótimo domingo

As horas correm...
O dia passa...
O tempo voa.
Tire um tempo só seu, respire fundo,
olhe ao redor, aprecie a natureza, as pessoas.
Faça alguma coisa que gostaria muito de fazer
e por qualquer motivo não o fez,
arrisque, não tenha medo, seja feliz


ROS@

A felicidade - Por José de Arimatéa dos Santos


Foto: José de Arimatéa dos Santos
 Acredito que a felicidade é encontrada nos momentos mais imprevisíveis. É claro que não existe uma receita para ser feliz. O que pode ser felicidade para mim pode não ser para meu semelhante. Cada ser humano tem a sua felicidade bem peculiar e o importante é que haja uma felicidade no conjunto da humanidade através da convivência pacífica entre todos.
O lado da alegria e do bem querer ao nosso semelhante ajuda e muito. Mesmo sendo tão complicado cuidar da minha vida, cheia de paradoxos, é importante ajudar meu amigo ou amiga sempre com palavras de incentivo e com pensamentos positivos. É assim que propago a minha felicidade.
Vamos falar dos outros. Mas falar bem, exaltar as qualidades. Elogiar. É muito bom. É possível ser feliz e fazer também muita gente feliz. Compartilhar essa felicidade é a senha ou caminho para uma verdadeira humanidade.
Olhar para frente é importante. E ter sempre uma agenda positiva. E nessa agenda se faz necessário acreditar nas pessoas e observar mais os entes da natureza. O início do dia e o sol a brilhar no horizonte ou aquela manhã de chuva fina em que friozinho e o barulho dessa chuva em dia de domingo nos convida a ficar na cama. Verdadeira contemplação da vida.
Sou uma pessoa que procuro conviver da melhor maneira possível com meus colegas de trabalho, meus vizinhos e pessoas da minha comunidade. Sei que é difícil, pois quantas pessoas são difíceis no convívio e só pensam em si. O egoísmo e às vezes o "estrelismo" tomam de conta de pessoas assim. Mas esses companheiros ou companheiras são as pedras que atravessam no nosso caminho. É normal na convivência humana pessoas dessa estirpe.
Ao nosso jeito podemos ser felizes. O sonho de um mundo mais humano é possível. Procuro catalisar os momentos felizes e desejo o mesmo para todos. Pensar positivo e mais amizade verdadeira faz do nosso mundo um lugar mais bonito e prazeroso. Tudo de bom. Felicidade.

Para Stela





Algodão
Luíz Gonzaga

Bate a enxada no chão
Limpa o pé de algodão
Pois pra vencer a batalha,
É preciso ser forte, robusto, valente ou nascer no sertão

Tem que suar muito pra ganhar o pão
E a coisa lá "né" brinquedo não

Mas quando chega o tempo rico da colheita
Trabalhador vendo a fortuna se deleita

Chama a família e sai, pelo roçado vai
Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, (2X)

Sertanejo do norte
Vamos plantar algodão
Ouro branco que faz nosso povo feliz
Que tanto enriquece o país
Um produto do nosso sertão.

Do baú de Stela- A ROÇA DE ALGODÃO DO MEU PAI


Quando éramos crianças meu pai reunia a meninada ao seu redor e, sob a luz de um candeeiro de querosene, costumava nos contar histórias de trancoso, cheias da riqueza, da magia e do encanto do imaginário proveniente da nossa herança indígena, africana e portuguesa.
Grande fascínio aquelas histórias exerciam sobre nós!
Depois, quando já éramos todos adultos, papai nos emocionou contando histórias reais: as da sua vida. Eram histórias simples do cotidiano de um sertanejo, histórias que retratavam a singeleza da vida daqueles que aguardam a chegada das chuvas para plantar e garantir a sobrevivência da família, histórias repletas de lições práticas de um homem que desde criança buscava alternativas criativas para vencer as adversidades da vida.

Das muitas histórias que Joaquim Valdevino de Brito contava, quero destacar especialmente uma que traduz bem seu espírito de luta, de fé e confiança no trabalho.

Era o final de um ano seco e não adiantava plantar nada, pois “só se ia perder semente...” Todos repetiam esse refrão.
Mas ele não se conformava com aquela pasmaceira de estiagem prolongada, não podia ficar sem fazer nada, só olhando para um céu sem nuvens e sem promessa de chuvas. Estava para chegar um novo ano... quem sabe não chovia em janeiro, fevereiro ou em março, com as bençãos de São José?
Vislumbrou em sua mente o branco de um algodoal. Seu coração acatou com confiança a idéia e sua vontade imperiosa entrou em ação: preparou a terra e plantou as sementes de algodão.
As pessoas não acreditavam naquela tentativa, mas Joaquim era um rapaz obstinado.
Entrou o novo ano e houve uma mudança no tempo. Soprou um vento que prometia chuva, e que caiu no chão como dádiva preciosa para aqueles que acreditaram e plantaram. A chuva não foi muita, porém foi suficiente para segurar o algodão.
O algodoal de Joaquim, naquele ano, não só enfeitou a sombria paisagem sertaneja, como garantiu comida na mesa e aquisição de sementes para o próximo inverno.

Obrigado Joaquim Valdevino por nos ter ensinado, com sua história de vida, que, frente às dificuldades, não devemos bloquear nossa fonte de idéias e cruzar os braços:
É PRECISO PLANTAR ALGODÃO!

UMA HOMENAGEM DE GRATIDÃO DOS SEUS FILHOS
Julho/2001

A despedida do amor - Martha Medeiros


Existem duas dores de amor:

A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...

E só então a gente poderá amar, de novo.



HOME TEXTOS SOBRE AMOR
Agosto é o mês dos meus gostos ...
Nem todos !


Os desencontros acontecem,
mas se alternam,
com sonhos de encontros.
Rezo pra Santo Agostinho,
e assisto Hitchcock,
para aprender a desvendar ,
alguns dos teus mistérios.


Um exercício complexo...
O revelar-se
O aprender com retoques,
na miragem da calma .


 socorro moreira

Feliz aniversário para Emily !



- Hoje completando dois aninhos.


A porta do lado - Por Dráuzio Varella




Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a
gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos
que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos
mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.

E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente...

É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na
garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de
simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua
vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a
abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de
algumas pessoas melhor, e de outras, pior.

Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos,
mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes.

Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para
eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor
diferença.

O que não falta neste mundo é gente que se acha o último
biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca
ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga
e não deixam barato.

Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente.
O mundo versus eles.

Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também.
É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema
solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser
resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido
de desculpas, um deixar barato.

Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero, vinte e quatro
horas têm sido pouco prá tudo o que eu tenho que fazer, então não vou
perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.

Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e
gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a
"porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato.

Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do
bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros
dá errado."

Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não
estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia.
Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto,
sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A "Porta do lado" pode ser uma boa entrada ou uma boa saída... Experimente!


HOME TEXTOS PARA REFLEXÃO




"Epigrama nº 9


O vento voa
a noite toda se atordoa,
a folha cai.


Haverá mesmo algum pensamento
sobre essa noite? sobre esse vento?
sobre essa folha que se vai?


Cecília Meireles

Por Norma Hauer - MAIS UM ANO SEM ORLANDO SILVA


O dia era 7 de agosto, o ano:1978; nessa data faleceu um dos maiores fenômenos da música popular de nossa terra: ORLANDO SILVA.
Desde suas primeiras gravações já deixou sua marca. Estreou na extinta Rádio Cajuti, levado por Francisco Alves que, em 1934, tinha um programa na emissora. Chico Alves apoiou-o logo de saída para que ele "derrubasse" o prestígio de Silvio Caldas, por ter a voz semelhante à de Sílvio. Só que ele surpreeendeu: não só passou a ter mais prestígio que Sílvio, como até Chico Alves "balançou" com o fenômeno ORLANDO SILVA.

Suas primeiras gravações na RCA Victor foram duas composições de Cândido das Neves:"Lágrimas" e "Última Estrofe". Antes, gravara na Colúmbia um gingle para o lançamento do "Chope da Brahma", exatamente com esse título e da autoria de Ari Barroso. É... muito antes de Zeca Pagodinho, um cantor então iniciante fez apologia da Brahma .
Embora os tempos fossem outro s(não havia televisão) o lançamento foi
um sucesso. Estreando, em seguida, na Victor, Orlando gravou aquelas composições de Cândido das Neves e, em seguida, "No Quilômetro 2". A Victor, como se tratava de um cantor novo, fez mais fé neste samba, lançando-o primeiro no mercado discográfico.
Só que sua interpretação nas músicas de Cândido das Neves mostraram sua grande sensibilidade como cantor e apareceram mais do que "No Quilômetro 2".

Foi, porém, com "Lábios que Beijei", de J.Cascata e Leonel Azevedo" que ele ficou conhecido em todo o Brasil como "O Cantor das Multidões", cognome que lhe foi dado por Oduvaldo Cosi depois de uma apresentação sua no Largo da Concórdia, em São Paulo.
Quase tudo que Orlando Silva gravou foi sucesso, tanto no terreno romântico, como no carnaval.
Ele sempre contava, a respeito de "Carinhoso", uma história que não batia pela contada por Heloísa Helena, cantora e atriz de renome nos anos 40. Orlando, em mais de uma entrevista, disse que seu pai teria feito parte do conjunto "Oito Batutas", dirigido por Pixinguinha e que grande sucesso fizera na Europa.

O pai de Orlando não acompanhou Pixinguinha nessa ocasião, por motivo de família e, alguns anos depois veio a falecer, mas antes apresentara o filho ao Mestre Pixinga.
O choro "Carinhoso" foi um dos que fizeram parte do repertório de "Os Oito Batutas", grupo somente musical; assim, as melodias por eles apresentadas não tinham letra.
E "Carinhoso" era uma delas, lançada em 1918.

Orlando em várias entrevistas, em rádio e já em televisão gostava de dizer que apreciava muito o chorinho e que gostaria de gravá-lo mas, para que isso acontecesse, Pixinguinha pediu a Braguinha (então mais conhecido como João de Barro) que fizesse uma letra para "Carinhoso", a fim de que Orlando o pudesse gravar, o que aconteceu para o carnaval de 1939. Até hoje, "Carinhoso" é um sucesso em todo canto do país.

Heloísa Helena contava uma história diferente: sempre dizia que ela, gostando da música, pedira a Pixinguinha que fizesse uma letra, para ela apresentar em um espetáculo que se realizaria no Theatro Municipal. Foi quando João de Barro fez a letra.
Já com "Rosa" aconteceu algo que só anos mais tarde chegou ao conhecimento do público. Essa também era uma música dos anos 20, que não tinha letra. Orlando, achando-a lindíssima, pediu a Pixinguinha para gravá-la. E o fez, aparecendo no disco somente o nome de Pixinguinha. Mas...aí surge Paulo Tapajós, um dos maiores pesquisadores de música popular que este país já teve.
Paulo, entrevistando Pixinguinha para um depoimento no Museu da Imagem e do Som, perguntou-lhe"Pixinga, você não é letrista, quem compôs a letra de "Rosa"? Pixinguinha confessou que foi um rapaz modesto (Octavio de Souza), que já falecera e que trabalhara nas oficinas da Central do Brasil, ali, onde hoje é o "Engenhão".
Só a partir daí ficou-se sabendo o nome do letrista de uma das mais bonitas letras
que fizeram parte de nossa música. E isso graças a Paulo Tapajós.
Não sei se esses casos constam de algum site sobre ORLANDO SILVA ou sobre Pixinguinha, mas o caso de "Rosa" ouvi-o do próprio Paulo Tapajós.
Ainda sobre a música "Rosa", gostaria de informar que essa era a que mais sua mãe gostava. Depois de seu falecimento, Orlando não podia cantar essa melodia sem chorar. Ele era muito sentimental e adorava sua mãe. Assim era difícil,para ele, cantar "Rosa".
Só para citar, algumas gravações de Orlando que marcaram muito sua carreira:"Nada Além" e "Enquanto Houver Saudades", ambas de Mário Lago e Custódio Mesquita (as primeiras da parceria);"Súplica"(aquela, cuja letra não tem rima);"Caprichos do Destino";"Por quanto Tempo ainda";"Dá-me tuas Mãos";"Por Ti"; "Uma Lágrima, uma Dor, uma Saudade":"Lágrimas de Rosa";"Página de Dor";"Apoteose do Amor"...."A Jardineira";"O Pranto Meu Ninguém Vê";"Cidade Brinquedo" e "Cidade Mulher"(ambas exaltando o Corcovado):"O Meu Pranto Ninguém Vê"... estas últimas para os carnavais nos quais ele era sempre o mais ouvido.
A data de seu falecimento (7 de agosto) foi seguida à do Papa Paulo VI (dia 6). Assim, a cidade amanheceu de luto, como é comum acontecer quando morre um chefe de estado. Que aconteceu?
O féretro de Orlando deixou a sede do Flamengo, no Morro da Viúva, onde foi velado, seguido de um séquito de fãs, admiradores e jornalistas, para o Cemitério de São João Batista. Do alto do Morro do Pasmado, a bandeira a tremular a meio pau, mais parecia uma homenagem a ORLANDO SILVA. Hoje seu corpo encontra-se no Cemitério de São Francisco Xavier, para onde foi trasladado por ordem de sua esposa Lourdes, que por sinal morreu pouco tempo depois.
Só para lembrar, a letra de

LÁBIOS QUE BEIJEI
Lábios que eu beijei,
Mãos que eu afaguei
Numa noite de luar assim.
O mar na solidão bramia
E o vento a solicitar pedia,
Que fosses sincera para mim.
Nada tu ouviste
E logo partiste
Para os braços de outro amor.
Eu fiquei chorando,
Minha mágoa cantando
Com a estátua perenal da dor.

O espaço não dá para a letra toda, mas fica aqui marcada a primeira estrofe de um dos primeiros sucessos de Orlando Silva, de uma dupla que o consagrou:J.Cascata e Leonel Azevado
Norma

Domingo- por socorro moreira




Manhã chegando
Almoço domingueiro
Hoje serei mãe de sete filhos
Filhos, noras e netas.
È quase um jeito antigo
Tão inusitado, me parece.

Bacalhau
Vinho do porto
Pudim de leite
E aquela mesa posta
Com a simplicidade
Das baixelas 
Hoje teremos foto em família...
- Meus filhos-
Cresceram de uma vez!


"É TERRÍVEL QUANDO SE É UMA MULHER ORIENTADA PARA O SUCESSO. POR MAIS ALTO QUE SEJA O PREÇO QUE SE PAGUE, ESTÁ-SE SEMPRE SOZINHA QUANDO SE CHEGA A QUALQUER LUGAR _ E DE UMA FORMA QUE NENHUM HOMEM JAMAIS TERÁ QUE FICAR".
Phyllis Chesler.

A flexibilidade das irmãs Ross



Raparigas fantásticas, famosas na época.
Um vídeo de 1944, foi recuperado, digitalizado e colorido. Nesta clássica coreografia do filme “Broadway Rhythm”, as assim chamadas The Ross Sisters, Aggie, Maggie e Elmira, cantam e movimentam-se de uma forma que não parece ser humanamente possível.
Nos primeiros 45 segundos elas cantam. Mas o que vem a seguir é impressionante.
vaquinhalinda - SoRisoMail.com e-mails com humor!



Recebido por e-mail




REALIDADE...

Navegando há vários meses sem que os marujos tomassem banho ou trocassem de roupas, o que não era novidade na Marinha Mercante britânica, o navio fedia.
O Capitão chama seu Imediato:

- Mr. Simpson, o navio fede. Mande os homens trocarem de roupa!

- Yes, Sir!

Simpson reune seus homens e diz:

- Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa. David troque a camisa com John. John troque a sua com Peter. Peter troque a sua com Alfred. Alfred troque a sua com Fred...

E assim prosseguiu. Quando todos tinham feito as devidas trocas, ele retorna ao Capitao e diz:

- Sir, todos ja trocaram de roupa.

O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.

Você acaba de entender exatamente o que será o Brasil no atual governo.

Estrela azul - por socorro moreira



Cabeça sem amor é nó com dor
Amor sem cabeça é cata-vento
Coração alado
É fuga, desassossego

Espere o amor
Nas asas do tempo
Espere na janela
O sinal de um duende

No giro imaginável
Real , ilusão ...
Desejo é quase ação
- Amor é reação !

Lua minguante, brilhante
Enche os meus olhos de mel

Crescente cheia beleza
Destila todo meu fel

Estrela azul não esqueça
O anjo da minha espera
Não importa que ele esteja
Longe ou pertinho do céu.

Madrugada musical


Querido Diário
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque

Hoje topei com alguns conhecidos meus
Me dão bom-dia, cheios de carinho
Dizem para eu ter muita luz, ficar com Deus
Eles têm pena de eu viver sozinho

Hoje a cidade acordou toda em contramão
Homens com raiva, buzinas, sirenes, estardalhaço
De volta a casa, na rua recolhi um cão
Que de hora em hora me arranca um pedaço

Hoje pensei em ter religião
De alguma ovelha, talvez, fazer sacrifício
Por uma estátua ter adoração
Amar uma mulher sem orifício

Hoje afinal conheci o amor
E era o amor uma obscura trama
Não bato nela nem com uma flor
Mas se ela chora, desejo me inflama

Hoje o inimigo veio me espreitar
Armou tocaia lá na curva do rio
Trouxe um porrete a mó de me quebrar
Mas eu não quebro porque sou macio, viu



Pra Te Lembrar
Caetano Veloso
Composição: Nei Lisboa

Que é que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que eu já nem me lembro, lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...

Que é que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo, passas por mim
E o silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar...

Me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...

Que é que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço e esqueço de amar
Em que espelho teu, sou eu que vou estar?
Ao te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...

Caetano Veloso



"Caetano Veloso (nascido Caetano Emanuel Viana Teles Veloso em Santo Amaro da Purificação, 7 de agosto de 1942) é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação, considerada de grande valor intelectual e poético."


Azul Musical


Viagem

Composição: João de Aquino / Paulo César Pinheiro

Oh! tristeza me desculpe
Estou de malas prontas
Hoje a poesia
Veio ao meu encontro
Já raiou o dia
Vamos viajar.
Vamos indo de carona
Na garupa leve
Do vento macio
Que vem caminhando
Desde muito longe
Lá do fim do mar.

Vamos visitar a estrela
Da manhã raiada
Que pensei perdida,
Pela madrugada
Mas que vai escondida
Querendo brincar.
Senta nessa nuvem clara,
Minha poesia,
Anda se prepara,
Traz uma cantiga
Vamos espalhando
Música no ar.

Olha quantas aves brancas,
Minha poesia
Dançam nossa valsa,
Pelo céu que o dia
Faz todo bordado
De raio de sol.
Oh! Poesia me ajude,
Vou colher avencas
Lírios, rosas, dálias
Pelos campos verdes
Que você batiza
De jardins do céu.

Mas pode ficar tranqüila,
Minha poesia,
Pois nós voltaremos
Numa estrela guia
Num clarão de lua
Quando serenar.
Ou talvez até quem sabe,
Nós só voltaremos
No cavalo baio
No alazão da noite
Cujo o nome é raio,
Raio de luar.

João de Aquino



João de Aquino (São Cristóvão), (Rio de Janeiro, 23 de julho de 1945) violonista, cantor, compositor, arranjador e produtor musical brasileiro. neto de um maestro de banda do interior do estado do Rio de Janeiro, primo do violonista e compositor Baden Powell, teve contato com a música desde a cedo. Aos 10 anos de idade começou a ter aulas de violão com o violonista Meira. Trabalhou com diversos artistas assim como Maurício Carrilho, Candeia, Elza Soares, Dicró, Carlos Cachaça, Leny Andrade, Candeia, Monarco, (Pery Ribeiro, Jorginho do Império, Martinho da Vila, Carmem Costa, Zezé Motta , Nelson Sargento, Roberto Ribeiro, Cartola, Elizete Cardoso, Paulo César Pinheiro, Hermínio Bello de Carvalho, Paulo Frederico, Aldir Blanc, Radamés Gnatalli, Gilson Peranzzetta, Wagner Tiso, Cauby Peixoto entre outros.

Durante muitos anos foi jurado do "Prêmio Sharp".

wikipédia 





Cesar Costa Filho - Um grande compositor !


Velho Amor
Cesar Costa Filho
Composição: César Costa Filho/Aldir Blanc

Hoje eu vi você passando aqui
E me lembrei do que sofri
Pelos caminhos da tristeza
Me amparando na certeza desse dia
Ah!... não sei dizer de onde eu vim
Deixei você, cheguei sem mim
O meu futuro é meu passado
Eu trago amor desesperado
E em agonia
Se eu não partisse de você
Se eu não fugisse sem razão
Talvez restasse uma palavra
De esperança ou ilusão
Mas hoje eu vi você passando aqui
E não preciso mais mentir
Que o velho amor continuou
Pois você ainda é
E eu descobri que já não sou.






César Costa Filho (Rio de Janeiro) é um cantor e compositor brasileiro.


"Nascido no bairro carioca de Vila Isabel, ficou conhecido nacionalmente pela participação em festivais de canção. Suas canções foram gravadas por cantoras como Elis Regina, Dóris Monteiro, Maysa, Elizeth Cardoso, Claudete Soares e Eliana Pittman. Participou, nos anos 60 do Movimento Artístico Universitário. Sua música "Meu Tamborim", interpretada por Beth Carvalho ficou em terceiro lugar no I Festival Universitário, em 1968. A música "Mirante", interpretada por Maria Creuza ficou em terceiro lugar no II Festival Universitário do Rio em 1969. No mesmo festival, Clara Nunes interpretou a música de sua autoria "De Esquina em Esquina" e ficou em quinto lugar. No IV Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1969, sua música "Visão Geral" ficou em quinto lugar. Em 1981, foi eleito presidente da UBC - União Brasileira de Compositores".


Conheci o seu trabalho , em 1975, quando trabalhava no BB, em Recife, através de um colega de Banco, o paulista Cirilo. Por que será que Cesar Costa Filho caiu no ostracismo?
Ele, Sidney Miler, Elton Medeiros, João de Aquino...
Gosto da oportunidade que nos dá o blog de desabafar a saudade e a falta de alguns talentos do passado, que sumiram da mídia, na efervescência de outra leva de compositores,
Sinto-me igualzinha ao meu pai, quando tinha a minha idade...
Escutar Luan Santana, Raça Negra, Aviões do forró, Alexandre Pires... Desavisa os meus ouvidos. Mas a insônia, na madrugada deste domingo de agosto, me faz recordar, que o meu doce ficou!

Socorro Moreira