por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A LUA É UMA BOLA LUMINOSA - José do Vale Pinheiro Feitosa

Nascido com alguns graus de miopia, enquanto lentes artificiais não corrigiram o foco, a lua cheia era linda, luminosa e dominante. Quando as armações dos óculos deram correção à sua visão a lua cheia era linda, luminosa, dominante e era um globo. Não era aquele prato luminoso e achatado.

A lua era outra. Uma linda bola, com nuances de um azulado brilhoso, crateras e um arredondamento que parecia deslizar a visão a volúpias deslizantes ao lado oculto do satélite. A lua era outro conceito.

E da miopia intelectual, crédula e acrítica, da ficção de Hollywood surgiu a certeza de que todos os árabes islamitas são fanáticos assassinos, prontos a se destruir numa explosão enquanto destrói tudo em volta. A ação de propaganda é tão violenta que artistas com feições semitas, barbados e vestimentas orientais fazem olhares de maldade apenas para dar crédito ao preconceito que alastra a violência além do biótipo do sujeito e se distribui por toda a coletiva de assemelhados.

Em qualquer parâmetro que se analise a propaganda nazifascista do século XX, especialmente a antissemita dos nazistas, não tem como separar uma da outra. A de Hollywood com as dirigidas por Goebbels. Em ambas os mesmo signos, símbolos e feições sobre as quais se deve despertar o ódio, discriminação e destruição.

E na nova onda destas explosões de guerras por todos os lados, as quais já foram identificadas pelo Papa Francisco como a 3ª Guerra Mundial, surge mais um foco o Estado Islâmico. Aquele que os “senhores imperiais das guerras” a serviço do “complexo industrial-militar” pretendem destruir com drones e aviões e sem colocarem os coturnos de soldados no chão.

Agora a desconstrução do mito Hollywoodiano. Informações da imprensa alemã dão conta que cinco casos de “terroristas suicidas” atuando no território das regiões curdas do Iraque e Bagdá eram de jovens alemães. Mas tem vindo gente de toda a Europa. Estima-se que os ataques envolvendo europeus aumentaram quatro vezes desde março deste ano.


Um jornal das forças armadas iraquianas diz: “O número de europeus aumenta constantemente. Eles são especificamente recrutados e são mais brutais que os árabes.” Não se tenha dúvida que a ignorância, a passividade intelectual e a crença acrítica é uma fábrica de esconder verdades e acobertar a violência.