por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CAMINHADA EM DEFESA DA LIBERDADE RELIGIOSA - José do Vale Pinheiro Feitosa

Nem por morar no Rio tomei conhecimento da 7ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Mas neste domingo (21 de setembro) ela aconteceu na orla marítima da Zona Sul. Aproveito para lembrar de uma postagem recente em que falava na diversidade. Na voz representativa da humanidade e do seu conhecimento sobre o universo em termos da diversidade. A diversidade é a voz da unidade. Ao que chamei a voz na Torre de Babel.

As vozes da Caminhada que mais pediram a liberdade religiosa não denunciavam ateus e comunistas como alguém poderia pensar. Ao contrário a principal denúncia vem contra outras religiões que discriminam, fazem campanha e atacam pessoas e os símbolos religiosos de outras crenças.

Há um ano estive numa praça na localidade do Siupé, distrito de São Gonçalo do Amarante, para mostrar ao público da cidade as filmagens de uma procissão católica. Claro que as imagens capturaram os símbolos e as pessoas em sua fé, mas o essencial é que aquelas pessoas andavam em sol das três horas da tarde por dez quilômetros em busca do povoado mais antigo da região.

A capela do Siupé, simbolicamente dedicada a Nossa Senhora da Soledade, é a segunda construída no Ceará. Aconteceu logo após a capela de Aquiraz. Então a tese do filme é que diante da imensa transformação promovida pelo Complexo Portuário e Industrial do Pecém aquele povo andava em direção ao seu ninho, à sua origem. Mesmo que não seja inteira verdade, é parte dela.

Na mesma ocasião havia o sorteio de prêmios, com destaque para uma moto (este símbolo supremo da nova classe média) e era promovido por uma seita pentecostal. Foi aí que ouvi uma voz silabada, rouca de ódio e provocação com ataques frontais às religiões umbandistas. A intolerância denunciada nesta caminhada.

As principais vozes a denunciar a intolerância religiosa na caminhada foram de religiões afro-brasileiras, espírita e judaica.  Muito desta intolerância se manifesta na escola, nos espaços públicos e nas falas das lideranças durante cerimônias religiosas. E aí reside algo central: a intolerância num ambiente de ódio é o caminho para a violência e do ponto de vista político para o fascismo.

Não podemos esquecer, também, o erro inerente a toda religião que ao se tomar como a verdade, passa a desconhecer outras verdades. Outras maneiras de viver. E assim vamos tornar um tema no tema geral: A Caminhada Pela Diversidade e pela Tolerância.    


O "Inimigo Íntimo" - José Nilton Mariano Saraiva


Os torcedores do Ceará Sporting Club começam a ficar preocupados com as nuvens negras que repentinamente pairam sobre Porangabussu (sede do clube), ameaçando o acalentado sonho de acesso do time à divisão principal do futebol brasileiro.

É que, após uma boa campanha na primeira volta da Série B, onde merecidamente pontuou como líder da competição, nessas primeiras cinco rodadas da segunda volta o time parece ter desaprendido de jogar, advindo daí resultados não esperados, empurrando-o para fora do chamado G-4.

Duas são as causas apontadas para a queda de produção da equipe: um setor defensivo que tem falhado em excesso (supostamente por cansaço) e em razão da falta de proteção dos volantes, o que expõe o time em demasia; e a atuação muita presente do setor de “fisiologia” do clube, que vem interferindo em demasia na escalação da equipe, porquanto obstando a participação dos jogadores de idade um pouco mais avançada, principalmente o diferenciado atleta Magno Alves, artilheiro do time.

Acontece que, como o objetivo colimado (acesso) é objeto de desejo de muitos, nessa hora deveria prevalecer (acima de tudo) a superação. E aí o setor de “fisiologia” do Ceará Sporting Club bem que poderia ser mais magnânimo e flexível, elaborando um plano de ação que permitisse àqueles jogadores teoricamente mais sujeitos a desgaste pelo menos viajar com a equipe e ao “banco” sejam incorporados, ficando à disposição do comando técnico para participar num momento de dificuldade (por que não um Magno Alves no banco, apto a entrar nos segundo tempo, quando necessário ???).

Ninguém desconhece os nobres fundamentos da “fisiologia”: o estudo dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios (Houaiss). E o fator idade sem dúvida prepondera nessas circunstâncias.

Mas, sem dúvida, no momento o “meio-termo” seria uma sábia medida, ao tempo em que “implodiria” de vez a tese já difundida entre muitos torcedores de que o setor de fisiologia do Ceará seria uma espécie de “inimigo íntimo”, porquanto punindo o time num momento decisivo (parece até que alguns dos seus integrantes são torcedores do Leão do Pici).

Além do que, jogador de futebol gosta mesmo é de... jogar, estar em campo.