por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 25 de janeiro de 2014

A BOMBA DEMOGRÁFICA DE BILHÕES DE MEGATONS - José do Vale Pinheiro Feitosa

Pronto! A demografia voltou aos calos dos conservadores. Lembram das famosas previsões de Thomas Malthus? “As bombas demográficas” estão de volta. A catástrofe que assusta aos bens estabelecidos do Império (então o Inglês) e hoje das Multinacionais (que formam um todo orgânico a dirigir a humanidade).
As ditaduras são regimes que procuram eternizar os privilégios de classe. Ou quando nascidas no corpo de uma revolução, para estabelecer os privilégios da classe que a fez. As multinacionais (o organismo do 1% que carrega o desastre humano) têm horror a mudanças demográficas.
O que significarão para o consumo, o investimento e a acumulação subsequentes?
Olhem estes dados: daqui a cinco anos existirão 1 bilhão de pessoas com 60 anos e mais. Uma marca central do século XXI: o envelhecimento da população.
Enquanto no atual século a população mundial duplicará (passando de 6 para 11 bilhões) a população com 60 anos e mais aumentará 5 vezes, passando de 610 milhões para 3 bilhões. Isso quer dizer que em 2100 um quatro da população estará nessa faixa etária.
Três coisas contribuem para a velocidade e o resultado desses números: no passado recente houve uma alta taxa de fecundidade (exatamente por razões opostas a Malthus ou seja, por aumento da produtividade na produção de alimentos), agora houve uma redução drástica nas taxas de fecundidade e um aumento da esperança de vida ao nascer (a probabilidade da maioria das pessoas atingir uma certa idade).
Para se ter uma ideia do que significa o aumento da esperança de vida: no ano 1000 DC ela era de 24 anos, em 1820 na Europa Ocidental e nos EUA ela era de 26 anos. Atualmente no Japão e Coreia essa taxa é de 81 anos, a dos EUA 79 e a América Latina atingirá 75 anos. A África nestes termos tem o mais baixos resultados.  
A manutenção do quadro econômico de privilégios e sob a tutela de jogo capitalista das multinacionais e do sistema financeiro se torna instável. Muitos velhos significa menor produtividade por redução de atividade e aumento de gastos com cuidados de saúde e gerais. Isso desvia o jogo completamente.

Poderia haver uma face otimista. Sim. Mas com uma revolução histórica, com sistemas mais igualitários, onde conquistas científicas não sejam negócios exclusivos e mediados apenas por renda e salários, onde a solidariedade, o amor e humanismo prevaleçam sobre os individualismo do grande acumulador de grana.