por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 10 de julho de 2011

Agostinho dos Santos



Agostinho dos Santos (São Paulo, 25 de abril de 1932 — Paris, 12 de julho de 1973) foi um cantor e compositor brasileiro. Seu maior sucesso foi cantando músicas da peça e depois do filme Orfeu Negro, como Manhã de Carnaval e Felicidade. Participou da apresentação de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova Iorque (1962). Faleceu, em 1973, em trágico desastre aéreo nas imediações do Aeroporto de Orly em Paris, no Vôo Varig 820.

Por Lupeu Lacerda


No olho dela
Tem uma lagoa
Na lagoa do olho dela
Tem uma gude
Amarronzada, acho eu
Um brilho, sei que tem
De gente que veio
Bem de longe
Em uma nave, talvez.

APOCALIPSE - José Carlos Brandão



Comi o livro que o anjo me estendeu.
Comi o livro em êxtase, lírico e doce,
Mas amargo nas entranhas, fel e fogo.
Era o livro de Deus, dando-me o mundo.
Era o livro do mundo, dando-me Deus.

Os homens e as cidades queimaram-se.
Vomitei o enjoo e o pânico da morte.
A morte me envolveu em seus braços
Como a minha mãe e o último algoz.

O livro contém todas as palavras,
As palavras são o princípio e o fim
Da vida, em sua conjugação eterna.

Bolo de Morango


Ingredientes:

Massa do bolo
5 ovos inteiros
2  xícaras de chá de açúcar
2  xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sopa de pó royal
1 xícara de chá de leite
1 colher de sopa de suco de limão

Preparo:
Bata os ovos ,junte o açúcar e  depois acrescente a farinha já misturada com o pó royal. Ferva o leite com o limão até talhar e junte aos ingredientes.

Ingredientes do recheio:
1º Recheio
1 1/2 caixa de morangos
2 colheres de sopa de leite condensado
Lave bem os morangos, corte-os em rodelas e junte o leite condensado. Reserve.

2º Recheio
Use o leite condensado restante, acrescente a mesma medida de leite, 3 gemas, uma colher de sopa de maizena e gotas de baunilha. Leve ao fogo para engrossar.

Preparo:
Corte o bolo em três porções.Coloque o primeiro recheio de morango e o segundo recheio de creme. Cobrir o bolo com chantily, obtido com 3 claras em neve, 6 colheres de açúçar e uma lata de creme de leite sem o soro. Decorar com morangos.

EGO- Por Roberto Jamacaru


Parte da grandeza do ser humano advém da importância que ele dá ao trabalho, ao talento e aos demais valores criativos do seu semelhante, mesmo sendo este, em condições antagônicas, um inimigo, um concorrente de peso ou até mesmo um invejoso que tem o desejo intenso de desvalorizar o sucesso alheio.
Essa altivez não parece ser bem a característica dos ególatras, pois estes, consciente ou inconscientemente, cultuam, de forma exagerada, tão somente a idolatria de si mesmos. E isto os leva a querer impor, junto aos outros, a superioridade dos seus méritos, numa demonstração clara de desconsideração e desprezo pelos feitos alheios. Nos seus jugos, suas ideias e criações são sempre as verdades maiores, os referenciais exclusivos de perfeição e os objetos únicos da admiração de todos.
O ego, tido como o núcleo da nossa personalidade, é, dependendo de seu estado de modéstia, o elemento comportamental que nos torna seres elevados ou não diante das pessoas com as quais nos relacionamos. Analisando a nossa autoestima, percebemos que ela é movida por estímulos os quais, se transportados à nossa mente de formas moderada, justa e positiva, nos levam a ter um parâmetro de vaidade e ética equilibrado. Mas quando essas mesmas excitações veem revestidas de arrogância, num apelo desesperado de superioridade a todo custo, essa ação nos conduz ao egocentrismo onde, sem nos preocuparmos com os valores alheios, queremos que todas as luzes dos holofotes sejam direcionadas exclusivamente para nós, só para nós.
Em qualquer meio social em que venha atuar, o homem, em condições naturais, procura conquistar uma posição pela qual seus atos e valias sejam sempre respeitados e reconhecidos como relevantes. Mas, na eventualidade do demérito ou mesmo despercebimento involuntário destes, essa situação tende a levá-lo à obscuridade e, por consequência, à depressão. É justamente quando isso acontece que ele, dependendo do seu grau de equilíbrio emocional, pode perder-se no seu ego.
Observando o meio artístico (apenas como um dos parâmetros, pois o superego está em todos os elementos das classes representativas da sociedade), vemos que parte dele, na luta desesperada para que o EU, somente EU e ninguém mais do que EU estejam sempre acima das concepções alheias, tem, por meio desses atos inconsequentes, provocado ciúmes, discórdias, invejas, brigas, intrigas junto à categoria, num completo desrespeito a esta, ao público admirador e à própria arte com um todo.
Um exemplo disto: se no dia seguinte, após uma apresentação, um lançamento ou uma exposição de trabalhos de certa personalidade artística, não vier existir, por parte do público em geral e da mídia, ao menos uma menção elogiosa e ou publicação de fotos da obra ou do seu autor, é melhor sair debaixo, pois, com o ego afrontado, a insatisfação da suposta vítima será grande.
É costume também, por parte de todos os egocêntricos, terem olhos, ouvidos e aplausos tão somente para as concepções que são de suas autorias. Poucos são os que se preocupam e teem interesses em adquirir e desfrutar das ideias oriundas de outras mentes criativas. Às vezes, nas solenidades de apresentação e divulgação de um trabalho, até compram ou elogiam o produto anunciado, mas logo se vê que é tão somente para cumprir com uma formalidade de praxe.
Não tenhamos dúvidas de que cultuar e procurar dar ênfase ao próprio ego, com responsabilidade e moderação, é algo importante, bom e necessário para qualquer ser humano que queira evoluir dentro de um aspecto criativo e útil. Pois, se agirmos assim, aquilo que um dia chegarmos a elaborar, com certeza terá personalidade, alma e riqueza dignificantes sendo, portanto, visto por todos como algo diferente e especial.
Oxalá baixemos nossa guarda (para não dizer orgulho e vaidade desnecessários) e lancemos também nossos olhares, atenções e respeitos para aquilo que foi, com muita vontade, esforço e dedicação, nascido da inteligência dos nossos semelhantes. Em geral são obras primas que se apresentam para nós (muitas vezes humildemente presenteadas pelos seus autores e autoras) e que só nos dão a oportunidade de vermos o mundo por uma ótica diferente e, não rara, mais rica do que a nossa.
Agora, cá entre nós... Dentro desse mérito todo, só espero que eu não esteja dando uma de hipócrita. Isto porque, em muitas situações, não existe ser mais vaidoso e egocêntrico que certos autores, compositores, inventores, diretores, atores e demais EGOtores da vida.

Roberto Jamacaru
 O que seria deste céu, sem o chão da amizade, bordado por tantas estrelas?
Já somos mais de 60 colaboradores! 
 ”Somos todos iguais neste azul!”
Dia 20 de Julho estaremos lançando uma coletânea em verso e prosa com a participação de 42 escritores.
Contamos com a sua  presença!

Por Lupeu Lacerda



Arranco a pedra
que me machuca o sonho.
Lapido. Não,
depois.
Agora durmo.
Sem pedras.
O outro dia é assustado por drummond de andrade.
Com suas pedras chatas no meio do caminho.
O que sei do sr. Drummond?
Que ele é uma estátua cagada por pombos no rio de janeiro.
Que tinha uma pedra em seu caminho esquisito.
Devia estar sem óculos.
por lupeu lacerda

Gérberas- por socorro moreira




um dia nos chegamos
assustados, hesitantes
dançamos todas as valsas
afora , o tempo e as lembranças

Sem dizer, e sem fazer
casávamos em pensamento
bilhete de amor guardado
soneto de amor molhado
nas plumas do travesseiro

um dia a carta era verso
e o anverso foi distante
perdeu-se numa estrada
incendiou-se num canto

estrada de muitas curvas
com montes e matagais
cresceram heras e ervas
cresceram dores,quimeras
e no enlevo do amor
duas gérberas floresceram

outro dia
uma luz nos salvou
era tarde
era dia, e
tudo se renovou.

HUMILDE, HUMILDADE, HUMUS, HOMO- Por José do Vale Feitosa


Eis que não é fácil dizer fácil. Claro que em se tratando de um adjetivo, o substantivo ou a situação qualificada já nos oferece um norte. Mas só para o conceito de fácil encontraremos seis ou oito acepções. O que não se dizer da palavra humilde?

Humilde é uma das palavras em que os falares mais se distanciaram da sua verdadeira raiz. Pois quase todas as suas acepções são negativas: manifesta sentimentos de fraqueza ou modéstia; ou que reflete deferência ou submissão; inferior na hierarquia ou na escala; de pouca importância ou brilho ou realce; apagado, despretensioso, simples; aquele que pertence às classes inferiores, pobre, plebeu. Poucas virtudes nas acepções da palavra como a de reconhecer as próprias limitações. Sem contar que por semelhança à pobreza, a humildade se associe aos monges que abandonaram os enfeites da riqueza, à semelhança dos franciscanos (e o dos quais o cardinalício se vingou através da ordem montando as igrejas mais pujantes em riqueza, ouro e brilho).

Mas para minha surpresa a etimologia da palavra revela o quanto os valores da opulência deturparam o humilde. Melhor dizendo os valores da civilização greco-latina. Ao estabelecer estes valores as simbologias que melhor os representou foram os conceitos centrais de tais civilizações elevados aos céus e tornados divinos. Aí começou a tragédia do homem e da terra. Ambos reduzidos ao baixo, ao rés em oposição ao elevado. O elevado virtualmente danoso ao contorno planetário deste ser que se imagina racional, libertário e detentor de seu destino. Acompanhem-me.

Em primeiro lugar não vá à origem da palavra humilde, pois nela encontrarás o conceito verdadeiro já em decomposição pela oposição ao elevado. Neste patamar apenas encontrarás o baixo, pequena elevação, pouca estatura, abatimento, sentimentos modestos. Não sendo aí, vá à raiz do antepositivo hum- e nele encontrarás a mais bela filosofia: humus.

O lugar de realização de nossa existência. Pois humus é o termo com o mesmo significado de tellus e terra. Humus é aquele que permanece na terra. Que dela não se eleva. E desta realidade de raiz, do chão que embasa tudo o mais, da verdade sólida em que os alimentos nascem, de onde os pássaros voam e as águas se sedimentam. Humus o princípio, o sustentáculo de teu porte bípede, a força que a todos nós atrai. Humus, a filosofia da base de todos os conceitos.

Mas tem mais. Existe uma cognação entre humus e homo. Pois o homem é o habitante de humus e aos deuses se opõem assim como aos outros seres. Por isso desde antes, agora e para depois, a humildade é a mais legítima natureza entre os homens e seu horizonte terrestre. A verdade primeira em que tudo se torna apropriado ao que é. Não existe a fé como ferramenta utilitarista, a humildade para angariar simpatia, a pregação como louvor às alturas em detrimento do chão.

Eis que naqueles tempos idos, metade de um passo foi sobre a hum(ildade) do homem. Mais não podia, pois de um lado tribal se encontrava a unicidade da elevação originária da mesopotâmia e do outro o logos das cidades gregas.
por José do Vale Pinheiro Feitosa

Dia 20.07- Lançamento do livro "No Azul Sonhado"




Coletânea de 42 escritores, em verso e prosa.
Local: ICC
Horário: 19 h

Autores, convidam : colaboradores, leitores e amigos!

MESTRE VITALINO (1909-1963)



Mestre Vitalino representou girafas da festa folclórica pernambucana “Boi-de-reis”!

Alto do Moura – Pernambuco (PE), Brasil

Considerada pela UNESCO como o maior Centro de Arte Figurativa das Américas, Alto do Moura, atualmente, abriga dezenas de pessoas que trabalham seguindo a “escola” de Mestre Vitalino...

A Arte Figurativa em Barro (argila, cerâmica) ou em Madeira, feita à mão, está presente sobretudo no Folclore de Pernambuco. Alguns exemplos desse artesanato: Roda de Capoeira, Presépios, Bumba-meu-boi, Lampião e Maria Bonita, Familia de Retirantes, Casais de Noivos fugindo a Jegue, Trio Nordestino, Xadrez e Damas etc.
O artesão mais famoso do lugar foi Vitalino Pereira dos Santos – Mestre Vitalino –, nascido em 10 de julho de 1909 no distrito de Ribeira dos Campos, nas cercanias da cidade de Caruaru.

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE SÃO PAULO-por Norma Hauer


A data de 9 de julho é feriado em São Paulo, mas não foi sempre assim; muito pelo contrário. Durante a ditadura de Getúlio Vargas era proibido comemorar a data, visto que foi a 9 de julho de 1932 que eclodiu o movimento constitucionalista naquele Estado.

Nem mesmo era permitido colocar a bandeira do Estado nos prédios públicos (ou mesmo particulares). Para Getúlio o País era um só e os estados não podiam ostentar bandeiras.

Aqui quero deixar algo que é de minha seara: a letra de uma música de Braguinha gravada por Almirante, em que dois assuntos relacionados àquele movimento serviram de inspiração ao nosso Braguinha: um trem blindado, enviado daqui do Rio contra os revolucionários e um "canhão misterioso", bastante explorado, mas ninguém sabia do que se tratava.

Assim,veremos a letra de "TREM BLINDADO":

Meu bem pra me livrar da matraca,
Da língua de uma sogra infernal
Eu comprei um trem blindado
pra poder sair no carnaval.

Mulata por seu encanto
Muito eu levei na cabeça
Porém agora eu duvido
que isso outra vez aconteça
Do seu falado feitiço,
Eu pouco caso hoje faço.
Mandei fazer em São Paulo, mulata, um capacete de aço

Mulata quando eu te vi
Logo pedi anistia
Pois os teus olhos lançavam
Terrível fuzilaria.
E pra ninguém aderir
Ao nosso acordo amoroso,
Mandei trazer de São Paulo, mulata,
um canhão misterioso. 

Norma

ExpoCrato- de 10 a 17.07.2011

Já vibrei com esta festa...Bastava  pouco para ser feliz.
Hoje fujo das aglomerações, da música que eu não curto.
Boas festas para todos: nativos e turistas!
Um abraço nos conterrâneos, que nos visitam!

Vanessa da Mata - por Samuk


Show de Roberta Sá, em 07.07.2011- Fotos de Samuel Araújo

Jackson do Pandeiro


Jackson do Pandeiro, nome artístico de José Gomes Filho (Alagoa Grande, 31 de agosto de 1919 – Brasília, 10 de julho de 1982), foi um cantor e compositor de forró e samba, assim como de seus diversos subgêneros, a citar: baião, xote, xaxado, coco, arrasta-pé, quadrilha, marcha, frevo, dentre outros. Também conhecido como O Rei do Ritmo