por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O homem que "presenteia" livros - José Nilton Mariano Saraiva

Dentre as muitas variáveis que caracterizam o pleno exercício da cidadania, o acesso à leitura deveria constituir-se peça necessária, primordial, absolutamente imprescindível. E, na contemporaneidade, quando a competição por um lugar ao sol é das mais acirradas, evidente que a falta de leitura impossibilita o acesso de muitos a um outro mundo, obsta-o de ter uma visão mais abrangente da realidade, escraviza-o à criminosa permanência na longa noite da escuridão da ignorância.
Não há, pois, atitude mais nobre e digna do que possibilitar aos que não têm condição, a perspectiva de descortinar um novo horizonte, de abrir novas portas, de agregar valores outros. E isso é feito primordialmente através da leitura.

Assim, é motivo de tremenda satisfação saber que um “matuto” de Farias Brito, que morou no Crato, viveu no Rio de Janeiro e estabeleceu-se profissionalmente em Brasília, resolveu por conta própria ser uma espécie de “multiplicador” da cultura, inusual “farol” de um porto seguro.

É que, ao galgar o conceituado posto de produtor gráfico na Universidade de Brasília, entendeu ser chegada a hora de disseminar bibliotecas e distribuir livros pelo Brasil afora, doar-se de corpo e alma aos menos favorecidos, possibilitar-lhes o acesso à cidadania através do saber, do conhecimento. E tudo isso, anonimamente, sem propaganda, sem fazer barulho nenhum, sem contar com qualquer verba de quem quer que seja. Trabalho de formiguinha: solitário, persistente, incansável, sofrido, mas... gratificante.

Certamente que apegado e imbuído àquela filosofia de “fazer o bem sem olhar a quem”, adotou o revolucionário e estimulante lema de que “o livro precisa ir onde o leitor está”, daí já ter distribuído livros para mais de 200 bibliotecas nordestinas (dentre as quais cerca de 50 do seu querido Ceará), perfazendo um total de mais de um milhão de livros doados. Que outros sejam estimulados a seguir seu exemplo.


O nome da “fera” ??? Elmano Rodrigues Pinheiro. O homem que “presenteia” livros. E que em função de tão dignificante missão, merece o reconhecimento e aplausos de todos nós.