por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 3 de maio de 2011

"A POESIA É PRA TODO MUNDO
MAS NEM TODO MUNDO É PRA POESIA"
Mestre Aldenir

A culpa é do meu coração- socorro moreira




Existem pessoas que acendem as nossas luzes

Outras, que conseguem apagá-las !

Existem pessoas que completam a nossa poesia

Outras, que a transformam em pó de versos

Não consigo explicar

a entrada de algumas pessoas no meu coração...

Não quiseram ficar

Não se sentiram vivas...

E a culpa é do meu coração!



Os quadros mais caros do mundo...


A maioria dos quadros mais famosos do mundo pertencem a museus, que raramente os vendem. É por isso que este preço é simbólico e representa o último valor pelo que foi adquirido. Se um quadro, como por exemplo a Mona Lisa, estivesse disponível, seria vendido sem sombra de dúvidas por qualquer cifra maior que as indicadas nesta lista. No Livro Guinness de Recordes aparece que a Mona Lisa tem o seguro com maior valor de toda a história da pintura. Foi taxado em mais de 100 milhões de dólares em 14 de dezembro de 1962, antes que o quadro percorresse os Estados Unidos durante alguns meses. Tendo em conta a inflação, o valor aproximado do quadro seria em 2007 de aproximadamente 670 milhões de dólares.
A lista dos maiores preços pagos em leilão (tendo em conta a inflação desde a compra):


* Garçon à la pipe (Pablo Picasso), por 104,1 milhões de dólares em 2004 (valor atual: 107 milhões de dólares).
  • Valor posteriormente ultrapassado.



O magnata nova-iorquino da indústria da cosmética, Ronald Lauder, adquiriu por um preço recorde o famoso retrato de Adele Bloch-Bauer, pintado por Gustav Klimt em 1907.

“Este é o quadro mais caro de sempre a ser vendido”, disse Steven Thomas, advogado da parte vendedora que não avançou qual o preço. Segundo o jornal “New York Times”, Lauder terá oferecido 135 milhões de dólares (cerca de 106 milhões de euros).

Até ao momento, preço mais elevado atingido por um quadro tinha sido de 104,1 milhões de dólares (82 milhões de euros) por um Picasso de 1905, em leilão em 2004, na Sotheby’s.



Quadro N.º 5 do ano 1948 de Jackson Pollock, aproximadamente 110 milhões de euros (140 milhões de dolares).

wikipédia

Osama perde o "s" para Obama - José do Vale Pinheiro Feitosa

Como um paciente monge a esperar o curso da história, comecei o dia lendo uma entrevista com Slavoj Zizek da qual se extrai as seguintes conclusões: a) a questão ambiental é central para salvar o capitalismo e sua derrota na cúpula do meio ambiente abre espaço para uma aliança tática; b) a crise econômica com o Estado a salvar bancos e empresas abriu espaço para a intervenção no sistema como um todo em favor de uma redistribuição dos rendimentos e de poder; c) volta forte a idéia comunista de transformar a realidade; d) é uma constante na história humana a tensão de superar a condição de escravidão e exploração.

Agora o mundo muçulmano, formado por territórios com grandes reservas energéticas, em parte detentores da revolução tecnológica e de uma imensa população se encaminha para a velha e sangrenta luta do devir capitalista: o progresso material das classes sociais. Quando todos comem com liberdade, os donos das algemas saem derrotados. Mesmo aqueles das algemas de diamante do consumismo capitalista.

E a revolução “democrática” das populações a derrubar velhos ditadores aliados do ocidente (inclusive por baixo dos panos) faz parte da agenda política do mundo. O presidente do império americano, a sofrer o abalo dos republicanos, concretiza a agenda deles: Obama mata Osama. Deseja ganhar a reeleição como os feitos bélicos de Bush Jr. o levou ao segundo mandato. Afinal trocar a guarda do império em pleno atoleiro continua um problema estratégico.

Mas nem só o império matou Osama. O jornal Asia Times Online aponta o dedo para a própria Arábia Saudita em luta velada com a hegemonia crescente do Irã, a desconfiança com os Turcos e a raiva dos americanos por terem abandonado o velho amigo Mubarak. Aí entrou o papel do próprio Paquistão, que parece ter entrado, por sua participação, inclusive como aliado da Arábia Saudita, num atoleiro sanguinolento.

O grande jornalista Robert Fisk, grande especialista em questões do oriente médio e do mundo muçulmano, que entrevistou e teve contato com Osama Bin Laden não tem dúvidas.

“A desaparição de Bin Laden lança uma luz sombria sobre o Paquistão. Durante meses, o presidente Alí Zardari nos disse que Osama vivia em uma caverna no Afeganistão. E agora descobrimos que ele vivia em uma mansão no Paquistão. Foi traído? Claro que sim. Pelos militares ou pelos serviços de inteligência do Paquistão? É muito provável que pelos dois. O Paquistão sabia onde estava. Há uma pergunta muito óbvia sem resposta: as forças de segurança do Paquistão não poderiam ter capturado Bin Laden?”

As manifestações populares nas ruas dos Estados Unidos pelo triunfo da morte bem diz da cultura imperialista que ainda domina aquele povo. Especialmente em razão dos meios de comunicação ccomo bem denuncia em artigo o filósofo Italiano Domenico Losurdo. As redes sociais (como o facebook e o twitter acabam de ser denunciado pelos Wikileaks com instrumento da segurança do império) inclusive no velho papel manipulador da mídia como já desenvolvera Josef Goebbels.

E na campanha eleitoral o Obama foi acusado de ser muçulmano. Seria Saudita?

A primeira versão é mais romântica !

Rainha Victória e o Príncipe Albert




Emily Blunt. Mais bela que a rainha Vitória e servida um por figurino impecável

É uma fantasia histórica, porque a história de amor de Vitória e Albert, por mais bela que tenha sido, dificilmente teve todos os lances romanescos - melhor dizer, novelescos - com que a ornamenta o diretor Jean-Marc Vallée, com base no roteiro escrito pelo prestigiado Julian Fellowes. O roteirista, você deve se lembrar, ganhou o Oscar da categoria por Assassinato em Gosford Park, em que Robert Altman, com a cumplicidade dele, diluiu o clássico A Regra do Jogo, de Jean Renoir, por meio de uma intriga policial à Agatha Christie. Vallée e Fellowes agora usam a love story da mais longeva rainha inglesa (64 anos no trono) não propriamente para defender o direito de amar, mas para defender outro direito, o de errar, mostrando que o erro faz parte da experiência humana e que ninguém cresce se não transformar os próprios erros em aprendizado.

A Jovem Rainha Vitória, em cartaz nos cinemas desde sexta-feira, é um belo filme. A maneira mais óbvia de explicar esse belo é referindo-se aos cenários e figurinos que enchem os olhos e o filme, por sinal, contemplado com o Oscar do melhor guarda-roupa, para Sandy Powell. Mas o belo vai além da estrutura audiovisual e da incorporação da música à imagem. Refere-se à experiência humana da rainha, que adquire um sentido universal. O longo reinado de Vitória não interessou tanto ao cinema quanto o de outra ilustre predecessora, Elizabeth, cuja personalidade dominadora e apetite voraz por sexo inspiraram diversos filmes. Vitória foi mulher de um só homem, Albert, mas seu reino atravessa um dos períodos cruciais da história inglesa - a transformação do país numa sociedade industrial.

Talvez, antes de passar adiante, seja curioso enumerar algumas das vezes em que o cinema se voltou para a rainha Vitória. Nos anos 1950, Romy Schneider, na fase pré-Sissi, interpretou Os Jovens Anos de Uma Rainha, que conta, de maneira fantasiosa, como Vitória conheceu Albert sem saber que ele era seu pretendente e fazendo juras de amor eterno ao desconhecido que, no final, era o príncipe que a própria História (com maiúscula) lhe escolhera. No outro extremo, nos anos 1970, Billy Wilder usou a velha Vitória para desvendar o mais misterioso segredo de A Vida Íntima de Sherlock Holmes - o mistério dos sete anões, no episódio do roubo dos planos de uma nova arma para mudar o curso das batalhas marítimas.

ALERTA

Dia 02 de maio de 2011. Morte de Bin Laden e consagração do direito à pena de morte pelos Estados Unidos.
Está certo?
Me espantou muito a reação dos brasileiros.
Direito à pena de morte que ora ultrapassa as fronteiras do país que se diz adepto dos direitos humanos.
Não me cabe aqui fazer nenhuma apologia à Bin Laden, ao fundamentalismo religioso seja de quem for, a terrorismos ou coisa que o valha.
A mim, a prática terrorista envolvendo vidas são condenáveis venha de onde vier, tanto quanto condenáveis os países que praticam a pena de morte como coisa normal e legal.
A mim cabe aqui defender o direito à vida.
Me espanta do lado de cá tanta alegria externada pela morte de mais um pelos EEUU. As famílias dos mortos tinham motivos pra comemorar. E nós?
Quantos foram mortos por Bin Laden? Muitos inocentes. Condeno-o veementemente pelo ato. Quantos foram mortos pelos Estados Unidos no Vietnã?
Quantos foram mortos no Afeganistão, na invasão de Granada, em Angola...
Quantos ainda morrerão em nome da hegemonia americana?
Quantos Sadan Hussein eles ainda elegerão para o corredor da morte?
Também condeno de maneira veemente.
Ultimamente vemos a busca doentia pela vida de Kadafi. Daqui a pouco será Hugo Chavez, ou outro que por acaso se mostre como dificuldade aos ansiosos interesses americanos.
Não amigos. CONDENO TODO ATO TERRORISTA SEJA DE QUEM FOR.
Mas me pergunto...Não será terrorismos eleger pessoas à pena de morte?
Quando será a nossa vez de ser invadido pelas armas americanas?
Quem será o eleito à pena de morte no Brasil?
Alguém já parou pra pensar na situação da amazônia brasileira na ótica americana?
Sei não...
Essa história me cheira mal...muito mal
Não é de preocupar tudo isto?

Ô, Obama, cadê Osama - José Nilton Mariano Saraiva

Em 11.09.2001, dia em que as tais “tôrres-gêmeas” despencaram tal qual um castelo de areia, atingidas por dois portentosos "aviões americanos" pilotados por "terroristas árabes", também o “pentágono” (edifício-séde que centraliza todo o alto comando das forças armadas americanas) foi seriamente atingido por uma terceira aeronave. Já um outro avião (o quarto, ou o vôo 93) que houvera decolado com atraso e mudado de rota inexplicavelmente, dirigindo-se a Washington D.C. (presumivelmente para ser arremessado contra a Casa Branca), de repente sumiu dos radares. É que, ao constatarem tratar-se de uma ação terrorista orquestrada, e após infrutíferas tentativas de comunicação objetivando fazê-lo pousar no aeroporto mais próximo, o alto comando militar americano decidiu por bombardeá-lo em pleno ar, independentemente de se achar repletos de indefesos civis americanos.
A pífia (e inverossímil) justificativa posterior (pra limpar a barra dos militares e do próprio governo) foi a de que, alertados via celular pelos familiares sobre o que estaria acontecendo, os “patrióticos” passageiros rebelaram-se ao pressentir que o vôo 93 seria jogado contra a Casa Branca (sede do governo) e, num ato de pura bravura e heroísmo e de total desprendimento, decidiram-se pelo suicídio-coletivo, derrubando-o, após luta corpo-a-corpo com os meliantes.
A versão oficial - bonitinha, mas ordinária - caiu por terra quando se constatou que na imensa cratera (e adjacências) onde teria caído o avião, não havia qualquer vestígio (ou restos) da sua fuselagem (numa prova inconteste de que fora abatido e “pulverizado” em pleno vôo e, aí sim, os detritos – se sobrou algo - se espalharam por quilômetros). Fato é que, sem maiores questionamentos, a versão oficial foi aceita sem delongas, os passageiros viraram “heróis” nacionais e até um filme foi “autorizado” (United Vôo 93) na tentativa de perpetuar na memória o patriotismo daqueles bravos americanos.
A reflexão acima tem a ver com a “bombástica” notícia de que, após dez anos de caçada implacável, finalmente uma “tropa de elite” de militares americanos, com a autorização do Governo, conseguiu matar o saudita Osama Bin Laden, tido e havido como o idealizador, mentor e responsável pelo estrago feito lá atrás. Pronto, a vingança houvera sido concretizada. A festa foi de “arromba”, varou a noite, e o presidente americano Barack Obama, em queda vertiginosa nas pesquisas para as eleições do próximo ano, já colhe os dividendos da ação, virou herói nacional e tem garantido mais quatro anos na Casa Branca.
O que há de estranho nessa história toda (tal qual a fantasiosa “queda” do avião que empreendia o vôo 93 e o desaparecimento dos seus “restos”), é a repentina magnanimidade do governo americano, que após abater seu inimigo público número um, em um outro país (e sem que o governo paquistanês houvesse autorizado a ação), resolve dispensar-lhe toda a cerimônia ritualística de um sepultamento muçulmano (lavando-o e envolvendo-o num lençol branco), ao cabo do qual...
Lança-o ao mar arábico, em local não divulgado, num recipiente hermeticamente vedado e repleto de peso, a fim que não haja chance de emergir e, mais importante, sem que ninguém (a não ser eles, os americanos) tenha tido a oportunidade de ver e conferir o cadáver (para dá um ar mais verossímil à “coisa”, foi providenciado e divulgado um “exame de DNA”, que teria sido comparado ao de um da irmã do indigitado).
Agora, aqui só pra nós: em razão do “estrago” e mesmo a “desmoralização” impingida aos orgulhosos americanos pelo Osama Bin Laden (ao invadir a América, destruir seu patrimônio e matar milhares de americanos), não teria sido mais convincente que os “valentes” soldados americanos (mais de vinte se envolveram na ação, segundo relatos), o tivessem prendido, transportado ao continente americano e o exposto publicamente para todo o mundo, levando-o a julgamento, posteriormente (como fizeram com o Saddam Hussein, lá no Iraque, que fez muito menos) já que reconhecidamente o inimigo público número um da América ?? A repercussão não teria sido muito maior ??? E se a ordem era matá-lo, eliminá-lo, dar-lhe um fim o mais rapidamente possível, porque não mostrar pelo menos o corpo, a posteriori, para que todos nós, mortais-comuns de todo o planeta, pudéssemos “conferir” ??? Afinal, mesmo fotografias (se posteriormente forem disponibilizadas,como se especula) hão de gerar dúvidas, já que com os recursos hoje disponíveis no campo da informática torna-se perfeitamente possível “forjar” com perfeição o que antes se nos apresentaria impossível.
Por isso mesmo, cabe a indagação: ô, Obama, cadê Osama ???

“ A saudade é como aquela andorinha solitária que atravessando as plagas do passado ,
faz pousada se aninhando vez por outra no coração da gente ! "

(Rosa Guerrera)

Curtinhas - por José do Vale Pinheiro Feitosa




Curtinhas
Rio de Janeiro, 1988

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De quem é a culpa?
Do chão escorregadio?
Ou do piso liso do sapato?
Da natureza quebradiça dos ossos?
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Mal chegastes!
E estais saindo....
Afinal, o que é isto?
Uma cheguida.
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Um burguês, inchando de ter,
Teve tudo e tudo lhe teve.
Esqueceu que a morte é apenas ZZZZIIIIPPPT.
E é certa que vem.
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Januária e Joana juntas na janela, jamais.
Brigaram, brigona, brava.
Assuntos assim, sempre serão sucesso,
Pois choram a ubiqüidade ultrapassada.
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Só existe uma alternativa
Para o vazio estabelecido,
Pela inexorável despedida.
Preencher o vazio.
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Não sei se:
O rabo está na cabeça,
Ou vice-versa.
O chão no céu,
Ou o céu no chão.
A água é fogo,
Ou o fogo é água.
O gás é líquido,
Ou o sólido é pensamento

(José do Vale Feitosa) 


SHOW DA BANDA CACO DE VIDRO ( cover do Pink Floyd)


A Sertão Pop Produções traz para o Cariri, em parceria com o SESC de Juazeiro do Norte, a banda Caco de Vidro, a sensacional cover do Pink Floyd de Fortaleza. É um momento único de ver esse maravilhoso grupo de forma inédita na nossa região.
O Evento acontecerá no TERRAÇUS - Bar e Petiscaria, que fica localizado no triângulo do Grangeiro, no dia 7 de maio, sábado, a partis das 21h. Não perca essa oporunidade de ver a banda Caco de Vidro, a melhor banda cover do Pink Floyd do nordeste. Esperamos você por lá.

Zivaldo Maia - Por Socorro Moreira




Zivaldo foi a múscia , no pé do ouvido, quando morei , em todas as vezes, na cidade de Fortaleza ( 1977 a 198o e 1995 a 2000).

Considerada por ele, uma parenta por afinidade ,gozava o privilégio de assisti-lo em suas apresentações, fossem nos bares, teatros, casa de amigos, e na minha casa.

De uma destreza incomparável , consegue acompanhar qualquer canção, qualquer voz, tornando-as belas. Aplaude com o olhar , e ri quando a coisa fica feia. Zivaldo se acompanha , divinamente bem ! E ainda : acompanha com maestria todos os grandes nomes da música popular brasileira , que a oportunidade disponibiliza ( e não são poucos). Possue hoje um respeitável e belo trabalho autoral , alguns já gravados. Esse ano , fez um show no Crato, Juazeiro e Barbalha. Numa dessas noites, terminamos nos reunindo na casa do Dr. Zé Flávio , e mais amigos. Foi bonito e prazeroso ouvir , na ocasião, Abidoral Jamacaru tocando pra Zivaldo , e vice-versa.

Qualquer dia vou a Fortaleza só pra ouvir Zivaldo tocar. Não basta pra mim ter os seus CDs. Ao vivo, a emoção aflora inteira, como um poema de Domingos.


Trechos de uma entrevista concedida por Zivaldo à jornalista Ethel de Paula e publicada no jornal "O Povo":

"No Sítio São José, em Jaguaruana, lugarejo-natal, as noites eram de violadas. Zivaldo Maia cresceu embalado pelo violão de dois irmãos e dos primos, porque o pai já havia aposentado os oito baixos. Antes de dormir, ouvia, ao longe, as serenatas, consolo de quem sequer possuía rádio de pilha. O dom acordou cedo, quando nem bem completara cinco anos de idade, o que surpreendeu os de casa. ''Sentia quando meus familiares erravam na harmonia e no dia seguinte, toco de gente, criticava'', recorda o hoje virtuose. Compositor, arranjador e intérprete, o mestre aperfeiçoou-se ouvindo. ''Vim para Fortaleza com mais de 30 anos e passei a observar violonistas referenciais como Nonato Luís e Pedro Ventura, criando novos acordes baseado no que escutava. Nunca pude viver apenas de música. Em compensação, tive encontros memoráveis e posso me considerar realizado por ter ouvido elogios do maior violonista de todos os tempos: Raphael Rabello''... "Na memória, Zivaldo guarda com particular afeto o feliz encontro com Lua, durante uma de suas passagens por Fortaleza, à beira-mar. ''Quem me apresentou a ele foi Padre Gotardo, autor do hino composto para o Papa João Paulo II. À mesa, toquei ''Violando'', de minha autoria, que inclusive já foi gravada por Nonato Luís e Sebastião Tapajós. Ele gostou tanto que no mesmo instante pediu para ir em minha casa. Queria compor junto. Nessa tarde, fizemos a primeira parte de uma música, ele solfejando e eu ao violão. Não chegamos a terminá-la, mas o fato é que tenho esse material inédito entre minhas gravações caseiras'', revela."

Violonista com técnica apurada que mistura o erudito e o popular, Zivaldo gravou seu primeiro CD em 1996 "Zivaldo Puro e Simples" , onde registrou suas canções ao violão. Sua composição mais gravada é "Violando", a mesma que ele mostrou ao Rei do Baião. Ela foi registrada por Sebastião Tapajós e João Cortez no CD "Brasilidade" e por Nonato Luiz em dois CDs, "O Choro da Madeira" de 99 e "Ceará" de 2001.
Em 1999, Zivaldo decidiu gravar um novo disco, desta vez cantando também. E o resultado é o registro de canções que falam de um tempo que deixou saudade em quem viveu e em quem não viveu também, mas gostaria de ter estado lá. O CD nos remete a uma Fortaleza tranquila, com os seresteiros embaixo das janelas e moças românticas espiando pelas frestas. Para conseguir esse clima, Zivaldo recorreu a parceiros como Jair Amorim, Oímpio Rocha, Alano Freitas, Fausto Nilo, Ana Cléria, Hildeberto Torres e Totonho Laprovítera que colocou letra na famosa "Violando". Há também um pout-pourri de sambas que vão de Ataulfo Alves e Noel Rosa à Luiz Assumpção. O CD traz duas participações especiais: Fausto Nilo cantando a parceria dele com Zivaldo e Ayla Maria , interpretando "Violando".

Músicos que participam do disco: Adelson Viana (piano/acordeon), Tarcísio Sardinha (violão/cavaquinho), Aroldo Araújo (baixo), Carlinhos Ferreira (clarinete), Luizinho Duarte (bateria/percussão), Aluísio (pandeiro), Aguiar (trombone), Zé Carlos (trompete) e Carlinhos Patriolino (bandolim).

Um poema de um querido poeta : Dr. José Newton Alves de Sousa




Uma nuvem... um saveiro...


Uma única nuvem no céu,
Um só saveiro no mar.

Um saveiro, assim branquinho,
é nuvem por sobre o mar.

Uma nuvem, assim distante,
é saveiro a navegar.

Não poderei esquecer
a tarde peninsular:

Uma só nuvem no céu,
um só saveiro no mar.

(José Newton Alves de Sousa. Poemar. Salvador, Contemp, 1982.
Um livro dedicado "Aos que sonham, aos que lutam, aos que amam").

Cristiano Câmara - musicólogo cearense - Por Socorro Moreira


Conheci Cristiano, quando juntos trabalhamos, na Ag. Centro Fortaleza do Banco do Brasil.
Mal nos apresentamos ele confessou-me: "sabe o que a gente aprende aqui , nesse tamborete ? A de dizer sim, e sim senhor !"
Nos tornamos amigos de cara. Fiquei completamente fascinada pelo conhecimento musical daquela figura. Logo , logo, passei a frequentar a casa daquele casal especial :Cristiano e Dorvina.
Hoje , na pesquisa, achei esse maravilhoso vídeo que espelha fielmente a vida e o cotidiano desses dois amigos.
Saudades imensas ! Devo-lhes eterna gratidão pelo carinho com que sempre fui recebida, e pelas informações que me passaram , em cada encontro.
A casa de Cristiano , onde figura uma placa, na entrada principal , "Aqui o assunto é Arte" é um lugar  encantado!



Por João Nicodemos


Voz que embalou, e ainda embala os nossos sonhos : Francisco Peixoto - Por Socorro Moreira



Graças a Deus ele não fuma, nem toma gelado. A voz , cada vez mais bonita ...!
Ele cantava, enquanto a gente dançava , nos braços que nos escolhiam.
Tecnicamente mais apurado, conserva na memória, a música de todos os tempos. Parece que a representação romântica ( seresta,jovem guarda, bossa nova, ...) ficou guardada na garganta de Francisco Peixoto.
Esse moço amigo e talentoso , caminha nas ruas do Crato , assim como eu. Quando a gente se encontra , relembra canções, romances, fatos... Todos publicáveis ! Vivemos a pluralidade dos tempos dourados : sonho , alegria, inocência.
Peixoto , cante pra gente !

Chuva - por Domingos Barroso




O poema é igual a um filho pequeno
precisa sempre ser olhado
de madrugada.

E ao me debruçar vigilante
sobre os engasgos e refluxos
do tenro ser

também releio cada poema
escrito no dia anterior
atento se ainda respira.

Como há filhos pequenos
que causam medo
por tanto silêncio
enquanto dormem

há poemas que turvam as palavras
ou destrincham a ideia
com maestria
e crueldade.

Sou um pai atencioso:
embalo o recém-nascido,
com a outra mão reescrevo versos.

Sei que qualquer noite
foge da minha alma o poema
logo cresce a criança

então talvez seja a hora
de também partir.
Ou dormir agora.

Bing Crosby



Bing Crosby (Tacoma, Washington, 3 de maio de 1903 — Madrid, Espanha, 14 de outubro de 1977) foi um cantor e ator norte-americano. Considerado um dos maiores cantores populares do século XX, morreu vítima de um ataque cardíaco enquanto jogava golfe.

CCBNB CARIRI - 5 ANOS

Na diversidade musical que temos em nossa região, não podemos deixar de lançar algum nativo caririense na cena musical pelo Brasil a fora. Com a riqueza musical que o Brasil apresenta é difícil até mesmo ser musico, com tantas pessoas boas que temos.

O Centro Cultural BNB Cariri completou seus cinco anos de existência neste ultimo mês de abril e fez uma programação invejável a muitos centros culturais.


Se nossa região aproveitasse seus potenciais para valorizar seus artistas iria transformar em um outro tipo de atração, além da religiosa. Seus artistas são completos.

Estive nesta semana passada durante 3 dias consecutivos assistindo algumas programações no CCBNB. Na quinta-feira estive assistindo o Geraldo Junior; na sexta-feira, o “quarteto fantástico” Abdoral, João do Crato, Salatiel e Zabumbeiros Cariris e encerrando no sábado o maravilhoso trio Cleivan Paiva, Dihelson Mendonça e Ibbertson Nobre.

Quinta-feira 28 de abril – Geraldo Junior

Para começar com classe esses meus últimos dias, Geraldo Junior, o qual já conheço faz um bom tempo e confesso admiração pela força de vontade, talento, inteligência e potencial artístico, além de já ter o respeito pela conquista no cenário musical. O show começa com grande força, poder e muita interatividade. O publico passa a vibrar, cantar e aplaudir, incessantemente o talentoso Geraldo Junior.

Acompanhado de uma banda expetacular, Geraldo Junior ainda pode contar com a participação de dois ex-integrantes de sua antiga banda Dr. Raiz, o qual fez parte por longos anos, Dudé Casado e Ramon que subiram o palco e fizeram a festa.

Sexta-feira 29 de Abril – Abidoral Jamacaru, João do Crato, Salatiel e Zabumbeiros Cariris

Em tempos de vacas magras, o CCBNB apostou em grandes artistas para sua programação de aniversario e com esse projeto que não teve titulo, mas veio recheado de muito talento, os grandes artistas, poetas, músicos caririenses neste meu segundo dia, Abidoral, João, Salatiel e Zabumbeiros, abrilhantaram com saborosas musicas e performances, duas horas intermináveis de êxtase.


“Lá de Dentro” é uma musica que foi gravado em 1986 no LP Avalon do ícone da musica caririense, um menestrel, um compositor completo, Abidoral Jamacaru (eu, particularmente, sou fã dessa obra e desse obreiro). Esta musica iniciou nossa noite com o vocal dos nossos artistas e já me surpreendeu. Me fez notar que não estava na expectativa de nada, que seria comum como outros shows. Uma miríade de pensamentos me revirou ao avesso e me levou ao tempo que ouvi pela primeira vez aquela musica. Sou fã do talento de Abidoral, e para mim, “Lá de Dentro” é a melhor de todas suas obras.


No palco o grande Abidoral faz sua participação solo, trazendo para a primeira parte, a participação de João do Crato, que como sempre, um verdadeiro show man. Em seguida, mantém um dialogo gostoso e suave, com uma linguagem simples e singela com o publico presente. Daí por diante vai se misturando as apresentações destes artistas brilhantes. João do Crato, com suas performances no palco, tirou suspiros, assobios e causou muitas invejas a quem assistia. Amélia, com seu carisma, sua dança e sua voz, fazia acontecer um show especial, sempre acompanhada pelos Zabumbeiros. Luiz Carlos Salatiel, por si, merece mais uma postagem. Teatral, sua entrada no palco, sua estada no palco... Sua despedida. Teatro puro. Seu canto, sua voz. O cara é forte.


Tivemos as participações especiais, mais que especiais: João Neto (baixo), Ibbertison Nobre (teclado e sanfona), Luciano Brayner (voz).


O espetáculo durou 2 horas de puro deleite. Encenação impressionante do que é bom e saudável. Do que é nosso e pouco aproveitado.

Sábado 30 de abril – Cleivan Paiva, Dihelson Mendonça e Ibbertson Nobre

Um portentoso, Cleivan Paiva. Indiscutível. Um virtuoso, Dihelson Mendonça. Um multiinstrumentista, Ibbertison Nobre. Essa noite já, só com esses nomes, marcaria na historia do CCBNB e do Cariri, um encontro de gênios musicais. E com certeza não vai ser diferente.

Estive ansioso desde que soube a programação do CCBNB para assistir a esse encontro. Marquei presença na entrada do CCBNB antes das 13h00 para dar certeza que pegaria meu ingresso. Lá estive durante quase meia hora até ter em mãos o meu bendito ingresso.

As 20h00, como pontualidade britânica, Leo Dantas anuncia o espetáculo. Já sentado à frente do palco, na primeira fila, estava eu, câmera na mão, ouvidos limpos e muita atenção.

Entra no palco Cleivan Paiva. Ibbertison aparece lenta e timidamente, seguindo até seu teclado. As cordas suaves de Cleivan começam a emitir paz aquele pequeno, mas fiel, publico. Dihelson também entrou em cena, leve, com sua outra arma em punho: uma Canon.


Cleivan deixa seus dedos deslizarem suavemente naquelas delicadas cordas e logo Ibbertison segura com competência e criatividade. Ora ouvia-se um jazz, uma bossa, um samba. Ora ouvia-se o canto dos anjos. Era mágico ouvir aquela dupla. Especial.

Após um tempo, Dihelson apresenta-se, senta em seu banco diante de seu teclado e o virtuoso pianista acrescenta aquela sala, outra esfera de êxtase, outro circulo do paraíso. As vezes as notas, pareciam um culto incognoscível mitigando os pesos das almas presentes.


CARPE DIEM

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