por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Gilberto Gil em Juazeiro do Norte - Emerson Monteiro

E outra vastidão de planícies oferece o tabuleiro das saudades vivas em forma de sinais acesos por dentro do peito. As portas do céu se abriram de par em par apresentando a cara dos milhões de pontos de luz que mergulharam as poças dos sabores. Frutos, flores, dores, tantos valores que as marcas do tempo fixaram quais riscos de tatuagem colorida no teto das cores, no vento que insistiu percorrer de frio morno os mesmos caminhos de si mesmo do compositor.

Houve novas alternativas de reviver e percorrera os caminhos andados, repetidos feitos de ardorosos cavaleiros dadivosos de amores e sonhos. Quantos amores extintos e nascidos outras vezes entre árvores de jardins eternos, paisagens fiel da solidão que sobrou.

Acordes e fiapos de bênçãos a percorrer o espaço azul do firmamento deram, pois, o tom das melodias. Enquanto desfilavam fantasiosos artistas de outras cenas por sobre a pele ressequida do eterno Cariri.

No palco, os músicos e seus acordes zoadeiros. O menestrel sacoleja as bases do público entregue às guitarradas que ele no passado trouxera à música popular brasileira. Gilberto Gil em Juazeiro do Norte na noite do dia final de junho de 2011 e seus retados baiões de Luiz Gonzaga, retorno aos cursos da história de quando o sertão sobrevivia só das esperanças de chuvas e poucos andavam aqui que não fosse à procura de inspiração às avessas. Poucas passagens desta fase do poeta cantor tropicalista vieram, no entanto. Ritmos, ritmos em profusão, com esmerados profissionais dos instrumentos. Isso bem no território dos romeiros, agora na fase dos melhoramento da parte do governo. O espetáculo aconteceu e agradou, porquanto a alegria envolveu todos. Festa mil das dimensões elevadas do som eletrônico de agora, força elétrica que preenche e sufoca sem deixar margem repouso ao silêncio intermediário, mania dos tempos atuais, cheio de tantas manias eletrônicas possantes.

Buscar no ele de hoje o Gil dos anos 60, tarefa quase impossível de obter sucesso. Aquele de antes, político, revolucionário, resistente, nem ele saberá dizer que mundos ou estrelas habita nos dias que chegaram no ido das suas 70 primaveras. Porém vital, coerente da própria maestria. Feliz de se saber cantado, lembrado das multidões que dançam fácil as suas composições de variação e riqueza criativa.
Mas, é isso, trazia pouca novidade posterior ao período em que ocupou o Ministério da Cultura, talvez até na época da adaptação profissional doutro momento.

Ícone, portanto, de um povo, Gilberto Gil canta no trecho intermediário do Norte ao Sul, neste Brasil de luminosidade sonora e praças abertas aos fulgores do artista popular consagrado.


""O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem" - Guimarães Rosa

VIOLETA CAVALCANTI - por Norma Hauer


Ela nasceu em 1° de julho de 1923 em Manaus, Amazonas, vindo para o Rio, com sua família, aos dez anos.

Aqui freqüentou a Escola Paraná, em Madureira, sendo convocada por Villaa Lobos para cantar no coral organizado por ele, integrado por crianças das escolas públicas do Rio de Janeiro
. Apresentou-se no Teatro Municipal com o coral das escolas públicas como solista no "Canto do Pajé", música muito apresentada nas escola públicas nos anos 30 e 40, sendo sempre apresentada nas festividades realizadas no campo do Vasco da Gama, no tempo de Getúlio Vargas,

Em 1940, com apenas 14 anos, participou do programa de calouros de Ary Barroso onde se apresentou cantando "O samba e o tango", um sucesso de Carmen Miranda, cantora de quem era fã. A interpretação impecável, sem imitar Carmen Miranda, lhe garantiu o primeiro prêmio nessa apresentação, sendo que Ari Barroso desconfiou que ela já era uma profissional, quando não passava de uma menina cantando no rádio pela primeira vez.

Trabalhou nas Rádios Tupi, Educadora e Ipanema, onde assinou seu primeiro contrato, consagrando-se principalmente pela interpretação original de "Camisa listrada", outro sucesso de Carmen, de autoria de Assis Valente.

Gravou o primeiro disco em 1940, com as marchas "Vou sair de Pai João", de J. Cascata e Leonel Azevedo e "Pulo do gato", de J. Cascata e Correia da Silva,
Em 1941, assinou contrato com a Rádio Nacional onde permaneceu por 16 anos.
Em 1942, gravou o frevo canção "O coelho sai", de Nelson Ferreira e Ziul Matos e a valsa frevo "Vovô, vovó, eu e você", de Nelson Ferreira.
Daí para diante fez bastante sucesso gravando , principalmente, sambas e marchas.
Em 1957 casou-se e abandonou a carreira, voltando à atividade 20 anosa depois, em 1977, fazendo parte do “show” “Seis e Meia”, no Teatro João Caetano, convidada por Albino Pinheiro

Em 1988 , ao lado de Nora Rei, Rosita Gonzáles, Zezé Gonzaga,Camélia Alves Ellen de Lima e Ademilde Fonseca formou o grupo “Cantoras do Rádio” .
O conjunto que se apresentava com esse nome (As “Cantoras do Rádio”) tomou parte em espetáculos em vários teatros aqui no Rio e em outros estados.

“Nós somos as cantoras do rádio,
Levamos a vida a cantar
De noite, embalamos teu sono
De manhã nós vamos te acordar...”

Com as mortes de Nora Nei e Rosita Gonzáles e o afastamento de Zezé Gonzaga, também já falecida, o conjunto continuou se apresentando esporadicamente, e em 2001, com o ingresso de Carminha Mascarenhas as “Cantoras do Rádio “, com roteiro de Ricardo Cravo Albin, apresentou o espetáculo “Estão Voltando as Flores”, no Teatro-Café Arena, de Copacabana..

Hoje, Violeta Cavalcanti, completando 88 anos, está afastada do meio artístico, recolhida por motivo de doença.
Cumprimentando-a por seu aniversário, fazemos votos pelo seu restabelecimento. 

Norma

Pensamento para o Dia 01/07/2011


“A fé é como um vulcão em atividade. Dúvidas são como sementes. Nenhuma semente brotará em um vulcão ativo. Se suas dúvidas estão se multiplicando, significa que sua fé é fraca e instável, semelhante a um vulcão extinto. Onde há dúvidas, não pode haver fé. Suas dúvidas surgem ou desaparecem por causa de seu karma (ação) passado. Se sua fé é forte, nenhuma dúvida surgirá. Para realizar a Divindade, primeiro você deve se livrar de todas as suas dúvidas. De tempos em tempos, Deus sujeita você a vários testes. Esses não se destinam a puni-lo como você pode imaginar, mas para fortalecer a sua fé. Lembre-se sempre que o Divino age como testemunha. O Divino mostra o caminho para a auto-realização.”
Sathya Sai Baba
Creio que a opinião política de um homem é o próprio homem.

George Sand

Por Lupeu Lacerda


Aqui, agora, o agora perde
a importância.
O frio sobra. Sabre.
Frio como se nada mais frio.
Ninguém se conhece.
Todo mundo procura sua cara
no espelho do outro.
O outro se esborracha no chão
pra não parecer.
Não ser.
Nem ser.

Albertinho Fortuna


Música da minha infância...


Silencio
(Carlos Gardel / Horacio Petrossi / Música De - Alfredo Le Pera)

Silencio na noite...! Já está tudo em calma,
Os músculos dormem... A ambição descansa,
Embalando um berço, uma mãe canta,
Um canto querido, que chega a minh'alma,
Porque neste berço, está sua esperança.

Eram cinco irmãos...
Ela era uma santa,
Eram cinco beijos, todas as manhãs,
Que ela recebia em teu rosto amigo,
Esta mãe querida,
Eram cinco filhos que lhe adoravam !

Silencio na noite...! Já está tudo em calma,
Os músculos dormem... A ambição descansa,
Um clarim se ouve... Periga a Pátria !
E nos campos de guerra, os homens se matam,
Cobrindo de sangue, os campos de França.

Silencio na noite...! Já está tudo em calma,
Os músculos dormem... A ambição descansa,
Tudo já passado... Renascem as plantas,
Um hino vida, os arados cantam,
E a velhinha, de cabelos brancos,
Ficou tão sozinha, com cinco medalhas,
Que por cinco heróis, premiou a Pátria.

Silencio na noite...! Já está tudo em calma,
Os músculos dormem... A ambição descansa,
Um coro distante, de mulheres que cantam,
Embalam seus berços, com novas esperanças,
Silencio na noite!... Silencio nas almas !......

Marlon Brando



Marlon Brando Jr. (Omaha, 3 de abril de 1924 — Los Angeles, 1 de julho de 2004) foi um ator estadunidense, considerado um dos maiores atores de língua inglesa de todos os tempos, adepto do estilo realista de interpretação conhecido como Método Stanislavski.

Robert Mitchum



Robert Charles Durman Mitchum (6 de agosto de 1917, Bridgeport, Connecticut — 1 de julho de 1997, Santa Bárbara, Califórnia) foi um ator estado-unidense. É considerado pelos críticos como um dos melhores atores da época dourada de Hollywood, amplamente lembrado por seus papéis em várias obras importantes do estilo de filme noir, e é considerado um precursor do anti-heróis no cinema predominante durante os anos 1950 e 1960.

Tony Ramos


Antônio de Carvalho Barbosa, (Arapongas, Paraná, 25 de agosto de 1948), mais conhecido como Tony Ramos, é um ator, poeta e diretor brasileiro.

Alceu Valença



Alceu Paiva Valença (São Bento do Una, 1 de julho de 1946) é um cantor e compositor brasileiro. Seu disco de estreia foi gravado em parceria com Geraldo Azevedo.

Nasceu no interior de Pernambuco, nos limites do sertão com o agreste. Influenciado pelos maracatus, cocos e repentes de viola, Alceu conseguiu utilizar a guitarra com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico nas suas canções.

Leslie Caron



Leslie Claire Margaret Caron (Boulogne-Billancourt, Hauts-de-Seine, 1 de julho de 1931), mais conhecida como Leslie Caron, é uma atriz francesa. É mais reconhecida por ter atuado em vários musicais da década de 1950.

Amália Rodrigues



Amália da Piedade Rodrigues (Lisboa, 1 de Julho de 1920 — Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comummente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.

George Sand



Amandine-Aurore-Lucile Dupin, baronesa de Dudevant, mais conhecida como George Sand, (Paris, 1 de Julho de 1804 — Nohant, 8 de Junho de 1876) foi uma aclamada escritora francesa considerada feminista pela crítica mundial.