por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 4 de novembro de 2021

QUE "LÍDER" É ESSE ??? - José Nílton Mariano Saraiva

QUE "LÍDER" É ESSE ??? - José Nílton Mariano Saraiva

Para aqueles que vivem enclausurados numa redoma qualquer e não se preocupam nem um pouco com o que se passa no centro decisório do país, “precatórios” são dívidas do governo federal para com pessoas físicas e empresas, reconhecidas e com pagamento autorizado por decisões judiciais definitivas (ou seja, teoricamente não tem como recorrer e há que constar, sim, da programação orçamentária do governo federal), conforme o artigo 100 da Constituição Federal.

Como, entretanto, o universo político brasileiro (Câmara e Senado Federal) está repleto de “mafiosos”, o “jeitinho” encontrado para modificar o que não é permitido pela Constituição Federal é... MODIFICAR A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. E isso se dá através do instrumento conhecido como PEC (Proposta de Emenda Constitucional).
Para se aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), necessário se torna, em princípio, que seja votada em dois turnos na Câmara Federal, onde deverá ser obtido 3/5 (308) dos votos totais (513). Conseguido tal quórum, é feito o encaminhamento ao Senado Federal, que poderá rejeitá-la ou aprová-la.
Pois bem, começou a ser votada na Câmara Federal a PEC dos Precatórios, que nada mais é que uma espécie de portentoso e desleal “calote” do Governo Federal para com seus credores (especialmente professores), visando “desviar” tão expressivo valor para programas eleitoreiros (afinal, o próximo ano é ano de eleição).
Depois de dois adiamentos da votação (por suspeita de falta de votos) e muitos acordos entre quatro paredes, na terceira tentativa eis que 312 deputados (04 a mais que o necessário) votaram favoravelmente e, assim, o Bozo deve ter chegado ao orgasmo pleno.
Divulgado o resultado, a surpresa: na bancada do PDT, comandada pelo “coroné” Ciro Gomes, 15 votaram com o Bozo, 06 foram contrários e 03 não compareceram; em suma, dos 24 deputados do PDT, 18 ajudaram o governo a sair vitorioso (dentre os quais 04 integrantes da bancada cearense: André Figueiredo, Eduardo Bismark, Robério Monteiro e Leônidas Cristino – esse último sobralense e amicíssimo do Ciro Gomes).
Como pimenta nos olhos dos outros é refresco, há que se registrar também que 10 deputados do PSB (oposição) também ajudaram o Bozo, votando a favor.
O que levou o bolsonarista-raiz, Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, a exultar: - Tivemos importantes 25 votos da oposição (15 do PDT e 10 do PSB) e o líder do PDT (Wolney Queiroz) participou de um acordo com os professores do Nordeste. Houve muita pressão de governadores nos estados, mas os deputados se mantiveram firmes e votaram a favor.
Quanto ao “coroné” Ciro papo furado Gomes, a velha lábia de sempre: "A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição (alguém, em sã consciência, acredita mesmo nisso ???).
Fato é que, para a posteridade fica registrado, definitivamente, que na votação da PEC dos Precatórios (prejudicial aos pobres), o PDT, comandado pelo presidenciável Ciro Gomes, contribuiu com 15 fundamentais votos para a vitória do presidente Jair Messias Bolsonaro.
Daí se perguntar: Que "líder" é esse ??? Será que na eleição presidencial do próximo ano tais votos se manterão favoráveis ao governo ???