por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 6 de maio de 2011

POEMA PARA AS MÃES

O Bebê, quando nasce é miudinho
Não caminha, não conversa, não tem dente
O seu corpo é pequeno e fraquinho...
Da mamãe, em quase tudo é dependente.

Tem a pele tão fina e delicada,
Tem carência de amor e alimento
Sua Mãe, atenciosa e dedicada
Cuida e trata do Bebê todo momento.

Engatinha, se levanta e logo corre,
pula e grita, não rejeita diversão.
Se machuca, vem a Mãe e lhe socorre
Sempre pronta, dá conforto e atenção.

O mundo todo serena, se adormece:
Pois dormindo, é sinônimo de Paz.
Quem tem Mãe, neste mundo não padece:
Seu amor, do sofrimento nos refaz.

Quando à noite, já bem tarde, ele desperta
Com seu choro acordando os vizinhos,
Sua Mãe corre pronta e sempre alerta,
alimenta e logo troca os seus paninhos.

Quando vive em ambiente de harmonia
O amor em seu peito resplandece
Brinca e cresce transmitindo alegria
Quem tem Mãe neste mundo, não padece.

A criança é banhada de carinho,
de amor, de ternura e atenção.
A mamãe lhe ensinando direitinho
como ser um bom filho e bom irmão.

Quando chega a idade de escola
Diminui o tempo de brincadeira,
De correr, de boneca ou de bola,
De gritar e pular a tarde inteira.

Sendo jovem, já é Mãe experiente,
Logo aprende como deve proceder...
A Natureza lhe ensina o expediente:
Com sua vida, a da criança defender.

Independe da idade que ela tenha
Mãe é Mãe, seja qual for sua idade,
Não há força neste mundo que a detenha
Quando busca, pros filhos, felicidade...

Se um filho se desgarra, se desvia,
É pra ela, grande dor e sofrimento:
Vive sempre na esperança que um dia
Ele volte, pelo arrependimento.

Quando um dia ele voltar arrependido
Pelas dores e tormentos que sofreu
Dessa Mãe, no seu colo, tem abrigo,
Pois o Amor em seu peito não morreu.

A minha Mãe também quero enaltecer:
É um presente que dos céus eu recebi:
Em minha vida sempre hei de agradecer
Os valores que com ela aprendi:

Ser bom filho,bom amigo e bom cristão,
Ser honesto, ser leal, ser caridoso,
ser correto, ser fiel no coração,
prestativo, conpreensivo e carinhoso.

Meu respeito e minha admiração
Neste canto de amor, fé e franqueza,
Canto agora em formato de oração,
Louvo a obra da Divina Natureza:

Bela Mãe que a todos nós nos deu à Luz...
E com amor, com ternura nos ensina,
Orienta, nos guarnece e nos conduz
Ao amor da Natureza Divina.

Teologia do espetáculo (transcrição)

Ao beatificar João Paulo II em tempo recorde, o sucessor Ratzinger apela ao show e à nostalgia para tentar frear a decadência e o esvaziamento da Igreja.
Foi “política” a decisão de não esperar os habituais cinco anos para iniciar o processo, apoiar-se num “milagre” arrancado a fórceps e ignorar as “objeções”, em especial as fundadas nas obscuras manobras financeiras do Vaticano em sua gestão e a negativa do papa polonês a investigar e punir padres e bispos pedófilos. Principalmente o corrupto padre mexicano Marcial Maciel, líder da Legião de Cristo, que abusou de menores (inclusive dois de seus próprios filhos ilegítimos), mas manteve a boa vontade da Igreja arrecadando rios de dinheiro de milionários mexicanos, boa parte dos quais fluiu para os bolsos da Cúria Romana. O papa polonês protegeu-o até o fim e o próprio Ratzinger teve de esperar subir ao trono papal para discipliná-lo.
Trata-se de santificar não a duvidosa virtude de Karol Wojtyla, mas a virada conservadora que promoveu. João XXIII e Paulo VI haviam conduzido a Igreja à modernização e reaproximação com a sociedade laica e com outras igrejas e religiões, processo subitamente freado após a morte nunca devidamente esclarecida do efêmero João Paulo I e a eleição do polonês identificado com a luta contra o comunismo. FORAM CONGELADOS OS DEBATES SOBRE CONTRACEPÇÃO E O PAPEL DA MULHER NA IGREJA. Quando o cardeal de Sevilha, José María Bueno, reuniu-se com ele e insistiu em que sua consciência lhe impunha insistir na questão do celibato e da escassez de sacerdotes, Wojtyla foi brutal: “E minha consciência de papa me impõe expulsar sua eminência de meu escritório”.
Fora dos corredores estagnados do Vaticano, porém, os ventos continuaram a soprar. Abriu-se ainda mais o abismo entre uma Igreja cada vez mais conservadora e exigente e a sociedade civil dos países católicos, cada vez mais laica e menos interessada nas opiniões do papa sobre moral e pecado.
O Vaticano é hostil aos exorcismos das igrejas carismáticas populares, mas sente a mesma necessidade de “espetacularização”. A apressada multiplicação de beatificações e canonizações tenta suprir o déficit de interesse, distribuindo santos a comunidades e grupos de interesse que não os tinham. Paulo VI fez 11 canonizações em 15 anos; João Paulo II estabeleceu um recorde histórico com 113 em 25 anos, inclusive o controvertido fundador da Opus Dei e a canonização coletiva de 25 fanáticos cristeros que lutaram contra o governo laico do México nos anos 1920 e 1930. Bento XVI fez nada menos de 34 nos primeiros seis anos.
Não são tempos fáceis para a Igreja Católica. Foi deixada por 50 mil alemães e 53 mil austríacos em 2009 e por 180 mil alemães e 87 mil austríacos no ano seguinte. Não se trata do abandono tácito de quem simplesmente deixa de comparecer às missas, mas de pedido formal de baixa, enviado a autoridades civis de forma a encerrar o pagamento de contribuições à Igreja (1,1% da renda, até o limite de 200 euros anuais) e pesa de fato nos bolsos das paróquias e dioceses. Desde 1990, 1,78 milhão de alemães formalizaram sua apostasia, mas o salto recente nos números está relacionado aos escândalos de pedofilia: é nas dioceses mais afetadas que o êxodo é maior. Na Bélgica, foram 66 casos em 2008, 380 em 2009 e 1,7 mil em 2010. Mesmo na arquicatólica Polônia, a frequência à Igreja caiu de 60% nos últimos dias do regime comunista para 45% nos dias de hoje. Na Inglaterra e em Gales, 61% dizem que têm uma religião, mas apenas 29% se dizem religiosos. Só 48% dos 53,5% que se dizem cristãos (ou seja, 25,7% dos ingleses) acreditam que Jesus foi de fato o filho de Deus e ressuscitou dos mortos.
A aposta do Vaticano de Joseph Ratzinger parece ser em uma Igreja capaz de manter “influência política” (e arrecadar recursos financeiros) por meio de um rebanho pequeno, mas monolítico e militante.
Assim, a Igreja se recolhe e a instituição que moldou a civilização ocidental pouco a pouco se transforma em uma entre muitas seitas reacionárias e intolerantes.

Fonte: Carta Capital

Deixa para lá...

Imagem/Internet


Escolho algumas letras e tento formar algumas frases;
Enrolo-me nas palavras; tropeço, atropelo...
Não vejo nenhum sentido.
Não consigo concluir pensamento algum;
Não tenho elementos...
Não tenho argumentos;
Deixa para lá...
Outro dia, hei de estar.


Mara Thiers

KLECIUS CALDAS- por Norma Hauer


No dia 6 de maio de 1919 nasceu, no bairro de Jacarepaguá, o compositor KLÉCIUS CALDAS, que, ao lado de Armando Cavalcanti, compôs músicas humorísticas ou descritivas de coisas do momento.
Quando se estava explorando a ida dos americanos à Lua, eles disseram que :

"todos eles estão errados, a Lua é dos namorados", na voz de Blecaute. ..

O próprio Blecaute gravou "Maria Candelária", uma gozação com as funcionárias que "caíam de paraquedas" na letra O.
Foi uma época em que se ingressava no serviço público sem concurso, quando o DASP estava perdendo sua força.
A letra O era a mais alta do serviço público e "cair de paraquedas" era ingressar por meio de pistolão, ou como se diz hoje pelo QI (quem indica).

Daí Klécius Caldas e Armando Cavalcanti dizerem, pela voz de Blecaute:

"Maria Candelária
É alta funcionária,
Pulou de paraquedas
Caiu na letra Ó, ó, ó..."



Depois vieram : ”Maria Escandalosa”; ”Marcha do Gago”; ”Papai Adão”; “A Lua é dos Namorados” e baiões como “Sertão do Jequié”, gravado por Dalva de Oliveira.

“Boiadeiro”, que Luiz Gonzaga tornou seu prefixo musical e que muitos pensam ser de sua autoria, também é da dupla Klécius Caldas e Armando Cavalcanti.

Quando completou 80 anos, em 6 de maio de 1999 foi homenageado por Ary Vasconcelos em um belo espetáculo na ABI.

Klécius Caldas faleceu em 22 de dezembro de 2002, após sofrer um enfarte, aos 83 anos. 

Norma

Sobre o Livro do Azul Sonhado !

Recebemos  do diagramador(Luiz Pereira) o CD contendo o miolo e capa do nosso livro. Próxima semana faremos as correções últimas e arte final.
Na sequência será feita a impressão.
Lembramos que ,a ExpoCrato 2011, ocorrerá no período de 10  a  17.07.2011.
Podemos marcar a data de lançamento?

STF aprova por unanimidade união estável entre homossexuais



SÃO PAULO (Reuters) - O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou na quinta-feira por unanimidade o reconhecimento da união estável para casais do mesmo sexo, o que coloca o Brasil num grupo de países que já tomaram decisões semelhantes.

Dos 11 ministros da mais alta Corte do país, dez votaram a favor, incluindo o relator Carlos Ayres Britto. Apenas o ministro Antonio Dias Toffoli se declarou impedido de votar porque atuou em uma das ações julgadas quando foi advogado-geral da União.

Os magistrados começaram na quarta-feira o julgamento de duas ações em sessão conjunta.

Uma delas foi protocolada pela Procuradoria-Geral da República, que busca o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. A ação também pede que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis sejam estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.

A outra ação, apresentada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, alega que o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da Constituição Federal.

Com esse argumento, a ação pede que o STF aplique o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários públicos civis do Rio de Janeiro.

O que está em discussão no Brasil é o reconhecimento da união estável entre homossexuais, e não o casamento, como já ocorreu em outros países.

Em julho de 2010, a Argentina se tornou a primeira nação latino-americana a autorizar homossexuais a se casarem e adotarem filhos, desafiando a oposição católica para engrossar as fileiras dos poucos países, em sua maioria europeus, que já contam com leis semelhantes.

Apenas alguns poucos países autorizam o casamento de pessoas do mesmo sexo, entre eles Holanda, Suécia, Portugal, Espanha e Canadá. Nos Estados Unidos, os homossexuais podem se casar apenas em cinco Estados e na capital Washington.

Em dezembro, uma lei aprovada pelos legisladores da Cidade do México concedeu aos homossexuais da cidade os mesmos direitos de casamento e adoção de filhos que os heterossexuais. O Uruguai autoriza casais homossexuais a adotar filhos, mas não a se casar.

(Por Bruno Marfinati)

O que nos diz Arimathea?

O povo tá dizendo que o Ceará agora é campeão carioca...!
Só queria saber pra qual time o Zé do Vale torceu ...

Magia - por Rosa Guerrera


MAGIA

Há uma magia diferente
nesse amor que vem de você ...
Você consegue beijar o meu sorriso,
colocar estrelas no céu da minha minha boca,
raios de luar no brilho dos meus olhos,
tempestade nas minhas emoções,
imobilidade nos meus gestos,
silencio na minha voz
e calmaria no meu orgasmo .
Você é como aquele mágico misterioso
que sem auditórios nem cenários
estrapola os limites da minha feminilidade
mirabolando fatos nunca antes descritos ...
E no palco vazio do nosso quarto
iluminado apenas por um tênue abajour
essa magia me aparece em forma de homem,
escultor e artista ...
Único pintor capaz de transformar
em realidade o meu sonho
na tela lençol que deixa nas marcas do suor
apenas o contorno dos nossos corpos

Rosa@

CRATO ASSIM COMO LÍGIA DO TOM JOBIM - por José do Vale Pinheiro Feitosa



Louvar-te sem esquecer teus pés de barro.
Amar-te tomando conta das tuas traições.
Sentir o sabor doce de tuas lembranças sabendo-as artifícios sobre o amargor.
E como Tom Jobim, no jamais com desejo de sempre, cantar-te.

Eu nunca sonhei com o Crato, / Nunca fui à Siqueira, / Não gosto de dança não vou ao Tênis / Não gosto de bica nem gosto de sal.

E quando de te me lembrei,/ Esqueci foi engano / O seu ponto não sei / Escorri na sarjeta as bobagens de dor / Que eu iria sofrer, não ... Crato Crato

Eu nunca quis vê-la do topo do alto / Num vale sem fim / De corpo pelado na praça bacana / Andar pela serra até o serão

E quando eu me desesperei / Não passou de insônia, a sua casa fechei / Fiz um xote rasgado das lixeiras da vida / Que juntei com você / É ... Crato Crato

E quando você me esquecer / Dos teus braços severos eu vou me vencer / Mas tuas fossas perenes / Me matam mais vezes que um tiro de sal / É... Crato Crato

 por José do Vale Pinheiro Feitosa

perfume de flores- por Socorro Moreirar





Volto aos meus sete anos, ou menos, quando minha mãe comprava rosas “La frança” , “avenca” e “sorriso de Maria”, no jardim dos Lino, perto de onde fica hoje a padaria P & Cia.
Com esse arranjo ela enfeitava os santuários da casa, ou a mesa da sala de jantar, nos dias festivos. Depois ela teve o seu jardim, numa casa do Pimenta, com todos os canteiros iluminados por roseiras.Hoje ela tem no muro, a trepadeira , cuja muda foi extraída dos terreiros da sua mãe, na Fazenda Santa Rita (Piauí).
Acho que o cratense, via de regra, adora flores. O comércio ainda é restrito. Considero como pioneira a esposa do Seu Ernani Silva. Era de lá que saiam os mais belos buquês.
Hoje temos outros floricultores, como Angélica... Mas, na casa de muitos de nós, existe sempre um pé de flor, ou senão um belo jardim!
As flores marcam as trilhas do meu caminho. Nem falo dos tantos lugares onde vivi como em Friburgo, que me arrodeava das orquídeas.
Falo dos ipês, flamboyants, dos jasmins, samambaias, e das trepadeiras que enfeitam os caminhos e muros de tantas casas.
E nem precisa ter muito espaço. Conheço um jardineiro que rega todos os dias a sua acácia. Passe por lá, na Rua José do Carvalho, entre seis e 8h da manhã, que verá.
Ele é nada mais, nada menos do que o místico e grande compositor Abidoral Jamacaru. Não conheço ninguém que entenda, e cuide tão bem das plantas, como aquele moço. Outro que me impressiona é o Blandino, e o próprio Salatiel, Nívia, Pachelly, Bola, Ricardo, Samuel,  Emerson , fotógrafos, cujas lentes não resistem a uma flor, seja ela a mais simples, a mais rara ou a mais bela!
Meu pai quando começou a namorar a minha mãe lhe presenteava todos os dias com uma margarida, e com ela minha mãe enfeitava os cabelos.
Hoje é dia de lembrar o colorido e perfume da vida. A vida brotando, no mistério da flor.
Rosas, rosas, rosas de todas as cores para todos !

Aldenir Silvestre - Floricultora cratense - Por Socorro Moreira


Aldenir Lima Silvestre é poetisa , florista e floricultora da nossa terra. Mora na Luanda (Crato), lugar privilegiado ,e vive numa troca harmoniosa com a Mãe Terra.
Nossas mães são primas-irmãs. Somos primas também no coração.


(Septilha)

O meu nome é Aldenir
Gosto demais de dançar
De viver com alegria
Violão a dedilhar
Minha vida é um torvelinho
Gosto demais de carinho
Pôr do sol e versejar


Das coisas boas da vida
Que me dá grande prazer
É olhar o pôr do sol
Bem juntinho de você
É tomar banho de chuva
É comer cachos de uva
Te beijar e me exceder


Se quiser felicidade
Não a procure pelo nome
Não a queira por inteira
Pois não mata a sua fome
Ela chega de pedaço
Enche teu peito de aço
Passa um tempo depois some


(SEXTILHA)

Meu coração resolveu
Ficar quieto no peito
Sem chorar nem suspirar
Sem lembrar o amor desfeito
Sozinho cheio de manha
Mas muito do satisfeito



(trova)

No peito bateu saudade
Saudade que fez doer
Um coração dividido
Lutando prá te esquecer

Tu foi embora de eu
Eu fiquei seca sem tu
Tu tentou voltar pra eu
Eu não quis voltar pra tu

Saudade muita maltrata
E faz de nós picadinho
Arrochando o nosso peito
Matando a gente aos pouquinho

Aldenir Lima Silvestre

"Plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores". "Sheeakespeare"

* Esse texto eu ofereço a Edmar Lima Cordeiro, um cratense que mora no Paraná, colaborador do Cariricaturas, primo meu e de Aldenir.

Uma entrevista sobre preferências sexuais - Conceição Lemes e Carmita Abdo

Esta entrevista feita com a Dra. Carmita Abdo, professora livre-docente da Faculdade de Medicina da USP pela Conceição Lemes e publicada no blog da última vem bem a calhar quando se noticia que o Supremo Tribunal Federal reconhece, por unanimidade, a união estável homoafetiva. A decisão tornando legal a partilha patrimonial e os serviços daí decorrentes, que envolve casais do mesmo sexo, muda absolutamente tudo, pois no mundo atual toda a lógica do real passa pelos bens materiais.

Orientação sexual não se inverte
por Conceição Lemes

Independentemente da cultura, quase 10% da população é homossexual, sendo 7% homens e 3% mulheres. Menos de 1% é bissexual. Os 90% restantes são heterossexuais. Isso ocorre em todo o mundo, inclusive no Brasil.

“Ninguém se torna homo, bi ou heterossexual por opção ou escolha”, afirma a psiquiatra e especialista em medicina sexual Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. “O que nos conduz para esta ou aquela orientação sexual é um conjunto de fatores biopsicossocioculturais.”

Hoje os especialistas acreditam que o indivíduo nasce com uma carga genética sobre a qual se assentam fatores educacionais, sociais e emocionais, que o vão moldando para a heterossexualidade, a homossexualidade ou a bissexualidade. Muitos estudos demonstram que alguns fatores que vão determinar a orientação sexual estão presentes muito cedo na vida, talvez até já ao nascimento.

E mais. Teoricamente, o que define a orientação sexual de todos nós não é a nossa prática, mas a nossa atração. Ou seja, fazer sexo com alguém do mesmo sexo ou do sexo oposto não é, por si só, determinante de homo ou de heterossexualidade. Por outro lado, sentir-se atraído por pessoa(s) do mesmo sexo ou do sexo oposto é indicativo de orientação homo ou heterossexual, respectivamente.

“Orientação sexual não se inverte”, avisa Carmita. As tentativas para “corrigir” a homossexualidade, “tratando-a” por meio de psicoterapia, técnicas comportamentais e de convencimento, resultaram em depressões profundas, surtos psicóticos gravíssimos e até suicídios.

DE ISMO PARA ADE

Os primeiros passos rumo à visão atual da medicina se deram na década de 1960, nos Estados Unidos. A Associação Psiquiátrica Americana decidiu estudar o assunto a fundo. Em 1980, baseada em evidências científicas, retirou o homossexualismo da lista de transtornos de preferência sexual, como a pedofilia (práticas e fantasias sexuais com crianças) e a zoofilia (sexo com animais). O sufixo ismo, que significa “doença”, foi então substituído por ade, que indica atividade, comportamento.

Em 1992, a Organização Mundial de Saúde (OMS), igualmente embasada em centenas de estudos, pôs a pá de cal sobre a questão: homossexualidade não é doença. Logo, é incorreto o termo homossexualismo; o certo é homossexualidade.

E sexo natural, que antes de 1992, era sexo com adulto, vivo e do gênero oposto, passou a ser aquele aquele que você pratica com ser humano adulto, vivo e cuja finalidade é o prazer e/ou a reprodução. Hoje, a homossexualidade é considerada uma forma natural de expressão da orientação sexual, assim como a hétero e a bissexualidade.

TREJEITOS ENGANAM

Por falar nisso, tem gente que afirma: Pelos trejeitos do homem ou da mulher sempre é possível saber se a pessoa é homossexual. Você concorda?

“Pois essa frase é mais uma das muitas ideias equivocadas sobre sexualidade”, alerta a professora Carmita, que frequentemente atende pais aflitos, achando que pelos trejeitos o filho ou a filha é homossexual. “Não é bem assim.”

Trejeito é um modo de se comportar diferente daquele adotado pela maioria do seu gênero. Numa criança de 5 ou 6 anos, pode ser apenas dificuldade de se identificar com o gênero ao qual ela pertence devido à ausência de modelos suficientemente claros na família. Mas isso não significa homossexualidade.

Como assim? Por exemplo, às vezes o pai é muito “machão” e esse excesso de virilidade pode inibir o filho de manifestar a sua fórmula máscula de ser. Por não se sentir tão poderoso, o menino acaba tendo então comportamento menos exuberante do que é esperado do ser masculino.

Já no caso de a menina parecer mais máscula, outras circunstâncias podem estar em jogo. Às vezes, por exemplo, a mãe é muito bonita e não sobra espaço para a filha como figura feminina. Aí, para não contrariar a expectativa materna ou mesmo paterna, a garota passa a querer ser diferente.

“Na faixa dos 5 ou 6 anos, é muito cedo para se alarmar”, antecipa Carmita. “O melhor é aguardar que a criança entre na escola.” Em geral, o simples contato com amiguinhos, amiguinhas, professor, professora, pai e mãe de colegas faz com que ela se identifique com modelos não oferecidos em casa e a questão se resolva. Porém, há casos em que os pais são bem resolvidos e mesmo assim a criança tem mais dificuldade para se identificar com o seu gênero. “Portanto, nada de precipitações”, insiste Carmita. “O mais adequado é acompanhar o desenvolvimento dessa criança.”

RESPEITE AS DIFERENÇAS

A adolescência é outra ocasião em que filhos são literalmente arrastados para os consultórios de especialistas por conta de “dúvidas” sobre sua sexualidade. Em geral, o raciocínio da família é o seguinte: Esse rapaz está com 16, 17 anos e não iniciou a sua vida sexual. Então, antes que comece a fazer bobagens, tem de resolver essa vergonha. Só que, em conversa reservada, frequentemente se descobre que ele tem namorado e não vê nada em si para ser corrigido. Porém, não tem ambiente em casa para revelar a sua preferência sexual.

Aí, o caminho é trabalhar a família para entender o que está se passando. É até possível que a orientação sexual não esteja ainda totalmente definida. Às vezes por medo, insegurança ou inabilidade, o jovem inicia a sua vida sexual na homossexualidade, depois percebe que era uma fase de experimentação e parte para a heterossexualidade. Outras vezes se dá o contrário. Devido à expectativa familiar e social, ele tenta, primeiro, a heterossexualidade. Posteriormente, aos 25, 30 ou 35 anos, se dá conta de que forçou a barra e assume a sua real preferência. O mesmo pode acontecer com as meninas.

“Pais e mães não devem se sentir culpados”, enfatiza Carmita. Primeiro, porque a homossexualidade não é uma opção. Segundo, a influência familiar é apenas parcela de uma situação muito mais ampla, que envolve inclusive carga genética. Terceiro, vocês não têm tanto poder quanto imaginam a ponto de definir a orientação sexual dos seus filhos.

Aliás, cabe exatamente aos pais de homossexuais combater o preconceito, dando-lhes força para que sejam respeitados e exijam o respeito pela sua condição. Só assim diminuiremos a necessidade que muitos ainda têm de viver escondidos. Guarde sempre isto: homossexualidade não é doença, é uma orientação sexual.

TODO DIA É DIA DA MULHER- Colaboração de Stela Siebra


MULHERES
Janice Japiassu

Com um pano de seda encarnada
Costuramos as vestes do amor
Contra a negra descrença do amado
Acendemos uma vela sem cor

Replantamos no chão esse verde
Que a cultura do homem arrancou
Cultivamos sementes sozinhas
Com a certeza do céu e da flor

Não tememos a luz nem as trevas
Rastreamos a luz no escuro
Recolhemos a lágrima eterna
Não fechamos o céu com um muro

Não chamamos a dor de tolice
Nem o choro do amor de histeria
Não rimamos feliz com medíocre
Não fazemos do sexo, orgia

Do abandono fazemos os filhos
Retirando do corpo, alegria
Não compramos poemas vazios
Nem fazemos, do medo, teorias.

Onde, atados, os sonhos se partem
Fenecendo de pura asfixia
Impedidos da brisa da tarde

Habitamos o mar, o mistério
O profundo segredo da Terra
Conversamos com Deus, com o eterno
E jamais inventamos as guerras

Também nunca inventamos pecados
Nem serpentes, nem culpas, nem dor
Nem igrejas, governos, cadeias
Nós nascemos pras artes do amor

Somos antes, durante, depois
Dos infernos, dos céus, dos partidos
Nos encanta o corpo do mundo
Com sua alma de sangue e de viço

E rezamos pra Nossa Senhora
Jesus Cristo e pra Madalena
À Aristóteles, Comte ou Descartes
Preferimos a nossa Novena

É por isso que, em nós, o céu dança
E as estrelas também, se é preciso
Entendermos de tudo que é vida
De esfinges e de Paraísos.



Mulher: a mais nua das carnes vivas
e aquela cujo brilho é o mais suave.

Antoine de Saint-Exupéry

A poesia de Aldenir Silvestre



Preciso que eu continue assim,
acreditando no sonho,
sorrindo dos tropeços,
aplaudindo cada dia que passa,
abrindo todas as janelas
para o sol do amanhã,
ensurdecendo o mundo
com as minhas verdades.
Talvez eu pouco consiga,
mas que não me falte
a vontade de tentar.
Pode até ser que eu me perca
no meio do caminho
mas que eu possa
perceber e corrigir
o traçado das minhas retas.
Quem sabe eu chegue sorrindo
e abrace o que sonhei...
Quem sabe?
Ainda há passos
que não ousei dar e pontes
que não consegui cruzar.
Ainda há canteiros de flores
com botões a desabrochar
e muitas mudas novas para plantar .
Enquanto houver o sonho
eu terei a ousadia de sonhar...

Vai já pra dentro, menino - Pedro Bandeira


Vai já pra dentro menino!
Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar...
.
Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!
.
Há tempo pra conhecer,
Há tempo pra explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.
.
Aprende-se o tempo todo,
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim
Terminando no começo!
.
Se eu me fecho lá em casa,
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?
.
Como eu vou saber da chuva
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
e eu nunca me queimar?
.
Como eu vou saber da terra,
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
Sem aprender a gostar?
.
Quero ver com os meus olhos,
Quero a vida até o fundo,
Quero ter barros nos pés,
Eu quero aprender o mundo!

Bin Laden Ressuscitou - José do Vale Pinheiro Feitosa

O mundo acordou chocado. Acordou de uma grande dúvida de ciência: a ressurreição. A grande dúvida a respeito do movimento contrário da morte à vida, hoje se mostrou comprovado. Bin Laden ressuscitou.

O problema da ressurreição se mostrou mais claro. Não adiantava buscar aparências; a verdadeira vida é conceitual. Era o conceito ameaçador da segurança dos EUA e da política de seus governos que corporificava Bin Laden.

E foi assim que o mundo viu o poderoso destruidor do futuro das pessoas, o arrasador do patrimônio das famílias, aquele que, pelo terror, leva as famílias ao desespero e ao abandono de seus estilos de vida. Bin Laden o grande terrorista ressurreto anda incólume no território atacado dos EUA.

A gasolina subiu estupidamente. O desemprego nos EUA atinge 14 milhões de pessoas. “O número de norte-americanos que pediram auxílio-desemprego atingiu o maior nível em oito meses na semana passada e o crescimento da produtividade dos Estados Unidos desacelerou no primeiro trimestre, abatendo as perspectivas em uma economia que tem dificuldades para ganhar velocidade. O aumento na quantidade de pedidos de auxílio-desemprego foi de 43 mil, totalizando 474 mil com ajuste sazonal, informou o Departamento de Trabalho dos EUA nesta quinta-feira. É o maior patamar desde meados de agosto de 2010.”

O número de telefones celulares e de pontos de TV a cabo vem despencando no país e não é causado por enjôo com a tecnologia. É falta de renda familiar para honrar os compromissos com as assinaturas destes serviços. Esperem mais desassossego provocado pelo terrorismo Bin Ladista com massas feito zumbi entre um lugar e outro em busca de esperança.

O pior de tudo é que gastaram um dinheirão para assassinar um corpo, enquanto o conceito andava solto no território americano. O Obama tudo dia oferece um circo pela morte de Bin Laden: jantares, visita ao marco zero, hoje mais algumas lantejoulas, e o terrorista anda solto.

Um monstro devastador - Emerson Monteiro

Outra vez falar das drogas, da fera que tomou para refém a sociedade, inoculando seu veneno sobre a doce flor da melhor juventude dos nossos tempos. Recentes notícias falam de um filme documentário na fase de conclusão denominado “Quebrando o tabu”, do cineasta brasileiro Fernando Grostein Andrade, que trata do assunto de modo a repensar aquilo o que Estado pode oferecer como alternativas para o fracasso na guerra às drogas.
Numa sequência de entrevistas com personalidades importantes; políticos, intelectuais e cientistas; Bill Clinton, Jimmy Carter, Dráuzio Varella, Gael Garcia Bernal, Paulo Coelho, etc.; esse trabalho quer indicar maneiras novas de abordar o grave problema, considerado muito mais uma questão de saúde pública do que, apenas, fator e origem da criminalidade. A dependência das drogas ocasiona males inimagináveis à família e à sociedade, deixando cicatrizes profundas na história, desde as remotas eras.
O maior perigo das substâncias estupefacientes é que prendem pelo prazer físico imediato, motivando a ânsia da repetição e estabelecendo a sujeição química dos seus usuários.
No filme, no meio de outros depoimentos, o ex-presidente norte-americano Bill Clinton declara haver conhecido as drogas através da dependência de um seu irmão que se tornara dependente de cocaína, levando-o saber, na própria pele, os males da trágica matéria.
Flagelo avassalador, as drogas chegam inclusive às penitenciárias de segurança máxima, conforme analisa um dos entrevistados. Indiscriminadamente, vitimam todas as classes sociais, todas as idades, todos os países, raças e credos. Ninguém se dirá livre da infelicidade das drogas, que aparecem na gênese dos piores delitos e maldades humanas.
No filme, também o escritor Paulo Coelho observa os riscos a que incorrem pessoas quando assumem o ônus de conhecer as drogas, a partir de quando nada mais poderão decidir com liberdade. Uma viagem sinistra, as drogas impõem condições irreversíveis, da doença à morte, no confronto de situações extremas e destruidoras.
A fatalidade das perversas substâncias rasga os olhos desta civilização, limitando as providências dos governos, que ainda ignoram as proporções reais do terrível inimigo em termos de consequências atuais e futuras. Deste modo, sombras de medo percorrem ruas e palácios, numa escalada jamais vista admitida em tempo algum.
A ciência e os órgãos de segurança, só por si, enfrentam a crise na esperança dos meios ideais de, pelo menos, reduzir o prejuízo comum, enquanto a responsabilidade do problema pesa nas costas de gregos e troianos, pais, irmãos, filhos, amigos e desconhecidos, numa luta surda para conter os números da triste servidão.

Marlene Dietrich



Marlene Dietrich (nome artístico de Marie Magdelene Dietrich von Losch; (nascida em Berlin-Schöneberg, em 27 de Dezembro de 1901; falecida em Paris, França, 6 de Maio de 1992) foi uma atriz e cantora alemã, naturalizada estadunidense.



"Muitas mulheres não sossegam enquanto não mudam o seu homem. E, quando o conseguem, ele perde a graça."

"O homem médio está mais interessado numa mulher que esteja interessada nele do que numa mulher com belas pernas."

"Ser generoso é estar presente no momento certo."

"Um homem que compra dois exemplares do mesmo jornal de manhã, ao sair da boate com sua garota, esse é um cavalheiro."

"Quando é que o amor acaba? Se você disse que se encontraria com alguém às 7 horas e chega às 9, e ele ainda não chamou a polícia, o amor acabou mesmo."

"As únicas pessoas realmente felizes são mulheres casadas e homens solteiros."

"Na vida real, a maioria dos atores de cinema é uma decepção. Eu, por outro lado, sou melhor na vida real do que no cinema."

"As pernas não são tão bonitas, apenas sei o que fazer com elas."

Descontração. Por Liduina Belchior.



O carinho passou e disse: bom dia! O amor respondeu: estou aqui a toda hora. A ternura que estava presente, interferiu: se necessitarem de aconchego, contem comigo.

E o respeito que observava a conversa, finalizou: quero estar presente em todos os momentos.

Bom dia, boa tarde, boa noite!