por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 6 de maio de 2011

perfume de flores- por Socorro Moreirar





Volto aos meus sete anos, ou menos, quando minha mãe comprava rosas “La frança” , “avenca” e “sorriso de Maria”, no jardim dos Lino, perto de onde fica hoje a padaria P & Cia.
Com esse arranjo ela enfeitava os santuários da casa, ou a mesa da sala de jantar, nos dias festivos. Depois ela teve o seu jardim, numa casa do Pimenta, com todos os canteiros iluminados por roseiras.Hoje ela tem no muro, a trepadeira , cuja muda foi extraída dos terreiros da sua mãe, na Fazenda Santa Rita (Piauí).
Acho que o cratense, via de regra, adora flores. O comércio ainda é restrito. Considero como pioneira a esposa do Seu Ernani Silva. Era de lá que saiam os mais belos buquês.
Hoje temos outros floricultores, como Angélica... Mas, na casa de muitos de nós, existe sempre um pé de flor, ou senão um belo jardim!
As flores marcam as trilhas do meu caminho. Nem falo dos tantos lugares onde vivi como em Friburgo, que me arrodeava das orquídeas.
Falo dos ipês, flamboyants, dos jasmins, samambaias, e das trepadeiras que enfeitam os caminhos e muros de tantas casas.
E nem precisa ter muito espaço. Conheço um jardineiro que rega todos os dias a sua acácia. Passe por lá, na Rua José do Carvalho, entre seis e 8h da manhã, que verá.
Ele é nada mais, nada menos do que o místico e grande compositor Abidoral Jamacaru. Não conheço ninguém que entenda, e cuide tão bem das plantas, como aquele moço. Outro que me impressiona é o Blandino, e o próprio Salatiel, Nívia, Pachelly, Bola, Ricardo, Samuel,  Emerson , fotógrafos, cujas lentes não resistem a uma flor, seja ela a mais simples, a mais rara ou a mais bela!
Meu pai quando começou a namorar a minha mãe lhe presenteava todos os dias com uma margarida, e com ela minha mãe enfeitava os cabelos.
Hoje é dia de lembrar o colorido e perfume da vida. A vida brotando, no mistério da flor.
Rosas, rosas, rosas de todas as cores para todos !

4 comentários:

Anônimo disse...

Socorro parabéns! Belo texto!

Um abraço.

Magali

socorro moreira disse...

Menina, por onde andas?
Saudades !

Grande abraço

Mara Thiers disse...

Vou cobrar de Paulo uma margarida todos os dias. Assim também, enfeito os meus cabelos...
Lindo Socorro!
Bjus!

Emerson Monteiro disse...

Socorro,

O gosto que tenho de eternizar um pouca mais a beleza de uma flor, através da fotografia, é saber que o resultado disso mais cedo ou mais tarde chegará aos olhos de pessoas da sua sensibilidade.