A prova de que vivemos a era do FEBEAPÁ de Stanilaw Ponte Preta. Ninguém em espírito democrata quer fuzilar quem quer que seja (mas tem um povo aí, hein!). Acontece que existe, existiu e continuará a existir uma disputa política. E o centro dela é o que merece o povo brasileiro e qual o projeto de nação que garante este merecimento. Mas veja as razões do Bolsonaro: muita gente adversária do PSDB e do FHC tem amplas críticas do mesmo teor.
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
A prova de que vivemos a era do FEBEAPÁ de Stanilaw Ponte Preta. Ninguém em espírito democrata quer fuzilar quem quer que seja (mas tem um povo aí, hein!). Acontece que existe, existiu e continuará a existir uma disputa política. E o centro dela é o que merece o povo brasileiro e qual o projeto de nação que garante este merecimento. Mas veja as razões do Bolsonaro: muita gente adversária do PSDB e do FHC tem amplas críticas do mesmo teor.
UM CESTO CHEIO DE “VEJA” E “CARAS”
No salão destes enormes centros de exames: análises clínicas
e imagens. A espera de alguém que faz exame de hora marcada, presente em ponto,
mas a ordem é de chegada. E tome paciência.
Algo a fazer?
Uma estante, qual “as nossas roupas velhas dependuras”,
expunha revistas amarfanhadas e gordurosas de tantos dedos virando páginas.
Títulos como Veja, Caras, Época e por aí vai.
É Copacabana e os leitores se adequam aos títulos. E pensei,
da menos datada passearei os olhos na vaidade de artistas, semi e celebridades
do eixo Rio-São Paulo.
Todo mundo interpretando algum bom estilo de ilhas e
continentes, taças e comidas, além de álbuns imensos de reuniões, casamentos,
batizados, aniversários e tanta desrazões mais para apenas um clic digital.
Em verdade se trata de roupa velha mesmo. O que os
esperançosos da próxima chamada do laboratório se distraem mesmo são com o “face”,
instagram, whatsap e outras telas luminosas mais que houver.
Mas aí minha atenção viajou mesmo nas caras do vai-e-vem nos
balcões, tomadas e saídas de elevadores e à espera nas cadeiras acolchoadas. Isso
sem contar a indefectível programação matutina da nossa querida TV aberta
apresentando vendedores de saúde e outras normas fundamentais que logo se
esgotam na próxima edição.
Aquele bem vestido corpo esguio, de bolsa pendurada no
antebraço (todas as mulheres a carregam), cabelos mechados de louro, escovado,
unhas luminosas e na ponta dos dedos um digitar na tela com a força simbólica
de uma executiva empresarial. Conversava com uma mais jovem, embevecida diante
da oportunidade, anotando freneticamente em sua tela o que a outra lhe diz.
Bermuda. Cabelos brancos. Peso acima das tabelas e a cintura
nos últimos furos do cinto. É uma verdadeira coorte de aposentados, meio
expediente ou que mais tempo houver para um jejum, uma picada na veia e um café
com um pacotinho de biscoito cream cracker.
A mulher do cafezinho ausentou-se. Alguns começaram a operar
a máquina por conta própria. Chega um senhor, pouco mais do que sessenta anos,
com algum problema neurológico e, vendo os outros, também entra no balcão para
acionar a máquina do café. No seu modo lento começa a operação.
Sua acompanhante, uma senhora afrodescendente, diz: não faça
isso senão a moça-do-café briga com você. Alguém explica que todo mundo está a
fazer o mesmo. Aceita, mas daí em diante quem dirige todas as suas iniciativas
é ela. Que fica a busca de soluções até meia hora após saírem em busca de um
táxi. Ele, obediente, a segue.
Senhas para receber exames. Envelopes carregados. Braços
dobrados para estancar a picada da agulha. Um estalo de lábios no sabor do café.
Passos como um passarinho fugindo da gaiola. A satisfação do dever cumprido.
O médico, no seu consultório com cestos cheios de Revistas
Caras e da Veja, continua a expedir as idas àquele salão onde a expressão é o fluxo
de um ramo da economia.
"BARRIGA DE ALUGUEL" - José Nilton Mariano Saraiva
Quem algum dia imaginaria que o tradicional e glorioso PDT, de Getúlio Vargas e Leonel Brizola, se prestaria a servir como “barriga
de aluguel” a fim de saciar a sede de poder de pessoas que vivem a usar a
atividade política como um rentável meio-de-vida, daí não se importarem de trocar recorrentemente de
partido, por mera conveniência
???
Como
entender que uma agremiação de tantas batalhas e glórias, porquanto
forjada na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos mais necessitados, não mais que de repente se permita servir
de hermético “bunker-protetor” de indivíduos sem identificação nenhuma com o
ideário programático da sigla getulista ???
Afinal, ao aceitar o
ingresso dos Ferreira Gomes em seus quadros, o PDT nada mais faz do que relegar
o belo legado de fidelidade e coerência dos seus dois encimados líderes, porquanto
o histórico dos novos integrantes da agremiação não deixa dúvidas: já se
serviram, unicamente para o atendimento de demandas pessoais, de uma miscelânea
de agremiações tão díspares quanto diametralmente heterogêneas
ideológico-programaticamente, dentre as quais a antiga ARENA (Ditadura), PDS,
PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS.
Além do que, ao
aceitar sujeitar-se aos Ferreira Gomes, o PDT
trairá vergonhosamente um quadro histórico e da estirpe de um Heitor
Ferrer, este, sim, um político digno, leal e merecedor do respeito de todos nós,
mercê de uma atuação cuja característica maior é a coerência e o respeito à
agremiação e aos seus eleitores, daí o”caminhão”
de votos que consegue carrear em cada eleição.
Ou alguém tem alguma
dúvida que a principal “imposição” (dentre muitas que se seguirão) dos
neo-integrantes que o PDT irá recepcionar, será servir de “rampa” para que o
senhor Ciro Gomes tente decolar como candidato à Presidência da República e, em termos locais, garantir que a vaga
para concorrer à Prefeitura de Fortaleza
no próximo ano
seja antecipadamente reservada para o atual detentor
do cargo, um mero “soldado” dos Ferreira Gomes ??? (“rifando” o Heitor Ferrer).
No mais, lembremos do “estrago”
que os Ferreira Gomes causaram à família “Novaes” (irmãos Sérgio e Eliana), aqui
de Fortaleza, que, de dirigentes estaduais do PSB, literalmente foram “obrigados”
a de lá se mandar após a chegada dos sobralenses, só retornando e retomando o
comando da sigla após o falecido presidente nacional da agremiação, Eduardo Campos,
negar-se peremptoriamente a ceder a Ciro Gomes a vaga de representante do PSB
na corrida presidencial a ele (Eduardo) reservada.
Enfim, a realidade é que, por falta de seriedade e respeito aos seus
eleitores e simpatizantes, o “atestado de óbito” do PDT
já haja sido devidamente lavrado no
cartório competente, e que na sua “laje-sepulcral” constará o vergonhoso epíteto de “barriga
de aluguel”.
Assinar:
Postagens (Atom)