por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 11 de agosto de 2018

"ESCULHAMBAÇÃO" CONFIRMADA - José Nilton Mariano Saraiva


Às vésperas da eleição presidencial e com o preferido da população (Lula da Silva) preso numa solitária de Curitiba, sem nenhum pudor o Desembargador Gebran Neto (amigo íntimo do Sérgio Moro) que condenou o ex-presidente (e esticou a pena para 12 anos), vem a público para confirmar aquilo que metade do mundo e a outra banda já sabiam: Lula da Silva é um “preso político”, detido a fim de evitar que volte ao poder nos braços do povo (hoje, segundo as pesquisas, levaria no primeiro turno, com folga). Veja abaixo:
Jornal GGN - A coluna Radar, de Lauro Jardim, na Veja, trouxe o inimaginável: Gebran Neto, desembargador do TRF4, disse a amigos que atropelou o desembargador Favreto por considerar a 'única saída' para impedir liberação de Lula. É muito grave.
A declaração contida em Veja escancara o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula. Um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que a prisão é política sim e continua sendo o maior trunfo da Lava Jato. O que muda na percepção dos críticos da situação, é que esta é a primeira declaração clara sobre as manobras.
Segundo o colunista da Radar, de Veja, o desembargador preferiu cometer ilegalidades a evitar o que chama de 'um erro ainda mais danoso', que era a justa liberação do ex-presidente. Tal declaração teria sido feita no dia 8 de julho, quando o desembargador Rogério Favreto aceitou o pedido de habeas corpus em favor de Lula.
A situação beira o descaramento, quando vale tudo para manter Lula preso e calado, sem poder se valer de seus direitos fundamentais. Nem Moro poderia contestar a decisão de Favreto, nem Gebran poderia atropelar a decisão do juiz que estava de plantão. Os dois magistrados, em gozo de férias, agiram rapidamente usando, inclusive, os guardas da PF de Curitiba. Moro acionou os guardas e Gebran, e este veio célere reforçar a decisão. Por fim, entra o presidente do TRF4 que, longe de defender a legalidade da decisão de Favreto, interveio para derrubar o habeas corpus.
Somente o órgão colegiado do TRF4 poderia revogar a ordem de habeas corpus deferida por Favreto, não fosse, é claro, essa poltiização descarada da Justiça.
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Fato é que, tivéssemos um Supremo Tribunal Federal que honrasse tal denominação, não só o desembargador Gebran Neto, como o juiz Sérgio Moro, estariam hoje vendo o sol nascer quadrado, não só por essa, mas pelas infindáveis arbitrariedades perpetradas ao longo da “perseguição implacável” ao ex-presidente (por quatro anos), sem que houvessem colhido nenhuma prova de supostos ilícitos.
Assim, embora com atraso, tal declaração de Gebran Neto escancara de vez o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula da Silva. Afinal, quando um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que estamos ante uma prisão política, sim, e que o mote usado pela Lava Jato (sobre corrupção) não passa de cortina de fumaça para acabar com o Estado Democrático de Direito, em nosso país.

MOVIDOS PELO "ÓDIO E INSENSATEZ" - José Nilton Mariano Saraiva


Encaminha-se o Brasil para uma eleição presidencial reconhecidamente “fajuta”, mesmo que revestida com o verniz de uma suposta legalidade lhe conferida pelos parciais, omissos e medrosos integrantes do tal Supremo Tribunal Federal (STF).

É que, ao se ajoelharem e silenciarem ante um juiz de primeira instância que, picado pela mosca azul, enxovalha e desmoraliza diuturnamente a nossa outrora respeitada Carta Maior (Constituição Federal), os togados sem moral do STF praticamente destruíram com o ordenamento legal nacional, daí a esculhambação jurídica hoje vigente no país.

Confessos e atuantes partícipes de uma farsa grotesca, que começou lá atrás, no impeachment da honesta presidenta Dilma Rousseff, “suas excelências” (com minúsculas mesmo) com receio de contraria-lo, findaram por se subjugar aos caprichos do juiz Sérgio Moro, que hoje praticamente lhes determina qual a agenda a seguir. Tanto é que, individualmente, alguns deles reconhecem os excessos do juizeco, mas não tomam nenhuma providência efetiva para obstá-lo.

Nesse diapasão, a prisão do ex-presidente Lula da Silva (objeto de desejo daquele juiz, desde sempre), embora sem nenhuma prova de qualquer suposto crime que lhe tenha sido “atribuído” (por ele e sua cambada de procuradores, depois de longos quatro anos de investigação), nos oferece a esdrúxula situação que hoje vivenciamos: embora detido e incomunicável numa solitária da prisão de Curitiba, Lula da Silva continua liderando com folga a preferência popular para as eleições que serão realizadas daqui a dois meses, e levaria fácil ainda no primeiro turno.

E, no entanto, o desenlace de tal imbróglio poderia ser facilmente resolvido num piscar d’olhos se, num átimo de honradez e clarividência que supostamente ainda lhes restem (será ???), os togados do STF levassem à mesa daquela corte a franciscana questão: pode uma lei ordinária (Lei da Ficha Limpa) se sobrepor ao que determina a Constituição Federal ???
Afinal, se a primeira (Lei da Ficha Limpa) reza que o condenado em segunda instância está impedido de concorrer, a segunda (Constituição Federal) é contundentemente clara: alguém só pode ser condenado após esgotados todos os recursos jurídicos disponíveis (é a tal presunção de inocência). E até os cosmonautas que habitam a estação espacial sabem, assim como  todos nós sabemos, que Lula da Silva foi condenado sem que as etapas do processo tenham chegado ao seu final; até porque nos “autos” não existe uma única prova que o incrimine, mas, tão somente, convicções, achismos e suposições de juízes e procuradores movidos pelo ódio e a insensatez e a serviço de interesses outros (tanto é que ali o “verbo” é usado sempre no tempo condicional: teria, seria, poderia e por aí vai).
Alfim, uma certeza: em tão pouco tempo, Sérgio Moro e seus procuradores deslumbrados de Curitiba destroçaram com o país. E o único líder com carisma, apoio da população e competência para traze-lo de volta aos trilhos chama-se Lula da Silva.