por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Só Um Pensamento.


Bendito é o tempo que ruge
que urge, que busca, que traz
que surge, que abafa, que rebusca
e mostra para nós, que somos o destino
e que a vida tem jeito, que o amor
não necessita ser infinito, porque ele acontece
na linha do mundo, sem elaborar finitude
nos abarca e nos laça no melhor ritmo da existência.

Beijos, mil beijos, Socorro e todos do Azul Sonhado.

Um "adendo" necessário - José Nilton Mariano Saraiva

Lendariamente, “milagres” são fenômenos que não acontecem todos os dias. E mais: tal qual um raio, não caem (ou ocorrem) num mesmo local. E exatamente por isso, por serem raros, esporádicos, estanques e solitários, guardam certa curiosidade.

A reflexão é para lembrar que o jornal O POVO (deste 19.01.14, página 38) nos informa que quando do (suposto) “milagre da hóstia”, nada menos que 93 (noventa e três) “encenações” ocorreram no interstício de 02 anos, e todas na “capela-teatro” do Socorro, em Juazeiro do Norte. Com data e hora previamente marcadas pra acontecer.

Assim, em vista da “previsibilidade” e da atuação de “multiplicadores”, de pronto deu-se a adesão de glebas de paupérrimos fanáticos de outros estados do Nordeste. E o script era sempre o mesmo: o padre esperto, a beata inocente e, vapt-vupt, fiat-lux: o (suposto) “milagre” se materializava. Sem maiores delongas. Precisão de um relógio suíço. E assim, face à incessante difusão, exponencialmente as platéias cresceram, daí terem sido necessárias a repetência de incríveis 93 (noventa e três) “encenações” do (suposto) “milagre da hóstia”. 

Resultado: física e organicamente debilitado, o “instrumento” provocador do tal (suposto) milagre (Maria de Araújo) entrou em acelerado processo de “saturação”. E como continuou sendo irresponsavelmente usado sem maiores cuidados, o “instrumento” (Maria de Araújo) faliu. Porque explorada à exaustão. De forma desumana e insensível.

Assim, quando tardiamente a Igreja acordou para o tal “fenômeno”, o (suposto) “milagre” já atingira o objetivo colimado: beneficiar Cícero Romão Batista. Que só então foi “descredenciado” pela hierarquia da Igreja Católica e expulso das suas hostes, acusado de “charlatanismo”. O resto da história todo mundo já sabe: ingressou na política e ficou rico.

Portanto, este é um “adendo” que se faz necessário à nossa postagem anterior (“Os 100 anos de Maria de Araújo”) vez que objetiva mostrar que, contrariando a lenda, em um mesmo local (“capela-teatro” do Socorro, em Juazeiro do Norte), foram 93 (noventa e três) as “encenações” na tentativa de “viabilizar” o tal (suposto) “milagre da hóstia”. Na realidade, uma fraude grotesca, engodo sem tamanho, forçação de barra sem precedentes. Tanto que o Vaticano, por assim considerar, até os dias atuais não o reconheceu (mas o fará algum dia, por imposições político-mercantis, disso não tenham dúvidas).


Agora, aqui pra nós: “milagres” aos borbotões, produzidos como se fora em “escala industrial” merecem mesmo alguma credibilidade ??? Onde já se viu algo tão anômalo, excêntrico e extravagante ???