por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 19 de maio de 2012

Por : Socorro Moreira


A luz
seja do olhar
seiva do luar
seja difusa
nesta vida confusa
seja fria
lâmina que arbitra
seja forte
mesmo na hora da morte
seja opaca
quando o amor se apaga ...
- Conseguir descobri-la
na escuridão do nada.

Grande Nelson Cavaquinho!


ZECA IVO- Norma Hauer


Em 19 de maio de 1894 nasceu, aqui no Rio de Janeiro, José Ivo da Costa, que adotou o nome de ZECA IVO e assim ficou conhecido como compositor. Embora não marcasse muito nosso cancioneiro popular, foi autor de alguns sucessos, como “Tristeza de Gaúcho”, isso porque, embora carioca, viveu muitos anos no Rio Grande do Sul.

Com temas gaúchos, ainda compôs “Gaúcho Velho”; ”Luar do Sul” e “Proeza de Gaúcho” . .

Regressando ao Rio de Janeiro, aqui fez parceria com Jota Machado compondo “Mês de Maria”, gravado por Francisco Alves; “Ondas Curtas” , com João Freitas (sendo esta a primeira gravação de Orlando Silva); “Jardineiro do Amor, com Custódio Mesquita e “Última Carta de Amor”, com Benedito Lacerda. Ainda com tema gaúcho compôs, com Ary Barroso, “Meu Pampa Lindo”.

Zeca Ivo gravou também com Pedro Celestino (irmão de Vicente), “O Guasca” e “A Vida é um Inferno, onde as Mulheres são os Demônios”, um fado-toada feito em parceria com Lamartine Babo. Com Laís Areda, uma cantora que foi companheira de Vicente Celestino, antes de seu casamento com Gilda de Abreu, Zeca Ivo gravou a canção ´”Órfão de Amor”. Com Sílvio Caldas, gravou o samba “Última Carta de Amor” e com Augusto Calheiros a valsa “Quero-te Cada Vez Mais”.

Visitou vários estados do Brasil integrando grupos teatrais ou sozinho, realizando recitais de poemas e canções.

Podemos considerar “Mês de Maria”, gravada, por Francisco Alves, a música mais conhecida de Zeca Ivo aqui no Rio de Janeiro, quiçá no Brasil.

Zeca Ivo faleceu aqui no Rio de Janeiro no dia 19 de fevereiro de 1964, sem completar 70 anos.

JOÃO DA BAHIANA- Norma Hauer



Foi há 124 anos que nasceu ,no dia 17 de maio de 1887, João Machado
Guedes, que ficou conhecido como JOÃO DA BAHIANA.

Como outros de sua época, deixou sua marca em nossa música popular.

Sua família era da Bahia (daí o nome como ficou conhecido) mas ele, de todos os 12 filhos, foi o
único que nasceu aqui no Rio. Desde criança freqüentava rodas de samba e,no final dos anos 10 passou a relacionar-se com Pixinguinha e outros bambas da época, sendo convidado por Pixinga para ir à Europa, com os"Oito Batutas".

Negou-se por estar, naquele momento, ocupando um cargo de Fiscal da Marinha; isso em 1922.

No ano seguinte começou a compor. Trabalhou no rádio (provavelmente a Clube do Brasil, a segunda emissora a funcionar no Rio) e em 1928, já compondo, passou a ritmista e daí a fazer parte de alguns conjuntos foi um passo.

Dois desses conjuntos foram importantes nos acompanhamentos dos cantores que começaram a gravar a
partir do final dos anos 20:"Guarda Velha" e "Diabos do Céu".

Fazia parte do grupo que freqüentava a Casa de Tia Ciata na Praça 11, com Pixinguinha, Donga, Sinhô e outros sambistas. Esse mesmo grupo se reunia na antiga Pedra do Sal uma escadaria na subida do Morro
da Conceição,que hoje tem o nome de Largo João da Baiana, mas que não deixa de ser uma escadaria toda torta.

Ficou algum tempo afastado até que Almirante,em 1950,convidou-o para um novo "Grupo da Velha
Guarda" e, em 1968 gravou, com Clementina de Jesus e Pixinguinha um LP denominado "Gente da Antiga", dirigido por Hermínio Bello de Carvalho.

As composições mais famosas de João da Baiana
foram: "Pelo Amor da Mulata";"Mulher Cruel"; “Pedindo
Vingança";"O Futuro é uma Caveira"e"Batuque na
Cozinha".

Porém a música que
mais o projetou e teve inúmeras gravações, foi "Cabide de Molambo".

João da Baiana
faleceu em 12 de janeiro de 1974, aqui no Rio de Janeiro, sem completar 87
anos.

Norma Hauer