por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 30 de abril de 2016

O “VILÃO”, o “BOBO DA CORTE” e a “BOLA DA VEZ” - José Nílton Mariano Saraiva

Com o apoio covarde, conivente, frouxo, conveniente e decisivo da “maioria” dos integrantes do Supremo Tribunal Federal (porquanto, pelo menos até aqui, se nega de forma peremptória a julgar o “mérito” do processo de impeachment homologado numa assembleia de bandidos e comandada por um gângster de alta periculosidade), prossegue a “sacanagem” travestida de “golpe” que está pra condenar de vez e catapultar do poder a inocente Presidenta “Ficha-Limpa” Dilma Rousseff e, por consequência, cassar o voto dos quase 55 milhões de eleitores que a sufragaram.

Convém ressaltar, que na esteira da “sujeirada” de que se revestiu tal processo, alguns detalhes se nos apresentaram: ficou evidenciado, por exemplo, que, ao contrário do que a própria ciência apurou, esse tal de DNA às vezes não corresponde ao que dele se espera (ou seja, não é 100,0 % confiável). E o exemplo maior dessa elucubração nos é dado pelo “playboy do Leblon”, o político Aécio Neves, de quem muito a “tucanalhada” esperava, porquanto neto de uma das maiores raposas políticas que esse país já possuiu, Tancredo Neves.

O que se viu e se vê, entretanto, é que ao “playboy do Leblon” faltam a estatura e estofo moral capazes de honrar o legado do avô, consubstanciada no despreparo intelectual e em atitudes raivosas e revanchistas, das quais faz uso corriqueiramente, para com os que se lhe opõem. Assim é que, derrotado por Dilma Rosseff (mesmo contando com o apoio da mídia e empresários de alto coturno), perdeu o rumo de vez, deprimiu-se, entrou em corrosivo processo declinante e, de potencial candidato a Presidente da República em 2018, virou uma espécie de “BOBO DA CORTE” a correr sofregamente atrás dos supostos novos donos do poder (PMDB) à busca de migalhas para o seu hoje desnutrido e esquelético PSDB. Trata-se, pois, de um morto insepulto, politicamente.

Na outra ponta, temos o camaleônico (capaz de transmutar-se de uma hora pra outra) e “fanfarrão” político paulistano radicado no Ceará, Ciro Gomes, exemplo maior de instabilidade ideológico programática, já que capaz de transitar com extrema facilidade (ao sabor de conveniências meramente pessoais) por agremiações tão díspares quanto exóticas, conforme atesta sua multifacetada carreira política, a saber: ARENA, PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS e agora PDT.

Reconhecidamente bocão, bicão, esperto, loquaz, pavio curto, metido a valente, tem na tribuna a sua maior arma, porquanto expressa-se com uma facilidade extrema, capaz de enganar os menos avisados e alienados politicamente. Já provou, entretanto, que sua instabilidade emocional, aliada à língua solta, é um fator limitativo impeditivo a que atinja um contingente maior da população, em sua persistente busca rumo à Presidência da República (conforme mostram os números, nas duas vezes em que se candidatou).

No entanto, devido ao quadro delicado em que o país se encontra politicamente, com metade da população e a outra banda insatisfeitas com a forma como uma Presidenta eleita democraticamente foi arrancada do trono, e na perspectiva de a “República de Curitiba” (aliada ao próprio Supremo Tribunal Federal) dê um jeito de obstar a imbatível candidatura Lula da Silva, em 2018, abre-se a imensa possibilidade de que a BOLA DA VEZ seja, sim, o “fanfarrão” Ciro Gomes, e com o apoio da dupla Lula da Silva/Dilma Rosseff. Tanto que o PDT já confirmou que sua candidatura é irreversível (atendendo ao próprio).

Resumo de tudo, a preço de hoje: temos um “Vilão” (Supremo Tribunal Federal), um “Bobo da Corte” (Aécio Neves) e a “Bola da Vez” (Ciro Gomes).


A conferir.