por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 23 de fevereiro de 2019

UM "PASSADO QUE CONDENA" - José Nilton Mariano Saraiva


UM “PASSADO QUE CONDENA” – José Nilton Mariano Saraiva

Não é necessário que se seja nenhum expert em Geografia para saber que o Iraque se acha encravado no longínquo Oriente Médio (do outro lado do mundo) enquanto a Venezuela é nossa vizinha, aqui na América do Sul. Assim como, também, que em termos de costumes, história, cultura, religião e, enfim, do modus vivend, são países totalmente antagônicos.

Num aspecto, entretanto, os dois guardam uma semelhança muito grande e... preocupante: ambos detêm em seu subsolo portentosas e invejáveis reservas do “ouro negro” (petróleo). Assim, literalmente nadam de braçada, mas por outro lado são alvos da cobiça internacional.

De outra parte, na América do Norte, o outrora maior país do mundo, Estados Unidos, paulatina e progressivamente começa a perder poder, principalmente em razão do exaurimento das suas reservas de petróleo (que após beneficiado é usado numa miscelânea de outros produtos essenciais).

Como desde o fim da Segunda Grande Guerra Mundial os “yankes” (Estados Unidos) incorporaram o espírito de “xerifes” do mundo, com direito a dar pitaco e interferir onde bem entender (escudado em seu portentoso arsenal bélico/militar), a solução encontrada foi “ir atrás do petróleo onde ele estiver”.

Para tanto, é só arranjar um país que seja portador de reservas “suculentas” do petróleo, desqualificar seus governantes, “fazer a cabeça” da mídia amestrada para difundir o perigo que representam tais governos e, ato contínuo, invadir o país e tomar de conta das suas jazidas.

Foi assim no Iraque, em 2003, quando o alcóolatra George Bush, então na presidência dos Estados Unidos, resolveu que era chegada a hora de tomar tal providência contra Saddam Hussein, sob o mentiroso argumento de que o Iraque detinha um fabuloso arsenal de armas químicas a serem usadas contra seus vizinhos do Golfo Pérsico. Não encontraram porra nenhuma (porque inexistia), mas depuseram e mataram o “sanguinário” e se apossaram do petróleo do Iraque. E ficou por isso mesmo.

2019, a bola da vez é a Venezuela, cujas reservas de petróleo são as maiores do mundo (maiores até que as da Arábia Saudita). O modus operandi é o mesmo: demonizar o governo através do estardalhaço de uma mídia de via única e parcial, conseguir o apoio de países alinhados a fim de perpetrar o crime e partir para o aniquilamento.

E a declaração do psicopata que atualmente está presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma reunião no FBI, meses atrás, é emblemática e não deixa dúvidas:  
"Eu não entendo porque não estamos olhando para a Venezuela. Por que não estamos em guerra com a Venezuela? Eles têm todo esse petróleo e estão na nossa porta dos fundos".

O lamentável e preocupante nisso tudo é que o desonesto e medíocre que foi alçado à Presidência do Brasil (Jair Bolsonaro), haja concordado em meter o Brasil nessa enrascada, já que o território brasileiro irá funcionar como um dos pontos de apoio para a invasão de um país com o qual sempre tivemos excelentes relações.

E se a Rússia e China, apoiadores de primeira hora da Venezuela, resolverem “bater de frente” com os Estados Unidos (um passado que condena), o que sobrará para o Brasil ??? Estaremos preparados para participar de uma guerra civil da qual nada temos a ver ???