por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 23 de junho de 2020


O “PEQUENO DRÁCULA” – José Nilton Mariano Saraiva

Fluente em inglês e espanhol, boa pinta, austero, simpático, comumente rigoroso, Marco Antônio Rodriguez Moreno, o bom árbitro de futebol mexicano que foi selecionado para atuar na Copa do Mundo de Futebol, de 2014, realizada no Brasil, é professor de Educação Física, tem 1,79 de altura e 81 kg.

Para ser infortúnio, no entanto, tem um apelido do qual não deve gostar nem um pouco, mas que aprendeu a aceitar por pura conveniência marqueteira: o “PEQUENO DRÁCULA”, face à incrível semelhança fisionômica com o dito-cujo (Drácula, como se sabe, era aquele vampiro famoso, originário da “Transilvânia”, que antigamente assustava a meninada - nós outros, sessentões de hoje - via telona dos cinemas).

Pois bem, indicado para apitar o clássico Uruguai X Itália, de repente Rodriguez Moreno deixou passar um lance capital do confronto: aquele em que o atacante uruguaio Luiz Sóarez provando não ter nenhuma tendência “naturalista”, mas, sim, uma avidez carnívora desmedida, deixa o futebol propriamente de lado e quase decepa/arranca a cabeça do zagueiro italiano Giorgio Chiellini ao aplicar-lhe uma vigorosa dentada à altura do pescoço (as “marcas caninas” foram mostradas pela TV e como é a terceira vez que faz isso, em campeonatos diversos, Sóarez corre o risco de ser suspenso do resto da Copa do Mundo).

No entanto, embora justificadamente o caso tenha sido explorado o máximo pela mídia, porquanto a imagem da televisão foi pura e cristalina em relação à violência do lance, no relatório do árbitro à comissão de arbitragem da FIFA tal ocorrência não foi sequer citada e nem o “amarelinho”, que se fazia merecedor foi usado (Rodriguez Moreno alega não ter visto o lance).

Com o afunilamento do torneio (tanto que metade dos concorrentes tomaram o caminho de volta pra casa), a esperança dos que querem evitar um confronto com o Uruguai é que, tal qual procedeu em casos análogos (no passado), a FIFA puna com absoluto rigor o jogador, com base apenas nas imagens geradas pela TV (o que constituiria um desfalque de peso para quem quer chegar lá).

No entanto (e por enquanto), à espera de tal decisão a pergunta que todos se fazem é: será que o “PEQUENO DRÁCULA” (o juiz mexicano Marco Antônio Rodriguez Moreno) deixou propositadamente de punir o jogador uruguaio por “ciúmes”, ao entender que ali, naquele momento e com imagens geradas para todo o mundo, nenhum outro Drácula (“fajuto”) poderia ser alvo dos holofotes a ponto de ofuscar a imagem dele, o “PEQUENO DRÁCULA”, primeiro e único vampiro no pedaço ???

Será ???