por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 16 de março de 2011



Precipício

Não achei teu pó
Atiro-me!

No ar...
- Tudo que foi dito!

Folhas secas
Vindas do pomar
Lá no mar
Despenco o meu olhar
Azul-musgo
Peixe-escuro
Águas,
Espio...
Deito no infinito
e fico!

(socorro moreira)



Etílico- socorro moreira





Voltou...

Enrolado nas suas falas -

Éter inebriando a sala -

Acordou meu pesadelo

Comoveu-me, na fraqueza...

Partiu

Quando a lucidez do Sol

Incendiou a casa












Estrada

Olhos no chão

Formigas comigo

Pingo no peito

Torço o pé direito

Doutor,

Serve um comprimido?

( socorro moreira)




Amor de soslaio- socorro moreira



Amor de soslaio
É olhar que não fixa
Capta imagem distorcida
Fere o coração
Não fica



Versos furados- socorro moreira


Sincronia

Pensamento, olhar
Estrela-Vésper
Boca imantada
Doce, picante
Gelatina prazer
Riso, choro,
Brilho
Estrelas nos olhos
Frutos do oitizeiro
Mordo a ponta da língua
Engulo a ponte do beijo
Sangue por sangue...
Cem voltas na garganta
Cheiros
Química...
Que porra é essa?
- Síntese do desejo
Amor absurdo
Loucura, borbulhas...
Catacumbas sempiternas!

Vi primeiro...

Gozo no inferno
Contemplo
Zen, confesso!

Chave-mestra
"Hexagrama 10"!
Nove na primeira linha
Zero, na primeira entrega...
Destino, tango?

Perseverar traz fortuna
Nenhuma culpa...
Traz um caminho de verso
Baú da felicidade...
- Quero cheio!

PAPO FURADO

Minha criança dorme
Minha sinhazinha sonha
Minha senhora, já idosa,
Sobrevive,
Amparada por droguinhas.

Confundo-me, irmã dos meus filhos...
- Barrigudos, grisalhos...
Meus meninos!


Coma e cansaço!

Procuro o cheiro da rosa seca
Escondido ou perdido
No livro da escola...
Saudades dos meus amigos...
Vê-los, vivê-los!

A luz apagou.
Uma réstia de Lua
Me serve de guia
Meu quarto é rosa-claro
No sonho ainda me enrolo...
Indo, e ouvindo...
- Parece que fuma, Maria?


Dia de riscar paredes...
Picotar agendas de compromissos
Rasgar notas promissórias


Adormecer nos braços de um pai,
ou num colo de mãe...

" Amarra o Teu Arado a Uma Estrela"- Para Uma Reflexão

Bernardo Bertolucci

Bernardo Bertolucci (Parma, 16 de março de 1941) é um cineasta e guionista italiano.


Doses amargas - Emerson Monteiro

Diante de alguns desses acontecimentos recentes que chegaram aos nossos pousos em forma de matérias televisivas, perguntas se misturam com desencantos. Onde antes havia segurança técnica e bonitas paisagens, cresceram ondas de gravetos sacudindo a tranquilidade relativa de populações inteiras. Mares e chãos reverteram ordens estabelecidas no país silencioso, pondo para vagar sem destino atônitos sobreviventes.
Espécie de susto parece tomar conta dos noticiários, numa sucessão de atividades naturais imprevistas, quando as indagações tradicionais ainda nem respondiam as nuvens de inocência das mentalidades, por isso dominando o espetáculo do momento. Chuvas, marés, tremores de terra, e, para completar a bizarrice dos medos atuais, usinas atômica expelem radioatividade no céu; além de queda, coice. Tudo o que os japoneses menos queriam, depois dos dramas medievais de Hiroshima e Nagasaki, aos fins da Segunda Guerra, seria lidar, outra vez, com aquela maldade tenebrosa das chagas invisíveis que intoxicam os ares.
Outro dia, no consultório do dentista, uma professora explicava, a propósito das mudanças do clima da Terra, avaliando existirem interesses secretos na divulgação das supostas transformações da natureza, na intenção de alarmar para o uso indiscriminado dos recursos originais. Grupos dominantes reservariam a si o domínio desses recursos; o restante da humanidade ignora seus frutos e benefícios. Enquanto isto, a mídia alimenta o pacto da ignorância das massas.
Paro e penso o quando seres humanos caminhariam distantes do controle desses fenômenos naturais. A casa comum do Planeta às vezes dá sinais de exaustão e indica sérias mudanças além das previsões oficiais. Gelo derrete nos polos, rios secam abaixo das médias conhecidas, tragédias impõem custos de vidas humanas, secas, deslizamentos e inundações trocam de lugar nas colinas quando menos esperados, uma série de ocorrências exóticas no clima que sacoleja as bases do eterno, forçando apreensões e ocasionando sustos.
Filosofar numa fase destas virou exercício de conformação, reconhecimento das urgentes necessidades dos aspectos religiosos da cultura. Há milênios, as civilizações impõem as suas normas aos fatores da Terra, sem, contudo, acreditar pudessem atingir os limites da tolerância. Porém nesse turno, quando impactos chegam quase em tempo real aos restaurantes, lares, supermercados, a cores de cristal líquido, no mínimo levam arrepios a percorrer espectadores desconfiados, nas tamanhas reviravoltas impacientes, tragédias anunciadas que afundam o palco de onde muitas verdades saíram para bem longe de grandes certezas agora abandonadas.

Pensamento para o Dia 16/03/2011


“Temos muito a aprender com os outros. Não é preciso duvidar desse fato. Aqueles que se recusam a aprender desse modo declaram-se tolos. Você pode aprender com os outros qualquer coisa que possa promover seu progresso espiritual e absorvê-lo ao máximo, de acordo com as linhas previstas para seu próprio progresso, em seu próprio caminho moral ou Dharma. Você deve viver como você mesmo, não como outra pessoa. Esteja imerso em seu Deus, em suas próprias crenças e sentimentos, na bem-aventurança que brota de seu próprio coração e no prazer derivado de sua prática espiritual (Sadhana). Se outros tentam impedi-lo de fazer isso, qualquer plano que teçam ou artifícios que empreguem, resista a eles. Não negue a si mesmo a consciência do Divino e do Êxtase Divino. Derrube as barreiras que se interpõem no caminho e obstruem o livre fluxo de divindade, doçura e força do fundo de seu coração.”
Sathya Sai Baba

MULHERES DO RIO- Telma Brilhante




sobre a pedra lavrada
passava o rio
lavando as coxas

das mulheres
das meninas

e as roupas encardidas


as mulheres espantavam
o medo
as angústias


no ritmo cadenciado
das cantigas saídas
de peitos arfantes
e cheios de leite


gritos de guerra
e de assombro
no meio do dia

quando descia o silêncio
se ouviam lamentos
das roupas
entoando
canções
lavradas
sobre a pedra.

Poemínimos- Por Tiago Araripe

Falou o morto:
não vivo fora da 
zona de conforto.

(Tiago Araripe)

 Este,o ócio 
 não terá 
como sócio.

(Tiago Araripe)

O Livro do Azul Sonhado!

Concluímos a primeira revisão.
Sequência operacional: 
diagramação e capa;
segunda revisão;
edição;
revisão gráfica;
impressão;
lançamento.

Não temos a data de lançamento, mas apostamos na possibilidade de acontecer, na semana da ExpoCrato, ou seja, julho/2011.

Relação de autores:
1.Aloísio Paulo
2.Assis Lima
3.Bernardo Melgaço
4.Carlos Esmeraldo
5.Wilton Dedê
6.Domingos Barroso
7.Edmar Cordeiro
8.Francisco das Chagas
9.Geraldo Ananias
10.Geraldo Urano
11.Isabela Pinheiro
12.José Flávio Vieira
13.João Marni
14.João Nicodemos
15.Joaquim Pinheiro
16.Emerson Monteiro
17.José Carlos Brandão
18.José Nilton Mariano
19.Mara Thiers
20.Liduína Belchior
21.Luís Eduardo
22.José do Vale Feitosa
23.Lupeu Lacerda
24.Magali F.Esmeraldo
25.Manoel Severo
26.Marcos Barreto
27.Marcos Leonel
28.Tetê Barreto
29.Nilo Sérgio
30.Pachelly Jamacaru
31.Abidoral Jamacaru*
32.Roberto Jamacaru*
33.Pedro Esmeraldo
34.Rejane Gonçalves
35.Rosa Guerrera
36.Socorro Moreira
37.Stela Siebra
38.Tiago Araripe
39.Ulisses Germano
40.Vera Barbosa
41.Corujinha Baiana 
42.Telma Brilhante
43.Josenir Lacerda*
44.Cristina Diôgo*
45.Everardo Norões*
-------------------------------
 *Material Pendente!!!

* Dois textos p/cada autor;
500 exemplares, assim distribuídos:
225 (45 autores - 5 para cada);
25 p/divulgação;
250 para serem vendidos (se algum dos autores desejar comprá-los, faça a sua reserva pelo e-mail:
moreirasocorro757@gmail.com).
Preço estimado: no máximo 20,00

Ficha Técnica:
Prefácio: José Flávio Vieira
Orelha: José do Vale Feitosa
Dedicatória: Tiago Araripe ( homenageados: J. de Figueiredo Filho e Patativa do Assaré)
Contracapa: Emerson Monteiro
Foto da capa: Pachelly Jamacaru
Revisores: Stela Siebra e Luís Eduardo
Edição: Blog "No Azul Sonhado".

Recado da escritora Telma Brilhante

Prezados escritores:

Estamos divulgando o nosso blog e esperamos contar com todos os que fazem a Literatura Infanto Juvenil em Pernambuco (escritores, contadores de histórias, ilustradores). Brevemente divulgaremos, através de convite, o nosso encontro. Esperamos comentários e colaborações.
Abraços de
Antônio Nunes (TONTON) e Telma Brilhante

BLOG: lij-pe.blogsopot.com

Curtas.Liduina Vilar.

Orquídea na mão
pontua beleza, carinho
contemplação!
Os olhos agradecem
esta linda visão
que serve de deleite
para o seu coração.

O Livro do Azul Sonhado!

Recebi hoje , a coletânea revisada por Stela. Vou divulgar amanhã, a lista definitiva dos autores. Fiquei feliz com o resultado do processo.Agora faremos a diagramação, outra revisão, edição, e celebração !
Estamos chegando perto... E aposto , na beleza final.

Devemos à Stela,  gratidão especial ! 



Um céu azul sonhado...

Imagem/InternetO céu é tão perto de se ver e tão longe de se tocar...
Mara

Casinha no meio do mato...

Faz tempos que pintei essa tela (2005). Tenho algumas do mesmo ano quando fiz meu curso de pintura na UECE. Depois fiz algumas outras; e de lá para cá, perdi um pouco a vontade. Andava sem forças e sem energia. Meio "capionga" (como se fala no interior). Não conseguia pintar; e nem sei o porquê. Fiquei afastada, reclusa... Guardei todas em uma caixa e deixei ali num canto..., à espera... Apenas aguardando o momento certo. Algumas delas até perderam um pouco a cor... Hoje, iniciei uma bem diferente, uma pintura bem mais moderna, mudei um pouco o estilo (apesar de gostar bem mais de natureza morta, paisagens, marinhas)... Nesses dias eu posto aqui no blog. Até que eu gostaria de fazer um desenho sem ter que olhar revistas de arte; mas ainda não consigo. Faço o esboço, depois deslizo no papel com o pincel...

Mara