por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 16 de março de 2011

MULHERES DO RIO- Telma Brilhante




sobre a pedra lavrada
passava o rio
lavando as coxas

das mulheres
das meninas

e as roupas encardidas


as mulheres espantavam
o medo
as angústias


no ritmo cadenciado
das cantigas saídas
de peitos arfantes
e cheios de leite


gritos de guerra
e de assombro
no meio do dia

quando descia o silêncio
se ouviam lamentos
das roupas
entoando
canções
lavradas
sobre a pedra.

2 comentários:

socorro moreira disse...

Perfeito!

Tocou-me. Vivi a meninice na Pedra Lavrada.


Beijo, Telma.

Liduina Belchior disse...

Telma Brilhante,

Interessante, fiz uma viagem nessa história.
Lindo poema cratense. Parabéns mil vezes.

Abraços da terra: Liduina.