por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pensamento para o Dia 17/08/2011


“A vida humana é cercada de altos e baixos, alegrias e tristezas. Essas experiências devem servir como marcos para o homem. A vida seria sem graça se não houvesse provas e dificuldades. São essas dificuldades que revelam os valores humanos no homem. Você não pode obter o suco da cana sem esmagá-la. Você não pode aumentar o brilho de um diamante sem cortá-lo e fazer muitas facetas. Deve-se descartar sua mesquinhez e desenvolver uma mente aberta através do cultivo do amor. Somente quando você sofrer várias dificuldades poderá experimentar a doce bem-aventurança da autorrealização. Portanto, as dificuldades devem ser bem-vindas e superadas. Quando você superar as dificuldades, terá certeza de experimentar a Divindade.”
Sathya Sai Baba

As lembranças bem guardadas - Emerson Monteiro

O meu amigo Tiago Duarte mora em Crato. Antes estudara e fora casado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde deixara uma filha, Aline, que agora tem sete anos e vive junto da família da mãe, longe, pois, do pai, que este ano resolveu visitá-la na quinta-feira da semana que antecedia o segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais.

Chegou à Cidade do Sal em tempo suficiente de participar da festinha anual do colégio que homenagearia os pais dos alunos. Passara rápido no hotel, tomara um banho e rumara ao local.

Às 16h, ocorreria a solenidade na quadra do colégio, sob os olhos animados de professores, alunos e familiares. Ao terminarem os pronunciamentos, apresentações artísticas e outras movimentações, os pais seguiram até as salas, no sentido de receberem algumas lembrancinhas dos filhos, como organizam os colégios em tais datas.

Nessa hora, Tiago observou que Aline recebera a sua lembrança das mãos da professora mas evitara lhe repassar na mesma ocasião, qual faziam os demais colegas. Cuidadosa, guardara na bolsa a prenda e dirigira-se ao pai convidando-o para descerem ao pátio do colégio.

Ali, num ponto reservado, de mãozinhas delicadas, abriu a pequena bolsa e disse ao genitor:

- Papai, nos anos em que o senhor não pode vim eu guardei as lembrancinhas para o senhor. – Nessa hora, Tiago, que já disfarçava algumas lágrimas, observou emocionado surgirem enfileirados os mimos que a menina carinhosa guardara ano a ano.

Eram elas um chaveiro de moto feito um cordão grande e a medalhinha de São José na extremidade. Outra, uma lanterna pequenina, já meio gasta pelo uso, o que decerto a criança usara nas suas brincadeiras. A terceira, moldurazinha de praia de uns 10cm de altura por uns 5 de largura, realçando fotografia de um pai pegado com o filho, levando-o ao alto, e a frase Pai, você é o meu herói. E, por fim, a lembrança atual, boné decorado pela inscrição do nome do colégio.

Em seguida, Aline também tiraria da bolsa desenho de seu próprio punho onde mostrava três figuras. A dela, Aline, e a palavra filha. De Gabriela, e a palavra irmã. Na outra, um homem e as palavras papai, Tiago. Todos felizes. Do lado, uma árvore bem delineada e o Sol risonho. Em cima do desenho, este pensamento: Agora a família está completa.

Caçarola Italiana



- 5 gemas
- 2 1/2  xícaras (chá) de açúcar
- 2 1/4  xícaras (chá) de leite
- 1 xícara (chá) de queijo meia-cura ralado
-8 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 5 claras em neve
- 100 gr de coco ralado.



Em um liquidificador, bater as gemas, o açúcar e o leite. Em uma tigela, misturar o queijo e as claras batidas em neve. Acrescentar a mistura do liquidificador na tigela e misturar levemente. Despejar todo o conteúdo em uma forma caramelada e levar para assar em banho-maria por 35 minutos.

O VIOLINO DO PADRE CÍCERO


Padre Cícero Romão Batista trouxe dois violinos de Roma. Um deles para um sobrinho e o outro foi presenteado ao tabelião Antônio Machado, seu afilhado, por quem o sacerdote nutria grande afeto. Machadinho, como também era conhecido, foi tabelião no Crato por muitos anos. O instrumento, marca Maggini, modelo 1715, provavelmente foi adquirido de 2ª mão, uma vez que havia deixado de ser fabricado décadas antes.

No fundo do instrumento, embaixo do tampo, foi colado um papel e nele consta “Adquirido pelo pe. Cícero em Roma – Itália 1898, of a Antônio Machado em 26/03/1929 – Ceará – Juazeiro”.

Antônio Machado cedeu o violino ao músico Paulino Galvão que passava uma temporada em Fortaleza. Indo morar no Rio de Janeiro, Paulino Galvão foi colega de orquestra do violinista cratense Virgílio Arraes, spalla da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do RJ. Tocaram em outras orquestras e trabalharam juntos em muitas ocasiões, inclusive gravações de cantores da MPB de primeira linha. O dono do violino requereu aposentadoria e mudou-se para uma cidade do interior do Rio de Janeiro, deixando de tocar profissionalmente. Uma curiosidade: apesar de raro e do valor incalculável, a peça musical jamais foi comercializada após chegar ao Brasil, foi sucessivamente passada de mãos em mãos.

Passado alguns anos, Virgílio resolveu visitar o antigo colega na cidade onde estava morando e manifestou desejo de adquirir o violino que pertencera ao fundador de Juazeiro do Norte. O músico aposentado respondeu que o instrumento era valioso demais para ser vendido e por esta razão não vendia. Mas na hora da despedida pediu para o visitante aguardar um pouco, foi ao interior da casa e retornou com o instrumento raro, entregou ao amigo dizendo que era presente. Apenas pediu que cuidasse bem dele.

Assim, o violino único, que pertenceu ao Padre Cícero, foi parar nas mãos de um cratense, e está bem guardado e bem conservado.


VIRGÍLIO ARRAES FILHO

O proprietário do violino histórico, Virgílio Arraes Filho, merece capítulo à parte. Nascido no Crato, filho de Virgílio Arraes e de Marcionilia de Alencar Arraes, surpreendeu sua mãe quando, aos oito anos, afinou e tocou o bandolim a ela pertencente, sem nunca ter tido uma única aula de música. Diante do prodígio, seus pais procuraram o maestro da banda municipal para que lhe transmitisse noções da 1ª arte. Ainda criança, ouviu uma música no rádio e sentiu-se atraído pelo som do violino, que jamais havia visto. Comunicou aos pais que não queria mais tocar bandolim e sim violino. “Seu” Virgílio (proprietário da primeira sorveteria do Crato – Sorveteria Brasil - e ex-prefeito de Campos Sales, onde nasceu) mandou buscar o instrumento no Rio de Janeiro. Resolvido um problema, surgiu outro: não havia professor no Cariri. A família mudou-se para Fortaleza. Os mestres da capital cearense perceberam o enorme talento do aluno e aconselharam o aluno brilhante ir estudar na então capital brasileira, o Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro a carreira foi meteórica: primeiro lugar no vestibular na escola de música da UFRJ (1953), primeiro colocado no concurso público para a orquestra do Teatro Municipal, onde foi o primeiro violonista (“Spalla”) durante muitos anos. Músico da Orquestra Sinfônica Brasileira, da orquestra da TV Globo e muitos outros feitos. Único músico a tocar no cinqüentenário (1959) e centenário do Teatro Municipal do RJ. Em seu currículo constam performances nos mais importantes palcos do mundo, inclusive com a orquestra do Royal Ballet de Londres, onde foi aplaudido pela realeza Inglesa e recebeu cumprimentos pessoais da princesa Anne.

Participou de gravações com consagrados nomes da MPB, como Roberto Carlos, Chico Buarque de Holanda, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Simone, Fagner, Djavan, Dalva de Oliveira, Orlando Silva e muitos outros.

Candeia



Antônio Candeia Filho. mais conhecido como Candeia (Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1935 — Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1978), foi um importante sambista, cantor e compositor brasileiro.


Minhas Madrugadas
Paulinho da Viola
Composição: Paulinho da Viola - Candeia

Vou pelas minhas madrugadas a cantar
Esquecer o que passou
Trago a face marcada
Cada ruga no meu rosto
Simboliza um desgosto

Quero encontrar em vão o que perdi
Só resta saudade
Não tenho paz
E a mocidade
Que não volta mais

Quantos lábios beijei
Quantas mãos afaguei
Só restou saudade no meu coração
Hoje fitando o espelho
Eu vi meus olhos vermelhos
Compreendi que a vida
Que eu vivi foi ilusão


Quem canta na noite, canta no banheiro, faça-me o favor: inclua "Minhas Madrugadas" no seu repertório...É linda demais!

Pérola da MPB

Azul musical


João Donato- Um dos maiores músicos brasileiros!


João Donato de Oliveira Neto (Rio Branco, 17 de agosto de 1934), mais conhecido apenas como João Donato, é um pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor brasileiro.

Donato foi amigo de todos os expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Johnny Alf, entre outros, mas nunca foi caracterizado unicamente como tal, e sim um músico muito criativo e que promove fusões musicais, de jazz e música latina, entre tantos outros. Na década década de 1950, João Donato se muda para os Estados Unidos onde permanece durante 13 anos e realiza o que nunca tinha conseguido no Brasil: reincorporar a musicalidade afro-cubana ao jazz. Grava o disco A Bad Donato e compõe músicas como "Amazonas", "A Rã" e "Cadê Jodel". Retorna ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita no país, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos caribenhos. Como arranjador participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil.

Entre as composições mais conhecidas do músico, estão: "Amazonas", "Lugar Comum", "Simples Carinho", "Até Quem Sabe" e "Nasci Para Bailar". Segundo o crítico musical Tárik de Souza: "Durante muito tempo, João Donato foi um mito das internas da MPB. Gênio, desligado, louco, de tudo um pouco.[1].



wikipédia

A lei do piso - Emerson Monteiro

As contradições de governo pedem sérias avaliações do senso crítico. A propósito, no dia 16 de agosto de 2011, enquanto o Executivo Federal anunciava a criação de mais de duas centenas de universidades e institutos de educação profissionalizante nas diversas regiões do País, os professores do Brasil inteiro decretavam um dia de greve para protestar contra o não cumprimento da lei nacional do piso salarial dos profissionais da educação por parte dos governos estaduais e municipais.

Criar leis avançadas e os próprios agentes públicos deixarem de cumpri-las significa, no mínimo, profunda contradição oficial de quem pede empenho aos setores da vida civil no estado democrático. O exemplo que deveria advir dos primeiros responsáveis representa fator essencial na boa ordem política. Querer que o cidadão médio obedecesse às determinações legais sem os mandatários apresentarem correspondente comportamento deixaria margem ao enfraquecimento das instituições em vigor.

A movimentação grevista dos professores, com isso, ganha o apoio da sociedade, porquanto reclama o justo e devido cumprimento legal do festejado diploma legislativo, conquista dos ingentes esforços coletivos de séculos, carência e meio de aperfeiçoamento do ensino, crescimento da escola e convergência dos anseios da juventude todo tempo.

Desta forma, os professores agem numa reação natural ao que pode ser considerado desrespeito aos avanços pretendidos pela padronização dos ganhos de quem se dedica ao ofício espinhoso de transmitir o conhecimento, importante fator do progresso e da civilização.

Diante, pois, das justas reivindicações dos professores ao cumprimento, pelas autoridades, da lei do piso salarial que haja firmeza e resultados favoráveis, a produzirem melhor educação graças ao empenho continuado de muitas conquistas em vias da realização plena. A lei existe. Agora chega o momento de praticar os atos administrativos que ele impõe com sabedoria.