por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 14 de março de 2013


FRANCISCO - o "ingrato" - José Nilton Mariano Saraiva

Numa prova de que a briga de foice foi feia nos herméticos aposentos do Vaticano, os favoritos ao trono papal (dentre os quais um brasileiro) findaram por dançar solenemente (porquanto não conseguiram um consenso), e eis que pintou no pedaço uma “zebra” transamazônica, personificada no argentino Jorge Mário Bergoglio.
A mídia, surpresa e decepcionada por não ter conseguido sucesso em suas previsões, aos poucos conseguiu levantar algumas indicações sobre o histórico do próprio, dando destaque para o fato de ser de uma família pobre (por que será que todo religioso é originário de uma “família pobre”, embora um deles – Cícero Romão Batista – haja morrido podre de rico ???)  e que sua humildade é tamanha a ponto de usar o transporte público em seus deslocamentos pela bela capital argentina.
Mas eis que em, sua primeira aparição pública ante dezenas de milhares de fiéis na praça São Pedro, no seu momento maior, no clímax da sua trajetória (de padre a papa) Bergoglio foi de uma infelicidade imensa, uma ingratidão a toda prova, ao afirmar textualmente "...Parece que os cardeais foram me buscar no final do mundo".
Ou seja, de uma só raquetada (embora não sendo nenhum tenista), Francisco colocou não só a sua Argentina, mas, também, todos os países da America do Sul (Brasil inclusive, evidentemente), como escórias do mundo, periferia da portentosa Europa (hoje falida), da qual Roma (e o Vaticano)  fazem parte.
Teria Bergoglio/Francisco lido e lembrado do nosso Nelson Rodrigues, que professava que o povo sul-americano (em geral) deixa-se tomar por um imenso complexo de vira lata, quando tem que enfrentar (e mesmo conviver)  com os desenvolvidos europeus ???
De qualquer forma, bola pretíssima para o Francisco, pela ingratidão com essa parte do mundo.
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(Vai ser duro, especialmente para o brasileiro, é agüentar os argentinos dizerem que além de um “Deus” (Messi, no futebol), agora eles também têm o Papa, em Roma).
Fazer o quê ???

por Beto Feitosa

Tiago Araripe mostra seu universo artístico particular



Depois de um hiato de 30 anos o compositor cearense Tiago Araripe lança seu segundo trabalho, Baião de nós. O novo disco, lançado pelo selo Candeeiro Records, tem a obra feita nesse período e produção dividida entre o artista e Zeca Baleiro.
A relação de Tiago com Zeca é a semente desse novo álbum. Fã do disco anterior de Tiago, Zeca relançou o álbum por seu selo Saravá Records em 2008, trazendo de volta o artista para a música. O LP Cabelos de Sansão foi originalmente lançado pelo histórico selo Lira Paulistana na sequencia da estreia de Itamar Assumpção. Antes Tiago Araripe já trazia compactos em sua história, sendo que o primeiro, de 1974, foi dividido com Tom Zé.
Nesse novo trabalho Tiago mostra que sua pena de poeta continua afinada. Logo nos primeiros minutos do disco apresenta versos espertos: "Eu quero saber / A quantas anda você / Se está zen ou deprê / Up to date ou demodée". Segue uma coleção de canções livres e surpresas poéticas. Como em Canção do silêncio: "A menor distância / Entre a palavra e o silêncio / Só o pensamento pode percorrer / Só o pensamento". Ou em No centro do furacão: "Meu coração / Tem semelhança com as bicicletas / Se equilibra quando estou em movimento / Pois é tranquilo / O centro do furacão". Tiago assina parcerias com Paulo Costa e Zeca Baleiro, que também participa da faixa-título.
Assim como São Paulo, Recife - onde vive - também é polo de vanguarda (que o Brasil ainda precisa descobrir). A música de Tiago Araripe junta influências de ritmos populares de sua Crato natal com o ambiente moderno pernambucano da década de 70 e com o cenário artístico paulistano. A Lira de Tiago Araripe é criativa e particular, desde sua música até seu canto. A mistura desse Baião de nós não tem receitas, é preciso provar com ouvidos abertos.


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