por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 17 de abril de 2020

DO NAZISMO AOS DIAS ATUAIS: "A ESCOLHA DE SOFIA" - José Nilton Mariano Saraiva

Sarcástica e desumana, a expressão “Arbeit Match Frei” (o trabalho liberta) ainda hoje é mantida no portão principal do ex campo de concentração de Auschwitz (Polônia), onde milhões de judeus foram dizimados pelos nazistas, como a nos querer lembrar dos horrores ali ocorridos, a mando de Adolf Hitler (um austríaco que levou o povo alemão ao deboche mundial).  .

Como se sabe, à época milhões de judeus foram trucidados sem dó nem piedade, choro ou vela, pelo simples fato de... serem judeus, em razão do ódio visceral e doentio lhes dedicado pelo carrasco nazista/austríaco.

O resto, todo mundo lembra: depois de toda a carnificina perpetrada, covarde e frouxo como todo ditador o é, o “besta-fera” findou por suicidar-se, quando na iminência de ser preso e, certamente, enforcado a posteriori (como o foram muitos dos seus principais auxiliares).

A reflexão tem algo a ver com o Brasil dos dias atuais, onde um miliciano analfabeto e adepto da tortura (e certamente admirador de Hitler) expõe toda a sua ojeriza a um segmento populacional que, em condições normais, mereceria ser homenageado pelos relevantes serviços prestados à nação: seus sofridos aposentados.

Assim, para assessorá-lo, só gente do mesmo naipe e ideologia, como restou comprovado agora, com o convite ao oncologista paulista Nelson Teich para o Ministério da Saúde, que já informou ter um “alinhamento completo” com o novo chefe.

Pois bem, dentre as posições que guardam similitude com as do chefe, há que se destacar o “preconceito arraigado”, pois, tal qual Hitler fizera lá atrás ao “premiar” os judeus com a morte, agora o senhor Nelson Teich (à falta de judeus em quantidade por essas bandas), anuncia que os aposentados da nação sem maiores perspectivas, igualmente receberão atendimento “prioritário” para morrer (já que estão perto de), porquanto aos adolescentes (com uma vida toda pela frente) serão destinados os escassos recursos existentes (e inexiste dinheiro para ambos).

Tem-se aqui, pois, 80 anos após, e sem nenhum constrangimento, a transmutação da famosa “Escolha de Sofia” dos nazistas (quem merece ou não ser mandado para morrer), para gáudio do senhor Paulo Guedes (que foi quem indicou o senhor Nelson Teich para a função).

Alfim, convém não olvidar que chegamos a essa situação política extrema em razão da omissão criminosa (à época) do tal Supremo Tribunal Federal.