por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 9 de janeiro de 2024

 FALTOU A “CEREJA NO BOLO” (OU O “GRAND FINALE”) - José Nílton Mariano Saraiva 

Algumas datas, mesmo que representativas de algo negativo, devem, sim, ser sempre lembradas e relembradas (ad aeternum), a fim que não permitamos sua malévola repetência, no futuro.

Certamente que, sob essa perspectiva, o governo comandado pelo presidente Lula da Silva fez questão de reunir as maiores autoridades da república (Executivo, Legislativo e Judiciário), em Brasília, no dia 08.01.24, para, num ato solene, relembrarem a tentativa de “golpe de estado” (ou tomada do poder, na marra) ocorrida exatamente um ano atrás (em 08.01.23).

Todo mundo sabe que, muito embora patrocinada por alguns insurgentes e improdutivos generais de pijama, do exército, a comandarem uma horda de idiotas lunáticos (vulgarmente conhecidos por “buchas de canhão” ou “bovinos”), o plano de golpear o estado democrático de direito teve como principal artífice o candidato que houvera sido derrotado na eleição presidencial do ano anterior.  

Covarde e irresponsável, Jair Messias Bolsonaro, que houvera fugido do país com medo de ser preso, em razão da miscelânea de graves crimes perpetradas quando esteve sentado no trono, agora, diretamente do seu refúgio americano, acompanhava pari e passu o desenrolar da trama da qual fora um dos mentores.

Apesar da quebradeira descomunal e generalizada dos palácios representativos dos três poderes da União (Presidência da República, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional) o plano foi obstado em razão da imediata ação de um Presidente da República forte o suficiente para comandar a reação.

Mas, como após três meses nenhuma providência foi tomada em relação à sua pessoa, Bolsonaro voltou ao país e prosseguiu na sua cantilena de desafiar irresponsável e acintosamente e sem maiores preocupações, os poderes constituídos.

Por essa razão, esperava-se que, em meio à solenidade realizada em Brasília, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal enfim colocassem a “cereja no bolo”, decretando como “grand finale” a prisão imediata de Jair Messias Bolsonaro; como não ocorreu, um misto de frustração e desesperança pairou sobre a população em geral, em todo o país.

Até quando vamos ter que esperar para vê-lo atrás das grades ???

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Alfim, um lembrete aos menos avisados: “CEREJA NO BOLO” é uma expressão figurativa que representa o detalhe especial, o ponto alto ou o toque final que torna algo ainda melhor; o algo mais, a finalização perfeita para algo ou algum evento; enfim, O GRAND FINALE (que lamentavelmente faltou na oportunidade).