por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 20 de julho de 2021

BAIXEM O TOM, FARDADOS (Cristina Serra, jornalista)

Generais, brigadeiros e almirantes deveriam ser os primeiros a querer esclarecer as gravíssimas denúncias de corrupção, reveladas pela CPI da Covid, que batem à porta de Bolsonaro e de uma penca de fardados.
Mas o que estamos vendo é bem o contrário. Como em outros momentos da nossa história, a cúpula das Forças Armadas e o Ministério da Defesa preferem esconder a sujeira embaixo do tapete, peitar as instituições democráticas e afrontar a Constituição e a sociedade civil.
É esse o sentido da nota assinada pelo ministro Braga Neto e pelos três comandantes militares após a declaração do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), de que há um “lado podre das Forças Armadas envolvido com falcatruas dentro do governo”.
Alguém duvida disso ? A pior gestão da pandemia no mundo foi a de um militar brasileiro, o general da ativa Eduardo Pazuello. Agora, sabemos também que a alta hierarquia do ministério na gestão dele, toda fardada, aparece no “VACINAGATE", notadamente seu ex-secretário-executivo, o coronel da reserva Élcio Franco.
Depois de tantos anos restritos aos quartéis e às suas atribuições funcionais, os militares voltaram ao poder de braços dados com um sujeito desqualificado, medíocre, notoriamente ligado a esquemas criminosos, que vão de rachadinhas a milicianos, e que é sustentado no Congresso pelo centrão.
Cúmplices e agentes ativos de tudo isso, os militares vêm cantar de galo, atribuindo-se o status de “fator essencial de estabilidade do país”.
Ora, é exatamente o contrário. Senhores fardados, vocês deixarão uma herança de morte, doença, fome e corrupção. Querem enganar quem ? Acham que estão em 1964 ?
Baixem o tom, senhores. O Brasil não tem medo de suas carrancas, de seus coturnos e de seus tanques. Generais, vistam o pijama e, quando a pandemia passar, organizem um campeonato de gamão na orla de Copacabana. É o melhor que podem fazer pelo país.

AS GRANDES PERGUNTAS DA CIÊNCIA ( III )

O que é a consciência ?

Ainda não temos realmente certeza. Sabemos que tem a ver com diferentes regiões do cérebro ligadas em rede, mais que uma única parte do cérebro. Há uma teoria de que se descobrirmos que partes do cérebro estão envolvidas e como funciona o circuito neural, descobriremos como surge a consciência, algo em que a inteligência artificial e tentativas de construir um cérebro neurônio por neurônio poderão ajudar. A questão mais difícil e mais filosófica é por que alguma coisa deve ser consciente. Uma boa sugestão é que, ao integrar e processar muita informação, além de focalizar e bloquear, em vez de reagir aos estímulos sensoriais que nos bombardeiam, podemos distinguir entre o que é real e o que não é e imaginar diversos cenários futuros que nos ajudem a adaptar-nos e a sobreviver.

Por que existe matéria ?

Na verdade você não deveria estar aqui. A "matéria" de que você é feito tem uma contrapartida chamada antimatéria, que só difere em carga elétrica. Quando elas se encontram, ambas desaparecem em uma fagulha de energia. Nossas melhores teorias sugerem que o Big Bang criou quantidades iguais das duas, o que significa que toda matéria, desde então, deve ter encontrado sua antimatéria, as duas destruindo-se e deixando o universo inundado apenas de energia. Claramente, a natureza tem uma tendência sutil para a matéria, ou você não existiria. Os pesquisadores estão peneirando dados de experiências como o “Grande Colisor de Hadrons”, tentando compreender por quê, sendo a supersimetria e os neutrinos os dois principais candidatos.

Onde colocamos todo o carbono ?

Nas últimas centenas de anos, temos enchido a atmosfera com dióxido de carbono – liberando-o ao queimar combustíveis fósseis que antes trancavam o carbono abaixo da superfície da Terra. Hoje temos de colocar todo esse carbono de volta ou nos arriscarmos às consequências de um aquecimento climático. Mas como podemos fazê-lo? Uma ideia é enterrá-lo em antigos campos de petróleo e gás. Outra é escondê-lo no fundo do mar. Mas não sabemos quanto tempo ele permanecerá lá, ou quais seriam os riscos. Enquanto isso temos de proteger os estoques naturais e duradouros de carbono, como as florestas e a turfa, e começar a fazer energia de uma maneira que não produza ainda mais carbono.

Fonte: Carta Capital