por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 21 de maio de 2021

A "CAPITÃ" CLOROQUINA - José Nilton Mariano Saraiva

 A “CAPITÃ CLOROQUINA” - José Nilton Mariano Saraiva

No momento em que a CPI DA COVID prepara-se para interrogar a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro, também conhecida como “Capitã Cloroquina”, em razão de ser uma das entusiastas e incentivadoras do uso de tal medicação no combate à Covid 19 (apesar de não recomendada pela OMS e cientistas de todo o mundo, em razão de mostrar-se ineficiente a tal mister), tomamos a liberdade de (re)postar texto de nossa autoria, nos blogs da vida (em 28.08.2013) enfocando a “deseducação” demonstrada pela própria e companheiros, quando da chegada dos médicos cubanos a Fortaleza, anos atrás. Confiram.

DOUTORES DESEDUCADOS” - José Nilton Mariano Saraiva (28.08.2013)

Independentemente do mérito (e há, sim) da medida adotada pelo governo brasileiro (Dilma Rousseff) em contratar médicos estrangeiros para atuar nos inóspitos rincões do país (no “interiorzão” brabo), em razão da expressa “má vontade” dos profissionais formados aqui no Brasil em para lá se deslocarem (701 cidades foram recusadas, na fase primeira do programa “Mais Médicos”), entendemos seja esdrúxula e fora de propósito a atitude de dezenas de “doutores nativos” que, em Fortaleza, APOPLÉTICOS E DESEDUCADOS, xingaram aos gritos de “incompetentes” e “escravos” os médicos cubanos que aportaram por aqui, quando estes saiam de uma reunião de boas-vindas patrocinada pela então equipe do Ministério da Saúde.

Afinal, humanistas e sensíveis como o são (ou deveriam ser até por exigência da própria profissão escolhida), nossos “DOUTORES” (aqueles que participaram da manifestação, à frente a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro), perderam uma boa oportunidade de mostrar à sociedade seu espírito profissional desprendido e generoso, recebendo os colegas cubanos com fidalguia e companheirismo e, se possível, incentivando-os pela iniciativa (afinal, se mandar lá para os confins da selva amazônica, a fim de prestar “assistência médica básica” aos carentes e necessitados, há de ser reconhecida como uma nobre atitude).

Só que, ao partidarizarem a questão de forma inoportuna e apressada, objetivando atrapalhar uma ação governamental que tem por intuito preencher lacunas em um setor reconhecidamente deficiente, esqueceram que os cubanos aqui chegaram para atuar não em procedimentos complexos e avançados e, sim, unicamente na atenção básica à saúde; não se constituem, pois, nenhuma ameaça de “concorrência” aos “nativos-acomodados” (um dos “cabeças” do movimento, repetimos, é a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro, reconhecida inimigo dos governos Lula/Dilma).

Torçamos, portanto, para que, assentada a poeira e desarmados os espíritos, se instale um clima de harmonia e colaboração dos “doutores brasileiros” para com os seus iguais e humildes “doutores cubanos”.

A população pobre e carente antecipadamente agradece.



CRAQUES DO "CRACK" - José Nilton Mariano Saraiva

 CRAQUES DO “CRACK” - José Nilton Mariano Saraiva

Pejorativamente, para eles somos todos uns “paraíbas”. Não importa que você tenha nascido no Ceará, Piauí, Pernambuco, Maranhão ou em qualquer um dos nove estados que compõem a Região Nordeste. De acordo com o decretado pelos “gênios pedantes” moradores das regiões Sul/Sudeste do país, somos uma só raça, os “paraíbas”, e pt saudações (qualquer reclamação encaminhar ao Papa Chico).

Tal preconceito conta com um aliado importante para a sua consecução e propagação: as diversas redes de televisão, cujos núcleos centrais lá se localizam e que normalmente, quando se referem à Região Nordeste (em temas complexos ou não), o fazem de forma não muito lisonjeira ou até mesmo desrespeitosa (nas novelas, por exemplo, as falas e modos dos “atores” que interpretam os “paraíbas” beiram ao deboche e ao ridículo; puro sarcasmo).

No entanto, contraditoriamente essa mesma televisão todos os dias É OBRIGADA a mostrar para todo o país o estado triste, abjeto e deplorável em que vivem determinados segmentos dos moradores daquelas regiões (Sul/Sudeste), que vivem sitiados em áreas conhecidas como “cracolândia”, onde o consumo de drogas pesadas é uma realidade que a todos envergonha.

Só que, quando é pra divulgar “estatísticas” fajutas a respeito da tragédia que se tornou o consumo de “crack” no país (com todos os seus malefícios), invariavelmente à Região Nordeste é creditada a maior parcela de culpa; aqui se localizaria o maior polo consumidor da droga, aqui não existiria controle nenhum por parte das autoridades competentes, aqui o consumo seria por demais exacerbado porque só tem analfabetos, e por aí vai. 
No entanto, se tivessem um pouquinho de humildade, seriedade e uma nesga que fosse de honestidade e clarividência, os institutos de pesquisa e televisões, examinando a questão com imparcialidade e à luz da realidade, facilmente constatariam que é exatamente entre os barões da mídia, empresários de alto coturno, atores e diretores televisivos e ricaços das regiões Sul/Sudeste do país que se encontram, sim, os verdadeiros “craques do crack” (e que seleção imbatível).

São uns calhordas !!!