por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 10 de maio de 2012

Será o amor o mesmo que eternidade? - José do Vale Pinheiro Feitosa

Fly me to the moon aqui cantada por Nat King Cole pois achei a versão mais doce. O maior sucesso da canção foi na voz de Frank Sinatra. Foi composta por Bart Howard em 1954 e teve tanta importância na carreira do compositor que as pessoas esqueceram de outras canções dele que também tiveram muito sucesso. A canção é postada junto com este texto ao recordar-me que é este o desejo que me leves para a lua: Leve-me até a lua / E deixe-me brincar entre as estrelas / Deixe-me ver como é a primavera / Em Júpiter e Marte / Em outras palavras, segure minha mão /  Em outras palavras, querida, beije-me / Encha meu coração com música / E deixe-me cantar para sempre
Você é tudo o que eu desejo / Tudo o que eu cultuo e adoro / Em outras palavras, por favor, seja verdadeira / Em outras palavras, Eu te amo.


Será o amor o mesmo que eternidade? 

Está no mundo e brota sem qualquer explicação. Desabrocha impreterível e ocupa o vazio que sentido algum tinha. E tomando o vazio se espalha por todos os cômodos e como uma névoa esconde os incômodos. Logo se encontra no vão principal e trata de inventar o solene onde antes tinha sombra. Brilha intenso a ponto de esconder as estrelas, a lua e o sol. Desdobra os tons de verde e azula o azul com as possibilidades dos números naturais. Antes mesmo que o sossego advenha, ocupa o rés da vida e a eleva como um altar, onde se põe a ser unicidade de toda a atenção.

A isso cantam amor. A fusão dos distintos. Este gradar de saliências. Polimento de desencontros. A maciez dos encontros movidos à gravidade. Esta afinidade criada no exercício das intempéries que agravam. Como a aliança a unir as margens e um pacto a compreender o leito por onde corre a vida. A contagem do tempo que minuta os segundos de violência numa ternura substituta. Esta centelha de desejo de fusão carnal. Este conjunto de pulsões de vida que torna o encontro num terceiro. A pulsão de Eros a fremir a declaração do amor.

Mas acontece que tantas queixas se murmuram. Quantas traições apunhalam a integridade que antes do encontro havia. A ruptura de juras que o encontro demonstrara. Um repentino e inexplicável fogo fátuo quando antes era um magma incandescente do mundo. Esta divisão das partes fundidas. A ruptura das alianças a expor fossos inexplicáveis. Uma realidade tão fatal que a fatalidade não apenas acontece por certo, como também se torna a desgraça onde tudo fora graça. Este encontro latino entre o amor e a repulsão.

Mas a vida não é uma canção. Ilusões como artefatos que cegam a materialidade burguesa. O amor não se conjuga com traição. A junção do amor com a traição promove o Ibope desta fatalidade que, no entanto, passa longe do mover-se da realidade. Um grito de gol não substitui o próximo jogo. Um grito de gol é aquela fração onde a torcida se justifica. É a torcida que antecipa a vitória. Assim como este encontro cuja sina é ser a justificativa de viver. Pois viver é esta eternidade agradada entre faces. Não faz sentido lamentar-se por ser a vida um momento da história e isso não é uma traição da eternidade. A eternidade não é contável assim como os minutos, ela é um momento agradado das diferenças. Não o que podia antes do universo, mas o que pode com o acontecer deste.         

Nesta data os nazistas queimaram livros - José do Vale Pinheiro Feitosa


Hoje 10 de maio de 2012 se completam 79 anos que os nazistas fizeram fogueiras com livros em várias partes da Alemanha. Naquele remoto maio de 1933 obras de Thomas Mann, Albert Einstein, Sigmund Freud, Stefan Zweig, Erich Maria Remarque entre tantos formaram a pira que a centelha ideológica de Joseph Goebbles espalhava sobre a consciência, corpos e prédios da Alemanha arrasada e vencida doze anos depois.

Quando escuto ou leio certos argumentos que desvendam desejos ainda escondidos bem sabemos das sinapses erráticas de certos raciocínios. Há um liame essencial entre o que a mente elabora, a história traduz e move e a estrutura da ação política do ser humano. A ação que resulta do seu teatro no coletivo desde as raízes da produção até os frutos da cultura.

As sinapses erráticas não se sustentam no físico, nas posturas, na moral e nem na realidade material. Elas, como vimos no caso do nazismo, são capazes de se projetarem nas massas, pela condução de um líder e a corte de assemelhados conduzindo todo um povo numa insustentabilidade destrutiva.

As escolhas temática destas sinapses precisam ser simbólicas, pois não refletem a realidade envolvente. Pelo mesmo motivo precisam construir inimigos e investir contra eles. As sinapses erráticas inventam inimigos que constituem questões irrelevantes para a vida social e econômica, mas eles as tornam bandeiras de purificação como fizeram com o fogo queimando obras relevantes para a humanidade. Obras muito além daquele arreganhar de dentes do pálido e desprezível comportamento da burguesia e da pequena burguesia alemã.

Antes de chegar onde quero: a queima dos livros em 10 de maio de 1933 com as mãos da juventude hitlerista e com a mente de Goebbles tem a mesma dimensão de certas sinapses erráticas da mídia e de grupos aqui no nosso país de porrete a expressar sua homofobia, seu preconceito de raça, de classe, se apegando ao secundário quando o principal pertence ao coletivo.

Afinal onde quero chegar? À natureza desconexa destas sinapses erráticas, pois são capazes de grandes pirotecnias, de exuberantes ameaças e controle de massas, mas são como o chorume que se drena do lixo orgânico, diante das questões in extremis como, por exemplo, enfrentar o juízo dos seus atos.

Só um paralelo. Jesus Cristo que afrontou a elite judaica e o Império Romano na mesma pregação diante dos homens. Que fez discípulos e os orientou quanto aos riscos da missão, inventou uma linguagem em parábolas para criar consciência revolucionária sobre a realidade do povo. Expôs, como poucos fazem em vida, toda a sua visão dos homens num sermão que não importa que sobre um morro ou uma montanha, pois a altitude são de suas palavras.

Este homem vai às últimas consequências de suas sinapses, pois elas guardavam, independentes da ameaça da cruz, uma estreita ligação entre corpo, consciência e a realidade histórica. Adolfo Hitler e Joseph Goebbles decrépitos, covardes em suicídio a demonstrarem o que eram: sinapses erráticas do pensamento patológico.

        

MENINO CAÇADOR - Marcos Barreto de Melo


Vou falar de peito aberto
Da maldade que já fiz
Porque fui menino esperto
E também muito traquino
A minha melhor brincadeira
Foi caçar de baladeira 

Matei tanto passarinho
Que nem me lembro da conta
Alguns até foi no ninho
Na chegada pra dormida
Outros matei no riacho
Quando vinham pra bebida 

Com a minha baladeira
Matei rolinha e campina
Quase fiz uma chacina
Pois também a lavadeira
Que serviu Nosso Senhor
Morreu de atiradeira 

Até mesmo a sabiá
Tida como a majestade
Sofreu a perseguição
Pois lhe matei sem piedade
Por troféu ou vaidade
Sem ter fome ou precisão

Hoje ando arrependido
Desse tempo de horror
Por ter morto o passarinho
Que cantava inocente
Descuidado, alegremente
Atraindo o caçador

Por Rosa Guerrera


SER FELIZ É ...
Acordar e saber que está atrasado...
Mas ter certeza de que tem um emprego!

Ver a caixa do correio cheia de contas...
Mas receber uma carta do amigo!

Ter um monte de recados na secretária...
Mas no meio deles, um que diz: "Tô morrendo de saudades!"

Ver que no almoço a mãe fez salada de beterraba...
Mas o prato principal está apetitoso e é o seu preferido!

Estar num engarrafamento...
Mas ligar o rádio e ouvir a sua música predileta tocando lembrando de alguém especial!

Brigar com o cachorro porque ele comeu seu sapato...
Mas ser recebido por ele com uma festa todos os dias quando você chega em casa!

Ser feliz é chegar em casa exausto...
Mas ainda assim ser arrastado pra balada por uma porção de amigos!

Ser feliz é reconhecer que temos pessoas especiais ao nosso lado. . .
Mesmo estando a kilometros de distância.

Enfim, ser feliz é ter um monte de problemas, Mas ser capaz de sorrir com as pequenas coisas do dia-a- dia !!!

Ser Feliz Sempre!!
 rosa guerrera

Lançamento do Livro - Água pra que te quero! Caderno de Viagem



Logo mais, às 19 h, no Shopping Cariri

Parabéns, Nívia Uchôa!

"Igual cê fez com a gente na VEJA" - José Nilton Mariano Saraiva

Trata-se de um verdadeiro poço sem fundo e, se duvidarem, capaz até de arrancar comovedoras lágrimas de uma estátua de pedra. Pelo menos essa é a sensação que se apossa das pessoas de bem e de caráter, ao ouvir, atônitos, a cada dia que passa, novas e graves conversas (gravadas com autorização da Justiça) entre o tal Cachoeira e membros da sua quadrilha de “graduados-engravatados”, disponibilizadas ao distinto público. Ali, fica mais que evidenciada a alta periculosidade de todos eles, assim como o descaso absoluto para com a ética, com a honra, com o respeito e, enfim, retrata a assombrosa desfaçatez como atuavam (e aqui se faz necessário um parêntese: como – e a troco mesmo de quê - é que alguém, pomposamente rotulado de “magistrado”, com assento num desses Tribunais Superiores, da Justiça, autoriza a remoção-transferência de um presídio de segurança máxima (em Mossoró-RN) para um presídio comum (em Brasília-DF), de alguém que comprovadamente prima pela periculosidade, por uma desassombrada atuação marginal ??? Será pelo fato do "distinto" não ter se dado bem com o "rango" (comida) oferecido na prisão, a ponto de perder 15 quilinhos ??? Ou será pelo fato do próprio se achar "carente", em termos de sexo, e necessitar "descarregar o óleo" - como presumivelmente  já o fez no novo endereço, depois da visita daquele "avião", autentico "monumento-louro", que com ele divide as cobertas, no dia-a-dia ??? Para o mortal-comum é difícil acreditar que tal "autoridade" não tenha sido regiamente recompensada).
Mas, retomando o fio da meada: para quem tinha alguma sombra de dúvida sobre a ativa, determinante e incisiva participação da Revista VEJA em toda essa cafajestada, atentem só para o texto abaixo (contendo data, hora e local) e reflitam, a posteriori.
José Nilton Mariano Saraiva
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Da Carta Maior
“Igual cê fez com a gente na VEJA”.
Brasília - A construtora Delta pediu ajuda ao contraventor Carlos Cachoeira para abafar uma reportagem do jornal Folha de São Paulo que investigaria a empresa. “Igual cê fez com a gente na Veja” (sic), disse o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, a Cachoeira, em conversa telefônica interceptada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), às 19:07 horas do dia 24 de agosto de 2011. Cachoeira tomou ciência das investigações do jornal através do senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido). Às 10:24 horas do mesmo dia 24, o senador disse ao bicheiro: “Me ligou uma repórter da Folha, fazendo uma investigação em cima da Delta em Goiás. Então... por conta do negócio lá do Rio... então eles espalharam repórter no Brasil em cima da Delta. Me ligaram perguntando se eu sabia alguma coisa, eu falei que não sabia de nada.”
À época, a Folha de São Paulo questionava os contratos, muitos deles sem licitação, assinados entre a empresa e o governo do estado do Rio de Janeiro. Cerca de dois meses antes, um acidente de helicóptero evidenciou a proximidade do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do proprietário da Delta, Fernando Cavendish.
Logo após ser informado por Demóstenes, Cachoeira repassou as informações a Cláudio Abreu que se desesperou e, rapidamente, buscou providências. Às 10:36 horas, Cláudio retornou a ligação para o contraventor: “Já avisei aqui, rezei o pai nosso pra todo mundo... nunca viu vocês, não conhece, não trabalha essas pessoas aqui, nem você, nem Wlad, nem político vem aqui, nem nada.”
Em nova ligação, às 10:57, Claudio quer saber quem é o jornalista que procurou Demóstenes para tentar abafar o caso: “Quem que é o cara da Folha que manteve contato? Quem que é o cara? Porque nós tamo bem com a Folha lá. Tamo trabalhando lá... saber quem que é o cara aqui pro chefe lá tentar abortar isso aí, né.”
Cachoeira respondeu que era uma mulher, mas que iria procurar saber mais detalhes. Em outras duas ligações, ainda no dia 24, Claudio volta a cobrar informações do bicheiro. “CÊ NÃO TEM NENHUM CAMINHO PRA GENTE ENTRAR DENTRO DA FOLHA PRA FAZER UMA INTERFACE DENTRO LÁ NA FOLHA NÃO, CARA?”, DISSE E COMPLETOU:
“IGUAL CÊ FEZ COM A GENTE NA VEJA”.

Para Ignês - socorro moreira


Ah, os esquecimentos!

Os amores entram como um flash
Instantâneos
Sementes de afeto
Germinam, brotam pés de saudade.

Crescem dentro da gente
Saem nos rasgando
Como um parto
Depois vão se acomodando em algum canto
Deixam de incomodar,
Adormecem!

Em qualquer tempo podem acordar
Revisitam-nos como o luar
Clareiam a nossa vida
Mas parecem indefinidos
Não sabemos se duram
Não sabemos se ficam
- Completam um círculo.

Amor que fica é amor sem caminho
Chega numa nuvem de emoção
E ficam gotejando ternura
Na terra  do coração.

(socorro moreira)


Na Rádio Azul


Só Lembranças- Ignez Olivieri



Não sei mais da cor de seus olhos
Só sei que eram profundos
Cheios de segredos, de esperanças e de mistérios
Brilhavam para mim como o sol.
Neles sonhei, amei, me entreguei inteira
E me perdi dentro deles e sem volta sofri.
Sofri tanto que me esqueci do seu brilho
Sua luz intensa que me iluminava para a vida
Esquentando meu coração cheio de amor e paixão
Então sequei as lágrimas para ver as estrelas e a lua.
Hoje já não sofro, sou gente, sou viva,
Sou inteira, reconhecida pela vida e por mim.
A força e o amor que te dei são meus agora
E me sinto tão grande e tão amada
Que sua lembrança vaga se desfaz.
Perdi o sol, ganhei as estrelas e a lua
Que brilham tanto iluminando meus dias
Minhas noites, a madrugada e a rua
Onde caminho agora para frente com Deus.
Em direção da paz.